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Educação Em Foco : Considerada extremamente vulnerável, língua indígena Moré-Kuyubim ganha dicionário multimídia
Enviado por alexandre em 28/08/2023 09:51:33


Museu do Índio lançou o dicionário multimídia Moré-Kuyubim, língua da família Txapakura, falada tradicionalmente nos dois lados da fronteira do Brasil com a Bolívia pelos povos indígenas Moré e Kuyubim. A iniciativa é fundamental para a preservação da língua, que é classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como extremamente vulnerável, com sério risco de desaparecimento.

O dicionário é trilíngue (moré-kuyubim - português - espanhol) e conta com 1.400 verbetes. Está disponível para consulta online no Portal Japiim, desenvolvido pelo Projeto de Documentação de Línguas Indígenas (ProDoclin), do Museu do Índio, especialmente para abrigar dicionários multimídia. O portal também oferece versões das publicações para aparelhos celulares, cada vez mais utilizados pelas comunidades indígenas, e em PDF, para impressão.

Foto: Reprodução/Acervo Museu do Índio

O lançamento do dicionário foi realizado nas aldeias Ricardo Franco e Baía das Onças, situadas na Terra Indígena Guaporé (RO). Na ocasião, o pesquisador linguista Joshua Birchall, coordenador do subprojeto de pesquisa e documentação da língua Moré-Kuyubim, realizou oficinas pedagógicas, em cada uma das aldeias, para habilitar os representantes dos dois povos a usar o Portal Japiim. Os Moré e os Kuyubim receberam a versão impressa do dicionário e manifestaram entusiasmo com a iniciativa.

A publicação do dicionário é resultado de um trabalho colaborativo de representantes das comunidades indígenas com pesquisadores do ProDoclin, coordenado pelo Museu do Índio no âmbito do Projeto "Salvaguarda do Patrimônio Linguístico e Cultural dos Povos Indígenas Transfronteiriços e de Recente Contato na Região Amazônica", uma cooperação técnica internacional do MI/Funai com a Unesco, visando à salvaguarda de línguas originárias ameaçadas.

Foto: Reprodução/Acervo Museu do Índio

O Museu do Índio é, atualmente, uma das principais instituições de pesquisa do Brasil na área de documentação de línguas indígenas e, por meio do ProDoclin, vem produzindo uma grande variedade de materiais em parceria com povos tradicionais, a exemplo de cartilhas, gramáticas pedagógicas, dicionários, acervos digitais multimídia e outros materiais didáticos e de divulgação do patrimônio linguístico dos povos indígenas do país.

 

Educação Em Foco : Ambiente escolar é o mais citado por brasileiros entre os locais onde já sofreram o racismo, diz pesquisa
Enviado por alexandre em 15/08/2023 23:40:19

Foto: Reprodução

A escola é um microcosmo que reproduz o ambiente em que vivemos na sociedade como um todo, afirma Ana Paula Brandão, gestora e pesquisadora do Seta

Uma pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), contratada pelo Projeto SETA e pelo Instituto de Referência Negra Peregum, coloca o ambiente escolar no topo da lista de locais em que os brasileiros mais afirmam ter sofrido a violência racial.

 

A cada 10 pessoas que relatam ter sofrido o racismo no Brasil, 3,8 foram vítimas da violência em escolas, faculdades ou universidades, de acordo com a pesquisa Percepções Sobre o Racismo, que foi concluída em julho.

 

O levantamento — que será debatido nesta terça-feira (15) no Auditório da Editora Globo, no Rio de Janeiro, em evento com apoio da Fundação Roberto Marinho — busca compreender de que forma a população brasileira percebe o racismo.

 

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2 mil pessoas foram ouvidas pelo IPEC e, entre outros pontos, indicaram em quais ambientes já sofreram racismo:

 

38% sofreram racismo na escola/faculdade/universidade;


29% sofreram racismo no trabalho;


28% sofreram racismo em espaços públicos (ruas, parques, praças etc.);


18% sofreram racismo em estabelecimentos comerciais (supermercados, shopping, lojas de rua, cinemas, restaurantes etc.);


11% sofreram racismo no ambiente familiar.


Ainda foram citados como ambientes onde o racismo foi praticado: bancos (10%), na comunidade em que mora (8%), transporte público (7%), espaços religiosos (5%) e agências de recrutamento para o trabalho (3%).

 

Ana Paula Brandão, gestora do Projeto Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista (SETA), afirma que os dados são infelizes, mas não surpreendentes.

 

A escola é um microcosmo que reproduz o ambiente em que vivemos na sociedade como um todo. Tudo que acontece lá [na escola], acontece cá [no resto da sociedade], de uma forma muito reprodutora das relações complexas. — Ana Paula Brandão, gestora do Projeto SETA.

 

Na avaliação da especialista, isso acontece porque o Brasil é um país inegavelmente racista. De acordo com o levantamento, 81% da população concorda com isso, e 44% os entrevistados consideram que a raça, cor ou etnia é o principal fator gerador de desigualdades no país.

 

Para reverter o cenário, Ana Paula, que é mestranda em Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cobra a aplicação de mecanismos que já existem para garantir uma educação antirracista.

 

A lei 10.639 já tem 20 anos e a 11.645 tem 15, mas não são devidamente trabalhadas nas escolas. Precisamos de investimentos públicos, da adoção de meios que permitam que as histórias afro-brasileira e indígena sejam ensinadas. Quem sabe assim, as crianças cresçam conscientes e o futuro seja outro — Ana Paula Brandão, gestora do Projeto SETA.

 

Ao analisar a pesquisa IPEC, os especialistas do Seta e do Peregum fazem recomendações ao Estado. Uma delas que é "desenvolva programas de combate ao racismo institucional nos órgãos públicos, especialmente da educação, Justiça e segurança pública".

 

OUTROS RESULTADOS 


Outro indicador importante confirmado pelo levantamento é o de grupos que mais sofrem racismo, segundo os entrevistados. Para 96%, pessoas pretas são as principais vítimas. Em seguida, aparecem:

 

Povos indígenas, com 57%;
Imigrantes africanos, com 38%;
Quilombolas, com 29%;
Pessoas pardas, com 23%;
Imigrantes latinos, com 6%;
Pessoas asiáticas, com 6%;
Imigrantes asiáticos, com 5%;
População branca, com 4%; e
Imigrantes europeus, com 1%

 

O que esses dados mostram é algo que já sabemos. Os fenótipos, os traços, a cor da pele e as características físicas ainda são o principal vetor de ações preconceituosas no Brasil. — Ana Paula Brandão, gestora do Projeto SETA


E o racismo aparece de maneira diversa na sociedade. Algumas vezes, de modo explícita, em outras, veladamente.

 

Para 66% das pessoas, o racismo aparece na violência verbal (xingamentos e ofensas);
para 42%, no tratamento desigual;
para 39%, na violência física (agressões);
para 28%, na negação de oportunidades;
para 23%, na intolerância religiosa;
para 22%, na exclusão, isolamento e desprezo de um grupo de pessoas;
para 15%, na pressão ou constrangimento para alguém mudar a sua aparência;
para 11%, ao ignorar a existência de determinado grupo de pessoas;
para 9%, em práticas ou ações que favorecem um determinado grupo de pessoas;
para 8%, na desigualdade de investimento em diferentes territórios, a depender do grupo que ali vive;
para 7%, ao negar a história, as contribuições e as potências de determinado grupo de pessoas; e
para 5%, em ações e medidas institucionais do Estado e de organizações públicas e privadas.

 

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"Esses dados corroboram a necessidade de fortalecer políticas públicas de enfrentamento ao racismo estrutural e a importância de uma educação formal e não formal, que tenha como foco a superação de práticas racistas e o combate às desigualdades", finaliza Rosalina Soares, assessora de pesquisa e avaliação da Fundação Roberto Marinho.
 

Fonte: G1

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Educação Em Foco : Prazo para manifestar interesse na lista do ProUni acaba amanhã
Enviado por alexandre em 14/08/2023 15:51:10

Prazo para manifestar interesse na lista do ProUni acaba amanhã

Foto: Reprodução

O prazo para manifestar interesse em participar da lista de espera para o segundo semestre do Programa Universidade para Todos (ProUni) 2023 está aberto.

 

Os interessados em continuar concorrendo a uma das bolsas integrais e parciais de estudo em cursos de graduação nas instituições privadas de educação superior devem fazer sua manifestação no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior até esta terça-feira (15).A lista de espera com o nome dos candidatos participantes será disponibilizada para as instituições de ensino na sexta-feira (18).

 

A classificação dos estudantes é feita de acordo com as opções e notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por modalidade de concorrência, que podem ser de ampla concorrência, ou de políticas afirmativas, como para pessoa com deficiência, autodeclarados indígenas, pardos ou pretos.

 

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DOCUMENTOS 

 

Entre os dias 21 e 28 de agosto, os candidatos classificados na lista de espera terão que apresentar a documentação para comprovar as informações apresentadas na inscrição.

 

Essa etapa deverá ser feita na própria instituição de ensino, conforme a documentação prevista no edital, para comprovação de formação do ensino médio, pessoa com deficiência e formação para o magistério da educação básica.

 


 

O Ministério da Educação (MEC) disponibilizou 276.566 bolsas para o segundo semestre de 2023. Dessas, 215.530 são integrais e 61.036 são parciais, ou seja, cobrem 50% do valor da mensalidade dos cursos de graduação ou sequenciais de formação específica. 

 

Fonte: Agência Brasil

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Educação Em Foco : Plataforma oferece cursos e materiais gratuitos que valorizam as tradições de povos indígenas
Enviado por alexandre em 10/08/2023 10:38:48


Utilizar banha de cobra para tratar de feridas, usar corda e cipó para a criação de uma tehêy (instrumento de pesca pataxoop) e a fruta jenipapo para pinturas corporais são alguns dos costumes transmitidos por gerações de indígenas. Mesmo que essas tradições permaneçam vivas dentro das comunidades, a falta de conhecimento sobre esses costumes tornam essas práticas alvos de preconceitos.

"Utilizar ervas ou banha de cobra para fins medicinais parece uma cena boba, mas é uma dessas lições em relação à valorização que devemos dar para a medicina tradicional indígena. É preciso parar com essa ignorância, com o preconceito, olhar para isso com melhores olhos, sabendo que há bons resultados que precisam ser reconhecidos", conta o escritor e professor Yaguarê Yamã.

Ele foi um dos participantes da série de encontros 'Jenipapos: Redes de Saberes', realizada pelo Itaú Social e pelo instituto Mina – Comunicação e Arte. Nessas atividades, também estiveram presentes outros representantes da literatura indígena e negra, como Conceição Evaristo, Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Dona Liça Pataxoop, Dona Vanda Pajé, Eliane Potiguara e Julie Dorrico.

Imagem: Reprodução/Itaú - 'Jenipapos - diálogos sobre viver'

"A escola é um espaço privilegiado para combater preconceitos contra manifestações culturais. A aprovação da lei 11.645/08, que trata da inclusão do estudo da história e cultura indígena na escola, foi um importante avanço no ensino que valorize as tradições dos povos originários, no entanto, ainda há um longo caminho para percorrer até chegarmos ao objetivo da equidade racial na educação",

comenta a gerente de Implementação do Itaú Social, Cláudia Sintoni.
A série de debates resultou na criação dos cursos 'Jenipapos – Literatura de Autoria Indígena' e 'Jenipapos – Redes de Saberes', oferecidos gratuitamente. Ambos despertaram o interesse de mais de 11 mil pessoas, sendo que mais da metade são professores.

"Procuramos dar um olhar de maior representatividade para as culturas indígenas, trazendo para o centro do debate os saberes e a pedagogia indígena, para que a gente veja que é possível fazer uma interlocução, criar uma ponte entre os diferentes saberes. Queremos mostrar que podemos sim, construir uma educação transformadora", explica Daniel Munduruku, um dos participantes da série e escritor selecionado três vezes pelo prêmio Jabuti.

Todos os materiais da plataforma são fruto de pesquisas aplicadas e desenvolvidas entre 2020 e 2022 em escolas públicas de todas as regiões do país. A realização desses projetos pedagógicos contou com o apoio do Edital de Equidade Racial, do Itaú Social e Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades).

Os encontros também resultaram em uma publicação. Confira:
Seu navegador não oferece suporte ao visualizador de PDF<br /> <a href="/images/p/39547/Jenipapos---Dialogos-Sobre-Viver---Mina.pdf">Baixe o arquivo PDF aqui</a>

Educação Em Foco : Proposta do MEC para o Ensino Médio tem avanços, mas precisa de ajustes em 2 temas, avaliam especialistas
Enviado por alexandre em 09/08/2023 09:48:50

Foto: Reprodução

MEC apresentou, nesta segunda (7), os resultados da consulta pública elaborada nos últimos quatro meses. Proposta sugere ampliação da carga horária das disciplinas obrigatórias e redução do número de itinerários formativos ofertados pelas redes

O Ministério da Educação (MEC) anunciou na segunda-feira (7) uma proposta de alteração do Novo Ensino Médio, elaborada após uma consulta pública e uma série de reuniões com entidades de educação. É ainda uma versão provisória, que, segundo especialistas ouvidos pelo g1, necessita dos seguintes ajustes antes de ser apresentada ao Congresso:

 

correção da carga horária de formação obrigatória para o ensino técnico, para que os alunos não sejam prejudicados no Enem;


maior liberdade para as redes definirem "itinerários formativos", mas com diretrizes mais claras por parte do MEC.

 

Veja taambém

 

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Entenda abaixo:

 

1- Correção da carga horária de formação obrigatória para o ensino técnico


Como funciona atualmente: O Novo Ensino Médio prevê um total de 3.000 horas-aula, sendo 1.800 para disciplinas obrigatórias (ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática) e 1.200 para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno). Português e matemática devem estar presentes nos três anos do ciclo.

 

Mudança sugerida pelo MEC: A formação geral não pode deixar de fora, além de português e matemática, os conhecimentos de: espanhol, arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital.

 

A carga mínima destinada a esses conteúdos obrigatórios subiria de 1.800 horas para 2.400 horas. Mas, no caso dos cursos técnicos, o limite seria mais baixo: de 2.200 horas.


Acertos e críticas: Aumentar a carga horária dos conteúdos obrigatórios é uma demanda da comunidade escolar desde o início da implementação do Novo Ensino Médio. Em algumas redes, disciplinas importantes, como história e geografia, estavam "desaparecendo" do currículo. " Estamos em luta (...) pelo fim do teto de 1.800 horas, para que seja possível um ciclo formativo que valorize nossas múltiplas inteligências", afirma a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

 

Educação digital é um ponto positivo das mudanças, postou Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP. Para ele, deve haver "uma perspectiva de Educação Crítica das Mídias”.

 

Ter uma carga menor de formação geral obrigatória para os alunos do ensino técnico poderia prejudicá-los no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), afirma Gabriel Corrêa, gerente de Políticas Educacionais da ONG Todos Pela Educação.

 

Na proposta do MEC, exatamente o conteúdo obrigatório que seria cobrado na prova. Como dar 2.400 horas de aula para alguns candidatos, mas 2.200 horas para outros?

 

Além dos problemas pedagógicos, haveria uma dificuldade prática na implementação de cargas horárias diferentes para alunos de uma mesma escola.

 

"Quais aulas o pessoal do técnico não terá? Seria um avanço maior se a carga horária mínima fosse a mesma para todos, sem exceções", diz Corrêa.

 

É preciso pensar na formação obrigatória sem inviabilizar a oferta de cursos técnicos nas horas restantes. "Enfermagem, por exemplo, é um curso de 1.200 horas. Essas duração extrapola a carga disponível [de 800 horas]. [Para ser viável,] precisa ser discutido com os secretários de educação", diz Ricardo Tonassi Souto, presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede).

 

2- Oferta muito limitada dos "itinerários formativos"


Como funciona atualmente: Desde o início de 2023, cada estudante passou a poder montar seu próprio ensino médio, escolhendo os assuntos nos quais deseja se aprofundar. Cada rede oferta quantos "itinerários formativos" quiser, dentro das cinco áreas de conhecimento:

 

Matemática,
Linguagens,
Ciências da Natureza,
Ciências Humanas
e Formação Técnica e Profissional.

 

É obrigatório que as escolas ofertem ao menos duas opções de itinerário.

 

Na prática, alunos da rede pública em cidades menores, com menos recursos, têm um "cardápio" de itinerários formativos mais enxuto. Eles podem ser prejudicados em relação aos estudantes de escolas privadas ou de municípios maiores.

 

Mudança sugerida pelo MEC: Os itinerários formativos virariam apenas três "percursos de aprofundamento e integração de estudos":

 

Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza;
Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais;
Formação Técnica e Profissional.

 

Acertos e críticas: É preciso regulamentar os itinerários formativos e definir diretrizes para que as redes não fiquem às cegas.

 

Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), diz que, de fato, havia uma "pulverização excessiva de itinerários".

 

"Mas reduzir para três [opções] não é o caminho. Vai além do que é competência do MEC dizer quais são as áreas ofertadas. Isso deve ser decisão das redes de ensino", afirma.


Gabriel Corrêa lembra ainda que São Paulo e diversas escolas privadas adotam outro esquema de itinerário formativo atualmente, como: Ciências Humanas + Linguagens ou Ciências da Natureza + Matemática. "São combinações diferentes das que foram propostas pelo MEC. Ter essa definição nacional não é o caminho. Precisamos dar flexibilidade para as redes, mas orientações mais claras e aprofundadas das que existem hoje", diz.

 

PRÓXIMOS PASSOS


Para que essas alterações entrem em vigor, é necessário mudar a lei nº 13.415, de 2017, que estabeleceu o Novo Ensino Médio. Ou seja: qualquer mudança prática só acontecerá após uma decisão do Congresso Nacional.

 

Os próximos passos serão os seguintes:

 

encaminhar a proposta do MEC para o setor educacional e para órgãos normativos, para que, até 21 de agosto, sejam enviadas novas considerações;


apresentar as ideias para as Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que também podem enviar ideias e sugerir alterações;


elaborar, com base nesses comentários, uma versão final do relatório;


enviar a proposta para a apreciação do Congresso Nacional.

 

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Só após todas essas etapas que será possível, na prática, haver alguma mudança nas salas de aula. 

 

Fonte: G1

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