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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 21/11/2018 17:30:05

RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA

DISPUTA – Embora os deputados estaduais eleitos tomem posse somente em fevereiro com uma formação diferente da atual, nos bastidores os nomes dos deputados Laerte Gomes (PSDB) e José Clemente (MDB), conhecido pelo epíteto de Lebrão, são especulados para disputar a presidência do legislativo estadual. O primeiro tem reunido um número razoável de parlamentares em torno do seu projeto, mas ainda insuficiente para estufar o peito e garantir a vitória. O segundo, igualmente hábil nos bastidores como o primeiro, é o preferido do governador eleito Marcos Rocha e não tem hesitado em usar o prestígio do coronel para empinar sua pretensão. Quem também alimenta a possibilidade de entrar na briga é o deputado estadual Jean Oliveira (MDB), rebento do ex-presidente Carlão de Oliveira – figura que dispensa comentários. Na medida que a posse se aproxima os bastidores fervilham. Como nem sempre o favorito para este cargo é o vencedor, nomes que sequer são especulados no momento podem surgir com força total.


PAPAGAIO – O presidente do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha provocou o maior quiproquó ao declarar que o aumento de 16,35%, concedido ao Judiciário pelo Congresso Nacional, não é vinculante. De acordo com o ministro, apenas os ministros dos Tribunais Superiores têm direito ao reajuste automático e, o efeito vinculante, é uma “papagaiada”. Ao inovar sobre esta matéria a pergunta que emerge da papagaiada é se o princípio da isonomia virou uma piada de papagaio. O aumento depende ainda da sanção presidencial para vigorar: seja tão somente para o andar de cima, seja para todos os andares da Casa Grande.


IDEOLOGIZANDO – Enquanto as autoridades políticas brasileiras travam uma briga ideológica com as autoridades cubanas em relação ao projeto “Mais Médicos”, as pessoas mais humildes que necessitam do atendimento preventivo e curativo nos cafundós do país ficam sem médicos. Não será uma tarefa fácil para o Ministério da Saúde preencher as oito mil e quinhentas vagas abertas pelos profissionais caribenhos com a rapidez que o dissenso se impôs após as desavenças ideológicas entre as autoridades cubanas e o futuro presidente do Brasil. Os médicos brasileiros sempre criticaram o programa, com a ruptura é hora de os profissionais brasileiros trocar as críticas por ações práticas e assumirem os postos nos cafundós do país. Nas UPAS, a maioria localizada nas periferias das grandes cidades, o atendimento dos médicos brasileiros é bem conhecido.


CARREIRA – As associações médicas cobram dos governos a valorização profissional com a transformação em carreira de Estado. As representações médicas têm suas razões, visto que é uma profissão diferenciada e que trata diretamente de vidas. Transformar o profissional da medicina concursado em carreira de Estado, conforme proposta de Emenda Constitucional que tramita no Senado Federal (PEC 140/2015), seria uma excelente saída porque o Brasil ainda sofre com uma grande desigualdade na distribuição de médicos entre regiões, estados, capitais e municípios do interior. E o principal fator é porque não existe uma carreira de médico de Estado no Brasil, que permita ao profissional se deslocar para regiões mais afastadas com suas famílias.


INCOMPATIBILIDADE - Na hipótese da adoção desta proposta da PEC 140, indispensável que nela conste a vedação pra que esses médicos não atuem concomitantemente na inciativa privada. Hoje, vários médicos que deveriam estar nas unidades públicas optam por substitutos nos seus respectivos plantões para se dedicarem as clinicas privadas. Um problema que os governantes não conseguem resolver em razão do forte corporativismo que estes profissionais possuem. Embora não seja uma regra, mas em geral no Brasil a profissão médica é vista como um nicho de ascensão social e uma escolha segura para uma conta bancária polpuda.


DISPARIDADE - Não é por outra razão que uma mensalidade numa Faculdade de Medicina ultrapassa as cifras de sete salários mínimos o que reserva as vagas aos filhos dos abastados. Nas universidades federais esta regra não é muito diferente porque aluno oriundo da rede pública de ensino dificilmente consegue uma vaga no curso ao disputar com aquele (aluno) da rede privada do ensino médio. A disparidade é abissal.


OPERAÇÃO – Há dois meses já havia um burburinho em torno de supostos malfeitos no âmbito da administração municipal de Ji-Paraná. Nos meios políticos não foram surpreendidos com a operação policial desencadeada a partir de relatórios técnicos produzidos pelo Tribunal de Contas da União que subsidia a investigação policial. Todos os fatos ainda não são conhecidos publicamente, no entanto, os burburinhos ouvidos meses atrás dão uma dimensão do alcance que esta operação pode desvendar.


OAB – A seccional da OAB de Rondônia elegeu pra o próximo triênio do advogado trabalhista Elton Assis, como seu novo presidente. O novo presidente da OAB-RO é um profissional de bom trato e tem como principal característica o diálogo. Os destinos da seccional estão em boas mãos e tem tudo para retomar o protagonismo político que a entidade perdeu nos últimos anos.

PERDA – Foi uma perda enorme para a Polícia Militar de Rondônia e para os amigos o falecimento da coronel Maltez. Era uma pessoa afável e de uma verve contagiante. A passagem de Maltez para o andar de cima deixa uma lacuna imensa aqui no andar de baixo. Todas as homenagens feitas são merecedoras.

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 13/11/2018 19:15:05

Resenha Política

Robson Oliveira

CAPILARIDADE – Ninguém que tenha votado em Bolsonaro pode se queixar de eventuais perdas nos direitos sociais que o futuro presidente está preparando em forma de projeto de lei para ser encaminhado ao Congresso Nacional, em fevereiro do ano que entra. Durante toda a campanha Bolsonaro avisou que ia mexer em áreas controvertidas que provocam debates acalorados, a exemplo da Previdência Social, meio ambiente e direitos trabalhistas.

LONGEVIDADE - A capilaridade política do presidente é alta e mudanças normativas antes impensáveis pelos governos anteriores possuem hoje apoio da maioria dos eleitores do capitão. A ordem que emanar ao novo Congresso dificilmente deixará de ser cumprida. A dúvida é saber até quando esta capilaridade resistirá às queixas eleitorais. Durante o lançamento da autobiografia lançada ontem, em São Paulo, Zé Dirceu (ex-presidente do PT) previu longevidade na popularidade do futuro presidente.

FALÊNCIA – Os caciques dos principais partidos perceberam que o resultado das urnas decretou em geral a falência dos partidos políticos, em particular a descrença nos velhos caciques. Em 1982, quando Fernando Collor surgiu como a salvação nacional, ancorado por um obscuro PRN, o sistema político nacional emitia sinais de concordata. Em 2018, após as turbulências econômicas e os escândalos nacionalmente conhecidos, a falência resultou consumada. Os novos personagens catapultados pelas urnas como novos comandantes não terão espaço para vacilo. Do contrário, retornarão das tumbas o velho sistema o que confirmará a tese dos partidários da tragédia anunciada.

EGOS – Podemos até questionar se Sérgio Moro fez a coisa certa ao aceitar o cargo de Ministro da Justiça sem antes requerer a exoneração da magistratura. Mas Jair Bolsonaro deu um tiro certeiro no coração petista ao conseguir atrair para o seu primeiro escalão o mais famoso magistrado do país que mandou aos cárceres Lula, maior liderança política de esquerda da América Latina. O gesto de Bolsonaro com o convite tem um significado enorme para os seus eleitores, assim como um sinal de alerta aos aliados que ficarão sob a vigilância do implacável ministro. Moro é uma solução para as promessas feitas por Bolsonaro contra os malfeitos, mas pode ser um problema em relação ao ego superlativo que ambos ostentam. A ver!

EXPECTATIVA – Já o futuro governador de Rondônia, Coronel Marcos Braga, estuda amiúde os nomes que vão compor o primeiro escalão. Ele tem dito aos interlocutores que prefere um perfil técnico e nomes que não sejam carimbados na política estadual. Embora ainda desconhecido da maioria do mundo político, o novo governador saiu das urnas forte o suficiente para impor o colaborador que convier. Nunca antes no estado alguém obteve nas urnas uma votação tão expressiva para governar o estado. O eleitor rondoniense lhe confiou um cheque em branco e caberá a ele corresponder com as expectativas. Deve a vitória tão somente ao eleitor. Não há outra alternativa aos adversários senão se curvar à vontade popular e torcer para que dê certo.

INGENUIDADE – Não sei se foi por inexperiência ou ingenuidade ao declarar que o projeto político inicial era disputar uma vaga na Câmara Federal e não o Governo, o coronel Marcos Rocha, ao que parece, está feito cego em tiroteio com o tamanho da máquina governamental e não tem conseguido montar a equipe para auxiliá-lo na complexa missão de administrar um estado com as peculiaridades de Rondônia. Os dois nomes que especulam para a Sefin, membros do governo que conclui o ciclo, são pessoas de carreira. Profissionais de Estado e capacitados para a pasta. Não erra caso opte por um deles, independente dos rótulos emedebistas ou das críticas que por ventura ocorrerem.

BOQUINHA – Embora a coluna não possa confirmar categoricamente, mas uma fonte privilegiada relatou que o deputado estadual Maurão de Carvalho (MDB), derrotado ainda no primeiro turno das eleições estaduais, estaria se escalando para assumir o Departamento de Estradas e Rodagens do futuro governo. Abordado sobre o assunto, segundo a mesma fonte, o coronel não teria sido convencido ainda a ceder a boca para o ex-adversário.

DIFICULDADES – Marcos Rocha receberá um estado com vários problemas de ordem econômica para serem resolvidos a curto prazo. Não pensem os eleitores que o novo mandatário será capaz de solucionar tudo num passo de mágica, o que exigirá um tempo para que ele coloque a casa em ordem. Uma coisa é certa: receberá uma administração mesmo desarrumada da que recebeu Daniel Pereira. O atual governador não hesitou em enfrentar problemas econômicos crônicos que dificilmente teriam sido enfrentados com tanta competência por outro governante. Ao coronel caberá indicar comandados capazes de manter o estado nos trilhos, apesar das enormes dificuldades que lhe aguardam.

Autor / Fonte: Robson Oliveira

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 11/09/2018 23:39:23

RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA



PESQUISA – Toda divulgação de pesquisa de opinião que mensura o desempenho dos candidatos é um suplício para quem verifica que seu candidato não está bem avaliado. A primeira reação é desqualificar os percentuais e o instituto, embora todos, literalmente todos raivosos, não dispenseM a leitura dos números e a torcida para que na pesquisa seguinte o candidato em que se engaja na campanha reaja positivamente. Quando sobe, a pesquisa está certa. Quando patina, é manipulada. O problema é que pesquisa não muda em nada a opinião do eleitor e reflete apenas a realidade daquele momento em que são colhidos os dados. Mas o suplício é geral.



ACHISMO – Campanha eleitoral não tem espaço para improvisações nem achismos. Hoje as candidaturas de ponta monitoram o humor do eleitor para redirecionar os programas eleitorais e as respectivas peças publicitárias. Todo candidato que possui os dados corretos do que está ocorrendo na campanha erra menos. Numa eleição atípica e desapaixonada (exceto a dos engajados) pela maioria dos eleitores, a vitória fica mais perto de quem erra menos. O eleitor não é bobo e na hora de escolher sabe distinguir entre os concorrentes quem está pronto para governar. Bobo é quem acha de forma contrária.



DESCONEXÃO – Meses atrás em que as principais manchetes dos noticiários eram tomadas pelas notícias policiais que ruíram as principais estruturas partidárias do país e desvendaram os malfeitos das lideranças dos partidos, havia uma lógica teórica em intuir que o eleitor iria fazer uma varredura no Congresso Nacional com a eleição de pessoas diferentes das velhas raposas regionais. Os números divulgados nacionalmente têm surpreendido os analistas e indicam o retorno dos caciques ou dos próprios filhos com um Congresso Nacional tão conservador e desconexo com os anseios populares quanto o atual.



OUTSIDER - Nos governos estaduais também não há muitas novidades e as disputas estão circunscritas em nomes conhecidos dos eleitores. Não surgiu um outsider, a exemplo das eleições municipais, que despertasse o interesse do eleitor incrédulo. Como todos falam as mesmas coisas, o eleitor observa desconfiado, tende a evitar escolher uma aventura e termina se rendendo ao velho discurso.



FACADA – Mesmo com o ambiente beligerante que invadiu as mídias sociais a partir da polarização entre os partidários de Jair Bolsonaro (PSL) e os petistas, numa democracia plena todos deveriam por obrigação repudiar atos de violência como o que culminou com a facada no candidato do PSL. Depois do reprovável episódio esperava-se que os ânimos arrefecessem, mas o que testemunhamos é um clima de tensão e provocação mútuas. Bolsonaro, mesmo moribundo num leito hospitalar, divulga uma foto com pantomimas indicando sacar uma arma. É uma conduta igualmente reprovável.



SURPRESA – A candidata da Rede Sustentabilidade Marina Silva foi ultrapassada pelo candidato do PDT Ciro Gomes, segundo pesquisa divulgada anteontem pelo DATAFOLHA. Alguns analistas políticos ficaram surpresos, mas verificando as duas últimas campanhas nacionais em que a candidata da Rede chegou a liderar as pesquisas não há nenhuma surpresa já que Marina larga bem e perde fôlego na medida que os demais candidatos vão sendo conhecidos. A forma de fragilidade com que os marqueteiros expõem a candidata tem sido um erro que a cada quatro anos voltam a cometer.



REGISTRO – Era previsível que o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia negasse o registro da candidatura de Acir Gurgacz (PDT) ao Governo de Rondônia. O que não era previsível era o tribunal retirar imediatamente toda a propaganda do candidato já que houve recurso contra a decisão e o instrumento manejado pela defesa do pedetista tem força de efeito suspensivo. Este caráter instrumental dos efeitos foi a razão pela qual a decisão não foi unânime, visto que a jurisprudência majoritária no Tribunal Superior Eleitoral é nesse sentido. A decisão de afastar o candidato da TV e Rádio é um prejuízo enorme à campanha, mas as consequências da decisão somente a próxima pesquisa estadual será capaz de mensurar.


PRECEDENTE - Uma decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral, nesta terça-feira (11), num caso análogo ao de Acir Gurgacz, onde uma candidata a deputada estadual que teve o registro impugnado pelo corte rondoniense retornou à campanha, abriu o precedente para que o pedetista consiga o mesmo tratamento e mantenha seguindo a campanha naturalmente até que o mérito do processo seja definitivamente julgado. O precedente é o gás que Acir precisava para conter o ímpeto dos palacianos que sonhavam com a substituição imediata.



MANTRA – Há um mantra repetido desde as convenções por palacianos e militantes do PSB para substituir Acir Gurgacz por Daniel Pereira ou Jesualdo Pires. Um mantra que tende a aumenta até o dia 17, data fatal para substituições de candidatos. O fogo amigo tem causado tanto estrago quanto a decisão do TRE. Dizem que o pedetista não anda de bom humor com os dois neossocialista e tem reagido com rispidez ao mantra.

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 05/09/2018 00:58:01



Resenha política

Robson Oliveira



IBOPE – Nas próximas horas o Ibope deverá divulgar a primeira pesquisa de intenção de voto sem o nome do ex-presidente Lula entre os candidatos a presidente, depois que o Tribunal Superior Eleitoral cassou todas as possibilidades da candidatura do petista.




SUBSTITUIÇÃO - Embora o PT mantenha Lula em seus programas destinados aos candidatos, é consenso entre os petistas que está chegando a hora do PT e PCdoB formalizarem o nome de Fernando Haddad em substituição a Lula. O prazo final é dia 11 (data em que as torres gêmeas foram abatidas), conforme decisão do TSE.




TÁTICA – Enquanto não anuncia a mudança de candidato, o PT vai usar o quanto puder a imagem do ex-presidente como vítima de uma armação, enquanto os adversários patinam nas próprias pernas. Esta primeira pesquisa é muito aguardada para verificarmos para onde vão os eleitores de Lula. Embora seja cedo para uma avaliação mais acertada já que a tática petista em vitimizar Lula tem dado certo.




FORÇA – Há seis meses ninguém acreditaria que o PT chegaria nas eleições nacionais com a força que ostenta em cada pesquisa divulgada. Em três estados (Ceará, Piauí e Bahia), por exemplo, caminha para resolver as eleições no primeiro turno. Em outros três estados está coligado e coloca em primeiro lugar o candidato a governador (Maranhão, Alagoas e Acre). Pelos números apurados até agora dificilmente deixe de estar no segundo turno das eleições presidenciais. Mesmo os mais beligerantes sabem a força que o petismo emergiu das sombras. E não é bom negócio subestimar.




SENADO – Todos os prognósticos anteriores feitos pelos observadores políticos em Brasília (basta uma rápida pesquisa no Google) indicavam que a bancada petista no Senado iria sucumbir nas urnas. Não é o que as pesquisas estão indicando pelo país afora. É cedo para algum partido cantar vitória, visto que política muda que nem nuvem, mas é fato incontroverso que o PT elegerá uma bancada senatorial bem maior do que esperava. Assim como na Câmara Federal. Esta é uma campanha atípica que está provocando muito debate entre os cientistas políticos que, invariavelmente, erram mais do que acertam em seus prognósticos.


IMPUGNADOS - O Tribunal Regional Eleitoral começa a julgar os registros dos candidatos com pedido de impugnações. Alguns vão conseguir escapar, mas a situação do deputado federal Nilton Capixaba (PTB) é uma das mais complicadas. Além da impugnação, é possível que a qualquer momento o parlamentar tenha que iniciar o cumprimento da pena de condenação imposta pelo STF, visto que seus embargos já foram denegados. Capixaba insiste na candidatura, embora todos saibam antecipadamente que não se sustenta pela lei da ficha limpa.



TORCIDAS - Quanto a candidatura a governador de Acir Gurgacz (PDT), também suscitada, mesmo que na hipótese de que seja impugnada, deverá permanecer na campanha, bastando que interponha os recursos devidos já que possuem efeitos suspensivos. Ao contrário do que falam por ai, não precisará buscar uma liminar para continuar pedindo votos. A torcida para que ele desista é enorme nas imediações do Palácio Rio Madeira. O calendário eleitoral é muito curto e eventuais substituições tem data de validade. Para desespero das "danielitas".

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA
Enviado por alexandre em 29/08/2018 21:30:10



RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA



BARULHO – Os correligionários do candidato a presidente pelo nanico PSL, Jair Bolsonaro, estão preparando muito barulho na capital, nesta sexta-feira, para recepcionar o presidenciável em sua primeira e rápida passagem por Rondônia. Bolsonaro lidera as pesquisas no estado, segundo pesquisa do Ibope recentemente divulgada pelos principais órgãos da comunicação rondoniense, com Lula em seu encalço. Nas mídias sociais os seguidores dos dois candidatos travam uma guerra digital fratricida com impropérios para todos os lados.



DEBATE – Quem aguardava esperança de que os debates fossem o principal meio para que o eleitor escolhesse entres os concorrentes o mais bem preparado, já percebeu que a depender dos debates a anulação do voto é que tende a subir nas pesquisas. Os primeiros debates entre os candidatos a presidente nas televisões foram um fracasso de proposta e desempenho.



DEBATE I – Em Rondônia três emissoras decidiram promover o confronto de propostas entre os candidatos a governador. No Sistema Meridional de TV – retransmissora do SBT – o primeiro confronto está marcado para dia 18, às 22 horas. O problema é que este é o único debate onde todos os nove candidatos participam e pela hora marcada tende a entrar pela madrugada e derrubar a audiência, além da pulverização dos confrontos.



DEBATE II – No Sistema Imagem de Comunicação – retransmissora da Record – o debate está marcado para o dia 28 setembro, às 17h30. Embora a emissora tenha promovido os mais movimentados das últimas campanhas, em horário nobre, o confronto deste ano entre os candidatos a governador será em um horário pouco comum para o formato do programa, além de concorrer com o final de expediente e o famoso happy hour, das sextas-feiras. A direção da SIC tentou negociar um horário melhor, mas com a grade nacional fechada, não logrou êxito.



DEBATE III – A TV Rondônia, retransmissora da poderosa Globo, reúne os cinco candidatos mais bem posicionados na pesquisa do Ibope – pesquisa contratada pela emissora – para o debate no dia 2 de outubro, próximo do primeiro turno. Portanto, passa a ser o principal debate a ser observado nestas eleições porque entre a sua realização e o dia do primeiro turno, dia 7 de outubro, teremos cinco dias para que os concorrentes repercutam seus desempenhos nas mídias sociais.

REDE TV – A filiada da Rede TV em Rondônia, emissora de propriedade da família Gurgacz, não fará este ano debates. Os candidatos foram convidados para uma sabatina com jornalistas da rede. A decisão decorre da falta de espaço na grade nacional para debates no primeiro turno. Na eventualidade de um segundo turno, é possível que haja o confronto. Ainda assim dependerá de uma decisão da matriz.



ENCONTRO – Nesta última terça-feira, na capital, todos os nove candidatos ao Governo estiveram reunidos no auditório da seccional de Rondônia, onde assinaram um compromisso pela ética e contra o uso do caixa dois. Na oportunidade, pelas regras da seccional, os candidatos tiveram cinco minutos para apresentar as principais propostas dos seus planos de governo. Nem todos, porém, entenderam as regras e fugiram da concepção do evento. Apenas dois, dos nove concorrentes, registraram quais as principais metas governamentais para os próximos quatro anos. A depender desse encontro, o eleitor não alimente muita esperança para decidir o voto tão somente pelas propostas de governo.



PROGRAMAS – Começam nesta sexta-feira, dia 31, os programas gratuitos de rádio e TV destinados aos candidatos apresentarem as respectivas propostas. Os comitês finalizam os primeiros, mas a principal ferramenta desta campanha na tentativa de angariar o voto não é mais a TV. Os entendidos em marketing político apontam as mídias sociais como as ferramentas mais poderosas destas eleições, seja no aspecto informativo, seja no uso criminoso das Fake News.



DIGITAIS – Embora os nove candidatos a governador tenham assinado o protocolo de compromisso na OAB-RO por eleições limpas e éticas, nem todos estão cumprindo aquilo que assumiram. Digitais de Fake News foram identificadas pela assessoria jurídica da candidatura de Expedito Junior (PSDB – DEM – PSD e Patriota), com informações falsas de pessoas ligadas ao comitê eleitoral de um concorrente. Com ação própria ajuizada, em poucos dias saberemos de quem são as tais digitais.



TRIBUNAL – As expectativas agora estão sobre o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia que deverá julgar nos próximos dias os pedidos de registros e impugnações dos candidatos. O caso mais emblemático é o do candidato a governador Acir Gurgacz (PDT) que teve o pedido de indeferimento requerido pelo Ministério Público Eleitoral.



EXPECTATIVA - Há também muita expectativa no julgamento das impugnações entre os defensores da substituição de Acir Gurgacz (PDT) pelo governador Daniel Pereira (PSB). Não é segredo para ninguém que o atual chefe da Casa Civil articula em surdina essa substituição e segura o governador para que não participe de nenhuma solenidade pública que possa ser empecilho para que ele (Daniel) substitua Acir, numa eventual derrota do pedetista no TRE. A torcida palaciana pelo revés de Gurgacz é enorme, o que preocupa os neossocialistas é o que o tempo não para...
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