A exportação de carne de aves do Brasil está suspensa para 44 países, por decisão do governo federal na última sexta-feira (19), após a identificação do vírus da doença de Newcastle em um aviário em Anta Gorda, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. A iniciativa, confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segue acordos bilaterais para garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores.
A suspensão, que deve durar pelo menos 21 dias, varia de acordo com o produto e a área, conforme os acordos comerciais. Alguns países consideram carnes produzidas em todo o território nacional, outros somente no Rio Grande do Sul, e alguns em um raio de 50 km do foco da doença.
Barreiras sanitárias serão instaladas neste sábado (20) em cidades produtoras de frango no Vale do Taquari. Cerca de 70 servidores da Secretaria Estadual da Agricultura irão vistoriar 800 granjas.
Entre os países que suspenderam as importações de carne de aves de todo o Brasil estão:
República Popular da China
Argentina
Peru
México
Para todo o Rio Grande do Sul, a suspensão inclui países como:
África do Sul
Albânia
Arábia Saudita
Bolívia
Cazaquistão
Chile
Cuba
Egito
Filipinas
Geórgia
Hong Kong
Índia
Jordânia
Kosovo
Macedônia
Mianmar
Montenegro
Paraguai
Polinésia Francesa
Reino Unido
República Dominicana
Sri Lanka
Tailândia
Taiwan
Ucrânia
União Europeia
União Econômica Euroasiática
Uruguai
Vanuatu
Vietnã
Por fim, os países que exigem uma barreira de 50 km a partir do foco da doença são:
Canadá
Coreia do Sul
Israel
Japão
Marrocos
Maurício
Namíbia
Paquistão
Tadjiquistão
Timor Leste
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil, atrás de Paraná e Santa Catarina. No primeiro semestre do ano, o estado exportou 354 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 630 milhões. As vendas de carne aviária representaram 13,82% dos US$ 4,55 bilhões gerados pelo mercado nacional. Os principais destinos do frango gaúcho foram Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, China e Japão.
Criação de frango. Foto: reprodução
A doença de Newcastle foi identificada após uma chuva de granizo destelhar o aviário, matando 7 mil aves devido às condições inadequadas, conforme explicou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em entrevista ao G1.
“Entrou água, umedeceu a cama e essas aves pereceram exatamente porque, nesse contexto, o aquecimento da granja não conseguiu funcionar e parte delas morreram. Ao morrer nesse nível de 50% [7 mil aves], o proprietário chamou o serviço oficial que fez essas 12 amostras e numa delas se encontrou um vírus, que é do pombo, e foi sequenciado geneticamente”, afirmou.
As aves restantes foram abatidas para evitar a disseminação da doença. Segundo Santin, o impacto na economia será mínimo, tanto para o país quanto para o Rio Grande do Sul. Ele destacou que o Brasil produz uma média de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango por mês, exportando 430 mil toneladas. No pior cenário, o país deixará de vender entre 50 e 60 mil toneladas por mês, o que representa 5% da produção nacional.
O professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS, Hamilton Luiz de Souza Moraes, tembém ao G1, explicou que a doença de Newcastle é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). A doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça.
Para humanos, a doença pode causar conjuntivite transitória, que dura cerca de uma semana. “Ela é o que a gente chama de uma zoonose classe 2. Ela não causa muitos problemas, no máximo conjuntivite, mas em uma semana, tá bom. Então não é um problema para a saúde pública, vamos dizer assim. O problema maior é para as aves mesmo”, explicou Moraes.
A transmissão ocorre por aves migratórias infectadas que fazem rotas comuns através dos continentes. “Em algum momento essas aves se cruzam, então algumas que estejam infectadas podem contaminar outras, e nos locais onde elas estavam podem sair e infectar aves domésticas”, disse.
A eliminação de todas as aves do mesmo lote é a metodologia de controle da doença, pois o vírus é transmitido pelo ar. Caso o foco não seja extinto, o surto pode se espalhar para uma região mais ampla. Existe uma vacina contra a doença de Newcastle, que precisa ser aplicada preventivamente.
Realizada na Suíça, uma pesquisa com 370 mulheres investigou a frequência com que elas se masturbam e os motivos por trás disso
Apesar de todos os tabus que cercam a prática, a masturbação faz bem à saúde – e tem se tornado algo mais comum entre as mulheres. Um estudo realizado na Suíça aponta que elas se masturbam como um mecanismo de enfrentamento e uma forma de aliviar o estresse — e não necessariamente como um desejo por sexo. Esse é só mais um motivo para comemorar o mês do orgasmo, que efetivamente ocorre em 31 de julho.
Os pesquisadores entrevistaram 370 mulheres com idades entre 18 e 56 anos sobre a frequência com que se masturbam e os motivos por trás disso. No total, o grupo inteiro se masturbava apenas nove vezes por mês, ou seja, uma média de duas vezes por semana.
Entretanto, as mulheres que estavam mais ansiosas, nervosas e angustiadas se masturbavam com mais frequência do que aquelas que não estavam. A pesquisa foi publicada no Journal of Sex.
O resultado vai de encontro com pesquisas anteriores que sugerem que a atividade pode ajudar a aliviar o estresse, porque estimula a liberação de dopamina, o hormônio do bem-estar, no cérebro.
De acordo com os resultados, 64% das respondentes disseram que se masturbavam procurando atingir um estado de calma e relaxamento, 55% afirmaram que, ao se tocarem, buscavam sentimentos de alegria e 12% delas disseram que usavam o autoprazer como alívio em períodos de estresse.
Em entrevista anterior à coluna Pouca Vergonha, a psicóloga e terapeuta sexual Alessandra Araújo apontou que a masturbação não só pode, como deve ser incluída diariamente como uma forma de obter bem-estar.
Fotos: Reprodução
“A masturbação traz muitos benefícios para a saúde física, emocional e sexual. O simples ato de se tocar e se dar orgasmos libera diversos hormônios e promove relaxamento, diminuição do estresse, melhora do sono, libido mais acionada, combate à ansiedade, melhora da autoestima e até mesmo diminuição de dores físicas”, comentou.
Desta forma, a especialista indica, sim, incluir um “espacinho” na agenda de autocuidado para a masturbação, junto com o skincare e a rotina de treinos.
Uma pesquisa revelou que uma a cada cinco mulher olha o celular enquanto está fazendo sexo; especialista avalia comportamento
O clima esquenta depois do jantar, vocês vão para casa, tiram as roupas e, no meio do “rala e rola”, a parceria diz: “Só um minuto, preciso olhar uma mensagem”. Para alguns, isso pode parecer surreal, mas infelizmente o hábito de olhar o smartphone durante o sexo vem se tornando cada vez mais comum.
De acordo com uma pesquisa feita por uma plataforma de venda de smartphones nos Estados Unidos com mais de cinco mil pessoas, uma a cada cinco mulheres olham o celular enquanto faz sexo, ou seja, 20% das mulheres admitiram que verificavam o celular durante o ato sexual.
Em contrapartida, apenas 7% dos homens disseram que fazem o mesmo.
De acordo com o sexólogo e presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual (Abrasex), Paulo Tessarioli, os celulares são muito atrativos e oferecem diversos estímulos, por isso, as pessoas têm tanta dificuldade de desapegar dos aparelhos.
“Nós vivemos em um momento que poderíamos chamar de ‘crise atenciosa’, em que a minha atenção se alterna em muitos outros focos”, comenta o sexólogo. “São muitos os estímulos que nos envolvem nos celulares. É essencial se distanciar um pouco dos aparelhos para manter a atenção em outras atividades, como o sexo”, defende.
A pesquisa também mostrou que 71% das pessoas passam mais tempo em seus telefones por dia do que com seus parceiros; e que 49,6% dos proprietários de smartphones checam o telefone em um encontro romântico.
“Nós vivemos em um momento que poderíamos chamar de ‘crise atenciosa’, em que a minha atenção se alterna em muitos outros focos”, comenta o sexólogo. “São muitos os estímulos que nos envolvem nos celulares. É essencial se distanciar um pouco dos aparelhos para manter a atenção em outras atividades, como o sexo”, defende.
A pesquisa também mostrou que 71% das pessoas passam mais tempo em seus telefones por dia do que com seus parceiros; e que 49,6% dos proprietários de smartphones checam o telefone em um encontro romântico.
E tem mais: 7,6% das pessoas consultam o Tinder ou enviam mensagens para outra pessoa em busca de uma opção melhor enquanto estão em um encontro com outra.
“Às vezes, as pessoas estão tão acostumadas com os estímulos dos celulares e redes sociais que não se satisfazem com as relações humanas presenciais”, exemplifica o especialista.
Além disso, nos encontros, 7,2% dos usuários gastam até 30 minutos em seus smartphones durante um encontro romântico. Por fim, mas não menos chocante, 7,6% dos proprietários de smartphones fingiram uma fuga ao banheiro para mexer no telefone.
“As pessoas estão dispostas a verificar os telefones quando fazem sexo, pois perderam a capacidade de desligar o telefone. Elas verificam notificações cerca de 100 vezes por dia e têm uma intimidade mais profunda com seus celulares do que com o parceiro”, afirmou Sarah McConomy, diretora de operações da empresa que aplicou a pesquisa, ao jornal New York Post.
Mesmo o ménage sendo uma fantasia erótica bastante comum, é necessário se preparar, além de garantir que todos estejam confortáveis
O ménage é um dos fetiches mais comuns entre solteiros e casais, independentemente do gênero. Transar com duas pessoas ao mesmo tempo, porém, requer organização e vontade de todas as partes envolvidas para que ninguém saia prejudicado e todos possam alcançar o ápice do prazer.
Vale lembrar, antes, que o ménage tende a ser muito associado a práticas heterossexuais, mas pode acontecer em diferentes tipos de relação. Por exemplo, três mulheres (cis) lésbicas podem fazer sexo juntas.
De acordo com o sexólogo Vitor Mello, antes de se aventurar em um ménage, é necessário priorizar a comunicação.
“Casos de desalinhamento podem ocorrer, como um casal heterossexual que incluía uma terceira pessoa sem que todos estivessem presentes. Isso gerou desconforto e ciúmes, mostrando a importância de estabelecer expectativas claras e garantir que os participantes estejam totalmente alinhados com os limites e desejos de cada um”, diz.
Além disso, considere aspectos emocionais, como ciúmes e inseguranças, que podem surgir durante ou após a experiência.
A PRIMEIRA VEZ
Segundo o sexólogo, escolher conhecidos e estabelecer uma comunicação aberta são medidas fundamentais a quem está começando. Por isso, ele não aconselha buscar estranhos em apps de relacionamentos na primeira vez que vai transar a três.
Para o especialista, decidido quem será o “terceiro elemento”, é importante discutir expectativas individuais, limites pessoais e o papel de cada participante na dinâmica do ménage, a fim de garantir que todos estejam confortáveis e seguros.
QUERO FAZER UM MÉNAGE. COMO CONVERSO COM MEU PARCEIRO/A?
Fotos: Reprodução
O ménage à trois deve ser feito com planejamento pelo casal e os acordos feitos antes da prática devem ser respeitados.
“Antes de tudo, é fundamental discutir questões de saúde e segurança. Conhecer bem os participantes e estabelecer limites claros são aspectos essenciais para garantir que todos se sintam seguros durante a experiência”, salienta o sexólogo.
Planejamento também ajuda! Embora sexo com hora marcada pareça algo chato, poupa percalços no meio da brincadeira. Defina bem onde será feito e saiba o que cada um curte — aqui, vale discutir detalhes como anal, posições e outras preferências.
“É importante lembrar que, apesar do caráter erótico do ménage à trois, o respeito mútuo e a consideração pelas emoções de cada participante são fundamentais para uma experiência satisfatória e respeitosa”, encerra.
A ejaculação precoce preocupa parcela significativa dos homens brasileiros; entenda por que ela acontece e possíveis soluções
A ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina caracterizada pelo orgasmo antes que a outra pessoa envolvida no ato se satisfaça. A dificuldade em evitar o clímax durante o sexo é um problema comum entre homens.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) de 2021 mostrou que cerca de 30% dos homens brasileiros sofrem desse quadro. Em 2022, o Datafolha e o Omens revelaram, em outra pesquisa, que 48% dos homens já haviam enfrentado a ejaculação precoce.
Segundo o urologista Rodrigo Trivilato, a ejaculação precoce é a que ocorre durante a atividade sexual em que a pessoa goza em, aproximadamente, um minuto após a penetração vaginal — ou, em alguns casos, até antes disso.
Ansiedade, depressão e problemas de autoimagem são alguns dos motivos para que o quadro apareça. “Por se tratar de um distúrbio biopsicológico, diversas teorias surgem para explicar as causas da ejaculação precoce. Distúrbios da ansiedade são relatados como uma causa prevalente”, comenta.
Ele acrescenta que há outras causas relacionadas à EP adquirida: problemas psicológicos e sociais, disfunção erétil, desmame ou retirada de medicações psicotrópicas de uso contínuo do paciente (especialmente os inibidores da recaptação de serotonina), uso de drogas recreacionais e, ocasionalmente, prostatite ou hipertireoidismo.
Esse problema pode ser classificado como primário, quando ocorre no começo da vida sexual; ou adquirida/secundária, no caso de homens que tinham ejaculações normais e passaram a sofrer com a disfunção. O secundário costuma ocorrer a partir dos 50 anos e, muitas vezes, está associado à dificuldade de ereção.
O QUE FAZER?
Fotos: Reprodução
Segundo Rodrigo, o tratamento de ejaculação precoce deve ser multidisciplinar, englobando terapias farmacológicas, terapia psicossexual e métodos comportamentais alternativos.
“Terapia psicossexual visa esclarecer para o homem as causas de EP, bem como diagnosticar distúrbios de ansiedade, prevalentes nessa população, fazendo com que o indivíduo consiga ter mais controle”, diz. O tratamento farmacológico é outra ação recomendada.
“A masturbação pode ser uma linha de conduta para os pacientes mais jovens, porém, o índice de sucesso é fraco”, acrescenta Rodrigo. Ele aponta que o uso de preservativo com retardantes é outra maneira de ajudar.
Segundo o médico, uma opção que tem se mostrado eficiente é a utilização de spray de anestésico local na região glandular cerca de cinco minutos antes do ato sexual. A medicação, no entanto, precisa ser prescrita por um especialista.