Justiça : Prisão de indígena bolsonarista é mantida após audiência de custódia
Enviado por alexandre em 14/12/2022 09:36:23


O indígena José Acácio Serere Xavante, acusado de envolvimento em atos antidemocráticos, vai continuar preso. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada hoje conduzida por um juiz que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A audiência de custódia é um procedimento previsto na legislação processual penal, em que a Justiça analisa, entre outros pontos, se a prisão foi regular.

A prisão de Xavante foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A decisão do ministro fixava prazo de 10 dias para a detenção e teve como base a necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios, nos autos, da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, delitos previstos no Código Penal.

A prisão do indígena levou bolsonaristas radicais a realizarem, ontem, uma série de ataques a bens públicos e privados. Foram realizados atos de vandalismo contra carros e ônibus, que foram incendiados. A Polícia Militar entrou em confronto com os bolsonaristas, e um shopping teve de ser fechado por causa da ação.

Os ataques começaram a partir da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, por volta das 19h30. De lá, vândalos atacaram áreas do Setor Hoteleiro Norte, uma delegacia, além de veículos na região.


A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, cacique da etnia xavante, de 42 anos, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, levou a uma onda de depredações, na noite de ontem, em Brasília. O cacique bolsonarista é pastor, filiado ao Patriotas e foi candidato a prefeito de Campinápolis (MT) em 2020, mas não foi eleito. Ele se apresenta como missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê. As informações são do portal Poder360.

Serere teria praticado condutas ilícitas em atos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O pedido de prisão temporária atende a uma determinação da Procuradoria Geral da República. O processo está sob sigilo na Suprema Corte. O indígena é uma das lideranças que participam das manifestações que são contra a vitória de Lula nas eleições. Na última sexta-feira, disse que o petista não tomará posse.

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