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Ciência & Tecnologia : Por que Zuckerberg pode ser obrigado a vender Instagram e WhatsApp
Enviado por alexandre em 14/04/2025 11:08:06

Por que Zuckerberg pode ser obrigado a vender Instagram e WhatsApp
Foto: Reprodução

Um julgamento histórico contra a gigante de mídia social Meta terá início nesta segunda-feira, 14, nos Estados Unidos. A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) — que é o órgão de defesa da concorrência e do consumidor dos EUA — alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014 para eliminar a concorrência, efetivamente obtendo um monopólio.

 

A FTC analisou e aprovou essas aquisições quando foram feitas na época, mas se comprometeu a monitorar os resultados posteriormente. Se a comissão vencer o caso, isso poderá forçar o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, a vender o Instagram e o WhatsApp.

 

A Meta disse anteriormente que tinha certeza de que venceria o caso na Justiça americana. Especialistas disseram à BBC que a Meta deverá argumentar que os usuários do Instagram tiveram uma experiência melhor desde que a plataforma foi adquirida.

 

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"O argumento [da FTC] é que a aquisição do Instagram foi uma forma de neutralizar essa crescente ameaça competitiva ao Facebook", diz Rebecca Haw Allensworth, professora de antitruste na Faculdade de Direito de Vanderbilt.

 

Allensworth diz que as próprias palavras de Zuckerberg, incluídas em seus e-mails, podem oferecer as provas mais convincentes contra a Meta no julgamento.

 

"Ele disse que é melhor comprar do que competir. É difícil ser mais literal do que isso", diz Allensworth.A Meta, por outro lado, provavelmente argumentará que essa intenção manifestada por Zuckerberg não é relevante em um caso antitruste.

 

"Eles vão dizer que a verdadeira questão é: os consumidores estão em melhor situação com essa fusão?", disse ela. "Eles vão apresentar muitas evidências de que o Instagram se tornou o que é hoje porque se beneficiou ao ser de propriedade do Facebook."Espera-se que Zuckerberg e a ex-diretora de operações da empresa, Sheryl Sandberg, testemunhem no julgamento, que pode durar várias semanas.

 

POLÍTICA

 

O caso FTC contra Meta foi aberto durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, e agora corre o risco de se tornar politizado em seu segundo mandato.Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Zuckerberg fez lobby pessoalmente com Trump para que a FTC abandonasse o caso.

 

Quando questionada pela BBC para confirmar a reportagem, a Meta evitou a questão e disse apenas que "os processos da FTC contra a Meta desafiam a realidade".

 

"Mais de dez anos depois que a FTC revisou e liberou nossas aquisições, a ação da comissão neste caso envia a mensagem de que nenhum acordo é verdadeiramente final", disse um porta-voz da Meta à BBC.

 

As relações entre Zuckerberg e Trump estavam distantes, em parte porque Trump foi banido das plataformas de mídia social da Meta após o tumulto no Capitólio dos EUA em janeiro de 2021.Desde então, o relacionamento entre ambos melhorou um pouco.

 

A Meta contribuiu com US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Trump e, em janeiro, anunciou que o chefe do Ultimate Fighting Championship Fighter (UFC), Dana White, um aliado próximo de Trump, se juntaria ao seu conselho de diretores.A empresa também anunciou em janeiro que estava eliminando verificadores de fatos independentes — medida que agradou Trump.

 

'RECADO CLARO'

 

A decisão de Trump de demitir dois comissários da FTC em março também pesa sobre o caso.Os democratas Rebecca Kelly Slaughter e Alvaro Bedoya eram minoria na comissão de cinco vagas, onde há três republicanos.

 

Slaughter e Bedoya — que estão processando o governo Trump para serem reintegrados — dizem que a decisão de expulsá-los teve a intenção de intimidá-los.

 

"O presidente enviou um sinal muito claro não apenas para nós, mas também para o presidente [da FTC, Andrew] Ferguson e a comissária [Melissa] Holyoak de que, se eles fizessem algo que ele não goste, ele poderá demiti-los também", disse Slaughter à BBC.

 

"Então, se eles não quiserem fazer um favor aos aliados políticos [de Trump], eles também estarão ameaçados de serem cortados", disse Slaughter.Slaughter e Bedoya expressaram preocupação com relatos recentes sobre os esforços de lobby de Zuckerberg.

 

"Minha esperança é que não haja interferência política", disse Bedoya à BBC.A FTC não respondeu a um pedido de comentário da BBC.Ferguson, que foi nomeado presidente da FTC por Trump, disse recentemente ao site The Verge que "obedeceria a ordens legais" quando perguntado sobre o que faria se o presidente o instruísse a desistir de um processo como o movido contra a Meta.

 

Ferguson acrescentou que ficaria muito surpreso se algo assim acontecesse.A FTC é considerada um importante órgão de fiscalização antitruste. Nos últimos anos, devolveu centenas de milhões de dólares a vítimas de fraude, além de aprovar leis que proíbem taxas indevidas e formas de enganar as pessoas a assinarem serviços.

 

A FTC está entre as muitas agências reguladoras independentes que o governo parece interessado em controlar.Ferguson também foi citado recentemente reafirmando sua crença de que órgãos reguladores independentes "não são bons para a democracia".O caso FTC contra Meta começa no momento em que outro grande caso antitruste — EUA contra Google — entra na fase de recursos.

 

O Departamento de Justiça venceu a primeira fase do caso no verão passado, quando o juiz Amit Mehta concluiu que o Google detém o monopólio das pesquisas online, com uma participação de mercado de cerca de 90%.

 

No mês passado, o Departamento de Justiça reiterou uma exigência feita durante o governo do ex-presidente Joe Biden para que um tribunal quebrasse o monopólio de buscas do Google.

 

O caso da FTC contra a Meta será mais difícil de provar, diz Laura Phillips-Sawyer, professora associada de direito empresarial na Universidade da Geórgia.

 

"Acho que eles têm uma batalha muito difícil pela frente", disse Phillips-Sawyer sobre a FTC."Eles têm um longo caminho a percorrer antes de qualquer consideração sobre a venda do Instagram ou do WhatsApp."

 

Isso ocorre porque, em comparação com a pesquisa online, há mais concorrência no espaço de serviços de rede pessoal em que a Meta opera, disse Phillips-Sawyer.

 

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A Meta disse em um comunicado que as evidências no julgamento "mostrarão o que qualquer jovem de 17 anos no mundo sabe: Instagram, Facebook e WhatsApp competem com TikTok, YouTube, X, iMessage e muitos outros de propriedade chinesa".

 

Fonte:Terra

 

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Ciência & Tecnologia : Cientistas criam teste para detectar precocemente doença de Parkinson
Enviado por alexandre em 11/04/2025 13:25:26

Cientistas criam teste para detectar precocemente doença de Parkinson
Foto: Reprodução

Trabalho foi liderado pela Universidade Hebraica de Jerusalém

Cientistas desenvolveram em Israel um teste sanguíneo simples e econômico capaz de detectar a doença de Parkinson antes do aparecimento de sintomas.

 

Em comunicado, a Universidade Hebraica de Jerusalém, que liderou o trabalho, diz que o teste "quantifica fragmentos específicos de ARN [molécula] no sangue, concentrando-se numa sequência repetitiva que se acumula nos doentes de Parkinson e num declínio do ARN mitocondrial, que se agrava à medida que a doença progride".

 

Segundo a universidade, "ao medir a proporção entre esses biomarcadores, o teste oferece uma ferramenta de diagnóstico preciso, não invasivo, rápido e acessível", permitindo "intervenções e tratamentos precoces que podem alterar o curso da doença".

 

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A equipe envolvida no trabalho assegura que o novo teste consegue distinguir os doentes de Parkinson pré-sintomáticos das pessoas saudáveis com uma precisão que supera a das ferramentas de diagnóstico atuais.

 

Os resultados foram divulgados na publicação científica Aging Nature.A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa que afeta o controle dos movimentos e não tem cura.

 

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Os tratamentos atuais, como medicamentos ou a cirurgia de estimulação cerebral, ajudam a melhorar os sintomas.Os sintomas motores, como tremores, rigidez, dificuldade de andar e lentidão dos movimentos, ocorrem com a morte de células no cérebro.O diagnóstico é feito com base na análise de sintomas. 

 

Fonte:Agência Brasil

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Ciência & Tecnologia : A técnica polêmica que ''ressuscitou'' lobo extinto há mais de 10 mil anos
Enviado por alexandre em 09/04/2025 16:38:54

A técnica polêmica que ''ressuscitou'' lobo extinto há mais de 10 mil anos
Foto: Colossal Biosciences

Dois dos filhotes de lobo com um mês de idade

A empresa americana Colossal Biosciences anunciou na segunda-feira (07/04) os supostos "primeiros animais deextintos do mundo".

 

Num vídeo postado no X (o antigo Twitter), eles mostram os uivos de dois filhotes que supostamente são de lobo-terrível (Aenocyon dirus), uma espécie de pelagem branca que habitou as Américas, mas está extinta há mais de 10 mil anos.

 

A companhia explicou que os animais foram criados a partir de ferramentas de edição genética (conheça os detalhes a seguir).

 

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Dois filhotes de lobo, com um mês de idade, deitados em um cobertor

 

"Esse momento representa não apenas um marco para nós como empresa, mas um avanço para a ciência, a conservação e a humanidade", comemorou a Colossal Biosciences nas redes sociais.

 

Além de lobos, o grupo também faz pesquisas para tentar deextinguir o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), o dodô (Raphus cucullatus) e o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus).

 

Mas como foi possível trazer de volta uma espécie que sumiu do mapa há tanto tempo? E quais são os objetivos desse tipo de pesquisa?

 

Conheça a seguir tudo o que se sabe sobre esse projeto até o momento e suas controvérsias.

 

Numa série de vídeos publicados pela Colossal Biosciences nas redes sociais, cientistas que fizeram parte do projeto explicam em detalhes o passo-a-passo da iniciativa.

 

De acordo com o relato deles, o primeiro passo foi coletar amostras de DNA do lobo-terrível.

 

Para isso, eles extraíram o material genético — que guarda as informações sobre as características de um ser vivo e as instruções para o organismo funcionar — de duas fontes: um dente de 13 mil anos encontrado em Ohio, nos Estados Unidos, e um pedaço de crânio de 72 mil anos excavado em Idaho, também nos EUA.

 

Em seguida, o lobo-terrível teve seus genes sequenciados.

 

Os pesquisadortes puderam então analisar essas informações genéticas e buscar qual espécie viva ainda preserva algum grau de parentesco com o animal extinto.

 

Eles chegaram, então, ao lobo-cinzento (Canis lupus), que vive em grande parte do Hemisfério Norte, em especial em regiões mais frias, como o Canadá e a Rússia.

 

Lobo cinzento

Fotos: Getty Images

 

Nesse processo, eles entenderam quais genes eram iguais ou diferentes entre as duas espécies de lobo — e quais desses trechos de DNA eram responsáveis por determinar características específicas, como tamanho, peso, cor da pelagem, formato das orelhas...

 

A Colossal Biosciences desenvolveu então técnicas menos invasivas para coletar células progenitoras endoteliais (a camada que reveste o interior dos vasos sanguíneos) do lobo-cinzento.

 

Essas células foram usadas como a base para o trabalho de modificar os genes.

 

Por meio de técnicas avançadas como o Crispr, os cientistas fizeram 20 edições em 14 genes, para que eles ficassem de acordo com o encontrado no DNA do lobo-terrível (e não mais do lobo-cinzento).

 

Com isso, seria possível obter algumas das características do lobo-terrível: pelo branco, maior porte, ombros abertos, cabeça mais larga, mais músculos nas pernas e vocalizações típicas da espécie, marcadas por uivos e choramingos.

 

Mas o trabalho não terminou aí: com a edição dos genes finalizada, os especialistas transferiram o núcleo dessa célula (local onde fica guardado todo o DNA) para um óvulo — cujo próprio núcleo havia sido retirado previamente.

 

Esse óvulo, por sua vez, foi cultivado para se tornar um embrião — que foi implantado no útero de uma cachorra doméstica.

 

A cachorra teve uma gestação normal e, ao final do período, nasceram os filhotes de lobo-terrível.

 

Os dois primeiros vieram ao mundo em 1° de outubro de 2024 e foram batizados de Rômulo e Remo — uma alusão ao mito dos irmãos gêmeos amamentados por uma loba que fundaram Roma.

 

A terceira loba-terrível nasceu em janeiro deste ano e ganhou o nome de Khaleesi, uma homenagem a Daenerys Targaryen, uma personagem da série Game of Thrones, onde lobos têm um papel importante na trama.

 

Rômulo, Remo e Khaleesi são mantidos numa grande reserva privada nos EUA cuja localização não foi divulgada, para proteger os animais. Não há previsão de que eles sejam soltos na natureza ou cruzem para gerar uma nova geração de lobos.

 

Mas qual a motivação por trás da "deextinção" do lobo-terrível?

 

A Colossal Biosciences argumenta que essa pode ser uma ferramenta para lidar com a extinção em massa de espécies que acontece neste exato momento — e que está relacionado às mudanças climáticas e à ação humana.

 

O Centro para Diversidade Biológica calcula que 30% da diversidade genética do planeta será perdida até 2050 por causa desse sumiço generalizado de diferentes formas de vida.

 

Para a empresa americana, a edição genética é uma maneira de reverter isso. Numa entrevista à revista Time, os líderes da Colossal disseram que usar essas ferramentas é um "imperativo moral" e "uma forma dos humanos, que deixaram tantas espécies à beira da extinção, dar uma retribuição à natureza".

 

"Se nós queremos um futuro numeroso do ponto de vista biológico e cheio de pessoas, precisamos dar a nós mesmos a oportunidade de ver o que nossos grandes cérebros podem fazer para reverter algumas das coisas ruins que fizemos com o mundo", afirmou Beth Shapiro, uma das cientistas da Colossal Biosciences.

 

Segundo esse ponto de vista, é possível usar a edição genética para proteger algumas espécies e torná-las mais resistentes a alguns fatores, como a falta de água ou o excesso de calor.

 

A empresa também pontua que grandes predadores — como foi o caso do lobo-terrível há milhares de anos — são primordiais para o equilíbrio de ecossistemas. De acordo com esse raciocínio, eles controlam as populações de outros animais e permitem um melhor balanço e uma dinâmica mais ajustada entre diferentes espécies que circulam por um mesmo local.

 

No entanto, não está claro como essa reintrodução de espécies extintas há milhares de anos aconteceria na prática e quais seriam os efeitos disso sobre o meio ambiente.

 

Até porque muitas delas, como é o caso de lobos ou mamutes, vivem em bandos numerosos e precisam de um vasto território cheio de recursos para sobreviver.

 

Por fim, há muito debate também sobre se é adequado usar o termo "deextinção" para descrever a chegada de Rômulo, Remo e Khaleesi.

 

Em entrevista à revista New Scientist, Shapiro detalhou que as duas espécies usadas no projeto — o lobo-terrível e o lobo cinzento — dividem 99,5% do DNA.

 

Embora esse número pareça elevado, o 0,05% restante significa uma parcela significativa em termos genéticos: o lobo-cinzento possui 2,4 bilhões de pares de bases nitrogenadas (as "peças" que compõem cada um dos genes).

 

Ou seja: o 0,05% de DNA que separa lobo-cinzento e lobo-terrível ainda representa uma diferença de mais de um milhão de pares de bases nitrogenadas entre as espécies.

 

Vale lembrar que os cientistas da Colossal Biosciences fizeram apenas 20 edições em 14 genes que pertenciam originalmente ao lobo-cinzento e foram alteradas para se aproximarem do lobo-terrível.

 

Mas certamente o animal extinto possui muitas outras diferenças no DNA que não foram contempladas na "nova versão" da espécie feita pelos cientistas — e modificaram somente algumas características do lobo-cinzento (que deram a Rômulo, Remo e Khaleesi o pelo branco, o porte maior...).

 

Para a NewScientist, Shapiro defendeu que "conceitos de espécie são sistemas de classificação humana".

 

"Estamos usando o conceito de espécie morfológica [determinadas por características e semelhanças] e dizendo que, se eles se parecem com este animal [o lobo-terrível extinto], então eles são esse animal", disse ela.

 

Em entrevista à BBC News, o paleogeneticista Nic Rawlence, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, classifica os animais como um "híbrido" entre as duas espécies de lobo.

 

O pesquisador lembra que o lobo-terrível divergiu do lobo-cinzento entre 2,5 milhão a 6 milhões de anos atrás.

 

"O lobo-terrível está em um gênero completamente diferente dos lobos cinzentos", argumenta o especialista.

 

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"De cerca de 19 mil genes, eles [a Colossal Biosciences] determinaram que 20 mudanças em 14 genes deram a eles um lobo-terrível", critica ele.

 

Fonte: Correio Braziliense

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Ciência & Tecnologia : Listras no fundo do mar denunciam as inversões magnéticas da Terra
Enviado por alexandre em 08/04/2025 11:37:53

Listras no fundo do mar denunciam as inversões magnéticas da Terra
Foto: Reprodução

Os pólos geomagnéticos da Terra estão escritos em "listras de zebra" gigantes no fundo do mar

No magma, há cristais de magnetita – um mineral sensível ao campo magnético. Quando a lava esfria, os cristais se alinham à direção do campo naquele momento. Se o campo estava na orientação “normal”, eles apontam para o atual norte magnético. Se já havia ocorrido uma reversão, os cristais ficam orientados ao contrário.

 

Com o passar do tempo, essas camadas vão se acumulando e formando faixas alternadas de orientação magnética oposta. Essas são as “listras de zebra”. Elas não podem ser vistas a olho nu, mas são detectadas por instrumentos que medem o magnetismo das rochas do fundo do mar.

 

Nos anos 1960, cientistas começaram a mapear essas listras arrastando sensores magnéticos por navios. Os padrões simétricos encontrados em ambos os lados das dorsais oceânicas confirmaram a formação constante de crosta oceânica – uma evidência fundamental para a teoria das placas tectônicas.

 

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Além de comprovar a movimentação das placas, essas listras ajudam a datar o fundo do mar e calcular a taxa de sua expansão. Comparando os padrões magnéticos com a linha do tempo das inversões registradas em rochas da superfície, os cientistas reconstruíram parte da história geológica do planeta.

 

 

Essas faixas magnéticas submarinas são, portanto, registros naturais da dinâmica interna da Terra.Em média, a cada 200 mil a 300 mil anos, os polos magnéticos do nosso planeta se invertem: o norte vira sul, e o sul, norte. A última inversão completa aconteceu há cerca de 780 mil anos. Embora esse intervalo pareça indicar que estamos “atrasados”, especialistas afirmam que não há sinal de uma nova inversão iminente.

 

Fotos: Reprodução

 

Mas, como sabemos que essas reversões realmente aconteceram? A resposta está escondida no fundo dos oceanos. Cordilheiras submarinas, chamadas dorsais meso-oceânicas, registram essas mudanças em formações rochosas que lembram “listras de zebra”. Essas faixas magnéticas são a chave para entender a história do campo geomagnético da Terra.

 

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Essas cordilheiras marinhas são locais onde duas placas tectônicas se afastam. Entre elas, o magma sobe do interior da Terra, esfria e se solidifica, formando nova crosta oceânica. Segundo o site IFLScience, esse processo contínuo é conhecido como expansão do fundo do mar.

 

Fonte: Olhar Digital

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Ciência & Tecnologia : Arqueólogos encontram cemitério romano embaixo de campo de futebol
Enviado por alexandre em 04/04/2025 00:50:55

Vala comum romana com ossadas de mais de 150 soldados foi achada sob campo de futebol em Viena, na Áustria

O início da reforma de um campo de futebol em Viena, na Áustria, em outubro do ano passado, acabou revelando as mais fortes evidências das batalhas de expansão do Império Romano conhecidas até agora na Europa Central.

 

Por baixo do campo foram encontradas as ossadas completas de 129 soldados romanos e outras partes de corpos que indicam que mais de 150 indivíduos morreram ali.

 

“Pesquiso a história de Viena na era romana há 25 anos e pensei que nada mais poderia me surpreender — e então essa descoberta aconteceu”, relatou a historiadora Michaela Kronberger ao site do Museu de Viena. Ela ficou responsável pela recuperação das ossadas.

 

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A análise inicial indica que os corpos pertencem a soldados entre 20 e 30 anos, mortos em combate. A forma de enterro desordenado, com corpos de bruços ou emaranhados, sugere pressa após a batalha para sepultar os soldados. O enterro sem cremação, prática comum na época, indica crise após derrota.

 

Os pesquisadores apontam que os ferimentos vieram de armas como lanças e espadas. “Cada esqueleto examinado até agora tem pelo menos um ferimento infligido na hora da morte”, disse Michaela Binder, da Novetus. Isso descarta execução ou epidemia como causa do sepultamento coletivo.

 

Foto: Reprodução/Museu de Viena

 

Além dos corpos, foram achados pregos de armaduras, sapatos militares, e peça de capacete que reforçam a origem romana dos restos. A datação por carbono 14 situa o evento da morte deles entre 80 e 230 d.C.

 

A bainha de uma adaga com prata na composição aponta para o período de Domiciano, que governou de 51 a 96, ou Trajano, que governou de 98 a 117 d.C.

 

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Historiadores ligam o achado às Guerras do Danúbio, quando as legiões romanas enfrentaram povos germânicos para expandir a fronteira norte do Império. Novas análises de DNA estão previstas para esclarecer o contexto. “Além do evento científico, são restos de ao menos 150 jovens massacrados, é importante devolver a eles a história”, conclui Kronberger.

 

Fonte: Metrópoles

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