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Brasil : AVALIAÇÃO
Enviado por alexandre em 11/07/2016 23:36:47


Federação critica avaliação nacional para receber diploma de medicina
A exigência de avaliações nacionais foi anunciada pelo Ministério da Educação em abril e será implementada a partir de agosto
Por: Da redação

As avaliações obrigatórias serão aplicadas no segundo, quarto e sexto ano do curso

A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) divulgou hoje (11) nota contrária à aplicação de avaliações nacionais a estudantes de medicina para a obtenção do diploma. A exigência foi anunciada pelo Ministério da Educação em abril e será implementada a partir de agosto.

As avaliações obrigatórias serão aplicadas no segundo, quarto e sexto ano do curso. Os alunos que não obtiverem nota mínima definida pelo MEC não receberão o diploma nem poderão ingressar na residência médica.

“A Fenam leva à sociedade, à categoria médica e aos estudantes de medicina sua posição contrária ao exame seriado, exame de ordem ou qualquer outra avaliação assemelhada com foco punitivo no estudante”, disse a entidade.

De acordo com o comunicado, as universidades têm autonomia para titular seus formados, devendo o foco de qualquer avaliação ser dirigida às faculdades, ao conteúdo ministrado e à qualidade de ensino.

A federação destacou que os conselhos regionais de medicina já têm a atribuição de punir ou mesmo cassar médicos por imperícia no exercício profissional, além de questões referentes à imprudência e negligência na área.

“A Fenam entende que o melhor modelo é um teste de progresso para avaliação do aprendizado e dos conteúdos ministrados, avaliação do corpo docente, fiscalização da infraestrutura, para que haja o aperfeiçoamento contínuo do ensino nas faculdades de medicina. A comprovação de deficiência será causa de advertência, suspensão de novas vagas ou fechamento da faculdade”, sugeriu a federação.

Qualidade

Ainda segundo a entidade, a obrigatoriedade dos exames seriados poderá provocar o surgimento de cursinhos preparatórios que poderão facilitar a abertura de novas faculdades “sem compromisso com a qualidade do ensino”.

“Em vez da melhora do ensino teremos então a possibilidade de sua piora, com o aparecimento de bacharéis em medicina sem possibilidade do exercício profissional. Haverá a transformação da educação médica numa fraude, com frustração para pais e estudantes, enganados pelos que autorizaram faculdades a funcionar sem as devidas condições.”

A chamada Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina está prevista no Programa Mais Médicos (Lei 12.871/2013) e em resolução do Conselho Nacional de Educação. Pelas normas, o prazo para que a avaliação comece a ser aplicada termina este ano. A aplicação começará pelos alunos do 2º ano de medicina em agosto. Cerca de 20 mil estudantes farão a prova em 2016.

Aqueles que não obtiverem a nota necessária poderão refazer a prova. Serão feitas várias avaliações em um mesmo ano. Assim, o estudante que não obtiver nota mínima ou o que deseja antecipar a prova antes do fim do curso, poderá fazê-lo. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) será responsável pela avaliação.

Brasil : JUSTIÇA
Enviado por alexandre em 11/07/2016 09:19:04


O preço da sacralização do Judiciário

Elio Gaspari - O Globo

Aconteceram três episódios que prenunciam encrencas que serão testes para o Judiciário nacional. Em fevereiro, contra o voto de Celso de Mello e de três outros ministros, o Supremo Tribunal Federal decidiu que uma pessoa condenada na segunda instância deverá esperar o julgamento de um novo recurso na cadeia. Mello chamou a decisão de “inversão totalitária”.

Na semana passada, numa inversão minoritária, o ministro mandou soltar um empresário que em 2009 matara o sócio. Condenado a 16 anos na primeira instância, ficou com 14 anos na segunda e foi preso. Mello soltou-o. Ele não julgou o caso, mas o direito de um assassino esperar em liberdade o julgamento de seu último recurso.

O Supremo deverá decidir se a decisão de fevereiro foi constitucional. Todos os grandes clientes e escritórios de advocacia que defendem a turma da Lava-Jato torcem para que ocorra uma inversão plutocrática. Como 7x4 pode virar uma outra coisa, não se sabe, mas pode-se sonhar com uma reversão do doloroso 7x1 do Mineirão.

Noutro episódio, o ministro Dias Toffoli mandou soltar o comissário Paulo Bernardo, que havia sido preso uma semana antes. Sua decisão foi cumprida pelo juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Tendo sido obrigado a libertar o comissário petista, o magistrado soltou outros seis acusados de morder as contas de créditos de servidores públicos. Se é para soltar, soltemos todos.

O terceiro caso, grotesco, aconteceu no Tribunal Federal da 2ª Região. O juiz Marcelo Bretas mandou prender o notório contraventor Carlinhos Cachoeira e o notável empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta. Prontamente, o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Federal da região, atendeu os advogados de Cachoeira e converteu as prisões preventivas em domiciliares.

Os repórteres Chico Otávio e Juliana Castro lembraram ao público que o desembargador já fora réu num processo que lhe custara o afastamento do tribunal por vários anos. Defendido por Técio Lins e Silva (hoje advogando para Cavendish), foi desonerado.

Em 2014, Athié desbloqueara os bens do empreiteiro acusado de superfaturamentos em obras do governo do Estado do Rio. A amizade de Cavendish com o governador Sérgio Cabral era motivo de orgulho para ambos, e Athié registrou que ser amigo de poderosos não poderia criminalizar um cidadão.

O desembargador que rapidamente adocicou as preventivas foi novamente ligeiro: declarou-se impedido e entrou em férias. Suas decisões foram revertidas, e a dupla foi para Bangu até que o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, retomou a linha de Athié e mandou soltá-los. Breve, novos capítulos.

Brasil : 3ª IDADE
Enviado por alexandre em 10/07/2016 00:29:40


Assassinato do futuro: Cristovam Buarque

A maioria dos aposentados ainda recebe menos do que o necessário para atender todas as suas necessidades

Na mesma semana do plebiscito que tirou o Reino Unido da União Europeia, conhecido como Brexit, uma pesquisa feita pelo professor Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Programa de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mostrou que no Brasil são assassinadas 29 crianças por dia, mais de dez mil por ano. Estes dois fatos representam o desprezo pelo futuro.

O Brexit é uma preferência pelo passado; a morte de crianças é nossa Braxit, um assassinato de portadores do nosso futuro. Há décadas, o Brasil faz sua Braxit, sem plebiscito, discretamente, por decisões ou missões silenciosas de seus políticos. Raras decisões de um povo geraram tantos debates quanto o chamado Brexit.

Talvez sejam necessárias décadas para termos pleno conhecimento das consequências desta decisão: ética, o fechamento daquele país aos imigrantes que buscam abrigo contra a pobreza e as guerras em seus países; econômica, perda de investimento e vantagens comerciais; política, isolamento de uma população de 65 milhões de habitantes diante de uma comunidade de 510 milhões; cultural, pela perda da oxigenação promovida pela convivência entre povos; histórica, isolamento em um tempo de inevitável marcha a integração e globalização.

Mas já é possível dizer que foi uma opção da maioria dos britânicos pelo passado. O perfil etário dos eleitores demonstra: 63% com mais de 60 anos votaram pela saída; 73% com menos de 30 anos votaram pela permanência. O futuro queria permanecer; o passado, sair. A surpresa do voto dos britânicos não surpreende o Brasil.

Há décadas, opta- mos por sair do futuro, preferindo ficar presos ao passado. Nossos investimentos, nossas estruturas não têm preferência pelo futuro, são usados sobretudo para pagar erros e dívidas do passado. Gastamos R$ 500 bilhões por ano com a Previdência e R$ 300 bilhões com a Educação.

A maioria dos aposentados ainda recebe menos do que o necessário para atender todas as suas necessidades, mesmo assim, considerando o valor per capita, o passado recebe quase duas vezes mais do que recebe o futuro. Em 2013, o setor público brasileiro fez um sacrifício fiscal de R$ 2 bilhões somente para promover a venda de automóveis; e de R$ 1,6 bilhões com incentivos fiscais para inovação tecnológica nas empresas.

Em 2015, pagamos R$ 502 bilhões de juros por dívidas financeiras contraídas no passado e investimos apenas R$ 68,5 bilhões na construção de infraestrutura econômica no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Gastamos mais com o passado do que com o futuro.

No dia seguinte ao Brexit, os eleitores do Reino Unido iniciaram o movimento por um Brain, uma reunificação com a União Europeia, mas o Brasil continua sem ao menos perceber nossa clara op- ção por fugir do futuro, nem se propondo a incorporar-se ao futuro: nosso Brain.

Para tanto, são necessárias diversas reformas, mas sobretudo cuidar da educa- ção das crianças. Nosso Brain quer dizer cuidar do cérebro de cada criança.

* Cristovam Buarque é senador da República

Brasil : EDUCAÇÃO
Enviado por alexandre em 09/07/2016 21:32:50


Adolescentes e a internet: como navegar na rede com segurança

A tecnologia que conecta pessoas por meio da internet e suas redes sociais pode causar dor de cabeça aos pais, professores e pedagogos

A tecnologia que conecta pessoas por meio da internet e suas redes sociais pode causar dor de cabeça aos pais, professores e pedagogos. Episódios envolvendo bullying virtual, difamação e a vingança erótica, conhecida como sexting, tem ganhado espaço entre os jovens e adolescentes.

De acordo com o psicólogo e pesquisador da Universidade Federal da Bahia Rodrigo Nejm, diretor de Educação da Organização não Governamental (ONG) SaferNet, o vazamento de conteúdo íntimo tem superado, em volume, casos registrados em comparação aos episódios de cyberbullying, nos últimos dois anos.
“O fato é que os adolescentes se apropriam da internet com uma sensação de poder e anonimato, com que aquilo está fazendo está protegido, que não tem consequências. É muito enigmático, pois mesmo que conheçam o perigo, na hora da brincadeira, do namoro, se expõem muito mais a essas situações na rede”.

A ONG registrou, no ano passado, 322 atendimentos em seu canal de ajuda sobre situações envolvendo o chamado sexting, quando jovens e adolescentes trocam imagens de si mesmos (com pouca roupa ou nus) e mensagens de texto eróticas.

Com relação ao ciberbullying, a SaferNet registrou 265 pedidos de ajuda. Em 2014, a SaferNet computou 224 atendimentos por sexting e 177 por ciberbullying. Para o especialista, os números são pequenos diante da realidade, mas expressam um “termômetro” da atual realidade do país.

A facilidade de acesso à internet, a sensação de segurança provocada pelo uso do celular pessoal, a erotização precoce e a falta de instrução sobre educação sexual estão entre os fatores apontados pelo psicólogo para o aumento dos casos de sexting.

Com o aumento do uso da internet por adolescentes o compartilhamento de fotos íntimas se tornou um perigo para muitos jovens que não medem os riscos dessa exposição

“Crianças acessam a internet pelo celular, essa sensação de segurança fez com que as pessoas se sentissem mais à vontade para compartilhar conteúdo íntimo. Atualmente já não há mais o obstáculo da lan house ou o computador que era compartilhado por várias pessoas em casa. Além disso, há uma cultura de superexposição e erotização precoce da infância que estimula ainda mais essa situação. O tabu sexual ainda é muito grande e nessa fase de experimentação, o adolescente está 'fazendo e acontecendo' na internet com o calor do momento”, analisa Rodrigo Nejm.



Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apontam que 81,5 milhões de brasileiros com mais de 10 anos de idade acessam a internet pelo celular. O número representa 47% dessa parcela da população, de acordo com as entrevistas feitas em 19,2 mil domicílios entre outubro de 2014 e março de 2015.


Pense antes de compartilhar


O psicólogo é enfático: o jovem deve pensar antes de compartilhar imagens ou conteúdo. “Quando você for compartilhar, publicar, tente pensar um pouco mais do que [apenas] no momento, porque as consequências são muito importantes”, alerta.

“O que nos surpreende nos 'nativos digitais' é que a gente supõe que eles são muito habilitados. Uma coisa é o tempo de uso e outra coisa é a capacidade crítica, de reflexão, de fazer escolhas conscientes, e ninguém aprende sozinho só porque nasceu nesta era digital. Isso exige uma conversa sobre cidadania com pais, familiares. A gente vê adolescente expondo comentários racistas, homofóbicos e se arrependem. Tente a reflexão antes do clique”, disse Rodrigo Nejm.

Para a procuradora regional da República Neide Cardoso, coordenadora nacional do grupo de trabalho de enfrentamento aos crimes cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF), outro aspecto que desperta preocupação das autoridades é a exposição voluntária de informações pessoais dos jovens.

“Hoje as pessoas colocam a vida toda nas redes sociais. Ali o aliciador, além de visualizar as fotos, também tem informação da pessoa – seja da escola, do local, às vezes mostra residência. São imagens que acabam identificando”, afirmou.

Preocupado com aumento da criminalidade incentivado pela insegurança da rede, o MPF criou o Projeto Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas. A iniciativa leva informação sobre o uso seguro e responsável da internet para professores da rede pública e privada de ensino, e já percorreu 12 capitais brasileiras. De acordo com o órgão, os principais riscos são o aliciamento online; a difusão de imagens pornográficas de crianças ou adolescentes e o ciberbullying.

Segundo a procuradora, os pais devem sempre acompanhar o que seus filhos estão fazendo na internet. “A própria criança acaba dando algum sinal. Quando o pai está se aproximando, desliga o computador, muda a tela, isso é um sinal de que alguma coisa está acontecendo. Sempre acompanhar e orientar a criança nesse aspecto: evitar contato com quem não conheça, evitar se expor com fotos que identifiquem família, escola”, orienta.

Neide Cardoso orienta ainda que jovens evitem se relacionar com pessoas com quem nunca tiveram contato presencial. “[O adolescente] nunca vai saber se quem está do outro lado é uma pessoa da idade dela. Normalmente, o aliciador de menor sabe ter o mesmo nível de conversa de uma criança que ele quer iludir. Assim como adultos sofrem crimes de estelionato na internet, fica muito mais difícil para uma criança ou adolescente perceber essa situação”.

A procuradora ressalta que o pai ou responsável pelo adolescente que pratica um ato infracional pode ser responsabilizado por danos morais em relação à vítima.

“Os adolescentes têm muito a ideia de que não vão ser pegos, que pode fazer o que quiser na internet que as autoridades não vão conseguir identificá-los, e nós, a partir de qualquer denúncia, temos sempre como identificar o agressor. O que é mais difícil para nós é justamente chegar à denúncia”.

Como lidar com excesso de internet?

Segundo Rodrigo Nejm, o essencial para pais e responsáveis é dosar o uso dessas tecnologias com outras experiências.

“Quando o pai adota essa tecnologia como principal instrumento isso é gravíssimo para infância, porque é muito limitado do conjunto de estímulos que oferece para as habilidades cognitivas e sociais para a criança. Se você priva a criança de objetos cognitivos e comportais, se torna o celular e jogos eletrônicos a principal oferta de recursos lúdicos é uma forma de assassinar a pluralidade cognitiva daquela criança.

Para o psicólogo, os responsáveis devem limitar o máximo o contato de crianças até 4 anos com eletrônicos e a internet. Aos mais velhos, o ideal é dosar o uso e impor limites para que os jovens usuários tenham outras alternativas de lazer, como esporte, música e cultura.

“Quando a criança só socializa pela internet, de fato, ela vai ser prejudicada. A vida vai muito além da internet. Quando ela passa a ser a única atração, o uso excessivo, pode ser prejudicial ao desenvolvimento daquela criança”.

A recomendação do especialista é que a família crie momentos para que o uso da tecnologia é evitado. Refeições, horários de descanso e atividades com amigos e familiares devem ser momentos de “desplugar” para adolescentes.

“Outro exercício muito saudável é tentar ficar um dia sem Internet ou celular. Fazer um diário das experiências sem o celular, descrever as sensações, o que usou, o que mais sentiu falta, o que sentiu de diferença. Esse simples exercício de parar para pensar no seu uso é uma forma de administrar o seu próprio uso e analisar qual a qualidade do meu tempo gasto em comparação a como tenho usado o meu tempo. Os adolescentes precisam a fazer essa reflexão, de como eles manejam o seu próprio tempo”.

A família

Bernardo Dicazuza Valocci, de 10 anos, usa diariamente suas redes sociais para se comunicar com amigos sobre jogos online. A bancária Camilla Dicazuza, mãe do menino, diz que monitora os diversos grupos de Whatsaap que o filho participa para checar se o conteúdo é adequado e, principalmente, se os contatos são, de fato, da sua idade.

“O tempo que ele passa é algo que realmente tem que ser controlado, se deixar ele passa um dia inteiro assistindo vídeos no YouTube”. Pelo apego do menino, Camilla conta que usa a tecnologia como moeda de troca para barganhar ou punir as atitudes do pré-adolescente.

A jornalista Luzia Tremendani é mãe da adolescente Jasmine Tremendani, de 13 anos, e também monitora o conteúdo e os amigos dela nas redes. Entre os assuntos favoritos da menina está o candomblé, religião praticada pela jovem.

“De vez em quando pego o celular e olho como quem ela está falando no WhatsApp, quais são os assuntos. O que eu vejo está dentro da normalidade da idade ela. Não tem nada que fuja do que ela deveria vivenciar na idade dela. Às vezes ela posta coisas exageradas no Facebook e eu mando ela apagar”, disse.

Segundo Luzia, o apego da jovem à tecnologia já criou problemas no colégio, por utilizar o celular indevidamente dentro da sala de aula. “Tomaram o celular dela e, hoje em dia, ela é proibida de levar o telefone para a escola. Eu não deixo que ela leve mais”, afirmou.

Perigos da rede

Cada passo dado nas redes sociais é monitorado. Atualmente, existem ferramentas que mostram desde os vídeos assistidos, pesquisas realizadas, sites visitados e produtos utilizados no acesso à internet. A tecnologia oferece resultados detalhados, que mostram os termos pesquisados, os horários e frequência com que os sites foram visitados, além do dispositivo e browser usado.

Segundo Rodrigo Nejm, o adolescente deve fazer uma busca para ver como seus dados pessoais estão pulverizados na rede. “Tudo que eles fazem nesses aparelhos deixa um rastro digital, e eles têm que saber como isso funciona para que administrem seus próprios rastros, e entenderem a responsabilidade que é a sua própria exposição”.

Para o pesquisador, pais devem instruir seus filhos para que saibam lidar com tecnologia e redes sociais. “A questão toda é qual a nossa capacidade crítica de lidar, proibir não é educar. Tem que educar para exercer a liberdade com responsabilidade. Os pais entram em pânico querem bloquear tudo, isso não é saudável. A gente tem que educar para liberdade e cidadania”, disse.

Dicas de uso para crianças e adolescentes

O que você compartilha na internet com seus amigos não fica só entre vocês. Informações pessoais nas redes sociais se tornam públicas.

O que você divulga na rede dificilmente será removido depois.

Os “cadeados” e bloqueios de acesso podem ser “quebrados” por pessoas mal-intencionadas.

Evite exibir imagens com pouca roupa ou sensuais, pessoas malintencionadas podem distorcer e usar suas imagens para te intimidar e ameaçar publicá-las.

- Evite usar webcam com estranhos. Sua imagem pode ser manipulado e você ser ameaçado de ter essa foto montada em situações humilhantes e divulgada entre amigos e familiares.

- Bloqueie o contato dos agressores no celular, chat, e-mail e redes de relacionamento.

Jamais aceite convite para encontrar presencialmente um amigo virtual sem autorização. Mesmo que vá com seus pais ou adultos responsáveis, vá a local público.

Quando um conteúdo pornográfico (fotos, vídeos, histórias escritas) envolvem crianças e adolescentes na Internet, isso é crime! Você pode denunciar no endereço www.denuncie.org.br, ligar para o Disque 100, ir a uma delegacia especializada ou se dirigir ao conselho tutelar mais próximo.
Quais as situações difíceis você pode encontrar na internet?

Ciberbullying – Bullying virtual. Assim como o bullying, o ciberbullying também é uma forma de violência. Consiste em humilhações e ameaças de colegas nas redes sociais ou pelo celular.

Sexting – É quando adolescentes e os jovens trocam imagens de si mesmos (com pouca roupa ou nus) e mensagens de texto eróticas, com convites e brincadeiras sensuais entre namorados, pretendentes e amigos. Trata-se de fotos e vídeos feitos com o uso de tecnologias (câmeras fotográficas, webcam etc) e trocados através da internet e de seus aparelhos celulares.


Fonte: Agência Brasil

Brasil : EDUCAÇÃO
Enviado por alexandre em 06/07/2016 17:57:23


Número de doutores cresce quase 500% em 18 anos no Brasil

A reunião da SBPC foi realizada na Universidade Federal do Sul da Bahia-BA

O número de títulos de mestrado e doutorado cresceu 379% e 486%, respectivamente, entre 1996 e 2014, no Brasíl, revela estudo divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro, na Bahia.

Apresentado nesta terça-feira (5), o estudo revela ainda que os títulos de pós-graduação triplicaram no mesmo período com a criação de novos cursos.

Segundo o diretor do CGEE, Antônio Galvão, a pulverização dos programas de mestrado e doutorado criou as condições necessárias para o desenvolvimento de outras regiões do país. Quanto maior o conhecimento, maior o potencial de geração de riquezas para o país, afirmou Galvão, ao detalhar o estudo.

"Quando se muda isso, muda-se a qualidade dos empregos das pessoas, porque eles [pós-graduados, mestres e doutores] vão fazer tarefas mais complexas, ter atividades e empreendimentos de maior densidade técnico-científica, que remuneram melhor, que pagam melhores salários. Todo o processo de desenvolvimento real é baseado em conhecimento. Este é o grande segredo, e é o que a pesquisa está mostrando", afirmou.

O estudo mostra o mercado de trabalho de mestres e doutores em um período de seis anos. De acordo com os dados da pesquisa, de 2009 a 2014, o total de mestres empregados foi 66% e o de doutores, 75%, bem acima da taxa de ocupação da população, que está em 53%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Mesmo com o avanço, o Brasil aparece como antepenúltimo em um ranking de 37 países. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, no Brasil são apenas 7,6 doutores para cada grupo de 100 mil habitantes. Apenas o México (4,2) e o Chile (3,4) tiveram desempenho inferior ao do Brasil nesta lista.


Fonte: Agência Brasil

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