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Coluna Você Sabia? : Cristóvão Colombo era judeu sefardita, afirma documentário
Enviado por alexandre em 15/10/2024 10:53:39

A comunidade acadêmica espanhola, no entanto, recebeu as afirmações com ceticismo

Pesquisadores espanhóis afirmam ter revelado a verdadeira origem de Cristóvão Colombo, tema que é motivo de controvérsia há séculos e já suscitou dezenas de teorias. De acordo com um novo documentário, exibido em horário nobre pela RTVE (emissora pública), análises de DNA teriam identificado que o famoso navegador era um judeu sefardita.

 

A investigação, liderada pelo médico legista José Antonio Lorente, professor da Universidade de Granada, durou mais de 20 anos e foi apresentada na noite de sábado (12).

 

As afirmações feitas na produção, contudo, foram recebidas com ceticismo por parte da comunidade acadêmica na própria Espanha.

 

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Cientistas destacaram que as conclusões apresentadas sobre a origem de Colombo não foram publicadas em um artigo científico, não tendo havido, portanto, o escrutínio do sistema de avaliação por pares. Houve ainda quem criticasse a falta de aprofundamento em aspectos técnicos sobre a análise do DNA do explorador.

 

"Infelizmente, no campo científico nenhuma avaliação pode ser feita após a visualização do documentário, pois ele não oferece um mínimo de informações sobre o que foi analisado", disse o geneticista Antonio Alonso, ex-diretor do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses da Espanha, em entrevista ao El País.

 

"A minha conclusão é que o documentário não mostra o DNA de Colombo em nenhum momento, e os cientistas não sabem que análise foi feita", completou.

 

Em entrevista à mesma publicação, e também nas redes sociais, outros pesquisadores também se mostraram pouco convencidos com a produção, lançada justamente no feriado nacional que comemora o dia da hispanidade.

 

Líder do trabalho agora apresentado, além de protagonista e narrador do documentário, o professor José Antonio Lorente afirma que o material será publicado em um periódico científico futuramente.

 

Até agora, a teoria mais aceita é a de que Colombo —que liderou expedições marítimas financiadas pela Espanha, abrindo caminho para a exploração das Américas pelos europeus— era da região de Gênova, na Itália.

 

Ainda assim, várias circunstâncias sempre fizeram com que esse fato fosse questionado, sobretudo em outras nações "candidatas" à terra natal do explorador, que morreu em 1506 em Valladolid, na Espanha.

 

Entre as diferentes teorias para suas origens estavam Suécia, Noruega, Portugal, França, Inglaterra, Escócia, Hungria, Irlanda e Croácia, além de diferentes regiões do território espanhol, como Galícia, Catalunha, Valência, Navarra e Maiorca.

 

Para os espanhóis, um fato que indicava a sua origem no país era o idioma utilizado pelo navegador em suas cartas: sempre o castelhano.

 

No documentário, Lorente e seus colaboradores indicam que analisaram em detalhes o material genético de Cristóvão Colombo e de seus familiares, havendo "no DNA mitocondrial e no cromossomo Y de seu filho Fernando Colombo traços compatíveis com sua origem judaica".

 

A conclusão, que teve participação também de um time multidisciplinar de pesquisadores, incluindo historiadores e especialistas em genealogia, indicou que o perfil genético encontrado é do Mediterrâneo ocidental.

 

Outros elementos, como a questão do idioma, teriam permitido limitar a origem do navegador à porção espanhola da região.

 

O trabalho de investigação das origens começou em 2001, quando o historiador Marcial Castro propôs a Lorente que fosse aberta a tumba, na catedral de Sevilha, onde estariam os restos mortais do explorador, para verificar sua autenticidade.

 

Na República Dominicana, também há um túmulo atribuído por fontes locais ao explorador. Portanto, a etapa inicial era essencialmente validar onde, de fato, estava Colombo.


Embora inicialmente o grupo de José Antonio Lorente tenha afirmado que os restos mortais da Catedral de Sevilha pertenciam ao navegador, a pesquisa acabou paralisada, em 2005. No documentário, o líder do projeto afirma que isso se deveu ao estado da tecnologia naquela altura, que era incapaz de extrair a informação necessária do DNA dos escassos fragmentos disponíveis para a investigação.

 

O avanço científico, contudo, permitiu a retomada dos estudos em 2020.

 

A produção argumenta que Cristóvão Colombo deliberadamente se esforçou para esconder suas origens judaicas, uma vez que, no século 15, havia uma forte perseguição à religião na Inquisição promovida pela Igreja Católica.

 


Em declarações ao El País, Lorente disse que a nova produção "não é um documentário científico, mas um filme" baseado em seus estudos. Ele afirmou que os resultados científicos serão apresentados em uma coletiva de imprensa, provavelmente no fim de novembro, e que, até lá, não fará mais declarações.

 

Fonte: Diário Online

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Coluna Você Sabia? : ALERTA! Confira 5 frases que homens falam e indicam um relacionamento tóxico, segundo psicóloga de Harvard
Enviado por alexandre em 14/10/2024 09:54:30

Segundo Cortney S. Warren, psicóloga treinada em Harvard, uma comunicação marcada por desprezo pode tornar o relacionamento tóxico

Um relacionamento tóxico é caracterizado por comportamentos prejudiciais adotados por uma ou ambas as partes envolvidas, criando um ambiente psicologicamente e fisicamente desgastante. Ele pode se manifestar de diversas maneiras, muitas vezes começando com pequenas ofensas que, com o tempo, se acumulam e geram um ambiente emocionalmente prejudicial.

 

De acordo com Cortney S. Warren, psicóloga treinada em Harvard, uma comunicação marcada por desprezo e desrespeito pode estabelecer uma dinâmica de superioridade dentro de um relacionamento, tornando-o tóxico.

 

A seguir, confira algumas frases que indicam um relacionamento tóxico, segundo a psicóloga em sua coluna de opinião para o canal de televisão norte-americano em CNBC:

 

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"VOCÊ É UMA PÉSSIMA MÃE"

 

 

Essa frase ataca diretamente a identidade e a autoestima da parceira como mãe. Segundo a psicóloga, parceiros tendem a conhecer as inseguranças um do outro, e essa frase explora essas vulnerabilidades de maneira cruel.

 

"VOCÊ NÃO ME MERECE"

 

 

Essa afirmação sugere uma dinâmica de superioridade, fazendo a parceira sentir que não está à altura do parceiro. Para Warren, essa linguagem reflete desprezo e pode minar a autoestima da mulher.

 

"ESTOU CANSADO DISSO"

 

A expressão pode indicar que o relacionamento está em risco, o que pode causar instabilidade e insegurança, segundo Warren. Isso pode fazer a mulher ter dificuldades em confiar no homem, uma vez que ela sente que a separação é uma possibilidade para o parceiro.

 

"VOCÊ É PATÉTICA"

 

Fotos: Reprodução/Internet

 

Ao insultar a parceira com essa expressão, o parceiro reduz suas complexidades e vulnerabilidades a uma simples ofensa, desvalorizando quem ela realmente é, afirma a psicóloga em seu artigo.

 

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"VOCÊ É TÃO CARENTE"

 

A afirmação sugere que os sentimentos e as necessidades emocionais da mulher são exagerados ou sufocantes. Em vez de reconhecer suas necessidades de afeto, o parceiro as minimiza, transmitindo a mensagem de que elas não têm importância.

 

Fonte:Terra

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Coluna Você Sabia? : Por que gostamos tanto de ver quadros de comida?
Enviado por alexandre em 11/10/2024 10:08:06

Aqui no Brasil, chamamos de natureza morta um tipo de pintura em que se representam seres e objetos inanimados, como comida, o que inclui frutas, pães e outros tipos de alimentos.

 

Pode parecer difícil de acreditar, mas essas obras que retratam comida são um clássico dentro da arte. E por que será que gostamos tanto de ver imagens de alimentos?

 

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A PRÁTICA DA NATUREZA MORTA

 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)

 

Para entender isso, é preciso voltar à época do Renascimento, quando os artistas europeus resolveram inovar: ao invés de criar obras religiosas para os seus clientes, alguns deles propuseram fazer retratos de natureza morta, com quadros que mostravam flores, livros ou objetos domésticos e, frequentemente, comida.

 

Isso era uma verdadeira novidade, e agradou muito, já que a comida era um tema bom, por ser carregada de simbolismo. As imagens de frutas se decompondo aos poucos ou de uma caça abatida eram encaradas como um retrato da efemeridade da vida. Já a comida farta ajudava a conotar o sentido da riqueza e da sofisticação.

 

Além disso, os pintores começaram a encarar a pintura de alimentos como uma forma de exercer suas habilidades de observação e treinar sua destreza em pintar pequenos detalhes. Mas, além de ser interessante para os artistas, elas também foram entendidas pelo público como divertidas de se olhar.

 

Durante o século 18, um pintor americano chamado Raphaelle Peale se tornou o primeiro a explorar profissionalmente esse gênero. Ele foi influenciado por pinturas que viu durante uma viagem no México, além das obras do espanhol Juan Sanchez Cotan.

 

OS QUADROS DE COMIDA CHEGAM À SALA DE JANTAR

 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)

Fotos:Reprodução

 

Mas o hábito de colocar cenas com comida e com jantar em suas salas sempre existiu. Um dos exemplos mais famosos é o quadro A Última Ceia, que Leonardo da Vinci terminou de pintar em 1498. O que nem todo mundo sabe é que esse quadro não foi feito em uma tela. Na verdade, é um mural feito por encomenda pelo duque de Milão, Ludovico Sforza, para decorar o Convento de Santa Maria delle Grazie.

 

Embora a obra não tenha sido originalmente destinada a decorar uma sala de jantar (ela ocupou um refeitório no convento), as imagens icônicas da Última Ceia de Cristo se tornaram extremamente comuns na época.

 

Séculos depois, o pintor espanhol Francisco de Goya elaborou o quadro Saturno Devorando um Filho, que mostra o deus Cronos como um gigante roendo o braço de um cadáver sem cabeça. Por mais curioso que possa se parecer, as reproduções dessa pintura também costumam ser usadas em salas de jantar.

 

Já na arte culinária moderna, um nome já clássico é o do pintor americano Wayne Thiebaud, que faleceu em 2021. Ele registrou bolos, tortas e sorvetes com um certo toque nostálgico que lhe trouxe muitos fãs.Suas obras foram parar em museus e fizeram sucesso por sua característica onírica, estimulando boas sensações no público. De acordo com Scott

 

A. Shields, autor do livro Wayne Thiebaud 100: Paintings, Prints, and Drawings, o artista pintava a partir da memória, sem olhar para objetos concretos, de forma intuitiva. “Ele disse: 'eu realmente não comecei a pintar tortas.Comecei a pintar um triângulo em um círculo e, de repente, tinha um pedaço de torta em um prato.' Então, ele estava realmente experimentando como fazer formas básicas funcionarem juntas", contou.

 

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Para Shields, a arte gastronômica sempre encantou as pessoas, não importa qual fosse a época. "Uma coisa com a qual todos podemos concordar é que todos nós conhecemos e gostamos de comida", finaliza. 

 

Fonte:Mega Curioso

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Coluna Você Sabia? : A misteriosa morte de Yuri Gagarin
Enviado por alexandre em 10/10/2024 10:08:19

O soviético Yuri Alexeievitch Gagarin colocou definitivamente o seu nome na história: ele foi o primeiro ser humano a viajar pelo espaço. O voo ocorreu em 12 de abril de 1961, enquanto ele estava a bordo da espaçonave Vostok 1.

 

Ter participado desse evento incrível não impediu que Gagarin tivesse uma morte precoce e trágica. Ele morreu no dia 27 de março de 1968, quando tinha apenas 34 anos, em um voo de treino rotineiro. Mas, por muito tempo, esse acontecimento foi envolto por mistérios.

 

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O ACIDENTE COM YURI GAGARIN

 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)

 

Em um dia com neve em março de 1968, o jato MiG-15 UTI decolou da base aérea de Chkalov, perto de Moscou, para um voo de treinamento de rotina. Dez minutos depois, o piloto da aeronave comunicou por rádio ao controle de tráfego aéreo que estava interrompendo o voo e solicitando permissão para pousar. Nesse momento, a transmissão caiu.

 

Duas explosões foram ouvidas à distância. Três horas depois, a equipe de busca descobriu uma cratera fumegante em uma floresta. A aeronave colidiu com o terreno e praticamente se desintegrou. Dentro dela, estavam dois homens. Um era o experiente coronel Vladimir Seryogin, que era piloto de testes e herói durante a Segunda Guerra Mundial. Já o segundo era o coronel Yuri Gagarin, um dos homens mais famosos da União Soviética

 

A morte dos dois, mas especialmente a de Gagarin, deixou a nação soviética em luto. Mas até hoje há muitas dúvidas sobre o que teria acontecido neste voo trágico.

 

OS MISTÉRIOS EM TORNO DO ACIDENTE

 

Yuri Gagarin era tido como um herói nacional na União Soviética. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Fotos:Reprodução

 

Após o acidente, o governo soviético decretou um período de luto nacional em memória de Yuri Gagarin. As duas vítimas foram cremadas no dia seguinte, e suas cinzas foram enterradas na Necrópole da Muralha do Kremlin.

 

A aeronave usada no treino desse dia, chamada de MiG-15UTI no. 612739, havia sido reparada em duas ocasiões antes do acidente. Já Gagarin começou a usar esse equipamento durante seu treino de verão, ocorrido entre 13 e 22 de março de 1968, dias nos quais ele realizou 18 voos, permanecendo 7 horas no ar.

 

No dia fatídico, Gagarin e Seryogin decolaram do aeroporto Chkalovskiy em Shchyolkovo. A visibilidade era normal, mas a altura inferior da cobertura das nuvens era de 600 metros acima da superfície de inverno. A instrução é que os voos deveriam durar mais que 20 minutos, mas 8 minutos após a decolagem, Gagarin anunciou o término da missão e pediu para pousar. Em seguida, o contato foi perdido e concluiu-se que a aeronave ficou sem combustível. Horas depois, detritos da aeronave e restos mortais dos pilotos foram encontrados.

 

Uma forte teoria sugeria que Gagarin e seu colega caíram com o MiG-15UTI por terem se desviado de um objeto voador não identificado, como um balão ou um pássaro. Essa manobra teria feito o avião cair e os dois morrerem.

 

Mais recentemente, um relatório liberado pelo governo russo trouxe à tona as informações relatadas por Aleksey Leonov, que foi o primeiro homem a fazer uma caminhada espacial, em 1965. Ele contou que era o responsável pelos treinamentos de saltos de paraquedas. No dia 27 de março, o clima estava ruim, com chuva, vento e neve. Por isso, houve o cancelamento dos saltos.

 

Mas enquanto esperava o cancelamento oficial do treinamento, Leonov ouviu o barulho de um avião explodindo. Segundo informou às autoridades, houve uma violação nos procedimento de voo com um avião chamado SU-15: ele deveria estar voando a uma altitude de 10 mil metros ou mais, e não a 450-500 metros. Assim, esse avião passou perto do de Gagarin, que teve que fazer uma manobra a uma velocidade de 750 km/h.

 

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De acordo com Leonov, a passagem deste avião, que era maior e mais pesado que a espaçonave MiG-15, fez que a nave ocupada por Gagarin virasse de cabeça para baixo. O nome do piloto que estava do SU-15 nunca foi revelado.

 

Fonte:Meega Curioso
 

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Coluna Você Sabia? : Qual será o futuro da linguagem humana?
Enviado por alexandre em 09/10/2024 15:18:12

Hoje convivemos com muitas inovações tecnológicas que causam efeitos nas nossas formas de comunicação. Podemos pensar nas interfaces cérebro-computador, na inteligência artificial (IA), nos chatbots, nas mensagens de texto com preenchimento automático. Tudo isso pode estar modificando a linguagem tal qual a conhecemos.

 

Mas quão profundas serão essas mudanças – e quais são elas? Muitos linguistas estão se debruçando sobre essas questões. O professor Philip Seargeant é um deles.

 

Em seu livro recém lançado, chamado The Future of Language, ele reflete sobre como as mudanças podem estar criando (ou até extinguindo) a nossa linguagem falada.

 

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PARA ONDE VAI A NOSSA COMUNICAÇÃO?

 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)

 

Para começar, é preciso definir o que se entende por linguagem. Alvo de estudo em várias áreas, que vão da linguística à psicanálise, a linguagem pode ser compreendida como um sistema estruturado de comunicação que envolve a gramática (as regras) e o vocabulário (as palavras usadas para sustentar nossas ideias).

 

É por meio dela que transmitimos os nossos significados e as formas pelas quais compreendemos o mundo. Com ela atendemos nossas necessidades mais básicas (como alguém que comunica que está com fome), mas também tentamos dar forma aos nossos sentimentos mais complexos.

 

Philip Seargeant explica que a linguagem vai muito além de transmitir uma mensagem para alguém. "Claro, é um meio de transmitir informações de uma pessoa para outra, mas isso é realmente apenas uma parte dela. A linguagem está ligada à maneira como organizamos a sociedade e nossos relacionamentos, como apresentamos nossa identidade e como entendemos as identidades de outras pessoas", afirmou ao portal Live Science.

 

Por isso, é preciso ter em mente que linguagem vai além da transmissão de dados. Por isso, quando as tecnologias entram nessa conta, as mudanças são bastante profundas.

 

O FUTURO DA LINGUAGEM E DAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO

 

O linguista Philip Seargeant, autor de The Future of Languagem. (Fonte: Philip Seargeant / Divulgação)

Fotos:Reprodução

 

Em The Future of Language, Philip Seargeant retoma o mito da Torre de Babel, a história bíblica que fala que um grupo de pessoas falantes da mesma língua resolve construir uma torre para chegar ao céu. Irritado com a arrogância dos humanos, Deus confundiu a língua deles para que não mais se entendessem. Isso teria levado à criação das diferentes línguas que se espalharam pelo mundo.

 

De acordo com Seargeant, a inteligência artificial apareceria como uma espécie de derrocada desse mito, que enxerga a diversidade linguística como algo ruim. "Parece que estamos em um ponto em que as tecnologias permitirão em breve a tradução instantânea e em tempo real entre grandes idiomas (pelo menos aqueles para os quais temos dados suficientes). A qualidade dessa tradução é muito boa; é muito funcional", explica.

 

Mas é importante alertar que a IA não tira a função primordial da linguagem humana, que se baseia em seu dinamismo e flexibilidade – ou seja, sua capacidade de estar sempre mudando. Por isso, Seargeant discorda da posição de magnatas da tecnologia, como Elon Musk, que sugerem que as interfaces cérebro-computador poderão em breve ignorar completamente a linguagem falada ou até gerar um futuro sem palavras.

 

"Acho que é apenas um pensamento falho. Será interessante ver o que acontece se isso se tornar popular e se encaixar na forma como nos comunicamos agora, mas parece que ainda está muito longe. Agora mesmo, as pessoas conseguem digitar coisas em um teclado usando suas ondas cerebrais muito lentamente", afirma.

 

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O linguista opina que, mesmo que um dia isso aconteça, e consigamos comandar máquinas por meio do pensamento, provavelmente isso não vai substituir a importância da linguagem. "A linguagem não é apenas sobre transferência de informações; a voz é parte integrante de grandes aspectos de nossas vidas. Veja o canto, por exemplo — como você vai fazer isso telepaticamente? Todo o aspecto de criatividade e identidade da linguagem não parece se encaixar nesse modelo", conclui.

 

Fonte: Mega Curioso
 

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