Eles já foram presos no decorrer das investigações, mas foram colocados em liberdade
A Polícia Federal prendeu neste sábado (14) Marcos Pereira, acusado de participar dos atos de 8 de janeiro. Com o nome de urna de Marcos Geleia Patriota, o morador da cidade de Céu Azul, no Paraná, não é o único com mandado de prisão que está concorrendo a uma vaga de vereador nas eleições municipais.
Há outros dois foragidos da Justiça, com ordens de prisão assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tentam se eleger em suas respectivas cidades.
Um deles é Direli Paiz, de Blumenau, em Santa Catarina, ele é pastor evangélico e chegou a ser preso em 17 de agosto do ano passado na 17ª fase da operação Lesa Pátria, mas foi solto em dezembro. Já em 29 de agosto deste ano, um novo mandado de prisão preventiva foi expedido. Ele é candidato a vereador pelo PL.
Além do pastor, o locutor de rodeios Jonatas Henrique Pimenta, candidato a vereador pelo PRTB na cidade de Olímpia, interior paulista, também tem um mandado de prisão preventiva. Ele chegou a ser preso em janeiro do ano passado, mas foi liberado com tornozeleira eletrônica. Em 30 de julho, um novo pedido de prisão foi expedido. As informações são do Poder360.
Em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo, uma pastora foi assassinada a tiros pelo próprio sobrinho. O crime aconteceu em uma igreja, na última sexta-feira (13).
A vítima foi identificada como Marta Alves de Oliveira. O sobrinho foi preso, mas não teve o nome revelado. Ele foi levado para a Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim.
A Polícia Militar (PM) disse que testemunhas relataram que o homem invadiu o local e efetuou disparos contra a pastora. Os agentes encontraram Marta caída no chão.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito. O corpo foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) e, depois, liberado para os familiares da vítima. As informações são do G1.
Líder religioso afirma que trata-se de conluio para extorqui-lo
Conhecido como Pai Tiago Juremeiro, o líder religioso Tiago Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi denunciado por frequentadoras do Instituto Afro-Ameríndio Roça de Catimbó Jurema, na QNN 3, Distrito Federal. Ele teria cometido importunação sexual e violência sexual mediante fraude e ameaça.
De acordo com informações do portal Metrópoles, as queixas foram apresentadas por ao menos duas pessoas na última segunda-feira (9). A polícia acredita, porém, que haja outras vítimas entre os frequentadores do terreiro, incluindo adolescentes.
Conforme o boletim de ocorrência, o pai de santo teria fingido incorporar a entidade Maria do Bagaço para induzir a vítima, de 27 anos, a entrar no “quarto da bagunça” do terreiro. Na ocasião, ele teria dito que a entidade sentia “desejo e atração” pela jovem e queria ter relações sexuais com ela.
A denunciante afirma que o crime teria ocorrido em abril, em um momento em que ela vivia problemas conjugais com o esposo. A mulher descreve que o líder religioso segurou sua cintura e tentou tocar em suas nádegas. Para de desvencilhar, ela concordou em topar um encontro com ele em outro momento e teria sido ameaçada de morte caso relatasse o ocorrido para alguém.
A outra vítima, de 18 anos, contou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2 que Tiago e chamou para conversar e a levou para um ambiente escuro com uma cama. Lá, ele teria feito perguntas indiscretas, beijado-a de língua e pressionado-a contra uma das paredes do terreiro. Após a vítima recusar ter relações sexuais, Tiago teria oferecido a ela um emprego para fazê-la “calar a boca” sobre o ocorrido. A jovem diz ter buscado o local religioso a fim de desenvolver a sua espiritualidade, também no mês de abril.
Afirmação está em documento do Coaf que embasou prisão de Solange Bezerra
O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que embasou a decisão judicial que levou à prisão a influenciadora Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Alves, apontou que Solange é suspeita de estar “envolvida em mídia negativa juntamente com suas sócias citando supostas atividades relacionadas a tráfico de drogas e sonegação fiscal”.
De acordo com o portal Leo Dias, que divulgou a informação, o documento apontou também que a mãe de Deolane teria uma renda mensal declarada de R$ 10 mil, mas, em cerca de um mês de observação dos investigadores, as movimentações teriam ultrapassado a marca de R$ 478 mil.
Por causa disso, o relatório do Coaf apontou que a mãe de Deolane movimentou “valores acima de sua capacidade financeira” e com “alta fragmentação nas contrapartes e rápida evasão de recursos”. De acordo com o documento, Solange recebeu e enviou as quantias para a Pay Brokers, de propriedade de Edson Lenzi, outro investigado.
O relatório indicou ainda que os depósitos partiam de uma conta com o mesmo titular e de duas empresas de intermediação de pagamentos. Já os saques, além de serem parcialmente devolvidos para as mesmas empresas intermediadoras, foram em parte transferidos para outra empresa do mesmo setor.
As suspeitas contra Solange ainda teriam aumentado em razão de pagamentos que continham o nome do filho de Deolane, Kayky, o que indicaria “possível uso da conta para passagem de valores em benefício de terceiros”. Segundo o Coaf, Kayky enviou R$ 750 mil para uma outra empresa intermediadora de pagamentos, a Zelu Brasil.
Biografia não autorizada revela jornada do assassino, que deve deixar prisão em quatro anos
No fim da década de 90, o país acompanhou a jornada de um assassino brutal de mulheres e a caçada pelo suspeito: um motoboy. Quase 30 anos depois, detalhes inéditos da vida do serial killer brasileiro condenado pela morte de sete jovens – apesar de ele ter confessado o assassinato de nove – e pelo estupro de mais uma dezena compõem o livro Francisco de Assis, O Maníaco do Parque, assinado por Ullisses Campbell.
Lançamento da Matrix Editora, a obra está entre os mais vendidos do Brasil, figurando no Top 10 da categoria “Não Ficção” da tradicional lista de best-sellers publicada semanalmente pela revista Veja. Também ocupa o primeiro lugar na categoria Crimes Reais Biografias e Memórias na Amazon.
Neste volume que inicia a Trilogia Homens Assassinos, o jornalista, escritor e roteirista especializado no gênero true crime revela memórias, confissões e experiências do homem assombrado desde criança por sonhos macabros. O autor fez um trabalho investigativo que demorou dois anos.
A pesquisa envolveu conversas com 40 mulheres sobreviventes ao ataque do maníaco; entrevistas com familiares dele, incluindo a mãe, Maria Helena; leitura de 20 mil páginas dos processos penais e de execução e dos laudos de 12 exames feitos em Francisco por psiquiatras e psicólogos dentro da cadeia.
Da infância marcada por abusos aos relacionamentos amorosos com algumas mulheres após estar preso, a biografia não autorizada se aprofunda nos pensamentos e delírios do sedutor mitomaníaco, que escolhia e capturava as vítimas passando-se por olheiro de uma grande marca de cosméticos.
FORÇA MALIGNA Convencido de que uma força maligna habitava seu corpo, Assis se tornava o próprio diabo: olhos fora de órbita, pupilas dilatadas e uma micro-hemorragia ocular que reforçavam o olhar demoníaco. Era essa a última imagem que as mulheres viam antes de serem estranguladas, estupradas, mordidas e deixadas em um parque na Zona Sul de São Paulo.
A pesquisa de Campbell esmiúça os laudos de exames criminais como o Teste de Rorschach ao qual Francisco foi submetido na prisão. Essa metodologia investiga aspectos de personalidade, como inveja, ódio, agressividade, impulsividade, falsidade, insensibilidade, imaturidade afetiva, frustração, traumas, fantasias, fetiches e desejos sexuais.
O resultado da análise, emitido em outubro de 1998, indica uma dissonância entre a identidade de gênero percebida e a almejada, fruto de um desejo profundo e oculto do paciente.
– Sua identificação com as figuras femininas e a expressão de uma intenção de ser como elas revelam um conflito interno significativo, sugerindo uma dissonância de gênero – aponta o laudo.
“CONTINUARIA MATANDO” Questionado pelo delegado Sérgio Luís da Silva Alves se continuaria matando mulheres, caso não tivesse sido preso, Francisco foi taxativo ao afirmar que se fosse solto a qualquer momento, acabaria matando de novo, pois sente uma força maligna que só cresce.
Prestes a deixar a prisão, o que deve acontecer em quatro anos, o Maníaco do Parque, teoricamente, não tem para onde ir. Segundo o autor da biografia do serial killer, a família não pretende acolhê-lo e o país não possui mais manicômios judiciais. No entanto, isso não significa a inexistência de mulheres dispostas a estar com ele. Nestas três décadas, Francisco recebeu mais de mil cartas e teve pelo menos três namoradas.
Com uma narrativa fundamentada em ampla pesquisa, envolvente e chocante, Ullisses Campbell mergulha na mente, rotina e história do homem que seduziu e brutalizou mulheres, condenado a 268 anos de prisão, dos quais cumprirá 30, período máximo de reclusão no país, na época em que foi sentenciado.
Francisco de Assis, O Maníaco do Parque é um lembrete de que o mal pode se personificar e protagonizar uma existência macabra. A obra sintetiza a pior face dos desejos insanos de um homem que, em breve, estará novamente nas ruas. O Brasil está preparado para conviver novamente com um dos criminosos mais perigosos de sua história?