Educação Em Foco : Nove em cada dez municípios não atingem meta de aprendizado
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Enviado por alexandre em 12/02/2015 14:28:29 |
Nove em cada dez municípios não atingem meta de aprendizado Aproximadamente nove em cada dez municípios brasileiros não atingiram o percentual mínimo de alunos com desempenho adequado em matemática no 9º ano do ensino fundamental, segundo os parâmetros do movimento Todos pela Educação para 2013. De acordo com os dados, 10,8% dos municípios atingiram a meta intermediária calculada para que, em 2022, bicentenário da Independência do Brasil, pelo menos 70% dos alunos tenham aprendizado adequado. O Todos pela Educação considerou os resultados da Prova Brasil de 2013, os últimos disponíveis. Em matemática, 10,8% atingiram a meta intermediária. Em português, esse percentual foi 29,6% dos municípios. As metas variam de acordo com o ano, a disciplina e a localidade. As metas intermediárias podem ser consultadas no site do movimento. Desde 2011, a organização tem verificado a queda no percentual dos municípios que conseguem cumprir as metas intermediárias em ambas as disciplinas. Para se ter ideia, em 2009, 83,7% dos municípios cumpriram a meta para o ano em português no fim do ensino fundamental e 42,7%, em matemática. "Não é que os municípios estejam piorando, mas o que estamos observando é que não estamos melhorando", analisa a coordenadora-geral do Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco. "Isso acende um alerta. Tinha-se a expectativa de que os bons resultados que vêm sendo observados nos anos iniciais teriam repercussão nos anos finais, que começariam a melhorar, mas não é isso que vem se verificando. Chega ao ensino médio um aluno que não tem condições de acompanhar a etapa", acrescenta.O Brasil não tem, oficialmente, metas claras do que deve ser aprendido em cada nível de ensino. Em matemática, no 9º ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera nove níveis de desempenho na Prova Brasil, sem definir qual é o adequado. Para o movimento Todos pela Educação, o desempenho adequado é igual ou maior que 300, que corresponde, no mínimo, ao nível cinco do Inep. Para português, o desempenho considerado adequado é igual ou superior a 275, que corresponde no mínimo ao nível quatro dos oito considerados pelo Inep. Segundo Alejandra, "não há bala de prata para solucionar a questão". Ela defende que esses resultados reforçam que é preciso pensar políticas públicas específicas para os anos finais do ensino fundamental. A formação de professores e a definição de uma base nacional comum seriam questões-chave. "A formação dos professores é, sem dúvida, a mais importante, a que mais se aproxima de uma bala de prata. Uma base nacional comum ajuda a definir melhor o currículo de formação dos professores e ajuda o professor a ter clareza do que trabalhar em sala, além dos pais, a terem uma ideia mais objetiva do que deve cobrar da escola." Nos anos iniciais do ensino fundamental, segundo o movimento, 48% dos municípios atingiram a meta intermediária para o ano em português e 61,7%, em matemática, com base no desempenho do 5º ano. (Agência Brasil) |
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Educação Em Foco : Ministro lançará consulta pública sobre as novas regras para o Enem
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Enviado por alexandre em 31/01/2015 01:36:48 |
Ministro lançará consulta pública sobre as novas regras para o Enem O ministro da Educação, Cid Gomes, disse nesta sexta (30.01) que colocará em consulta pública, nas próximas semanas, um novo modelo de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O novo formato prevê a criação de um banco digital de questões e permitiria o agendamento da prova, que passaria a ser online. O exame, obrigatório para ingressar em universidades federais, é aplicado simultaneamente, em todo o país, e teve 8,7 milhões de inscritos em 2014. Cid Gomes destacou que a consulta pública será um "pré-requisito para se pensar em um Enem online, que é ter um grande banco de questões”. No Rio de Janeiro, o ministro visitou o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ). “Se a gente tiver, para cada uma das áreas, cerca de 8 mil perguntas, se eu tiver esse banco de dados, ele pode ficar aberto ao público, é uma grande fonte de estudo”, acrescentou. Ele disse que a proposta é que o aluno possa acessar o banco de dados para estudar e aprimorar os conhecimentos. As questões da prova do Enem, segundo ele, seriam sorteadas pelo sistema online. “Se a pessoa aprender, com base nesse banco de dados, de 8 mil questões, ótimo. Se ela for capaz de decorar [as respostas], sem entender 8 mil quesitos é um gênio e merece uma vaga nas melhores instituições de ensino”, disse. Outra vantagem a seu ver é que as provas online seriam exclusivas, compostas por questões do banco e não mais um único modelo como é atualmente. Cid Gomes disse que o novo modelo de prova do Enem inibiria denúncias de vazamento, como o ocorrido na última edição, no Piauí. Sobre o caso, que foi investigado pela Polícia Federal, o ministro esclareceu que o tema da redação foi antecipado para cerca de 30 pessoas de um grupo de rede social privada em telefones celulares, minutos antes da prova. “Ficou muito claro que essa antecipação, de 15 minutos, não permitiu benefício para ninguém”, disse. “Há de se convir que 15 minutos [de antecipação de tema] não permite uma pessoa ter um desempenho melhor [na redação]”. Por causa do vazamento, o Ministério Público Federal no estado pediu a anulação da prova, recusado pela Justiça. Ainda em fase de discussão, o Enem online foi inspirado nos exames de legislação do Detran, que já podem ser agendados com antecedência, de acordo com a conveniência do aluno. Para dar certo, esclarece Gomes, o ministério designaria os locais de prova para cada estudante. |
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Educação Em Foco : Cid Gomes defende cortes na Educação: "somos solidários ao ajuste, vamos cortar até o osso"
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Enviado por alexandre em 28/01/2015 16:20:17 |
Ministro acredita na contenção de despesas de custeio como meio para preservar programas prioritários. Empenhado em preservar a imagem do governo Dilma, o ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), saiu em defesa do corte de verba – de quase R$2 bilhões ao mês – nos 39 ministérios, determinado pela presidente no início de janeiro de 2015.
Cid se diz "solidário ao ajuste" e disposto a "cortar até o osso", pois o início de um novo governo é o único momento em que ajustes podem ser feitos e gorduras podem ser poupadas.
"Não faço coro ao discurso contra os cortes, eu sempre pratiquei esforços fiscais para diminuir despesas meios", afirmou o cearense, referindo-se a despesas como conta de energia, água, diárias, viagens, hospedagens, dentre outros.
Para o ministro, os R$ 7 bilhões anuais que serão subtraídos do orçamento destinado à Educação podem ser economizados apenas com a contenção dessas despesas de custeio. Com isso, as medidas de ajuste não afetarão nem os principais programas, nem as demandas mais urgentes da pasta, cuja área foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) como a "prioridade das prioridades" de seu segundo mandato.
"Somos solidários ao ajuste e vamos cortar até o osso no que for despesa meio, mas os programas finalísticos do ministério não serão afetados. A diretriz é ir até o limite no que não é programa fim. Temos cerca de R$ 121 bilhões que são imunes a cortes, então vamos procurar atingir a meta que foi colocada no planejamento da Fazenda sem afetar o que é principal, como bolsas de estudo, capacitação de professores, transporte escolar e tudo o que é direto na escola", argumentou Cid Gomes.
Fonte: Cearanews7 c/ O Globo. |
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Educação Em Foco : Aprovada em 1º lugar em medicina na Unifesp estudava 14h por dia
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Enviado por alexandre em 28/01/2015 16:18:08 |
Quem escuta Karina Caciola dizer que passou em primeiro lugar no curso de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) se espanta com a calma da jovem de 20 anos. Em vez de euforia, a estudante demonstra uma alegria serena. Sua atitude evidencia duas características importantes para a aprovação em um vestibular que, neste ano, tinha 125 candidatos por vaga: autoconfiança e paciência.
Karina encarou dois anos de cursinho, jornadas intermináveis de estudo e saudades dos pais e dos amigos -- ela se mudou da casa dos pais, na zona norte de São Paulo, para a casa da tia, na zona sul, para ficar mais perto do cursinho.
Já a autoconfiança se revelou na insistência em cursar medicina em uma universidade pública na capital paulista.
Nos últimos três anos, a jovem foi aprovada duas vezes na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em cursos de engenharia, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), e em medicina na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e na Santa Casa, instituição paulistana que é particular. Sonho de criança
"Não sei ao certo de onde veio esta vontade de ser médica. Tenho isso comigo desde o fim do ensino fundamental. Não me vejo fazendo nada diferente. Pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], passei duas vezes em engenharia na UFRJ, mas nem cogitei cursar", conta.
Quanto às duas vezes que passou em medicina, Karina teve a tranquilidade de insistir mais um pouco no cursinho para, finalmente, entrar na faculdade que escolheu.
"A UFTM fica em Minas Gerais e achei que poderia ficar em São Paulo mesmo, perto da minha família. Já a Santa Casa, meus pais não teriam condições de pagar. Talvez com o Fies [programa federal de financiamento estudantil]. Mas era mais seguro tentar uma pública", explica.
Bancar uma faculdade particular seria um fardo para a família Caciola -- não eles sejam pobres, mas estão longe de ter dinheiro para arcar com uma mensalidade que girava em torno de R$ 4.000 na época. O pai tem formação técnica e é proprietário de uma pequena empresa de consultoria de informática. Para complementar a renda, é fotógrafo.
A mãe, que também não tem diploma superior, chegou a trabalhar como bancária, mas largou o emprego quando Karina, sua única filha, nasceu. Os três moram em um apartamento no Parque Novo Mundo, zona norte de São Paulo.
Karina estudou até o 9º ano em uma pequena escola particular no seu bairro. No ensino médio, transferiu-se para um colégio que priorizava o vestibular, no bairro vizinho do Tatuapé. Ao final do 3º ano, a jovem fez o Enem e prestou uma série de vestibulares para Medicina.
Apesar da boa pontuação, não passou em nenhuma universidade pública em São Paulo. Foi então que fez um ano de cursinho, com bolsa de estudos, morando ainda com seus pais. De novo, a pontuação não foi suficiente.
Ela decidiu, então, estudar em um cursinho com turmas especializadas no vestibular de medicina, o Poliedro. Com pena da filha que precisava atravessar a cidade todos os dias, Lourdes Caciola incentivou a menina a morar com uma tia, na Chácara Klabin, zona sul da cidade, a poucos metros da escola em que se matriculou, também com bolsa.
"Foi difícil pra mim. Filho nunca cresce pra gente. Fiquei sem controle de nada. Se estava com dor de cabeça, o que estava comendo, se estava agasalhada", conta Lourdes.
Karina quase não se encontrava com a tia. Chegava segunda de manhã no cursinho, vinda direto de casa, colocava a mala de roupas limpas sob a carteira e começava, às 6h45, sua jornada de estudos que só acabava às 21h30. Tudo isso, no prédio do cursinho. Meu lazer era dormir
"Eu acho que o meu segredo é a determinação e a persistência. Eu ia para o cursinho e tomava café da manhã por lá. Almoçava em 15, 20 minutos. Voltava a estudar. Estudava de sábado, de domingo. Não tinha trégua", conta.
"Neste último ano, não tive lazer. Meu lazer era dormir. Deixei meus amigos de lado. Eles até pararam de me chamar. Agora que eu estou revendo todo o pessoal. Mas, valeu muito a pena", completa.
Agora, nesse intervalo até o início das aulas, Karina quer rever a turma, voltar a tocar piano e assistir aos seriados de TV de que tanto gosta. Daqui alguns dias, ela vai iniciar o curso de medicina com a mesma paciência e confiança que teve no cursinho. Claro que ela está muito feliz, mas a jovem deixa a euforia para a mãe.
"Minha ficha não caiu ainda. Estou sem ar. Entro no elevador do prédio e conto para minhas vizinhas que minha filha passou no vestibular, em medicina, numa universidade pública e em primeiro lugar. É um presente para mim", não se cansa de falar, orgulhosa, dona Lourdes.
Fonte: Uol |
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Educação Em Foco : ‘Mito de que pobre não consegue aprender é rompido’
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Enviado por alexandre em 19/01/2015 12:54:30 |
‘Mito de que pobre não consegue aprender é rompido’ À frente da administração de Sobral, no interior do Ceará, o prefeito José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, o Veveu, hoje é encarregado de dar continuidade a mudanças na rede municipal de ensino iniciadas ainda na gestão do hoje no ministro da Educação, Cid Gomes. Com o Ideb das escolas municipais em 7,8 nas quarta e quinta séries, ele afirma que só é possível fazer uma mudança real no sistema de ensino contrariando a cultura do fisiologismo político. “Nós rompemos o mito de que pessoas pobres, em regiões pobres, não conseguem aprender”, diz Veveu. “Tem que superar a cultura do privilégio, senão não adianta.” Confira aqui os principais trechos da conversa. (Portal IG – Poder Online – Clarissa Oliveira) |
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