Primeira-dama brasileira declarou que não existe hierarquia entre ela e Lula
Janja Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, concedeu uma entrevista para a BBC onde falou sobre seu papel no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na conversa, ela reafirmou que desde a campanha eleitoral quis ressignificar o papel e que “organizar chás de caridade e visita a instituições” não é o seu perfil.
– Meu papel é de articuladora, que fala sobre política pública. Nós podemos estar em espaços diferentes e falando a públicos diferentes quando necessário – declarou Janja.
Na entrevista, ela comenta que ficou chocada com as críticas que recebeu por ter visitado cidades do Rio Grande do Sul que foram afetadas pela chuva em 2023 por perceber que no século 21 ainda discutem sobre o que uma primeira-dama pode ou não fazer.
– [Lula] me dá total autonomia para que eu possa fazer o que faço. Essa linha de hierarquia não existe entre mim e meu marido – afirmou.
A socióloga traz uma mensagem feminista para as esposas dos presidentes e diz que hoje é possível escolher e sair da “caixa” que as primeiras-damas são “sempre forçadas” a ficar.
– É uma questão de não ter aquela caixa. Ela pode fazer o que quiser.
Com popularidade em queda constante, Lula cria cenário favorável para a direita
Governadores bem posicionados ante o eleitorado Foto: Valter Camargo/Agência Brasil; Foto: Alan Santos/PR; Foto: EFE/ Isaac Fontana; Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
A popularidade do presidente Lula (PT) em queda constante produz uma série de nomes à direita para brigar no páreo. É o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que está no topo do ranking de popularidade entre os governadores que almejam disputar a corrida presidencial em 2026, segundo dados da pesquisa Genial/Quaest, publicada nesta quinta-feira (11).
Caiado tem 86% de aprovação neste seu segundo mandato, número que lhe confere a maior taxa registrada nos estados pesquisados, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A pesquisa aponta que apenas 12% dos entrevistados reprovaram seu governo, e 2% não souberam responder.
No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) também figura bem entre os chefes do Executivo nos estados que gozam de boa reputação entre os eleitores. Ele bateu a marca de 79% de aprovação, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, obtiveram 62% de aprovação nos seus estados.
A pesquisa consolida que os quatro governadores citados, se candidatos ao Palácio do Planalto, em 2026, tem cenário mais favorável do que Lula. A aprovação do petista oscila entre 44% (Paraná) a 52% (Minas Gerais).
Foram entrevistados 5.410 eleitores e a margem de erro sofre variação de acordo com a região. Em São Paulo, é de 2,4 pontos porcentuais. Em Minas, 2,5 pontos porcentuais, e no Paraná e em Goiás fica em 2,9 pontos.
Jornalista disse que decisões de Moraes parecem mais legislativas do que jurídicas
Michael Shellenberger Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Autor do Twitter Files Brazil, o jornalista Michael Shellenberger afirmou nesta quinta-feira (11) que as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes parecem mais legislativas do que jurídicas.
– São muito fortes, muito sérias. A nós, nos Estados Unidos, ele parece agir como legislador, não somente um juiz – observou.
O relato foi feito durante audiência pública da Comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado Federal, que teve não somente a participação de Shellenberger, mas do jornalista brasileiro David Ágape, que ajuda a realizar as reportagens. O intuito da comissão é investigar a atuação ilegal de autoridades brasileiras e suas interferências na rede social X.
Comentando uma suposta perseguição à plataforma de Elon Musk, Shellenberger disse que a medida pode comprometer ainda mais a liberdade de expressão no Brasil.
– Eu não acho que a eleição de Joe Biden tenha sido fraudada, este não é meu ponto de vista. Mas eu defendo o direito das pessoas de dizerem isso.
Ele destacou que a liberdade de expressão serve para garantir o direito ao contraditório, às divergências de ideias. Quando o exercício da manifestação do pensamento contrário é colocado em risco, o direito à livre expressão está sob ameaça.
Assistência estudantil e programa Farmácia Popular são algumas das ações afetadas
Lula Foto: PR/Ricardo Stuckert
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um corte de R$ 4 bilhões em diversos ministérios, afetando programas da Educação e também programas sociais. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, os cortes afetarão o pagamento de bolsas em universidades e também na educação básica.
Os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia perderão R$ 280 milhões, trazendo prejuízos para ações voltadas para a pesquisa e assistência estudantil. Para se ter uma ideia, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) perdeu R$ 73 milhões. Já os cortes na educação básica foram de R$ 30 milhões.
Sobre os cortes em programas sociais, algumas das ações que terão as verbas reduzidas são o financiamento das comunidades terapêuticas, que tratam de dependentes químicos, e o programa Criança Feliz.
Programas da Saúde também sofrerão impactos, como acontecerá com a Farmácia Popular que perderá 20% dos recursos. Dos R$ 140 milhões tirados da Saúde, R$ 107 milhões são apenas deste programa que oferece medicamentos com desconto. A entrega de medicamentos gratuitos não será impactada.
Os cortes são justificados pelo governo como uma medida para poder adequar o Orçamento às regras do novo arcabouço fiscal.
Jornalista Michael Shellenberger ainda afirmou que Corte reivindicou dados privados de internautas
Michael Shellenberger Foto: Reprodução / YouTube / Poder 360
O jornalista e autor do Twitter Files, Michael Shellenberger, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a contar com ajuda do serviço de inteligência e segurança dos Estados Unidos (FBI) e de policiais brasileiros para atuar na regulação de conteúdos veiculados nas redes sociais durante as eleições.
As declarações do jornalista norte-americano ocorreram em entrevista ao portal Poder360.
– Meu colega David descobriu que o FBI deu conselhos ao governo brasileiro, também descobriu que dentro do TSE existe um grupo de policiais envolvidos na censura, e que a Abin também está envolvida. Eu acho que é uma coisa que deve chocar, os policiais não devem se envolver na censura – assinalou.
Shellenberger considera que a Corte Eleitoral foi “agressiva” em suas determinações, requerendo das plataformas informações privadas de internautas.
– O governo era muito agressivo pedindo informações do Twitter. Por exemplo, eles queriam informações privadas sobre as pessoas, inclusive, informação de números telefônicos, queriam ler as mensagens privadas das pessoas que utilizaram certos tipos de hashtags reclamando, por exemplo, das eleições – expôs.
O comunicador afirma que, embora o Twitter tenha resistido em compartilhar tais informações, outras empresas de tecnologia como Google, Facebook, Amazon e até mesmo Uber repassaram os dados ao governo sem que as pessoas soubessem.
O jornalista relata ainda que o ministro Alexandre de Moraes ordenava a remoção de conteúdos sem permitir que a plataforma revelasse que a decisão havia partido dele.
– Alexandre de Moraes pediu que o X fizesse a censura das pessoas e dissesse que foi o X que decidiu, não ele. É uma coisa muito incrível, né? O governo querer que o X faça a censura e não tomar a responsabilidade, e não dizer que foi pedido pelo governo – acrescentou.
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