Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 03/03/2021 08:55:10 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA DESABAFO “Estou ficando 'aporrinhado' com tanto negacionismo. Enche o saco mesmo. Todo mundo está vendo a situação que o Brasil vive nesta pandemia. Aí aparece o 'líder' deste país, quase ficcional, vadiando com ideias absurdas”, com este desabafo o senador emedebista Confúcio Moura sintetiza a indignação de boa parte dos brasileiros que assistem atônitos o negacionismo presidencial contra o coronavírus, na medida que aumenta exponencialmente o número de óbitos no país. PLANEJAMENTO Ninguém pode se queixar de desconhecimento da crise aguda que colapsou todo o sistema de saúde com o agravamento dos casos de Covid 19. Ano passado, diante de um relatório produzido por especialistas a pedido do CREMERO, que traçou um cenário sombrio de casos e mortes, a maioria das autoridades deu de ombros. Alguns setores, inclusive da imprensa da capital, zombaram e criticaram. Hoje, a realidade ali apontada se impõe e revela que nossas autoridades não planejaram as ações corretamente para combater a pandemia. Muitos, infelizmente, desativaram as UTIs acreditando que o pior havia passado, embora os cientistas tivessem alertado para uma segunda onda. Uma onda que está virando um tsunami. KIT EMBUSTE Mesmo a comunidade científica alertando que o kit Covid (hidroxocloroquina, ivermectina) distribuído por autoridades não tinha serventia nenhuma na prevenção do vírus, tanto o governador de Rondônia, Marcos Rocha, quanto o Secretário de Saúde, Fernando Máximo, foram para ruas da capital distribuir o kit. Seguindo a mesma linha do nosso presidente que nega as recomendações da ciência. ANTES TARDE DO QUE NUNCA Depois de superar a fase negacionista, ao que parece, o governador Marcos Rocha e o secretário Fernando Máximo foram às redes sociais alertar para a dimensão do problema dessa segunda onda de contaminação. As falas são bem elaboradas e com um conteúdo que merece elogios, especialmente porque chama a atenção dos jovens de que a doença não escolhe idade, condição social, raça nem credo para ceifar vidas. Além de que já não há leitos de unidade de terapia intensiva para atender a quantidade imensa de contaminados. Os alertas bombaram nas redes sociais. Embora, ano passado, quando ainda seguiam a linha negacionista, os dois criticaram o lockdown que o prefeito da capital baixou para conter a disseminação do coronavírus. Antes tarde do que nunca... DESCARTE Ao trocar o PP (liderado no estado pela família Cassol) pelo PODEMOS (presidido pelo deputado federal Léo Moraes), a ex-vereadora Cristiane Lopes deixou irritado o patriarca do clã, ex-senador Ivo K-Sol. Lopes perdeu recentemente as eleições para prefeita da capital, mas obteve uma votação surpreendente anabolizada pelo apoio engajado de deputado federal Léo Moraes. IRRITAÇÃO A irritação da “Cassolândia” é em razão do PP ter acreditado na postulação da ex-vereadora a prefeita no momento em que muitos não apostavam em sua viabilidade. Ademais, com a atual regra eleitoral, o desfalque de um nome eleitoralmente denso, afeta os cálculos dos pepistas em apresentar uma nominata matematicamente forte para eleger mais de um deputado federal. DESABILITADO Na hipótese da liminar concedida pelo ministro Kassio Marques, que modificou o entendimento do cálculo do cumprimento das sanções da lei da ficha limpa, seja confirmada no plenário do STF – o que esta coluna duvida – o ex-governador K-Sol estaria habilitado a concorrer nas eleições de 2022. Razão pela qual, nos últimos dias, o ex-governador e ex-senador começou a circular nos meios políticos, após o isolamento imposto pela lei que o tornou ficha suja. GOLPE Caso a população não atente para as manobras que estão sendo engendradas no Congresso Nacional, será surpreendida com mudanças substanciais das regras que estabelecem as eleições 2022. A famigerada coligação, flexibilização do financiamento de campanha e dos instrumentos jurídicos existentes hoje para prestação de contas serão suavizados ( para não dizer algo mais contundente) visando atender interesses inconfessáveis. Como diria o ministro do Meio Ambiente Sales: enquanto a mídia está voltada para a pandemia, “vamos passando a boiada”. Os deputados são profissionais em tocar o berrante sem que o som ecoe além do necessário. O golpe vem a galope. ESTIMULANDO Um dos políticos que será instado a entrar na disputa pelo Governo de Rondônia é o ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores. Não há atualmente movimento do ex-prefeito neste sentido, mas é bom não subestimar a capacidade que adquiriu nas urnas em sair vitorioso. Os caciques conhecem bem para onde o vento sopra, mesmo quando os céus mudam de direção inesperadamente. O mesmo assédio já começa a estimular o prefeito da capital, Hildon Chaves. Dois novatos na política que deram certo e vão ser decisivos nas eleições de 2022. PROTAGONISMO O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia iniciou o ano mostrando a que veio com a nova gestão liderada pelo ex-presidente Nacional do Cofen, Manoel Carlos Neri. Em pouco mais de dois meses na gestão estadual, Neri protagonizou ações firmes na defesa do exercício dos profissionais nesta pandemia inscritos na autarquia e, portanto, fiscalizou os atos administrativos das nossas autoridades de saúde. Um exemplo concreto é o relatório que produziu na vistoria que realizou pessoalmente nas unidades de saúde de Guajará-Mirim, revelando o caos em que se encontra aquela área na pérola do Guaporé. Na presidência do COFEN foi uma voz de referência ouvida pelos principais veículos de comunicação na primeira onda da Covid 19. OUTRO LADO Em razão da coluna da semana passada, quando criticamos a nomeação da ex-prefeita de Cacoal em um gabinete de um parlamentar filiado do Podemos, a direção do partido enviou à coluna sua versão sobre os fatos que em nome do bom jornalismo publicamos na íntegra. “Na data de ontem, 23 de fevereiro de 2021, foi veiculado junto ao site tudorondonia, a coluna Resenha Política do jornalista Robson Oliveira, onde consta que 'O PODEMOS, em Rondônia, tem se firmado com um discurso moralista prometendo fazer da política uma atividade limpa. O ato do parlamentar Deiró, até o momento, não recebeu nenhuma censura da direção partidária. Aguardemos!'. O PODEMOS RONDÔNIA, neste ato representado por seu Presidente Estadual OSCAR DIAS DE SOUZA NETTO, informa que o deputado estadual CIRONE DEIRÓ realmente foi eleito para o cargo nas eleições gerais de 2018 por esta agremiação, porém, em reunião ordinária da Comissão Executiva Estadual, realizada no dia 30/03/2020, foi deliberada a sua desfiliação. O deputado ingressou junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, com uma Ação Declaratória de Desfiliação Partidária, a qual foi julgada procedente, por unanimidade, para que o mesmo deixe o partido e desde então a direção partidária não mantém qualquer contato com o deputado. Dessa forma, pelo fato de o PODEMOS/RO ter adotado as medidas para a desfiliação do referido deputado desde o ano passado e não possuir mais qualquer relação com o parlamentar, torna incabível a adoção de qualquer (sic) medidas em face do evento noticiado, por parte desta agremiação partidária. Registre-se, contudo, que o partido PODEMOS pauta sua atuação com base nos preceitos republicanos, atuando sempre com lisura com a coisa pública, e não compactua com quaisquer subterfúgios que busquem violar os princípios norteadores da administração pública”. OSCAR DIAS SOUZA NETTO – PRESIDENTE. Em tempo: a mesma coluna também é publicada simultaneamente nos sites: Rondônia Dinâmica, Gente de Opinião, Expresso Rondônia, Folha Rondoniense, Rondônia Notícias, Correio de Rondônia, Painel Político, Mais RO, Que Notícias Ariquemes, Eu Ideal, Chaddad, entre outros. DOSE DUPLA A partir deste mês a coluna passa a ser atualizada nas terças e sextas-feiras. Exceto feriados. |
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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 24/02/2021 14:30:00 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA PANDEMIA Todas as previsões dos pesquisadores sobre o coronavírus apontam Rondônia como preocupante nos próximos meses. Hoje todo o sistema de saúde está em colapso e o número de óbitos aumenta assustadoramente. As ações governamentais são insuficientes para conter o caos, visto que a área de saúde estadual, além das municipais, não consegue planejar as ações e nem atender a população a contento. IRRESPONSABILIDADE Embora seja da responsabilidade das autoridades políticas ações efetivas para evitar que a pandemia continue ceivando vidas de forma avassaladora, a irresponsabilidade das pessoas em insistir levar a vida dentro da “normalidade” com aglomerações contribui de forma crucial para ampliar a crise sanitária que Rondônia está imersa. Falta em parte considerável da população empatia, respeito à vida e responsabilidade. Não adianta apenas as autoridades emitirem decretos restritivos caso a população não tome consciência em cumprir as medidas preventivas que são indispensáveis no enfrentamento ao COVID. VACINA JÁ! É ínfima ainda a quantidade de pessoas imunizadas com a vacina distribuída pelo Ministério da Saúde, em todo o Brasil. Em Rondônia, caso não haja aquisição de mais vacinas, chegaremos ao final de 2021 com aumento apenas dos óbitos. Ano passado, o prognóstico feito por uma comissão de especialistas indicando colapso com a Covid, foi ironizado por vários segmentos rondonienses, inclusive de profissionais da imprensa engajados neste insano debate ideológico. Hoje, a realidade, é próxima ao prognóstico feito sob encomenda de uma autarquia médica local. É preciso que nossos governantes façam um esforço e comprem vacinas para imunizar a população, com urgência. O STF deu sinal verde para governadores e prefeitos providenciarem o imunizador. Apesar de alguns "juristas" falastrões de plantão terem feitos previsões jurisprudenciais diversas sobre a regra. PRECIPÍCIO É uma lástima a orientação dada por uma comissão supostamente de especialistas que produziram uma nota técnica sugerindo o retorno das aulas presenciais em Rondônia. Lendo o que foi produzido revela-se que tais “especialistas” não observaram os estudos científicos e as previsões de dias tenebrosos, haja vista que não há concretamente um cenário sanitário favorável ao retorno à vida “normal”. Pelo contrário, as previsões são catastróficas e sem perspectiva de imunização em massa. Reabrir as escolas nos próximos dias, sem que haja vacinas suficientes nem para os profissionais de saúde, é jogar os trabalhadores da educação e os alunos e familiares ao precipício. A nota técnica que avaliza a reabertura é passível de questionamento. Com a palavra a comunidade científica. INDIGNIDADE Uma profissional da saúde, lotada no Hospital de Base, divulgou pelo Facebook uma foto da alimentação servida aos profissionais que labutam nos plantões daquela unidade, o que revolta qualquer pessoa que teve acesso à imagem (embora este colunista tivesse pedido mais detalhes, o que ocorreu, a imagem foi bloqueada hoje, o que, para a coluna, deve ter sido para evitar retaliação). Percebe-se a indignidade com que valorosos profissionais da saúde são tratados pelo Governo de Rondônia. Profissionais que deveriam ser condecorados pela coragem e denodo são tratados indignamente. Uma vergonha. MANOBRA A nomeação da ex-prefeita de Cacoal Glaucione Rodrigues no gabinete do deputado estadual Cirone Deiró (PODEMOS), em razão das medidas judiciais a que está submetida, é semelhante ao caso da filha de Roberto Jeferson, Cristiane Brasil, que foi obrigada a desistir de uma assessoria na Assembleia Legislativa de São Paulo, pelo mesmo impedimento que em tese a ex-prefeita é alcançada. A manobra não colou no poder legislativo paulista e tem tudo para também não vingar no rondoniense, após questionamento judicial. MORALISTA O PODEMOS, em Rondônia, tem se firmado com um discurso moralista prometendo fazer da política uma atividade limpa. O ato do parlamentar Deiró, até o momento, não recebeu nenhuma censura da direção partidária. Aguardemos! DOSE DUPLA A partir no próximo mês esta coluna vai circular duas vezes por semana: terças e sextas. As sequelas da Covid afetaram a saúde do escriba, mas o juízo para traçar essas linhas meio tortas não sucumbiu ao vírus. A dose agora é dupla. ... |
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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 03/02/2021 09:20:22 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA BAMBURROU Na última sexta-feira (29), através de um decreto mal escrito, o governador Marcos Rocha liberou geral a garimpagem nos rios de Rondônia. Pelo decreto não fica claro se a exploração da atividade aurífera no estado exigirá do garimpeiro estudos sérios sobre impactos ambientais, embora conste entre as exigências para a autorização do funcionamento das dragas alguns cuidados na área, numa redação dúbia e despreocupada com o meio ambiente, visto que o objetivo era mesmo regularizar uma atividade que em Rondônia tem histórico predatório. MAZELAS No final da década de oitenta e início de noventa, Porto Velho virou uma grande fofoca (termo usado pelos garimpeiros para designar multidão no garimpo) de garimpeiros. Época em que muita gente ganhou dinheiro com o metal vil com dragas gigantescas que pareciam pequenas pousadas. A indústria da construção de dragas crescia a todo vapor, na mesma proporção que cresciam os números da violência, prostituição, tráfico de droga, entre outras mazelas que a atividade atrai. ASSOREAMENTO Poucos ganhavam dinheiro e para o estado e municípios os tributos oriundos da exploração aurífera quase nada. É uma atividade que opta por sobrevir informalmente e marginalmente. Foram anos que a quantidade de dragas no Madeira era tão grande que provocou impactos na navegação devido ao assoreamento, além dos impactos nefastos em razão dos elementos químicos jogados no Madeira pela garimpagem. CRITÉRIOS É possível compatibilizar a atividade aurífera com a preservação ambiental, mas é necessário que o estado estabeleça regras objetivas e claras de impactos ambientais. Indispensável também que sanções sejam instituídas e postas em prática para que a depredação seja coibida de forma exemplar. O que pelo decreto em vigor não resta claro. O desenvolvimento sustentável exige antes de tudo a consciência do explorador da atividade de que a preservação ambiental é importante inclusive para que sua atividade seja longeva, consciência esta que em regra o garimpeiro dá de ombros. NEGACIONISTA Não é segredo pra ninguém que o atual governo rondoniense segue cegamente os mesmos erros na área ambiental que o federal. Ambos não compreendem que desenvolvimento requer tecnologia e preservação para que a produção e as atividades exploradas não se esgotem com a depredação. Marcos Rocha, inclusive, chegou a gravar um áudio para os madeireiros de Espigão do Oeste avisando que não reprimiria a exploração da madeira na região que, naquele momento, estava paralisada em razão de uma decisão da justiça federal. É um negacionista assumido o que tem provocado estragos indeléveis aos rondonienses, a exemplo da área de saúde. A questão ambiental ainda vai dar muita dor de cabeça a Rocha. Questão de tempo. PREFEITURA Foi uma excelente mudança que o prefeito Hildon Chaves fez colocando na chefia de gabinete da prefeitura da capital o advogado Fabrício Jurado. Embora não possua experiência suficiente em negociações políticas, particularmente com o legislativo, Jurado é uma pessoa simpática, inteligente e extremamente humilde, bem diferente do antecessor que tratava as pessoas no coturno. Vai precisar de ajuda no campo político, área que o próprio prefeito tira de letra. MERCADO O toma lá, da cá que voltou a imperar na eleição da Câmara Federal como moeda de troca que levou o deputado federal alagoano Arthur Lira ao comanda da casa, revela que nossa política continua contaminada com o que tem de mais raso e desnuda o discurso moralista e falso daqueles que se elegeram prometendo austeridade e ética da política. Como diria o poeta Tom Jobim: “o Brasil não é para principiantes”. O eleitor deveria verificar o voto de cada um dos parlamentares para avaliar quais os motivos de votar em Lira, certamente concluirá que a maioria votou por razões inconfessáveis. BANCADA A bancada federal rondoniense se dividiu entre os candidatos da Câmara Federal Baleia Rossi e Arthur Lira. Coronel Crisostomo (PSL), Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (PSDB), Silvia Cristina (PDT), Expedito Neto (PSD) e Léo Moraes (PODEMOS) votam no rolo compressor de Lira. Apenas Lúcio Mosquini (MDB), optou por Baleia. Mauro Nazif (PSB) não compareceu à votação em razão de saúde. Agora aguardar e observar para verificar qual deles ganharam mimos em troca do voto que transformou a casa baixa em um mercado persa da baixaria. GARGANTA PROFUNDA O Centrão, base que elegeu Lira, é conhecido nos corredores do Congresso Nacional pela voracidade com que age na calada da noite para devorar os atrativos que a “viúva” oferece. Um corrente política que durante a campanha nacional passada o general Heleno entoou uma paródia com a letra e melodia da música de Bezerra da Silva, ‘Reunião de Bacana’. |
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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 27/01/2021 09:13:06 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA RETORNANDO Depois de um mês longe dos teclados e sem atualizar a coluna em razão de uma Covid grave que exigiu minha internação por vinte dias em São Paulo, graças a Deus, eis me aqui renovado e um pouco cansado para voltar ao batente. Agradeço às palavras generosas de cada amigo no momento mais crítico. Agradeço, em especial, aos amigos Diego Vasconcelos, Dimis Braga, Magno Guedes, Hiram Marques, Ayres Amaral, Valdir Raupp, Heverton Aguiar, Rubens Coutinho, Expedito Junior e Andrea Farias. Vida que segue! Embora muito triste com a partida precoce de vários colegas, inclusive da imprensa. DEBOCHE Uma propaganda que está sendo criticada nas mídias sociais, do governador Marcos Rocha ao lado do presidente fazendo propaganda (enganosa) de combate à Covid 19, é um deboche à situação real e concreta por que passa o colapso do sistema público de saúde, compelido a enviar pacientes para outros estados. Nossas autoridades, num momento tão triste e fora de controle, deveriam submergir e evitar exploração política em respeito às vítimas do vírus e aos familiares que perderam seus entes queridos. Debochar neste momento é criminoso. Rocha deveria mandar retirar esta empulhação. CALENDÁRIO Em março, possivelmente quando é esperado a crise pandêmica arrefecer com mais vacinação, o calendário eleitoral volta às manchetes. Já há movimentos nos bastidores dos partidos políticos visando filiações com objetivo de candidatura majoritária própria. É quase certo que o governador, após conseguir um partido com o seu perfil conservador, seja candidato à reeleição. Sua entourage acompanhou as eleições municipais e deve ter percebido que em 2022 a lorota discursiva que embalou as eleições de 2018 dificilmente colará nas próximas eleições. REVELAÇÃO A população revelou recentemente nas urnas que não vai deixar ser engalobada por discurso moralista e falso, e quem mostrar serviço tem tudo para sair na frente. O DEM, PSDB, MDB, PODEMOS, PT e PP estão de olho na cadeira do coronel. Lorota não engana mais ninguém, exceto a entourage. Vai ser uma campanha onde os serviços públicos terão prioridade sobre aquele discurso privativista que os pseudos liberais vinham enrolando. INOPERÂNCIA Nunca a população necessitou tanto do apoio estatal que arrecada uma fortuna com nossos impostos. Os programas sociais e o SUS foram os únicos pilares de salvação dos mais necessitados. Os gestores do sistema de saúde, por exemplo, terão muito o que explicar à população. Isto na hipótese de existir explicação para inoperância. Aqueles que acusam a imprensa por revelar os fatos da forma mais real, são os mesmos que não precisam do SUS nem dos programas para sobreviverem. É fácil tripudiar na política quando os familiares estão protegidos. Falta empatia. FÚRIA O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, tem que conter sua iracunda para não meter os pés pelas mãos e virar mais um párea que passa pelo paço municipal sem deixar um legado político alvissareiro. É perceptível a fúria inconsequente e juvenil com que o prefeito assumiu suas funções em tão pouco tempo. Ele que se cuide que no executivo o andor é de barro. Não pode tudo, mesmo achando que sim. Em razão disto que há uma proteção social de freios e contrapesos para conter a fúria dos inconsequentes. TRANQUILIDADE Já a prefeita de Ariquemes, Carla Redano, mostrou como deve ser sóbrio e delicado o início de uma administração. Sem movimentos bruscos e nem arroubos, começa uma gestão com muita tranquilidade e parcimônia. Tem futuro no mandato, caso mantenha este perfil. COMPRAS Os órgãos de controle não vão deixar barato as compras feitas por autoridades durante a decretação de calamidade pública. Muitos gestores aproveitaram lamentavelmente a pandemia e as exceções jurídicas para aquisição de insumos no enfrentamento da Covid para meter literalmente a mão grande nos parcos recursos públicos. Não demora para que venham à tona em efeito cascata as tramoias destes mal gestores. Os órgãos estão bem treinados e equipados para fiscalizar e impor sanções duras. ROLANDO LERO Quem assiste às entrevistas do Secretário de Saúde de RO com as evasivas sobre o colapso do sistema estadual de saúde percebe que o jovem médico não entende absolutamente de gestão pública. Resta evidente a sucessão de contradições e atos administrativos questionáveis. É culpado pelo que esta ocorrendo e cada fala dita confirma que perdeu o controle. Máximo é bom de papo, um rolando lero” autêntico sem nada para dizer. Exceto justificativas vazias. LETARGIA É impressionante o estágio letárgico pelo qual passa nossa representação senatorial. Infelizmente não vemos nesta legislatura um senador de Rondônia preocupado em discutir os problemas mais graves do estado nem propor nada de novo em relação à obras estruturantes. Parasitam na própria letargia. Nada, absolutamente nada de concreto propõem pelos interesses de quem os elegeram. ATENTO Estamos de volta com a coluna. O céu emite sinais de trovoadas...
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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 16/11/2020 18:00:18 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA FINALISTA Conforme detectado nas pesquisas divulgadas para prefeito na capital, a segunda vaga para enfrentar Hildon Chaves (PSDB) seria bem disputada entre Vinícius Miguel (Cidadania) e a vereadora Cristiane Lopes (PP), e a diferença entre eles ficou abaixo de um ponto percentual. Um resultado que não surpreendeu já que as pesquisas haviam captado a tendência de subida da vereadora na reta final das eleições. Agora ela terá a árdua missão de alcançar e passar o atual prefeito que, concluída a votação, obteve um resultado expressivo acima da soma dos votos do segundo e terceiro colocados. REJEIÇÃO Já há projeções publicadas por aí, algumas avexadas já que não há ainda nenhuma sondagem sobre a migração dos votos dos candidatos derrotados. Projeções que traduzem mais a vontade de quem a faz do que a realidade a ser mensurada. Rejeição sempre é um dado complicador em qualquer campanha, mas é preciso ponderar que a rejeição que vale daqui pra frente é a que será pesquisada. Como a abstenção foi enorme, a tendência é que aumente no segundo turno. É uma eleição plebiscitária: quem aprova o que está sendo feito e quem quer mudar. O resto é lorota. SUJEIRA É óbvio que a entrada do deputado federal Léo Moraes (Podemos) na campanha da capital nos últimos dias ajudou a vereadora Cristiane Lopes (PP), mas é um equívoco avaliar que tenha sido este em si o fato concreto que catapultou a vereadora para o segundo turno. O principal obstáculo que Vinicius Miguel enfrentou e preponderante para que afetasse sua ascensão e que impedisse chegar ao segundo turno foi o jogo sujo na mentira contida num panfleto amplamente espalhado na cidade e replicado nas mídias socais. De longe a mentira e o fake foram as variáveis mais robustas que atrapalharam a campanha do jovem professor. Sem esta prática perversa, covarde e criminosa, dificilmente a vereadora teria suplantado o professor. Léo Moraes é um parlamentar bem avaliado, mas não é dono da vontade das pessoas. MÁGOA Com as justificativas dadas por Léo Moraes para anunciar apoio ainda no primeiro turno a Cristiane Lopes, restou claro que guarda mágoa do professor Vinicius Miguel (Cidadania) em razão da publicação de uma reunião entre os dois que vazou dias antes das convenções. Embora não tenha sido Vini a fonte do vazamento, o parlamentar colocou para fora todo o rancor acumulado e aproveitou para fazer ilações de que o candidato do Cidadania seria uma espécie de plano B do grupo ligado ao atual prefeito. Uma justificativa no mínimo desrespeitosa e equivocada. A política é feita de consensos, apesar de existirem nesse meio aqueles adeptos à beligerância. PERDEDOR O grande perdedor nestas eleições é o governador Marcos Rocha que não conseguiu ajudar a eleger nenhuma aliado na maioria dos colégios eleitorais do estado. Foi o principal garoto propaganda de Breno Medes, quarto colocado na capital, que a despeito da estrutura governamental colocada pelo governador na sua campanha, não obteve o êxito que julgava conquistar. Autodenominado “fiscal do povo”, com um discurso monocórdico que prometia expulsar de Rondônia a Energisa, Mendes e o governador não conseguiram convencer o eleitor portovelhense. Perderam feio. PRÊMIO Já há quem diga que o “fiscal do povo” deverá ser convidado para assumir um cargo de confiança no Governo do Estado como prêmio de consolação pela derrota. Pelo discurso entabulado na campanha, é fácil deduzir que o próximo diretor do Procon de Rondônia será Breno Mendes, local onde ele pode cumprir a promessa de fiscalizar as empresas em nome do povo. Mesmo sabendo que a promessa de expulsar a Energisa ele não tem como cumprir, nem que tivesse vencido o pleito municipal no primeiro turno. SURPRESA Apesar dos modestos sete por cento dos votos na capital, o resultado obtido pelo coronel Ronaldo Flores foi expressivo para quem nunca disputou um cargo político. Esta campanha não repetiu a onda de militarização da política ocorrida nas eleições nacionais passadas no espectro bolsonarista. Em Rondônia, por exemplo, a maioria dos policiais concorrentes foi derrotada nas urnas, mas o coronel Flores fez uma campanha sem alusão à caserna e com proposta exequíveis para a administração municipal. Saiu da eleição muito maior que entrou e passa a ser um quadro importante para futuras disputas. NULIDADE Em Ariquemes, berço político do senador Confúcio Moura (MDB), o candidato emedebista obteve uma votação pífia. Observadores alegam que esta votação inexpressiva ao MDB é uma aviso de insatisfação do ariquemense com o senador que, após eleito, sumiu. Em Porto Velho, o candidato a prefeito imposto ao MDB pelo senador, Williames Pimentel, repetiu a votação inexpressiva do colega de partido de Ariquemes. IRONIA Como esta coluna havia antecipado, a eleição de Ariquemes seria disputada voto a voto com vantagem da vereadora Carla Redano (Patriota). Não deu outra, Carla venceu com uma diferença pequena em relação ao segundo colocado. Por ironia do destino, o segundo colocado nestas eleições foi exatamente Tiziu Jedalias que, de forma açodada, excluiu da sua chapa exatamente a prefeita eleita. A defenestrada defenestrou o sonho cultivado por Tiziu em administrar o município. TRANSFERÊNCIA São pouquíssimos os políticos que conseguem transferir votos para terceiros, entre este grupo seleto está o prefeito de Ariquemes, Thiago Flores. Com a administração bem avaliada no município, o prefeito optou em não disputar a reeleição por razões pessoais e, durante a campanha, declarou apoio a Carla Redano o que ajudou a impulsionar a candidatura da eleita. É perceptível que o prestígio de Thiago foi capaz de interferir no resultado final da eleição e ajudou na eleição de Carla Redano. Houve transferência de votos. E a cidade terá na sua condução a beleza de uma cara nova. MEMES Carla Redano, incialmente subestimada pelos adversários, também foi vítima de memes e fakes no decorrer da campanha. Por diversas vezes ela compareceu às plataformas virtuais para comentar e responder os detratores. Para surpresa geral, a vereadora comparecia nas mídias de forma natural, sem uso da maquiagem que tanto envaidesse as mulheres, sem filtro. Ela, despojada e ostentando uma capacidade incomum de comunicação fácil, enfrentava as maledicências com muita competência e profissionalismo. Os memes que a vitimavam terminaram ajudando a campanha em razão da empatia com que respondia cada um deles. Em particular num município altamente machista que uma das principais atividades econômicas é o boi. DERROTA Com uma votação pequena e insuficiente para levar umas das vagas da edilidade de Ji-Paraná, não passou despercebida a derrota do irmão (Wesley Brito) do senador Marcos Rogério (DEM). É um sinal amarelo que acende no caminho do senador que almeja disputar em 22 o Governo de Rondônia. Um dos obstáculos que a coluna apurou e que contribuiu para a derrota do irmão do senador é a forma arrogante que ele (Marcos Rogério) assumiu depois de alcançar a eleição senatorial. Além da palavra que nem sempre cumpre. VITÓRIA Poucos sabem que o jovem Raí Ferreira, eleito vereador em Porto Velho, é sobrinho do ex-senador Expedito Junior. O guri entrou na campanha sem muito alarde e conseguiu uma vitória numa campanha altamente pulverizada. É o segundo membro da família Ferreira a vencer consecutivamente um pleito no legislativo, já que Neto é deputado federal. RETORNO Quem retorna à Câmara Municipal da capital é o jornalista Everaldo Fogaça. Rubens Coutinho, entusiasta da candidatura de Fogaça, não economizou saliva para pedir aos amigos apoio, o que consagrou o retorno a edilidade do jornalista. Parabéns, a ambos! SANDUBAS Pela segunda vez Alison Sandubas não consegue se eleger para uma cadeira na Câmara Municipal da capital mesmo com uma campanha visivelmente abastarda e com o beneplácito dos principais bicudos do PSDB. O pai, dado a falar pelos cotovelos, cantava vitória do rebento antes das urnas revelaram os votos. Como candidato, o rapaz é muito ruim de votos, enquanto na área comercial é um bom vendedor sanduiche. |
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