Justiça em Foco : Ex-servidora da Receita é condenada por desviar documentos de processo do fisco contra a Globo
Enviado por alexandre em 18/07/2013 02:19:24

Ex-servidora da Receita é condenada por desviar documentos de processo do fisco contra a Globo

A Justiça Federal condenou a ex-funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, a quatro anos e 11 meses de prisão por crimes contra o fisco que envolve as empresas Forjas Brasileiras, Mundial Produtos de Consumo, P&P Porciúncula e a Rede Globo. A ex-servidora foi denunciada em 2007 pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Ela chegou a ser presa preventivamente para evitar riscos às investigações. Logo que foi solta, Cristina Ribeiro foi exonerada do cargo. A condenação foi proferida pelo juízo da 3ª Vara Criminal Federal em junho deste ano. Ela recorreu da decisão e aguarda em liberdade até o novo julgamento, ainda sem previsão de data. A ex-funcionária da Receita foi acusada de desviar três volumes dos processos de autuação contra a Rede Globo da delegacia da Receita em Ipanema, em janeiro de 2007. Em outubro de 2006, a emissora foi multada em R$ 615 milhões por irregularidades na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

A Globo teria feito manobras para não pagar R$ 183 milhões em Imposto de Renda. Ribeiro foi filmada no dia 2 de janeiro de 2007 entrando com uma bolsa vazia na sala onde estavam os processos, e ao sair, carregava duas bolsas com volumes. A Globo ajudou a recompor os autos com as copias dos documentos que detinha. Após o ocorrido, a Receita não aceitou a defesa da emissora, que aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal em 2009, e parcelou os débitos. A ré também foi condenada por suposto favorecimento a mais empresas. Em 2005, a Forjas Brasileiras recebeu R$ 4,2 milhões em créditos tributários gerados falsamente no sistema da Receita, e foi parcelado em quatro vezes. Em janeiro de 2006, a ex-servidora adulterou o endereço da empresa P&P Porciúncula, que respondia a um processo, para dificultar as notificações do fisco. Em abril do mesmo ano, a Mundial S.A Produtos de Consumo teve créditos tributários lançados em seu nome. Porém, de acordo com a Justiça, a ré não teria tirado vantagem econômica dos atos criminosos praticados.

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