Coronel que atuou no Carandiru será secretário no governo Lula
Nivaldo César Restivo foi nomeado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
O coronel da Polícia Militar, Nivaldo César Restivo, de 56 anos, foi nomeado por indicação do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, como secretário Nacional de Políticas Penais, nesta quarta-feira (21). O futuro secretário esteve presente em um dos piores episódios do sistema prisional brasileiro: o massacre do Carandiru, que registrou 111 mortes e completou 30 anos em 2022.
Mesmo não sendo acusado de nenhum assassinato, Restivo chegou a ser apontado como um dos responsáveis por comandar os policiais militares nos atos contra os detentos. O crime pelo qual ele foi acusado prescreveu antes que fosse levado a julgamento. Em depoimento, o coronel interpretou as ações como “legítimas e necessárias”.
Cabe mencionar que, a indicação dele ocorreu no mesmo dia da desistência da nomeação de Edmar Camata para o comando da Polícia Rodoviária Federal. O fato aconteceu por Camata ter declarado apoio à Lava Jato e à prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O novo indicado é o policial rodoviário federal, Antônio Fernando Oliveira.
Nas redes sociais, apoiadores do presidente eleito Lula protestaram contra a nomeação do coronel para a posição na Secretaria Nacional de Políticas Penais.