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Educação Em Foco : Centro de Ciência de Angola firma parceria com parque zoobotânico no Pará
Enviado por alexandre em 07/03/2024 10:25:37


Na última semana, o biólogo do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, no Pará, Basílio Guerreiro, visitou as instalações do Centro de Ciência de Luanda, em Angola, a convite da instituição, que demonstrou interesse no trabalho realizado na Reserva José Márcio Ayres apontada como um dos maiores borboletários públicos do Brasil. O profissional trocou experiências e firmou parceria com o centro angolano.

O trabalho realizado pelo núcleo técnico do Mangal das Garças com a reprodução de borboletas chamou a atenção do Centro de Ciência de Luanda, um equipamento vinculado ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI).

A visita teve como objetivo promover o intercâmbio e fortalecer o diálogo técnico entre os órgãos ambientais de diferentes países, em se tratando principalmente da troca de experiências sobre o gerenciamento de um borboletário. 

Foto: Reprodução/Agência Pará

Basílio Guerreiro foi recebido por Ana Letícia Fialho, diretora da empresa responsável pela gestão da instituição, além de alguns discentes do curso de biologia, que iniciam os trabalhos no borboletário, os quais expuseram os desafios na gestão e implantação de um borboletário em Angola.

"O Mangal das Garças é referência aqui na América Latina em reprodução de borboletas, então fui convidado a conhecer a instituição em Angola, a qual visitei, reconheci o espaço, identifiquei as vantagens e desvantagens e fiz as comparações com nossa Reserva para indicar em relatório", conta o biólogo.

No Mangal, que fica na Cidade Velha, em Belém, a Reserva José Márcio Ayres (borboletário) é um dos espaços mais visitados pelos usuários e turistas. A beleza e a diversidade da fauna e flora presentes no espaço, tornam o local referência de laboratório vivo para instituições de pesquisa interessadas na biodiversidade amazônica, titulado também um dos mais importantes da América Latina.

"As duas instituições têm muito a ganhar com essa parceria, tanto na troca de informação, quanto de tecnologia. O Mangal, por ter essa expertise em reprodução de borboletas há tanto tempo, pode aprimorar ainda mais a sua técnica de produção. Lá, eles investiram muito em tecnologia. Para se ter uma ideia, tanto o controle de temperatura, quanto de umidade e iluminação é todo automatizado, de forma que, quando o tempo muda os sensores são acionados e o clima dentro do borboletário é modificado conforme a necessidade do ambiente", 

detalha Guerreiro.

Parceria 

Como próximo passo da parceria, as instituições se comprometeram a dar continuidade com o intercâmbio de informações, que inclui novas visitas de profissionais do Mangal das Garças ao Centro de Ciência de Luanda, bem como a recepção de alunos da instituição angolana ao Parque Zoobotânico, no Pará.

Para o biólogo, os ganhos vão muito além das melhorias na reprodução de borboletas. "Para além da troca de experiências, temos ganhos científicos de alto valor em intercambiar conhecimentos, já que pretendemos levar alunos do Brasil à Angola e vice-versa, e com isso teremos um aumento no número de pesquisas, o que vai aprimorar a ciência de ambos países", finaliza Basílio. 


 

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Educação Em Foco : Prouni: prazo para comprovar dados termina nesta terça-feira
Enviado por alexandre em 20/02/2024 00:36:29

Pré-selecionados devem confirmar dados informados no ato de inscrição.

Pré-selecionados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) do primeiro semestre de 2024 têm até esta terça-feira (20) para comprovar os dados informados no ato da inscrição.

 

O prazo para a entrega dos documentos começou no dia 6 de fevereiro. O processo deve ser feito na própria instituição de ensino superior para a qual o candidato foi pré-selecionado.

 

A primeira edição do Prouni 2024 ofertou 406.428 bolsas, sendo 308.977 integrais e 97.451?parciais?(50%), distribuídas em 15.482?cursos?de 1.028 instituições participantes.

 

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O Prouni oferta bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. O público-alvo são estudantes sem diploma de nível superior.

 

Para se inscrever, é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame.

 

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Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na prova de redação do Enem e nem ter participado do exame na condição de treineiro. O?processo seletivo tem duas chamadas sucessivas.?A lista dos?candidatos?pré-selecionados?na segunda chamada deve ser publicada no Portal?Único de?Acesso ao Ensino Superior em 27 de fevereiro.

 

Fonte:Agência Brasil

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Educação Em Foco : Quase 1,3 milhão de candidatos ainda não pagaram as inscrições para o 'Enem dos Concursos'
Enviado por alexandre em 12/02/2024 10:42:33

Prazo final para que o pagamento seja feito é no dia 16 de fevereiro; provas acontecem no dia 5 de maio

O CNU (Concurso Público Nacional) encerrou o período de inscrições com 2,65 milhões de candidatos, número recorde. Os inscritos vão concorrer a 6.640 vagas para 21 órgãos, com provas realizadas simultaneamente em todo o país no dia 5 de maio. Porém, 1,28 milhão de pessoas que se inscreveram ainda não pagaram a GRU (Guia de Recolhimento da União), a taxa de inscrição para realizar as provas.

 

O prazo final para o pagamento ser feito é no dia 16 de fevereiro (confira mais sobre o calendário abaixo).

 

Para os cargos de nível superior, a taxa de inscrição é de R$ 90, enquanto para o bloco de cargos de nível médio o valor é de R$ 60. O pagamento da taxa deve ser feito apenas por meio da GRU, que pode ser paga no banco, ou via PIX, com o respectivo QR Code.

 

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Alexandre Retamal, coordenador-geral de logística do CPNU, afirmou que somente com o pagamento, a inscrição do participante será válida. “É importante que todos os que fizeram as inscrições paguem a GRU até a data final de vencimento, para terem as suas inscrições concluídas e, assim, poderem então se dedicar a estudar e fazer o seu melhor.

 

 Foto: Reprodução

 

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O objetivo é promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.

 

Fonte:R7 

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Educação Em Foco : Institutos federais são promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demanda da população
Enviado por alexandre em 09/02/2024 10:04:25

Em dois dias no Rio, Lula anuncia construção de três campi no estado

Acompanhado de ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu, terça e quarta-feira (6 e 7), uma série de agendas na área de educação no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Entre os principais anúncios feitos pelo presidente estão a construção de três campi do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

 

Os institutos são promessa do presidente e demanda antiga das comunidades, que apostam no investimento em educação para capacitar os jovens e contribuir para o crescimento local. A expectativa é que as obras, que receberão, cada uma, R$ 15 milhões do governo federal, estejam concluídas até 2025.

 

Os campi serão em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, que ganhará uma nova sede para substituir a atual estrutura provisória; o campus Parque Olímpico/Cidade de Deus do Instituto Federal do Rio de Janeiro, que funcionará no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde as arenas esportivas serão transformadas em unidades de ensino, e o campus Complexo do Alemão, localizado em um dos maiores conjuntos de favelas da zona norte da capital.

 

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As obras fazem parte da promessa de Lula de inaugurar mais 100 campi dos institutos federais até o final do mandato, em 2026. Os institutos são também demanda que vem pelo menos desde 2018, lembra a educadora Elisabete Aparecida, que administra o Centro Cultural Oca dos Curumins, também conhecida como Escolinha da Tia Bete, que há quase 50 anos atua na educação no Complexo do Alemão.“O que precisamos é que aumente o número de escolas, de professores.

 

Precisamos fazer com que os alunos sintam prazer de ir para a escola, a escola tem que ser atrativa para eles”, diz Aparecida, que participou da cerimônia no Complexo do Alemão. “Só com educação é que se consegue transformação tanto da favela quanto do bairro e do Brasil”, acrescenta.

 

 

A demanda por educação de qualidade está no Plano de Ação Popular do CPX (complexo), elaborado coletivamente por moradores e organizações que atuam no local. Lúcia Cabral, da organização não governamental (ONG) comunitária Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), que atua no Complexo do Alemão e fez parte da construção do plano.

 

Lúcia ressalta a importância dos institutos para tornar o ensino médio mais atrativo e oferecer formação técnica aos estudantes. “O ensino médio está muito fragilizado. São poucas escolas. Às vezes, faltam vagas; às vezes, as escolas são distantes. O ensino médio é a base para o jovem ingressar na universidade. Então, nada mais justo do que ter esse espaço aqui”, diz Lúcia, que acrescenta: “Precisamos desse espaço para o Alemão, que dr respeite a população que está aqui no Complexo do Alemão, na Penha e adjacências.”

 

Em Belford Roxo, as aulas são dadas em uma espécie de contêineres provisórios. A construção de uma sede é uma demanda local e vai permitir que se amplie a atuação do instituto. "Não é apenas a construção de uma sede, é o reconhecimento que o IF [instituto federal] é da Baixada Fluminense, é da população que mais precisa", disse em discurso na cidade o reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rafael Almada. "Os institutos emancipam a nossa população", ressaltou.

 

 

“O que precisamos é que aumente o número de escolas, de professores. Precisamos fazer com que os alunos sintam prazer de ir para a escola, a escola tem que ser atrativa para eles”, diz Aparecida, que participou da cerimônia no Complexo do Alemão. “Só com educação é que se consegue transformação tanto da favela quanto do bairro e do Brasil”, acrescenta.

 

A demanda por educação de qualidade está no Plano de Ação Popular do CPX (complexo), elaborado coletivamente por moradores e organizações que atuam no local. Lúcia Cabral, da organização não governamental (ONG) comunitária Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), que atua no Complexo do Alemão e fez parte da construção do plano.

 

Lúcia ressalta a importância dos institutos para tornar o ensino médio mais atrativo e oferecer formação técnica aos estudantes. “O ensino médio está muito fragilizado. São poucas escolas. Às vezes, faltam vagas; às vezes, as escolas são distantes. O ensino médio é a base para o jovem ingressar na universidade. Então, nada mais justo do que ter esse espaço aqui”, diz Lúcia, que acrescenta: “Precisamos desse espaço para o Alemão, que dr respeite a população que está aqui no Complexo do Alemão, na Penha e adjacências.”

 

Em Belford Roxo, as aulas são dadas em uma espécie de contêineres provisórios. A construção de uma sede é uma demanda local e vai permitir que se amplie a atuação do instituto. "Não é apenas a construção de uma sede, é o reconhecimento que o IF [instituto federal] é da Baixada Fluminense, é da população que mais precisa", disse em discurso na cidade o reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rafael Almada. "Os institutos emancipam a nossa população", ressaltou.

 

Fotos: Reprodução

 

Os institutos federais são instituições especializadas na educação profissional e tecnológica, oferecendo também educação básica e superior. Os cursos são gratuitos. Os IFs constituem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criada em 2008. Esses institutos têm como obrigatoriedade legal garantir um mínimo de 50% de vagas para a oferta de cursos técnicos de nível médio, prioritariamente na forma integrada, ou seja, junto ao ensino médio. Atualmente, existem 682 institutos federais, com mais de 1,5 milhão de matrículas.

 

Um dos estudantes matriculados é Victo Hugo Antunes da Silva, de 18 anos, que cursa biotecnologia no campus localizado no bairro do Maracanã, zona norte do Rio. “Os institutos federais são de uma importância enorme. Depois que comecei a estudar no IF, tenho conseguido me desenvolver e aprender melhor, não só pelos estudos, mas pelos projetos coletivos”, diz Victo, que também assistiu ao anúncio do novo campus no Complexo do Alemão.

 

Nos discursos feitos nos dois dias, ao ressaltar a importância da educação, o presidente Lula chegou a convocar as famílias para não deixarem os jovens desistirem da escola: “Não permita que o filho de vocês deixe de estudar; a consagração dele está em ele estudar”, afirmou, ao discursar em Belford Roxo. O presidente compartilhou a própria história e disse que também teve formação técnica, o que fez diferença na própria trajetória profissional.

 

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O presidente também aproveitou para divulgar o programa Pé-de-Meia, que entra em vigor em março. O Pé-de-Meia oferece recursos a estudantes de baixa renda para incentivá-los a concluir o ensino médio. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, que acompanhou o presidente nos compromissos no Rio de Janeiro, mais de 400 mil estudantes deixam o ensino médio todos os anos no Brasil.

 

Fonte:Agência Brasil

 

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Educação Em Foco : Pesquisadora destaca que variação linguística do Norte é vista com preconceito por outras regiões
Enviado por alexandre em 08/02/2024 10:56:46


A variação linguística regional falada pelo povo do Norte, especificamente no Amazonas, foi construída a partir do contato linguístico com as línguas indígenas da região. Tanto a língua portuguesa sofreu e sofre influência das línguas indígenas quanto às línguas indígenas receberam e ainda recebem a interferência do português. 

A professora Hellen Cristina Picanço Simas, docente do curso de Comunicação Social/Jornalismo do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/Ufam), em Parintins, divulgou um artigo no qual define como preconceituosa a forma com que algumas pessoas comentam as expressões faladas pela população da Região Norte.

Palavras como cunhantã, curumim, pitiú, tuíra, dentre outras são exemplos da contribuição de origem indígena ao léxico do português falado pelos amazonenses. A língua frente ao contato linguístico sofre mudanças, pois é viva.

"A língua que falamos, não importando a sociedade a que pertencemos, a época, e o lugar, será sempre heterogênea, diversificada, instável, sujeita a transformações. Seria estranho se nossa língua permanecesse estável", afirmou o linguista Marcos Bagno. 

A fala amazonense, portanto, guarda, nas suas estruturas fonética, fonológica, morfológica, semântica e lexical, por exemplo, marcas deste contato linguístico. Esta fala marca a identidade amazonense.

Foto: Reprodução/ICSEZ UFAM

Segundo a pesquisadora do Estudo da Linguagem, a fala do amazonense é vista por alguns brasileiros com preconceito devido a estereótipos e juízos de valor negativos associados a essa variante linguística. O preconceito linguístico ocorre quando as pessoas fazem uma classificação convencional do que é certo e errado na língua, associando a situação social do falante à variante que ele utiliza. No caso da fala amazonense, há um estereótipo de que as pessoas do Norte são selvagens, vivem no mato e não têm acesso às tecnologias, o que leva a uma associação negativa com a variante linguística.

Tal riqueza, no entanto, é vista por parte dos brasileiros com preconceito, ou seja, fazem um juízo de valor negativo sobre aquele que fala o dialeto também chamado "amazonês", como no livro do escritor e professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas, Sérgio Freire, 'Amazonês: expressões e termos usados no Amazonas', chegando a terem atitudes de deboche, risos e, até mesmo, chegam a pensar que aquele que fala aquela variante é menos inteligente de quem fala outra variante prestigiada pela sociedade.

Foto: Hellen Cristina Picanço Simas/Acervo pessoal

Isso é um equívoco, pois uma variante é um modo de usar a língua dentre vários outros, não significa que é errado ou uma forma inferior do uso da língua, simplesmente é um uso diferente. "A classificação meramente convencional do que é certo e er­rado na língua serve para classificar os indivíduos como competentes ou incapazes, e é assim que se plasma o preconceito linguístico", afirmou o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Dante Lucchesi Ramacciotti.

Todas as variantes faladas no Brasil permitem a comunicação e são iguais, não existe uma superior a outra, o que leva as pessoas a considerarem uma melhor que a outra é a associação que fazem entre a situação social do falante e a variante que fala, ou seja, há um estereótipo de que as pessoas do Norte são selvagens, vivem no mato, não tem acesso às tecnologias. Logo, a fala dos amazonenses carrega consigo também está representação equivocada e estereótipos sobre seu povo. Estas atitudes negativas em relação à fala do amazonense se configuram como preconceito linguístico.

Este pensamento não se sustenta, porque cada língua representa a identidade de um povo, elas registram como cada povo vê e se relaciona com o mundo. "Os seres humanos adotam relacionamentos diferentes com seu meio em razão de sua sensibilidade, ou de seus respectivos modos de ver e perceber as coisas. Seu pensamento e linguagem os orientam em direção ao mundo em que vivem, e não de acordo com normas cognitivas a priori. E as variações linguísticas, portanto, também são um reflexo das diferenças nas coisas que os seres humanos percebem", disse o linguista, antropólogo e filósofo, Ulric Ricken.

Por isso, sugere a pesquisadora, o amazonense deve se orgulhar da forma como fala o português, porque as expressões como "olha já", "purrudo", "pávulo", dentre outras, são únicas e traduzem o jeito amazonense de se relacionar com as pessoas e com tudo que lhe cerca. 

"Não se pode traduzir com a mesma exatidão os sentimentos nestas palavras registrados para outras expressões de outro dialeto. Elas são únicas e fazem parte da identidade do povo do Amazonas. Por isso, devemos respeitar cada modo de falar o português e, principalmente, nos orgulhar do nosso jeito amazônico de ser, viver e falar".

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Ufam, disponível aqui

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