Política : O CANALHA
Enviado por alexandre em 09/05/2021 12:46:04

Renan ressurge admite erros e vira tormenta de Bolsonaro

Folha de S.Paulo

Renan Calheiros (MDB-AL) senta no sofá preto de seu amplo gabinete, ajeita a máscara e conta que já perdeu seis de suas sete vidas na política. “A relatoria da CPI da Covid é o que me sobrou, o que me resta”, diz o senador.

Quatro mandatos de presidente do Senado, crises com governos federais, escândalos, acusações de corrupção, e confusões com partidos e políticos marcaram até aqui as outras “vidas” de Renan, 65 anos e vacinado com a primeira dose da Astrazeneca.

No centro do poder nos últimos 35 anos, Renan justifica sua trajetória, fala das relações conturbadas com PT e PSDB, diz ser um personagem ‘franco’ no Congresso e admite erros: “Time que joga aqui nessa tabela [aponta para anotações da reportagem sobre seus comentários políticos] não tem como não perder e cometer erros”.

Ele aponta o maior deles: ter distribuído sua declaração de Imposto de Renda à imprensa na época do que considera a pior crise política que já viveu, em 2007. Naquele ano, foi acusado de receber dinheiro de um lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão da filha que tivera com a jornalista Mônica Veloso.

“Foi um grande erro. Entreguei o IR e pedi ao Ministério Público para ser investigado, e fiquei oito anos sob investigação”, afirma. Desgastado, Renan renunciou à presidência do Senado. Continue lendo


Mandetta, Teich e Queroiga tentaram explicar na CPI o que aconteceu no Amazonas

O colapso no sistema de Saúde de Manaus ocorrido no início deste ano, com o registro de pacientes graves de covid-19 morrendo sem oxigênio, tentou ser explicado pelos três depoentes que foram à CPI da Covid na última semana.

Tanto os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que falou na terça-feira (04), e Nelson Teich, que esteve no Senado na quarta-feira (05), quanto o atual ocupante do cargo, Marcelo Queiroga (na quinta-feira, 06) abordaram o tema com certo distanciamento. A tragédia se deu na gestão de Eduardo Pazuello, que alegou estar de quarentena para adiar sua ida à comissão.

Mandetta acredita que o problema não foi falta de recursos ao estado do Amazonas, mas uma desorganização política que impede que qualquer estratégia de Saúde tenha sucesso. 

Ao responder o questionamento do senador Eduardo Braga, parlamentar amazonense do MDB, Mandetta detalhou outra dificuldade recente da região para tentar comprovar sua tese de que o problema maior foi à desorganização política.

“Vocês passaram uma epidemia dura de H1N1 em 2020, na qual a performance estadual e municipal não foi boa, e outra em 2021 [de covid] onde se perdeu até a noção de oxigênio, o que foi para mim a coisa mais grave até agora”, comentou o ex-ministro na terça-feira. Continue lendo

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia