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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 29/01/2019 18:17:51

RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA


BALBÚRDIA – À medida que se aproxima o calendário escolar – fevereiro – a tendência é o problema ficar mais grave com a paralisação dos transportes coletivos na Capital. A empresa procurou a justiça para deixar de explorar os serviços e apresentou documentos aos autos que comprovam que o impasse foi criado pela municipalidade ao conceder as gratuidades sem indicar a fonte que financiaria a generosidade, impondo ao caixa do Consórcio SIM todo o prejuízo. Caberá à justiça agora analisar o pedido feito pela empresa para que o município de Porto Velho recomponha o passivo gerado pelas gratuidades, visto que decisões políticas atabalhoadas provocaram toda esta balbúrdia.



LEVIANDADE – Acusam o consórcio por deixar de recolher os tributos municipais, mas não lembram que este passivo decorre daquele que levou a empresa a contabilizar os prejuízos com as gratuidades, além dos cálculos equivocados do número de passageiros que a municipalidade apresentou no momento em que contratou a empresa. De lá pra cá, apareceram, para concorrer com o consórcio, táxis compartilhados, moto táxi, plataformas de aplicativos de transportes locais e nacionais. É uma leviandade apontar para o SIM a culpa exclusiva por essa esculhambação que virou os transportes coletivos de Porto Velho.



SOLUÇÃO - A hora não é de apontar culpados, é o momento de encontrar uma saída antes que os estudantes que necessitam do serviço também não sejam prejudicados. Amanhã, na segunda vara da Fazenda Pública, haverá mais uma audiência entre as partes que pode dar fim ao impasse. A população não quer saber apenas de quem é a culpa, quer uma solução. E chega de empulhação!



PÓLVORA – As masmorras brasileiras, incluídas aí as de Rondônia, são um barril de pólvora a explodir a qualquer momento. O coronel-governador Marcos Rocha conhece esta realidade com mais propriedade do que todos os governadores que exerceram a chefia do Executivo Estadual, exatamente porque ocupou no governo de Confúcio Moura a pasta que comandava a administração do sistema carcerário. Com o movimento paredista desencadeado pelos agentes penitenciários essas masmorras viram nitroglicerina pura.



NEGOCIAÇÃO – Por decreto o governador interveio na administração dos presídios e determinou que a Polícia Militar passasse a administrá-los como forma de retaliação ao movimento paredista. Em momento de crise como esta não é anormal os governadores agirem como o coronel Marcos Rocha, inclusive como forma de impor sua autoridade. No entanto, a crise exige também dos governantes a sabedoria de recuar no momento adequado para que a crise não tome dimensões catastróficas. E o momento exige de ambas as partes diálogo, mas fica difícil abrir conversa com quem é acostumado a ditar ordens sem ser questionado. A arte de governar está intrinsecamente ligada à capacidade dos governantes de gastar o verbo. Sem lábia o caos impera.



CRÍTICAS – Alguns setores com interesses na administração estadual criticaram com veemência a greve dos agentes penitenciários. Entre as críticas, alegam que o governador assumiu há menos de um mês e não teve tempo hábil para avaliar com mais acuidade os reflexos orçamentários que o aumento à categoria poderiam gerar no tesouro estadual. É uma desculpa plausível, embora, para as categorias que sofrem com os salários aviltados, não passa de pretexto já que a situação dos barnabés é de calamidade salarial.



CRÍTICAS I - A raiz da questão é que na campanha todos os candidatos prometem o que não vão conseguir fazer e quando ganham optam por evasivas. A maioria sequer conhece a realidade financeira do Estado e, os poucos que conhecem, fazem de conta que desconhecem. O que importa é a vitória. Quando assumem não gostam de ser criticados e apelam para desculpas esfarrapadas, mesmo que possam ser verdades. Marcos Rocha fez parte da administração estadual que sucedeu e não pode alegar desconhecimento da realidade estadual. Não adianta criticar a greve, é preciso abrir as negociações nem que seja para reciclar as promessas de aumento salarial para um futuro próximo até que o Estado conclua as negociações das dívidas.



LIDERANÇA – Criticam também o deputado estadual Anderson Pereira – líder reconhecido da categoria. São críticas infundadas já que o parlamentar na campanha se apresentou como representante dos interesses da categoria dos agentes penitenciários. Suas posições na Assembleia Legislativa são mais do que coerentes, razão pela qual conseguiu o segundo mandato. Anderson também é um bom legislador e, mantendo a coerência, pode ir mais longe.



RESERVA - Quem conhece um pouco das atividades de parte do agronegócio sabe que é um setor importante para a balança comercial do país. Contudo, empregam poucas pessoas comparando com outras áreas, embora seja mais rentável do que aquelas. É um setor que exige dos órgãos públicos limites porque tem vocação a predador. Para alívio dos abnegados ambientalistas os órgãos de repressão à depredação ambiental voltaram a atuar com toda força e começam a coibir as invasões nas reservas, em particular indígenas. As gerações futuras agradecerão aos abnegados.



BRUMADINHO – Situações como as que ocorreram em Mariana e, agora, em Brumadinho, ambas no Estado das Minas Gerais, tendem a repetir. Uma repetição ainda mais catastrófica. Após o resultado das urnas com a eleição de políticos com um discurso malandro de ocupação do solo, da terra e dos insumos sem controle, as nossas reservas minerais, vegetais e hídricas correm um grande perigo.



DESPUDORADOS - As catástrofes mineiras podem servir de alerta à população em geral e aos órgãos de controle em particular, para que sejam contidos esses discursos. Há ainda os mais afoitos que em privado defendem sem pudor a dizimação das comunidades indígenas, não falam ainda publicamente por razões econômicas. O agronegócio visa o lucro e nada mais. Ninguém é contra o desenvolvimento, mas não pode ser às custas de nossas riquezas naturais. Alguém lembra de uma cachoeira da capital que sucumbiu ao progresso?


​VOOS - Cada dia fica mais complicado viajar de Rondônia para outros estados, seja pelos preços extorsivos das passagens, seja pela escassez de voos. Neste início de ano vários voos foram retirados do estado, especialmente os diurnos. Voltamos há trinta anos atrás que só haviam poucos voos - desestimula a concorrência e encarece as passagens - e todos de madrugada. Nossa bancada federal - principal usuário dos voos semanalmente - não abre o bico e não reclama. Resta ao cidadão comum reclamar ao bispo, este, anda muito ocupado, orando para que nossos representantes sejam melhores. Não tem salvação!

Resenha Política : O atual Governo de Rondônia está querendo impor um candidato à presidência da Assembleia Legislativa com o objetivo de garrotear o Poder Legislativo.
Enviado por alexandre em 16/01/2019 00:40:15

NOVIÇO – Não há um registro na literatura política em que um poder tente fazer ingerência no outro sem que haja rusgas e com um final desastroso para um deles. O atual Governo de Rondônia está querendo impor um candidato à presidência da Assembleia Legislativa com o objetivo de garrotear o Poder Legislativo.

BRANCALEONE - O batalhão brancaleone arregimentado pelo coronel governador para auxiliar na área política faz uma trapalhada atrás da outra. Ao anunciar, através do segundo na hierarquia governamental, que tem candidato à presidência da Assembleia Legislativa, o governo entra numa seara pantanosa e pode se afogar. Na política, embora que em reservado haja intromissão nessas disputas, os chefes dos executivos publicamente costumam disfarçar e negar interesse em se imiscuir nas decisões internas dos legislativos. Com o batalhão que arregimentou, o final dessa intromissão é possível mensurar.

MOITA – Embora o nome do militar recém-eleito deputado estadual Eyder Brasil seja cogitado para ser ungido pelas ornas governamentais para presidir o legislativo estadual, na moita, de forma dissimulada, o nome preferido do Palácio Madeira para assumir a direção da ALE é o deputado Lebrão (PMDB). O pemedebista não é um noviço, mas ao acionar o chefe brancaleone para conseguir os apoios necessários dá sinais que desaprendeu o ofício.

EMBUSTE – As ameaças que andam sendo feitas por aí contra a autonomia dos parlamentares em escolher livremente a nova mesa diretora são feitas por quem não é do ramo e não passam de embustes. As suspeitas que foram divulgadas de grampos nos telefones dos deputados confirmam também outras de que os patetas chegaram ao paraíso. Até um lawyer, aprendiz de feiticeiro, se achou no direito de ameaçar e colocar grilhões nos parlamentares. Aos embusteiros, as favas, já que brioches estão em falta.

GRUPO – Há outros três pretendentes a presidência da ALE, todos com mais de um mandato, que não caíram na esparrela de beijar mão do chefe do Executivo estadual e tentam viabilizar seus nomes convencendo os próprios pares: Jean Oliveira, Alex Redano e Laerte Gomes. Mesmo os três almejando o mesmo posto, pactuaram que o que arregimentar mais apoio recebe a adesão dos outros.

AMEAÇAS – Quem orienta sua excelência o coronel governador em ameaçar os profissionais da imprensa que escrevem livremente as respectivas opiniões sem medo nem temor, a exemplo desta coluna, perde tempo. Este filme já vimos recentemente e, nem por isto, os jornalistas se amedrontaram.

LEVIATÃ - O coronel tem todo direito de não gostar do que escrevem sobre seu governo e pode buscar reparação no poder Judiciário quando houver excessos, conforme prescreve a constituição, mas ameaçar colocar as estruturas governamentais contra a liberdade de expressão vira presa fácil para quem não tem medo de escrever, já que não há nada em governo algum que não vaze. Ademais, jornalista que se preza não se curva às ameaças nem bate à porta do leviatã para pedir arrego.

INVASÃO – Pelos ânimos eleitorais e a influência do agronegócio na campanha, inclusive nos estados, as invasões criminosas às reservas indígenas e ambientais era só questão de tempo. A notícia de que em Rondônia as reservas estão sendo alvo da cobiça do setor vegetal que trabalha à margem da lei não surpreende ninguém. O que causa surpresa é o silêncio das instituições que deveriam agir com rapidez para evitar as invasões. Os ânimos apontam dias tenebrosos para o meio ambiente e para os nossos brasileiros índios. (...) “O que preocupa é o silêncio dos bons”, já profetizava Martin Luther King.

TRANSPORTES – Como a municipalidade da capital ainda não pôs em prática todas os compromissos assumidos em juízo em dezembro passado para solucionar os gargalos dos transportes coletivos, gerando um déficit enorme ao sistema, é possível que o setor paralise suas atividades antes que entre em insolvência.

DIAGNÓSTICO – Um parecer técnico e bem elaborado pela Logitrans, empresa com expertise na área, de Curitiba, foi entregue à municipalidade com um diagnóstico preciso e que aponta algumas recomendações que necessitam ser colocadas em prática imediatamente antes que o sistema entre em colapso de vez.

PROPOSTAS – A Semtran tem que adotar medidas imediatas para evitar o caos, entre elas, aplicar o complemento do custo passageiro, ajustar produção quilométrica dos serviços através da adequação da oferta e demanda de cada faixa horária, ajuste em períodos de férias, isenção da carga tributária, revisão de gratuidades que foram concedidas sem critérios concretos e isenção do ICMS do óleo diesel. São propostas exequíveis que evitam que o problema continue se avolumando, do contrário, testemunharemos o caos.

LETARGIA - A empresa SIM, dentro das suas competências, tem alertado a municipalidade e aguarda ações concretas para as soluções desses problemas. O nó está na Semtran que não faz corretamente sua parte. Um novo secretário deve ser anunciado para a pasta, mas até a posse é possível que seja tarde a adoção das medidas pela letargia com que as decisões administrativas têm sido tomadas pelos secretários da prefeitura da capital.

VIOLÊNCIA - A população está assustada com os altos índices de violência registrados no país, o que reflete nas pesquisas de opinião feitas por aí que apontam pelo endurecimento da legislação penal. No entanto, o número enorme de oficiais que estão sendo arregimentados para assumir outras áreas da administração pública diversa da segurança podem agravar esses índices.

INTROSPECÇÃO: "Água mole em pedra dura tanto bate a até que fura"...

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 08/01/2019 21:40:52

RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA


RETORNANDO – Todo ano esta coluna entra de recesso uma semana antes das festas natalinas e retorna uma semana depois das festas de ano novo. Estamos nós aqui de novo. O recesso não significou ficar longe das notícias e de olho nas posses que ocorreram país afora. Inclusive em Rondônia. Até o carnaval manteremos a coluna atualizada todas as terças-feiras.



POLÊMICAS – Duas polêmicas dominaram os primeiros dias de janeiro de 2019; a primeira, a decisão do coronel governador e do prefeito da capital, Marcos Rocha e Hildon Chaves, ao anunciarem que não vão destinar um centavo para o carnaval sob a justificativa de que esses recursos serão melhor aplicados na educação e saúde. A segunda, as estripulias articuladas, em surdina, feitas pela Assembleia Legislativa ao conceder aos vinte e quatro deputados estaduais mais dois salários. Uma polêmica que foi sanada com ação firme do poder Judiciário ao suspender a esculhambação.



CARNAVAL – Embora as justificativas anunciadas para suspender a verba para as festas carnavalescas sejam nobres, ninguém em juízo perfeito e que conheça de perto as realidades da saúde e educação rondonienses acredita que algo melhore com os caraminguás que os dois governantes (governador e prefeito) prometem destinar para as respectivas áreas.



CRETINICE - A verba retirada do carnaval não resolverá os gargalos dessas duas pastas, visto que o problema é de gestão. Fizeram um carnaval com o anúncio e conseguiram arregimentar aplausos de uma plateia de gente que não gosta de samba e fez coro à turma do cordão do puxa-saco. O carnaval é reconhecidamente a maior festa popular do país, seja em Porto Velho, seja no Rio de Janeiro. Nada justifica a falta de apoio. Mesmo em época de crise e, falando dela (crise), o que vivemos é uma crise de cretinice.



CABEÇÃO – Não é de hoje que há um bloco considerável que não gosta de carnaval, embora adore ficar sem trabalhar com os dias destinados à folia. Sem falar nos fundamentalistas que aproveitam o feriado para ocupar o tempo atacando quem cai no samba. Já anunciava o poeta: “quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”. Quando o carnaval passar veremos a saúde e educação com os mesmos problemas, apesar da verba prometida pelas duas autoridades. Mas aí a polêmica passa para as festas juninas. Haja cabeção!



TIME – Confesso que não conheço a maioria dos auxiliares do primeiro escalão do governo do coronel Marcos Rocha, mas há pelo menos quatro nomes de profissionais com experiência para os cargos que foram designados que conheço: Franco Ono, Lenilson Guedes (cabra da melhor qualidade), Saummy Vivecananda, Euclides Nocke. Como os demais não são tão conhecidos da maioria da população não podemos dizer que é um time de galácticos, mas é cedo para criticar já que terão os cem primeiros dias para justificar as indicações. O próprio coronel, até então conhecido na caserna e nas pastas que atuou, surgiu na onda bolsonarista e terá seu tempo para comprovar que é merecedor da avalanche de votos que recebeu no segundo turno. É hora de torcer para que tudo dê certo e vire um time campeão, mesmo não sendo partidário das suas convicções políticas que a esquadra professa.



FLANCO – O principal ponto fraco do governo do coronel está no campo político. Nem ele e tão pouco o time que escalou tem experiência com a política. É fácil vociferar que não nomeou ninguém indicado pelos parlamentares quando ainda o governo está em lua de mel com as urnas. Difícil é manter esse discurso quando a nova legislatura for empossada. Quem é do ramo da política sabe onde o flanco do coronel está exposto aos solavancos da política. As fissuras a serem abertas são questão de tempo.



SUCESSÃO – Nos próximos dias as atenções políticas ficarão por conta da sucessão da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Rondônia. Pelo menos dois grupos tentam emplacar a maioria, ainda que nos bastidores. A escolha da presidência do Poder Legislativo Estadual de Rondônia, em tempos não muito remotos, sempre foi envolta a manobras nada republicanas. Há registro de deputados levados a força para locais remotos sem comunicação para que não fosse cooptado pelo grupo antagonista. Quem conhece os relatos desses bastidores sabe das estripulias que ocorrem. Ouvi de pelo menos dois ex-presidentes, em off, relatos engraçados e vexames que alguns parlamentares foram submetidos, entre outras espertezas. Na atual sucessão não há registro de manobras, ainda...



3º TURNO – Pelas reações nas redes sociais, o segundo turno das eleições não se encerrou com o resultado das urnas. Está cada dia mais chato participar de um grupo de amigos no whatsapp em razão das disputas políticas. As mídias sociais viraram uma arena UFC com sopapos para todos os lados. Um terceiro turno eleitoral da pior qualidade. Não nutro nenhuma simpatia pelo capitão do time presidencial nem acredito que faça tudo aquilo que prometeu na campanha. Contudo, torço para que o Brasil cresça, crie empregos, seja mais tolerante e o governo acerte o passo. Torcer pelo pior é apostar na insensatez. Somente os idiotas querem o caos.



PREVIDÊNCIA – A proposta da reforma da previdência que está sendo gestada pela área econômica governamental afetará duramente os servidores públicos. É imprescindível que tenhamos a reforma antes que faltem recursos para pagar os aposentados e não há outro caminho senão cortar alguns privilégios existentes. O que não é correto é que a reforma a ser anunciada alcance aqueles contribuintes que estão na iminência de requerer as respectivas aposentadorias. Nem tampouco que atinja somente a população sem que a gestão como um todo seja reformada, como as despesas com juros (quase do tamanho do pagamento dos benefícios), renúncias fiscais, entre outros gargalos.



PROMESSAS – É possível que o prefeito da capital Hildon Chaves consiga colocar em prática a proposta de PPP que fez durante a campanha e que foi bem assimilada pelo eleitor. Estão em andamento os projetos de parceria para a construção da rodoviária, shopping popular e saneamento. O da iluminação foi travado pelos burocratas da Emdur por razões ainda não bem esclarecidas. O prefeito tem consciência de que é preciso avançar muito para alcançar os objetivos traçados, mas a administração municipal está bem melhor do que a que antecedeu.



PROMOÇÃO - O filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi nomeado assessor especial do Banco do Brasil e receberá a bagatela mensal de 36 mil reais. Na função anterior, na mesma instituição, o rebento do vice-presidente percebia 12 mil reais. "Está tudo como dantes no quartel d'Abrantes".

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 19/12/2018 18:13:59

RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA

UNGIDOS – Nem entre os cardeais do Vaticano que formam o colégio da escolha papal guarda-se tanto segredo sobre o nome do intermediário de Deus neste plano terrestre quanto guarda o coronel-governador diplomado, Marcos Rocha, em relação ao anúncio dos nomes dos seus secretários de Estado. Reza a lenda que o coronel ao convidar alguns para formar a tropa exige rigorosamente sigilo. Nem a esposa do ungido tem o direito de saber da convocação.

TROPA – Ao procrastinar o anúncio e reconhecer em entrevista que ainda não conseguiu compor toda a tropa, o coronel Marcos Rocha confirma as suspeitas lançadas nesta coluna de que está tão perdido quanto cego em tiroteio. O grupo que o acompanhou no primeiro turno era reduzidíssimo e, no segundo turno, reuniu mais alguns do staff do ex-governador Confúcio Moura. No grupo da transição, embora sejam pessoas corretas, não há nenhum nome tecnicamente falando que causa surpresas. Há especulação em torno das pastas de agricultura, Casa Civil, Fazenda e Planejamento. Aliás, devem ser os primeiros a serem divulgados.

LOROTA – Uma declaração dada pelo governador diplomado merece atenção, além de elogios, é que a demora do anúncio ocorre porque quer amadurecer melhor as escolhas e que os ungidos tenham no governo longevidade. Não sendo lorota, razão lhe assiste!

ALFINETADA – Ao alfinetar a imprensa quando divulga informações que não são do seu agrado, o coronel governador macaqueia o guru inspirador político, capitão presidente Jair Bolsonaro. Ambos, que saíram de uma eleição recente com bons percentuais de votos, optaram em escalar a tropa pelas redes sociais e ficam possessos quando os jornalistas criticam. Bolsonaro faz isto desde a pré-campanha, uma fórmula que tem sido exitosa, Rocha copiou após a eleição.

AREIA - Por enquanto, ainda em lua de mel com o eleitor, têm apoio da população. Contudo, a fórmula de cutucar insistentemente a mídia não é a mais adequada e já foi intentada por outros políticos com mais capilaridade política que prometiam caçar marajás e o final todos conhecem. Ademais, o coronel está saindo da sua zona de conforto (caixa de areia que treina os militares) e pisando em areia movediça que pavimenta o mundo político.

ERRO – O próprio Marcos Rogério reconheceu ao competente jornalista Sérgio Pires, em entrevista exclusiva, que não tem espaço para improvisar ou errar. E é verdade, visto que os dois senadores eleitos, Confúcio Moura e Marcos Rogério, vão surgir no noticiário dos próximos anos como prováveis sucessores à vaga do coronel. É lógico que os dois, hábeis na arte da esquiva, vão negar até quando puder. Mas nos quatros anos da administração do coronel os dois senadores estarão fazendo sombra ao governador e acompanhando de perto para onde vai marchar a tropa de Rocha. Mas uma razão para Marcos Rocha não continuar errando ao cutucar a mídia com vara curta.

RENOVAÇÃO – Apenas quatro dos onze membros que compõem a bancada federal rondoniense no Congresso Nacional foram diplomados e retornam para mais um mandato. Em particular o deputado federal Marcos Rogério (DEM) que em fevereiro assume as funções de Senador da República. A renovação foi enorme.

AVISO - A coluna cantou a bola na semana passada ao alertar a municipalidade que as coisas não iam normais na Secretaria de Trânsito da capital. Hoje, o que não é surpresa, foram presos o secretário, o adjunto e um empresário ligado à manutenção de semáforos Havia muito boato nos bastidores sobre malfeitos naquela secretaria e, tudo indica, o secretário supostamente mentia ao prefeito sobre as estripulias. Quando cobrado, apresentava planilhas de redução de custos em relação à administração anterior e sonegava as informações que agora estão sendo expostas. A coluna avisou, mas não foi ouvida. Está aí o resultado!

MEDIUNIDADE – É lamentável que o médium tão famoso e festejado pelos astros de todo o mundo, João de Deus, tenha feito tanta maldade. Do dia para noite saiu do céu para o inferno por denúncias de crimes sexuais. Crimes que são praticados às escondidas e que constrange as vítimas numa sociedade machista, e em tempos políticos complicados. O médium, ao que parece, conseguiu por anos esconder seu lado lascivo. Vai precisar de muita ajuda espiritual para aliviar a carga de tanta maldade que causou.


Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 11/12/2018 17:38:43

RETORNO – Depois de alguns dias curtindo férias na cidade maravilhosa (Rio de Janeiro), onde nasceu, o governador eleito Marcos Rocha se reúne com a trupe encarregada da transição para tomar ciência geral do pepino que herdará e finalizará os nomes que vão compor seu primeiro escalão. A expectativa é que anuncie os secretários no decorrer da próxima semana. Uma fonte revelou à coluna que usará as redes sociais para nominá-los, a exemplo do que fez Bolsonaro. Alguns nomes já são conhecidos, como Evandro Padovani, Fernando Máximo, Elias Rezende Oliveira. Nomes ligados à caserna também deverão aparecer na lista do primeiro escalão do governador eleito.


RESISTINDO – Uma fonte da coluna revelou que há uma pressão nos bastidores para que o governador abra espaço no governo à indicação de nomes pelos parlamentares no primeiro e segundo escalão. Rocha tem resistido, mas alguns dos seus mais próximos interlocutores têm orientado para que ceda e, por consequência, influencie na escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa. Quem conhece os meandros do Poder Legislativo sabe que dificilmente o governador eleito consegue governar sem compor com boa parte dos deputados estaduais. Composição naquele poder significa cargos.


ENXUGAMENTO – Com as contas do estado no amarelo, embora bem melhor que várias outras unidades da federação, o coronel vai ser obrigado a enxugar a máquina para manter as finanças sob controle. Ao cortas despesas correntes, necessariamente muitos cargos comissionados terão que ser extintos já que o discurso fulcral do PSL, partido que elegeu Marcos Rocha, é a diminuição da máquina estatal: estado mínimo. Contudo, do ponto de vista histórico, os militares brasileiros sempre foram adeptos ao modelo de um estado mais obeso, forte. Pela volúpia com que estão retornando ao poder político, os sinais são de que poucos mudaram de posição. A ver!


BOQUIRROTO – A fixação do presidente eleito Jair Bolsonaro em seguir a política externa estadunidense em relação ao Oriente Médio pode provocar prejuízos comerciais ao Brasil incomensuráveis, em particular às exportações de carne bovina em Rondônia. A Liga Árabe alertou a Bolsonaro, em carta, que a transferência da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém pode prejudicar as relações com os países árabes, conforme agência Reuters. Tudo o que os membros do agronegócio rondoniense não precisam, visto que foram os principais cabos eleitorais do militar em Rondônia. Toda vez que Bolsonaro improvisa em política exterior cria o maior quiproquó.


SIM – Dependerá da Câmara Municipal dos Vereadores a solução para a manutenção dos transportes coletivos em Porto Velho. Está nas mãos dos edis um minucioso diagnóstico de mobilidade urbana da capital, patrocinado pelo SIM, que detalha amiúde os gargalos que inviabilizaram todo o sistema nos últimos anos e apresenta as saídas para que o usuário não seja o único prejudicado. Sim, o serviço oferecido não é uma maravilha, mas pode ficar terrível para a população de baixa renda caso nada seja feito de imediato. Com a palavra senhores vereadores, sem demagogia!


RECONHECEU – Em entrevista numa rádio em Candeias o prefeito da capital Hildon Chaves reconheceu que o sistema de transportes coletivos funciona precariamente e alertou que pode paralisar a qualquer momento caso nada seja feito imediatamente. A empresa que explora o setor já ingressou na justiça para que a empresa deixe de prestar os serviços em decorrência dos prejuízos acumulados. Da forma como está concebido o sistema não há como operar por ser deficitário. A licitação que está em andamento tem tudo para dar deserta.


SINAL - São fortes os indícios de barulho que podem ocorrer na Secretaria Municipal de Trânsito da capital. Outro dia fizeram uma busca e apreensão e a análise do material pode revelar mais do que se sabe. Também podem ser apenas boatos maledicentes do que se ouve pelo entorno, mas na dúvida é melhor o alcaide ligar o sinal amarelo.


RECONDUÇÃO – O desembargador Alexandre Miguel foi reconduzido à presidência da Associação dos Magistrados de Rondônia, no último final de semana, por 98,6% dos associados. Com foco primordialmente na defesa das prerrogativas, o magistrado terá uma enorme missão nesse biênio 2019/2020, principalmente quando há na opinião pública críticas em relação aos penduricalhos nos holerites das vossas excelências. Miguel, além de um magistrado da maior grandeza intelectual, é uma pessoa da melhor qualidade pessoal. A magistratura está bem representada.


ACUSADO – Ao ser perguntado pelos jornalistas sobre as movimentações atípicas de um assessor do futuro senador Eduardo Bolsonaro – sobrenome dispensa indicar o nome do pai – Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, optou por evasivas. A estreia do ex-juiz da lava jato no mundo da política sinaliza que o justiceiro global não terá vida fácil.

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