O presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo que o governo da Rússia autorizou Robson Oliveira, ex-motorista do meia Fernando, do Beijing Guoan, a retornar para o Brasil após mais de dois anos detido no país europeu. De acordo com Bolsonaro, Robson foi liberado e embarcará ainda nesta semana de volta para seu país natal, chegando ao Brasil na quinta-feira.
- Quero agradecer ao governo russo por tê-lo liberado. O que Robson usava era permitido no Brasil como medicamento, mas na Rússia não. O governo seguiu a legislação local.
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Foram dois anos em que o Robson passou detido na Rússia, e hoje agradecemos ao presidente Putin, ao embaixador russo no Brasil e ao nosso embaixador que está na Rússia. É um dia de alegria e felicidade. E, se Deus quiser, na próxima quinta-feira receberemos o Robson no Brasil - disse Bolsonaro, em vídeo que mostra parte das tratativas, em suas redes sociais.
A liberação de Robson por parte do governo russo era esperada desde o mês passado e dependia apenas da assinatura do presidente Vladimir Putin para ser concretizada. O pedido passou por uma comissão regional e pelo prefeito de Moscou antes de chegar às mãos de Putin, que tem o poder de confirmar o perdão ao brasileiro.
Robson foi preso em março de 2019 ao chegar à Rússia para trabalhar com o meia Fernando, que na época atuava no Spartak de Moscou e hoje está no Beijing Guoan, da China. Ele carregava uma mala com caixas do medicamento Mytedon - cloridrato de metadona -, que é legalizado no Brasil, mas proibido no país europeu.
Ele alegou que os remédios seriam para o sogro de Fernando, William Pereira de Faria, mas nem o meia nem seus familiares confirmaram a informação. Desde que o drama de Robson foi contado em reportagem do Esporte Espetacular, a causa de "Justiça por Robson" ganhou apoio nas redes sociais, incluindo de atletas como Richarlison. A visibilidade do tema fez com que ele fosse levado a Jair Bolsonaro, com a ajuda do meia Felipe Mello, citado pelo próprio ao presidente no vídeo postado neste domingo. Desde então, o caso tornou-se motivo de negociação diplomática.
Fonte: GE