Com certeza não é uma prática segura. Além de contaminações cruzadas, outros bichos, como pombas e ratos, podem passar pela tigela. Fora disso, muitos estabelecimentos não se lembram de limpar os itens, resultando em proliferação de diversas bactérias — disse a veterinária Beatriz Queiroz.
Uma das bactérias mais comuns nestes casos é a MRSA (Staphylococcus aureus). Ela causa infecções e se tornou resistente vários antibióticos, como, por exemplo, a meticilina. A resistência aos medicamentos pode fazer a infecção durar mais tempo, ser mais agressiva e se espalhar para outros seres vivos do ambiente de convívio do cão. Também pode causar problemas de pele como furúnculos e até pneumonia.
As tigelas coletivas podem ser um ambiente de contaminação, porque a MRSA pode viver na pele e na mucosa de animais e humanos. Pode ser transferida por meio de objetos e contato com secreções como saliva, pus, sangue, entre outras.
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Portanto, segundo a profissional, a prática pode levar um cão a entrar em contato com diversos perigos, incluindo doenças infectocontagiosas, como a leptospirose ou giardia. A primeira, é uma doença causada por uma bactéria chamada leptospira e sua transmissão costuma ocorrer através da urina de animais contaminados, especialmente ratos. Já a segunda, é uma infecção intestinal causa por um protozoário chamado Giardia Lamblia. Sua transmissão acontece quando a pessoa ingere água ou alimentos contaminados com esse parasita, ou entra em contato com fezes contaminadas.
Além dessas doenças, outra enfermidade comum é a tosse dos canis, que pode ser transmitida tanto por vírus, quanto por bactéria. Ela se parece com um engasgo, mas pode causar náuseas, vômitos, espirros, febre, falta de apetite e cansaço em casos mais graves. Na falta de tratamento, é possível que o cão venha a óbito.

Estas doenças já possuem tratamentos com medicamentos específicos para cada caso. No entanto, são perigosas e podem levar o animal a morte em alguns casos. Por isso, a prevenção segue sendo a melhor opção — explica Beatriz Queiroz.
Então não é aconselhável deixar que seu pet beba água em tigelas coletivas. Mesmo tendo as vacinas em dia e sendo um animal saudável. Mas mesmo sem elas, é preciso possibilitar a hidratação do seu cão.Vale destacar que, os cães dependem da respiração para fazer a homeostase do corpo, isto é, o controle da temperatura corporal. Mas como eles possuem capacidade mais limitada que a humana, dependem da respiração ofegante para regular a temperatura interna, e a água auxilia no processo. Então, a água é importante para a saúde dos cães.

Fotos: Reprodução
Por isso, veja abaixo alguns conselhos da veterinária Beatriz Queiroz sobre como hidratar seu cão sem usar tigelas coletivas e protegê-lo durante os passeios ao ar livre:
Substitua a tigela coletiva por uma garrafinha própria. Atualmente já existem até garrafas próprias para cães;
Leve o seu cão na rua em horários em que o sol não esteja tão forte, como o começo da manhã e após o pôr do sol. Para saber se o chão está muito quente para o seu pet, coloque o punho fechado no asfalto, se tiver quente para você, estará para o seu animal;
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Em caso de dias quentes, se possível, prefira passear longe do asfalto, como praças e parques gramados. O asfalto pode queimar as patas do seu pet e causar desidratação;
Fonte: R7