Coluna Agricultura : Porto Velho lidera a produção de soja em Rondônia e se consolida como nova fronteira agrícola
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Enviado por alexandre em 01/04/2024 22:48:52 |
Porto Velho lidera a produção de soja em Rondônia e se consolida como nova fronteira agrícola Capital já possui o maior rebanho bovino do Estado e agora responde também pela maior produção de soja Por Eranildo Costa Luna
Produção de soja na capital aumentou 62,33% na safra 2022/2023, segundo IBGE O município de Porto Velho se consolida como uma nova fronteira de produção agrícola. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção de soja na capital teve um aumento de 62,33% na safra 2022/2023, atingindo 181.812 toneladas, e se tornando o maior produtor da leguminosa em Rondônia. Na safra de 2021/2022, a produção do grão em Porto Velho foi de 112.000 toneladas. A área plantada também cresceu. Na safra 2021/2022, foram 31.100 hectares plantados de soja. Já a safra 2022/2023 somou 52.336 hectares, com um aumento de 68,28%. Esse crescimento tem se repetido nos últimos anos. Na safra 2020/2021, a área plantada era de 13 mil hectares, com uma produção de cerca de 42 mil toneladas. Em 2011, a safra de soja no município de Porto Velho foi de apenas 600 toneladas. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Rondônia (Aprosoja-RO) avalia que o crescimento da soja em Porto Velho se deve a uma série de fatores somados, como a proximidade das estações de transbordo, a disponibilidade de terras com características adequadas para o cultivo e o valor das terras mais acessível do que em regiões consolidadas. Essas características, entre outras, influenciam na otimização dos custos e na celeridade para implementação da lavoura. Porto Velho também está expandindo em outras culturas Para a Aprosoja-RO, esse crescimento da soja em Porto Velho é visto de forma positiva, considerando que traz benefícios econômicos para os produtores locais e toda a sociedade, como a redução de custos de produção, acesso facilitado a insumos agrícolas e oportunidades de expansão das operações agrícolas, bem como a criação de novas indústrias e geração de emprego e renda para toda comunidade. "Porto Velho atingiu o patamar de maior produtor de soja de Rondônia, se consolidando como a nova fronteira agrícola. Já somos o maior rebanho bovino do Estado, com mais de 1,7 milhão de cabeças e agora lideramos na soja e também expandindo em outras culturas, como o café, milho, arroz, banana e mandioca", pontuou o prefeito Hildon Chaves. Rondônia A produção de soja em Rondônia na safra 2021/2022 foi de 1.750.249 (ton). Já a safra 2022/2023 foi de 2.131.535, um aumento de 21,78%. A área plantada saiu de 489.526 hectares em 2021/2022, para 589.983 hectares em 2022/2023, com uma variação de 20,37%. A soma da produção da soja em Rondônia foi de R$ 4,7 bilhões. As informações são do IBGE. Com Porto Velho na liderança, completam a lista dos cinco municípios maiores produtores de soja em Rondônia: Pimenteiras do Oeste (180 mil toneladas), Vilhena (164,5 mil toneladas), Corumbiara (160 mil toneladas) e Candeias do Jamari (157,6 toneladas). Foto: Wesley Pontes/ Leandro Morais |
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Coluna Agricultura : Abate de bovinos no Acre cresce mais de 38% e estado vive expansão no setor agropecuário, avalia Idaf
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Enviado por alexandre em 22/03/2024 15:50:26 |
O Acre tem avançado quando o assunto é carne bovina. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no último dia 14, mostram um aumento de 38,2% no número de abatimentos de bovinos no estado entre 2022 e 2023. O levantamento revela que esse número passou de 337.834 para 466.875 de um ano para outro. Quando esse valor é avaliado em carcaças, ou seja, em toneladas, a variação é de 34,7%, saindo de 85.750 toneladas para 115.543 toneladas. Abate de bovinos cresceu em mais de 38% no Acre. Foto: Arquivo/Secom Se considerarmos o quarto trimestre de 2022 e 2023, o Acre teve um aumento de 57,7% no abate bovino, saindo de 83.41 cabeças para 131. 257. Já com relação a toneladas, esse número saltou de 20.724 toneladas para 31.680 toneladas nesse período, resultando em 52,9% de aumento. Os dados da pesquisa também contabilizam o abatimento de suínos, mas somente nos três últimos meses de 2022, com 10.095 cabeças. Ações e expansão Jonas Celestrini Junior, que é auditor fiscal estadual agropecuário, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa)/Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal no Estado do Acre (SIE) do Instituto de Defesa Animal e Florestal (Idaf-AC), avalia que o setor agropecuário está em expansão. “Esse aumento expressivo também é principalmente devido à abertura de duas novas plantas frigoríficas com registro no Serviço de Inspeção Federal [uma no município de Tarauacá e outra em Senador Guiomard], saltando de duas para quatro plantas frigoríficas com SIF [Serviço de Inspeção Federal]. Também houve aumento no volume de abate nas plantas frigoríficas com registro no Idaf [Serviço de Inspeção Estadual – SIE], demonstrando um aumento no consumo interno”, destaca. O auditor lembra ainda o reforço no efetivo do Idaf, a partir de 2021, com o chamamento dos servidores que passaram em concurso público. Foram feitos investimentos também com aquisição de veículos e computadores e reforma nos escritórios. “Nesse período também o Acre teve o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação, houve a adesão do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal no Estado do Acre [SIE] ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal [Sisbi-POA], que, em poucas palavras, abre a possibilidade para que as indústrias com registro SIE possam expandir seu mercado para além do território acreano”, explica. Já o comércio exterior desse produto é de competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com os acordos e tratativas comerciais entre as indústrias exportadoras e os mercados importadores. O papel do Idaf é ser responsável, entre outras coisas, em garantir a sanidade dos rebanhos do Acre, mantendo-os livres de doenças que causam restrições de países importadores. “Para isso, executamos diversos programas sanitários às vistas de atender normativas do Mapa, fazendo visitas e fiscalizações em propriedades rurais em todos os municípios, sendo um dos órgãos com escritórios para atendimento até nos municípios isolados”, complementa. Ainda são realizadas ações de educação sanitária, levando conhecimento para os produtores rurais e à sociedade em geral. “Informamos a importância de se manter os rebanhos bem cuidados e sempre informar ao Idaf a suspeita do surgimento de qualquer doença em seus animais ou lavouras. Paralelamente cito, como uma política do atual governo para desenvolvimento dos pequenos produtores do estado, a criação do Selo D’Colônia pelo Idaf, que desburocratiza o registro de miniagroindústrias familiares que processam produtos de origem animal em pequena escala”, afirma. Exportação para o Canadá Em fevereiro deste ano, o governo do Acre comemorou o reconhecimento para exportação de carne bovina maturada, desossada e sem linfonodos do Acre para o Canadá. A autorização foi efetuada por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), após uma análise criteriosa realizada pela Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA), que reconheceu também os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, além de 14 municípios do Amazonas e cinco de Mato Grosso. Na época, o titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, destacou a união de esforços para fortalecer a cadeia produtiva no estado. “A indústria de proteína animal acreana vive o seu melhor momento, se destacando cada vez mais na produção bovina e suína. O dever de casa foi feito quando conquistamos, com o esforço do governador Gladson Cameli e o apoio do governo federal, o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. O principal desafio agora é fomentar investimentos para que novas plantas se habilitem para conquistar o mercado internacional”, analisou. Segundo a Seict, atualmente, de 18 plantas frigoríficas, três estão habilitadas a fazer exportação. Dados nacionais Em 2023 foram abatidas 34,06 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), representando um aumento de 13,7% em relação ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Esse é o segundo maior resultado obtido no histórico da pesquisa, atrás apenas daquele registrado em 2013. Todos os meses apresentaram variação positiva em relação aos respectivos períodos de 2022, com destaque para novembro, quando foi registrado um aumento comparativo de 25,9%. Os principais destinos dessas exp |
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Coluna Agricultura : Técnicas para potencializar produção de forragem e silagem são estudadas por pesquisadores da Amazônia
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Enviado por alexandre em 04/03/2024 09:16:14 |
Os estudos foram liderados por pesquisadores do IFRO, Campus Colorado do Oeste, e da UFMT, Campus Cuiabá. Com informação do Rondônia Rural Pesquisadores de Rondônia e Mato Grosso publicaram estudos em revistas nacionais e internacionais que revelam avanços na produção agropecuária, como técnicas que potencializam a produção de forragem e silagem.
Forragem é um termo que se refere a plantas ou partes de plantas utilizadas como alimento para animais. Já a silagem é uma forma de conservar alimentos para o gado e garantir sua nutrição ao longo do ano.
Sorgo foi um dos produtos pesquisados em RO e MT. Foto: Divulgação/IFRO Os três estudos foram liderados por pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Colorado do Oeste, e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Cuiabá.
De acordo com os pesquisadores, os estudos, além de serem uma opção mais sustentável para produtores, também são um novo modelo para entender a agropecuária mais eficiente, sustentável e resiliente.
Os avanços científicos do capim, milho e sorgo A primeira pesquisa foi publicada no Journal of Experimental Agriculture International em 2023 e explicou sobre a fertilização do capim Marandu, um dos principais capins forrageiros utilizados na agropecuária do Brasil.
Segundo os pesquisadores, existe um método para potencializar o rendimento e a qualidade do capim, apontando para uma produção mais eficiente e sustentável: combinar fosfatos acidulados com microrganismos solubilizadores de fosfato.
A segunda pesquisa, publicada na revista Animals em 2023, focou na integração entre o milho e capim em diferentes modos de semeadura para produção de silagem. Os pesquisadores descobriram que apesar de não afetarem diretamente a qualidade da silagem, algumas práticas de cultivo podem influenciar o resultado das forragens e das silagens.
O terceiro estudo, publicado na Agronomy, em 2024, os pesquisadores se concentraram em descobrir os efeitos dos espaçamentos e da densidade das plantas no cultivo de sorgo para produção de silagem.
De acordo com a pesquisa, o cultivo do sorgo em condições mais adensadas não apenas aumentou a produtividade, mas também melhorou a qualidade da silagem, possibilitando a oferta de um alimento mais nutritivo para o gado. |
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Coluna Agricultura : Rondônia trabalha para novo recorde de produção de café em 2024; incentivos proporcionam abertura de novos mercados
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Enviado por alexandre em 01/03/2024 16:14:34 |
Rondônia trabalha para novo recorde de produção de café em 2024; incentivos proporcionam abertura de novos mercados Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê o crescimento de 5% em relação à safra passada Por Gerson Costa e Jean Carla Costa
O Governo do Estado de Rondônia tem incentivado a qualidade do café através da distribuição de mudas selecionadas, promoção de concursos internos, como o Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia (Concafé), apoio logístico para a participação dos produtores rurais em certames nacionais, e caminha para bater novo recorde da produção de café na safra 2023/2024, que encerra no mês de setembro deste ano. Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê o crescimento de 5% em relação à safra passada, garantindo pouco mais de 60 milhões de sacas de café beneficiado. A cultivar do tipo Conilon foi o destaque do produto, que recebeu reconhecimento nacional nos concursos realizados, em Minas Gerais, em 2023. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Os incentivos proporcionaram um aumento na produção e abertura de novos mercados para o café de Rondônia. Em 2023, o produto alcançou 10 países, gerando um valor total de US$ 17.589.277,00 (dezessete milhões, quinhentos e oitenta e nove mil, duzentos e setenta e sete dólares). Os principais compradores foram a Bélgica, com um montante de US$ 9 bilhões, seguido pelos Estados Unidos, com US$ 4,5 bilhões, e a Colômbia, com US$ 1,7 bilhão em compras. O IG Matas de Rondônia garantiu o selo de indicação geográfica da origem do produto No ano passado, Rondônia recebeu um novo selo de Indicação Geográfica, fator preponderante para impulsionar as vendas externas. O IG Matas de Rondônia garantiu o selo de indicação geográfica da origem do produto e seu reconhecimento de características especiais. Um exemplo das boas práticas da lavoura aliado ao apoio dispendido pelo Governo de Rondônia vem da região da Zona do Café. As produtoras Lúcia Helena de Novo Horizonte; Nicole Nedel de Nova Brasilândia; e Celeste Suruí de Cacoal venceram os três primeiros lugares do concurso de café “Florada Premiada” – 2ª Edição Canephora 2023, realizada por uma indústria de café, em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O concurso ocorreu em Minas Gerais, durante a Semana Internacional do Café. Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Estado tem garantindo assistência técnica, qualificação e apoio logístico aos produtores de café. “Essas ações são revertidas em aumento das vendas externas e vitórias nos concursos realizados no Brasil”, ressaltou. Segundo o titular da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Luiz Paulo, a Seagri está empenhada na realização do 9º Concafé. “O concurso de qualidade é tradicional, movimentando a cadeia produtiva do café e a participação dos agricultores de toda a região”, destacou. |
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Coluna Agricultura : Região Norte teve variação negativa na safra de milho causada por condições climáticas
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Enviado por alexandre em 19/02/2024 10:27:30 |
Variação negativa foi de 7%. Além das questões climáticas, as pragas também aumentaram, prejudicando o desenvolvimento das lavouras. Com informações do Brasil 61 Desde o ano passado, produtores de milho enfrentam dificuldades no plantio e colheita do grão. Por causa das condições climáticas, principalmente influenciadas pelo fenômeno El Niño, as regiões produtoras não têm passado por bons momentos no Brasil. Para a safra 2023/2024, a produção total está estimada em 117,6 milhões de toneladas — uma redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior —, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As perspectivas com o milho 1ª safra — na estimativa de janeiro da companhia — são de produtividades menores, com exceção do Sul do país, que registrou aumento de 13%, na comparação das safras 2022/23 e 2023/24. A Região Norte teve variação negativa de 7%. Já o Nordeste teve variação negativa de 13% e o Sudeste de 9%. Além das questões climáticas, as pragas também aumentaram, prejudicando o desenvolvimento das lavouras.
Agricultores enfrentam dificuldades com o plantio de milho. Foto: Reprodução/Mapa De acordo com a análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a falta de margem positiva para o milho em 2023 deixou o produtor indeciso sobre investir ou não na cultura.
Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, diz que, no último ano, os produtores não tinham nem como pagar os custos da lavoura, já que a produção do milho tem um custo bem maior do que a da soja, por exemplo. "Não há nenhum estado brasileiro que diga: eu vou colher minha safra e pagar minhas contas. Pelo contrário, ainda estamos plantando a safrinha, que é o grande volume da safra de milho brasileira, já que se projetava uma safra de mais de 130 milhões de toneladas, dos quais a safra foi em torno de 24, e o restante era safrinha, então ninguém consegue hoje dimensionar qual vai ser a área plantada de milho — qual vai ser o volume e a que preço", comenta. Mesmo assim, o Brasil foi o maior exportador de milho do mundo na safra 2022/2023, sendo responsável por 32% das exportações mundiais — 56 milhões de toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Já os Estados Unidos, que lideram o mercado de milho há mais de um século, exportaram cerca de 23%. Perspectivas
O engenheiro agrônomo Charles Dayler avalia que, até o segundo semestre de 2024, os produtores terão os mesmos problemas do fim do ano passado, só que mais brandos, já que o El Niño vai perdendo força. Portanto, as chuvas intensas e as temperaturas extremas são preocupantes. "Tudo isso vai afetar. Tanto a questão de colheita, a maturação da planta e também afeta a questão de pragas, porque dependendo da variação de temperaturas, você pode ter um tempo maior com a temperatura favorável para as pragas que atacam as lavouras. Tudo isso deve ser levado em consideração, pensando no que vai ser plantado neste ano", explica. Ele analisa ainda o que pode ajudar a melhorar esse cenário: "A gente pode tentar monitorar melhor o tempo, acompanhar bem as previsões do Inmet. Estar sempre preparado para a questão de replantio, porque uma vez que você coloca a semente no campo, a chuva pode não vir, então você tem que estar sempre preparado para isso", reforça. A produção brasileira de grãos, em geral, deve chegar a 306,4 milhões de toneladas, segundo o 4º levantamento da safra 2023/24, divulgado pela Conab no mês passado. Se confirmado, o volume representa uma queda de 13,5 milhões de toneladas em relação à safra 2022/23. Fonte: Brasil 61 |
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