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Brasil : AVENTURA
Enviado por alexandre em 22/01/2015 18:24:27


Ciclista que percorreu quase 4 mil KM de Rondônia a SP nos anos 70 é relembrado
Apesar do recente "boom" na criação de ciclovias e na venda de bicicletas no Brasil, não é de hoje que as magrelas são a opção de transporte número um para quem quer passar pelos lugares e também conhecê-los com mais profundidade. O "Notícias Populares" cobriu diversas viagens extraordinárias de ciclistas pelo nosso país e pela América ou Europa, e destacamos algumas que divertiram os leitores e renderam milhares de pedaladas.

Em maio de 1974, o jornal trouxe a história do baiano que já estava há três anos na estrada com sua bike, percorrendo, sozinho, vários Estados do Brasil e países da América do Sul. Oswaldo, 28, trabalhava como entregador de pão na Bahia e resolveu largar tudo e sair pedalando, primeiro para Goiás e depois para o Rio Grande do Sul.

Atravessou a fronteira e passou por Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. A redação do "NP" o encontrou no Rio de Janeiro, de onde Oswaldo planejava seu regresso a Salvador - "mas, antes disso, quer dar uma chegadinha a Foz do Iguaçu", no Paraná. Durante todo esse rajeto, contou com a solidariedade da população para se alimentar e encontrar abrigo. Numa época em que ter câmeras não era comum, Oswaldo levava de volta apenas recortes de jornais documentando sua aventura.

João de Deus, 30, foi outro destemido ciclista que apareceu em reportagem de outubro de 1979 revelando sua incrível viagem de Rondônia a São Paulo. Foram quase 4 mil quilômetros em apenas 28 dias, numa média de 120 a 150 km (ou cerca de dez horas) por dia. João deixara Porto Velho em setembro em sua bicicleta de dez marchas.

Estudante gaúcho pedalou mais de 6.000 km de Porto Alegre a Manaus para documentar os diferentes estilos de vida dos brasileiros.

Segundo ele, a parte mais difícil da viagem foi a passagem por rodovias federais que, àquele tempo, ainda tinham longos trechos de terra.

Chegando à capital paulista, já não tinha nem um centavo sobrando e contou à reportagem que não sabia como iria voltar para Rondônia. Era um problema grave, pois, casado e com seis filhos, tinha que retomar o emprego de motorista em Porto Velho o quanto antes.

Emprego e dinheiro não foram preocupação para Luís Gustavo, universitário gaúcho que percorreu cerca de 6.800 km de Porto Alegre a Manaus em uma Monark. "A principal finalidade de minha viagem foi fazer um documentário sobre a vida rural, alimentação, saúde e tipos característicos de cada região do Brasil", disse o rapaz, estudante de Comunicação, em entrevista publicada em 24 de abril de 1980 no "NP".

Ele saíra de Porto Alegre em janeiro com um colega, mas este desistiu ainda em Cáceres (MT). Sozinho, Luís Gustavo enfrentou dificuldades no trajeto, como estradas difíceis de trafegar na época das chuvas e animais selvagens. Segundo ele, precisou até dormir em árvores para se proteger das onças.

Em 7 de setembro de 1980, o "NP" trouxe a história de um pintor argentino que se aventurou com sua bicicleta pelos países da América Latina Em 7 de setembro de 1980, o "NP" trouxe a história de um pintor de paredes argentino que se aventurou com sua bicicleta pelos países da América Latina.

Situações difíceis eram o pano de fundo de viagens pela América Latina no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, como contou ao "Notícias Populares", em setembro de 1980, o argentino Pedro Alejandro. Há um ano ele pedalava pelos países sul-americanos e testemunhou tiroteios e carnificina em países como a Bolívia, que em julho passara por um golpe de estado promovido pelo general Luís García Meza.

Pedro saíra de sua casa em Chivilcoy, na província de Buenos Aires, e tinha como meta passar por todos os países da América do Sul. À época da publicação da reportagem, estava em São Paulo, de onde seguiria para Paraguai e Uruguai. Pintor de paredes, Pedro disse ao "NP" que saíra com pouco dinheiro e que, como outros aventureiros, contou com a boa vontade das pessoas para conseguir alimentação e hospedagem a custos baixos ou nulos. Na bagagem, ia juntando recortes de jornais e as bandeiras dos países por onde passara.

 Autor:  CLAUDIA CRESCENTE - Banco da dados da Folha

Brasil : ORGULHO
Enviado por alexandre em 19/01/2015 21:07:29


Goleiro ouro-pretense brilha no Cruzeiro - MG
O time sub- 20 do Cruzeiro foi eliminado da Copa São Paulo de futebol Junior edição 2015, mas um dos destaques da equipe mineira foi o goleiro Arnaldo Ressurreição Alencar que teve atuações elogiadas pela crônica esportiva que acompanhou os quatros jogos realizados. Alencar como é conhecido o paredão de 1,97 de envergadura nasceu em Ouro Preto do Oeste no dia 06 de Dezembro de 1995 e os seus pais residem na Linha 201, zona rural do município de Vale do Paraíso.

Alencar começou a jogar futebol logo cedo na equipe do Juventude de Vale do Paraíso e devido a sua boa estatura logo chamou a atenção dos desportistas. Em 2012 o mineiro Amarildo Ribeiro que já foi diretor do Ipatinga Futebol Clube, veio a Rondônia e depois de assistir jogos do paredão não teve duvida resolveu pedir autorização ao agricultor Francisco Arnaldo de Alencar o popular Chicão da 201 e levou Alencar para um período de teste no Nacional de Nova Serrana - MG.

O goleiro Alencar o paredão do Cruzeiro - MG

E a grande oportunidade do jovem ouro-pretense veio em Junho de 2013, foi quando Alencar despertou o interesse do Cruzeiro. Na época o diretor de futebol do Nacional-MG, Roger Galvão, que intermediou a negociação, comentou sobre o acordo que foi feito entre os clubes.
- O Alencar está com a gente têm dois anos. Temos um contato muito sólido com o Cruzeiro e eles sempre nos ajudam. Não tem dinheiro envolvido nesta negociação. Se ele for aprovado, os direitos econômicos passam a ser divididos entre as partes que investiram e o próprio jogador - disse.
Com apenas dois anos de futebol, Alencar trabalhou com o elenco profissional durante o Campeonato Mineiro deste ano e é tratado como destaque das categorias de base do Búfalo. Para Roger Galvão, a ida do goleiro para o Cruzeiro é positiva para os dois clubes e também para o jovem atleta.

- Nós teremos mais visibilidade. Isso atrai atletas e os jovens vão querer mostrar que tem futebol para seguir o caminho do Alencar. Fora isso, o goleiro irá se valorizar, terá uma estrutura impecável de trabalho e de educação – destacou o diretor de futebol.

O predestinado Alencar teve a oportunidade de mostrar o seu valor quando o goleiro titular da equipe Celeste Marcos foi convocado para defender a seleção do Brasil no Sul Americano sub-20 que está sendo disputado no Uruguai. O técnico Paulo Roberto não teve duvida e escalou o paredão Alencar para ser o titular, quando foi um dos destaques da equipe da Toca da Raposa na Copa São Paulo de futebol sub-20.
Agora Alencar foca seu objetivo em se firmar na equipe Celeste e daí ser observado pelo técnico da equipe titular do Cruzeiro Marcelo Oliveira.

Fonte: ouropretoonline.com/com informações do G1/MG

Brasil : SÓ VENDO PRA CRE
Enviado por alexandre em 19/01/2015 17:41:43


Projeto de reforma penal aumenta para 40 anos o tempo máximo de cadeia
A Câmara dos Deputados analisa o projeto de Lei 7868/14, do deputado licenciado André de Paula (PSD-PE), que propõe uma série de alterações nos códigos penal e processual penal brasileiros. Segundo o autor, o objetivo é promover uma ampla reforma, reunindo diversas propostas que já estão em análise no Congresso, seja por iniciativa de parlamentares ou do Poder Executivo. Mudanças pontuais, a conta-gotas, dificilmente terão impacto no combate à violência, à corrupção e à impunidade”, argumenta De Paula.

O texto tipifica novos crimes, endurece penas, dificulta a prescrição e simplifica ritos processuais, entre outros pontos.Segundo a Agência Câmara, uma das novidades é o aumento, de 30 anos para 40 anos, do tempo máximo de cumprimento de pena no País. Para o autor, a atual expectativa de vida do brasileiro (73,9 anos) torna possível o cumprimento de penas mais longas, sem caracterizar pena perpétua. Em relação a punições mais duras, por exemplo, o PL 7868/14 torna o homicídio simples crime hediondo e aumenta a pena mínima dos atuais 6 anos de reclusão para 15 anos de reclusão. “É um absurdo que tal espécie de delito, apesar de ser o mais grave do catálogo penal, não seja punível com a mais grave das penas e que um assassino condenado à pena mínima esteja, após 1 ano, em regime aberto”, argumenta o parlamentar.

Brasil : HISTÓRIA
Enviado por alexandre em 12/01/2015 13:58:09


Senhores dos Rios em Rondônia

Por dias não se vê nada além da grande floresta. Perfeita e cheia de vida. Rios, estradas de um caminho só. Vive-se preso ao medo. Medo das tempestades. Medo de doenças. Medo de animais selvagens. Medo do desconhecido.

Então é preciso ocultar esse medo bem no fundo da alma, e estudar os mapas, observar a bússola e os astros, rezar para um bom dia de remada e navegação, e ter esperança. Pura, simples e frágil esperança. Assim, vive-se a verdadeira aventura nascida do vasto desconhecido, além da imensidão da Amazônia. Uma nova vida, uma nova História.

Foram os exploradores do passado. Bandeirantes, entradas, sertanistas e moções que, entre os séculos XVII e início do XX, se cobriam de esperança e alavancados de uma grande coragem, deslizavam suas embarcações pelas águas do sudeste do Brasil, com destino a uma floresta até então intocável. Havia promessas de riqueza, glória e fé. Bastava se aventurar e encarar terras antes nunca exploradas, mas, que despertava no imaginário do homem a possibilidade de ali existir um El Dorado. Um lugar de oportunidades, de expandir a fé cristã, de ficar rico da noite para o dia e cravar no solo amazônida seu nome, marcando a história com atos de heroísmo e superação, tendo como prêmio final, o reconhecimento pelos seus feitos.

Na verdade, nem tudo era perfeito, a não ser a biodiversidade da Amazônia e seu bioma. Havia doenças, por que não falar dos índios que defendiam suas terras contra os invasores. O “senhor dos rios” era diariamente levado a pagar um preço muito alto pelo seu sonho de glória e riqueza. Fato, que levava a selvageria do explorador, ser tão mais selvagem em seus métodos de conquista, quanto, ao comportamento do índio na floresta, que pelo conquistador era um selvagem da pior espécie.

Em algumas circunstâncias, escritores da história se reservam algumas vezes, ao fato histórico em si, a datas, ano, como se isso fosse o teor da história, margeando apenas os desdobramentos e cotidianos dos “senhores dos rios”, que muito mais que uma margem, são parte fundamental da leitura que devemos fazer, sobre a ampliação do território brasileiro frente a Coroa Espanhola ainda no período colonial. Além das Entradas e Bandeiras, não nos furtemos de relembrar o sertanista mais conhecido do mundo, o Marechal Rondon, que foi além de sua missão na Amazônia, deixando marcas positivas de um processo de reconhecimento mais profundo do mundo amazônico, muita além das margens.

Do que falam as margens? O que revelam? Ou ocultam? Fala-se delas ou elas? Dos discursos historiográficos que tratamos pouco importa trocar as margens de lugar. Não se trata de inverter ou eleger centros e periferias da história. A questão estaria menos no local – espaço geográfico – mas, sim, no papel ocupado por algumas narrativas e seus cenários num determinado discurso historiográfico, que nacional, homogêneo e hegemônico.

Rondônia é a cristalizada por culturas que nasceram no berço dos seus rios, e aqui, somos agraciados pelos rios Madeira, Machado, Jamari, Mamoré e Guaporé, e como pilares de sustentação, proporcionaram no passado, o ingresso dos sertanistas, a sobrevivência dos nativos, e no presente a permanência de algumas comunidades caboclas e tradicionais.

Tivemos a experiência de navegar por 10 rios de Rondônia utilizando um kaiak, embarcação esta, que no passado foi inventada por esquimós que utilizavam ossos de baleia e couro de animais, para sua fabricação. A nossa aventura é tentar fazer alusão aos homens que no passado, superaram de alguma forma, as adversidades de navegar pelos rios de Rondônia, encarando diariamente as dificuldades naturais de um ambiente selvagem, que no passado, não se cansava em tentar expurgar os invasores e conquistadores da floresta e dos rios.    

E os rios têm seus senhores e também seus servos. Sociedades indígenas reinventam-se como no Mamoré, Jamari e Pakaas. Podemos, assim, percorrer os desvãos das corredeiras do Madeira e da vida de índios que por ali ainda existem. Ritos e sons dos rios confundem e são confundidos com as experiências de indígenas e setores envolventes. O Guaporé ganha vida histórica. Como a Amazônia, ele também é inventado como região, espaço geoecológico. Dele expulsa-se a história. Mas a recuperamos nos relatos de conquistas e derrotas. O silenciado e o enfatizado se invertem. Menos mediação da natureza e, sim, expectativas e percepções.

É de carne e osso, sangue e coração. São povos como os quilombolas de Santa Fé e Santo Antônio das Pedras Negras no Guaporé refazendo o contato colonial, suas identidades e, portanto, a si mesmos. O Outro paulatinamente reinventa o Nós. E ambos mudam. Desejos da conquista e colonização são escravos das canoas, e estas dos rios.

Navegamos pelos rios Machado, Preto, Candeias, Mamoré, Madeira, Guaporé, Jamari, Rio Jaci e Garças, não apenas para viver um turismo de aventura, ou menos ainda para de forma documental, seguir a risca o que os “senhores dos rios” viveram no passado, e assim, fazer uma alusão próxima da realidade, extraindo daquela essência, os dissabores de uma viagem quase interminável.  A nossa intenção era sentir, viver e aprender. Essa tríade foi a nossa grande lição. Precisamos conhecer o passado, tentar entender e refletir. Viver essa experiência foi algo imensurável. Ao longo dos rios que navegamos, podíamos imaginar o quanto foi difícil para esses homens “senhores dos rios”, que chegaram à levar três anos em uma viagem de São Paulo-Amazônia –Belém, seguindo apenas os cursos dos rios.

Em muitos artigos e manuais – o que se passou chamar de Amazônia foi verdadeiramente expulso. Uma expulsão histórica, uma cada vez historiográfica. Inventada como região – unida e homogeneizada – a Amazônia foi transformada num mundo distante. Da história distante, mas próxima da natureza. Reintegrar estes mundos não é tão somente um esforço bem intencionado ou politicamente correto de compreender o regional. Significa entender a construção de ima(r)gens naquilo que nomeamos Amazônia, experiências não foram miméticas ou variáveis passivas de mundos dela distantes, mas extremante ligados, pela história de seus rios.

Brasil : EXEMPLO
Enviado por alexandre em 12/01/2015 01:36:51


Fátima Gavioli de doméstica à secretaria da SEDUC

O governo vem estudando a possibilidade
de levar a educação com mediação para a floresta

 
 
Fátima Gavioli - De doméstica à secretária da SEDUC

Fátima Gavioli é uma paranaense de Goio Êre que completa 47 anos de vida no próximo dia 5 de fevereiro, que assumiu a Secretaria de Educação - SEDUC com muita vontade de trabalhar e que por força do destino, assumiu interinamente a Superintendência da Secel e está se esforçando, para no período que passar por ali, não comprometer a Superintendência, com nenhum tipo de acordo de pagamento que mais tarde possa ser impedido inclusive pela Lei.
Assim começou nossa conversa com a professora mestra Fátima Gavioli na manha da última quinta feira 08, em seu gabinete da Secretaria de Educação no Palácio Rio Madeira. Na conversa ficamos sabendo da luta enfrentada pela família que veio do Paraná em busca de um pedaço de terra, em especial daquela menina que para ajudar os pais na criação dos irmãos, foi trabalhar como doméstica na casa de uma família de Cacoal e com todo sacrifício e acima de tudo determinação, foi galgando seus objetivos e hoje é a Secretária de Educação do Estado de Rondônia – Fátima Gavioli de Doméstica a Secretária da Seduc a vitória da determinação

E N T R E V I S T A

Zk – E na Seduc?
Fátima Gavioli – Estamos nos esforçando para colocar a educação estadual em Rondônia entre as melhores do Brasil.

Zk – Quando veio para Rondônia e por quê?
Fátima Gavioli – Vim criança! Meus pais são do Paraná e vieram como todo brasileiro veio, atrás de terra. Chegamos aqui muito pobre, eu sou a filha mais velha de uma família de cinco irmãos. Moramos em Ariquemes de onde fomos para a antiga Cafelândia que hoje é o município de Rio Crespo, minha família mora até hoje em Rio Crespo, mas, com toda doença malária que meu pai teve eu saí para trabalhar como doméstica.

Zk – Essa história ta ficando boa. Foi trabalhar como doméstica na casa de quem?
Fátima Gavioli – Fui trabalhar em Cacoal na casa da família do senhor Divino Cardoso que foi prefeito da cidade. Trabalhei durante Sete Anos. Criei os filhos dele. Nesse ínterim a única coisa que me movia era o desejo de estudar.

Zk – O Divino Cardoso pagava bem a empregada doméstica?
Fátima Gavioli – A empregada doméstica ganha livre, tudo dela é livre, é xampu, sabonete, pasta de dente, toalha, enfim, ela ganha tudo! O meu salário sobrava pra mandar pelo Correio pra Rio Crespo que era Cafelândia, ali minha mãe comprava roupas pros meus irmãos (nesse momento Fátima se emociona e lagrima). Em Cacoal fiz uma proposta aos meus patrões, dizendo que como a casa era muito grande e eles tinham duas empregadas e uma delas ia casar, então que eles me deixassemeu assumir a cozinha.

Zk – Eles concordaram?
Fátima Gavioli – Disseram que eu não daria conta, e eu disse pra mim mesma, tenho que dar conta, porque um salário vou mandar pra Cafelândia e com o outro, vou pagar a faculdade e assim, fiz o curso de Letras na Unesc antiga Sec do professor Ismael Cury, depois fiz Direito na Universidade Federal de Rondônia, depois Pedagogia e depois pós graduação.

Zk – Era limpando a casa dos Cardoso e estudando. Sobrava tempo pra namorar?
Fátima Gavioli – Claro, tanto que casei, tive dois filhos maravilhosos e então fiz Mestrado em Educação. Foi quando a mosca azul da educação me picou de verdade e descobri o que era estar na sala de aula, que tem uma magia que só quem sabe vai entender.

Zk – Exemplo?
Fátima Gavioli – O professor em sala de aula pode ser rainha, rei, pode ser guerreiro, pode ser escravo. Ali contando histórias para os alunos ele pode ser o que ele quer, é muito gratificante quando você realmente ama profissão.

Zk – E como administradora da área?
Fátima Gavioli – Nessa minha luta, fui representante de ensino durante quatro anos na gestão da secretária Sandra Marques, depois fui ser professora universitária e agora, depois de quatro anos na coordenação de ensino em Cacoal, o governador Confúcio Moura me convidou para conduzir a educação estadual. Sou muito simples Zekatraca! Tenho dificuldade, por exemplo, em almoçar em lugares muito glamorosos, ainda sofro com esse luxo todo que o pessoal do primeiro escalão, mesmo não querendo, tem que ter em determinadas solenidades.
Zk – Na Seduc qual sua meta?
Fátima Gavioli – Minha maior preocupação é que cada escola tenha dignidade, qualidade, compromisso com nossos estudantes com nossos funcionários.

Zk – Por falar nisso, estamos em pleno inicio do ano escolar. Como a Seduc está administrando a demanda de alunos?
Fátima Gavioli – Até o dia 15 estaremos trabalhando as matriculas depois as rematriculas e no final do mês, faremos a chamada escolar que é para aquele aluno que não está matriculado em nenhuma escola no estado todo. Tem vaga pra todo mundo.

Zk – Qual o calo seco da Seduc?
Fátima Gavioli – É a falta de professores! Eu tenho professores, mas, eles estão uma hora doentinhos, outra hora de licença prêmio, outra hora de licença sem vencimento. No quadro eles existem, não existem de fato, essa é a nossa maior preocupação.

Zk – Está prevista a realização de concurso?
Fátima Gavioli – Sim, porém em alguns casos a gente faz o concurso e não consegue preencher as vagas, principalmente nas localidades mais distantes e com isso, o governo vem estudando a possibilidade de levar a educação com mediação para a floresta.

Zk – Como vai funcionar esse estilo de educar?
Fátima Gavioli – Esse estilo já é utilizado no Amazonas e na Bahia. Exemplo vou pegar o Distrito de Pacarana que fica a quase cem quilômetros de Espigão D’Oeste já entrando ali pelo Mato Grosso. Ali a gente coloca uma Torre e na hora que começa a aula em Porto Velho começa lá também, na sala fica um professor mediador. Esse programa faz tanto sucesso que o Secretário do estado do Amazonas que foi o criador, já foi premiado internacionalmente e foi copiado pela Bahia onde já existem 1.300 postos do Ensino Médio com Mediação Tecnológica. É o futuro! Aí você pergunta mais vão substituir o professor pela máquina? Não, se o professor for inteligente ele vai entender a situação, essa técnica será aplicada nos lugares onde o professor não faz concurso ou não aceitar ir. E mais se eu tenho o Ensino Médio Tecnológico tenho mais dinheiro para fatiar entre os professores, porque não fico enchendo a folha com professores temporários ou leigos! Tá dando certo na Bahia e no Amazonas.

Zk – Quando começa a funcionar esse sistema?
Fátima Gavioli – Este ano vamos começar com 15 salas experimentais em Rondônia. Se Deus quiser não vai faltar educação, ora Educação Tecnológica, ora Presencial, ora Educação de Jovens e Adultos. Se eu puder instalar essa Torre dentro do presídio todos os presos vão ter acesso ao ensino médio. Nossa Gerente Angélica essa semana vai ao Amazonas assinar o contrato.

Zk – Uma das metas do governador Confúcio são as escolas de ensino integral. Este ano quantas estarão funcionando com esse sistema?
Fátima Gavioli – Este teremos 20 Escolas Integradas funcionando a meta é ampliar para mais 30. Quando o governador começou trabalhar esse estilo, as pessoas pensavam que era uma invenção do governador Confúcio Moura a educação integrada, não é! Temos um documento assinado na ONU, na OEA uma declaração assinada que até 2020 todos os municípios dos estados brasileiros terão pelo menos 50% da Rede de Ensino em regime integral.

Zk – Como funciona uma escola que adota o regime integral?
Fátima Gavioli – O aluno entra as 7h30 tem quatro horas de aula, almoça e depois vai para a oficina. Na escola integral a criança tem horário para tomar banho, para fazer as refeições, para brincar e até para tirar uma soneca, pois, existem os colchonetes para isso. Disciplinar uma pessoa não é fácil principalmente nos tempos atuais onde toda criança por mais pobre que seja, tem um celular com internet.

Zk – Para encerrar. Como funciona a cultura em Cacoal?
Fátima Gavioli – O povo de Cacoal é literalmente politizado, tudo em Cacoal pega com muita intensidade exemplo, se deflagram uma greve e contar com o apoio de Cacoal pode contar que será sucesso. Isso quer dizer que eles estão muito bem preparados na questão da juventude, dos professores, da família. Em Cacoal o cinema é lotado, as peças de teatro são lotadas, os shows são lotados, isso é um trabalho feito dentro das escolas, a Presidente da Fucultural a professora Maria Lindomar é uma professora de carreira e por toda escola que ela passou ela foi levando isso, Coral de Música, Artes Plásticas. No meu gabinete na Seduc tenho um quadro pintado pelo meu filho que se aperfeiçoou nas oficinas de artes plásticas ministradas em Cacoal. É um quadro lindo

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