Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 01/06/2021 23:15:17 |
Por Robson Oliveira
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA MOBILIZAÇÃO Apesar de factíveis as explicações do Governo de Rondônia sobre as amarras jurídicas em razão da pandemia para conceder reajuste nos soldos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o problema vem sendo empurrado muito antes da decretação do estado pandêmico, o que levou o ex-Comandante Geral a pedir exoneração e passar a se opor politicamente ao governador. Não há como deixar de reconhecer que os soldos estão defasados e as polícias têm atuado firmes neste período de calamidade, sem nenhuma vantagem salarial adicional, enquanto outras profissões que atendem às pessoas acometidas do coronavírus receberam gratificações suplementares. PROMESSA O governador é oriundo da caserna e conhece mais do que qualquer outro chefe do executivo estadual as condições com que a tropa exerce as funções. A melhoria dos soldos era uma das promessas de campanha e estamos na metade do terceiro ano de governo sem que a palavra empenhada tenha se tornado efetivamente em melhoria salarial. O momento pode ser inadequado para aumento real devido às amarras jurídicas, mas com boa vontade uma gratificação pelo trabalho na pandemia cairia bem, até que o soldo pudesse ser realinhado definitivamente. Segundo o próprio governador, as finanças estaduais estão a todo vapor. GREVE Legalmente é vedado aos militares a participação em movimentos políticos e paredistas. Os precedentes não são alvissareiros e revelam excessos que foram registrados com violência e indisciplina. A PM de Rondônia tem uma tradição de protestar silenciosamente e cautelosamente em vários governos civis que passaram. Neste governo não está sendo diferente, a diferença é que as mulheres dos praças não estão tão ativas como no passado. Uma greve militar é ilegal, mas não podemos deixar de reconhecer que a reivindicação é justa. Independentemente das paixões ideológicas. ESPECULAÇÃO As constantes aparições do senador Carlos Bolsonaro na capital rondoniense de surpresa e sem uma agenda política pré-estabelecida estão intrigando os meios políticos e sociais. No sábado passado, a bordo do luxuosíssimo carro do vice-prefeito Maurício Carvalho, o senador desfilou pelas ruas da cidade provocando alguns cidadãos que protestavam contra o governo do pai. Provocou com pantomima de arma, deu gargalhadas e depois foi a um regabofe organizado pelo vice-prefeito com direito a dancinha coreografada por lindas beldades. Estas aparições inesperadas têm provocado todo tipo de especulação por se tratar de uma autoridade senatorial e filho do presidente, sem “negócios” formais por estas bandas. FIMCA Nas redes sociais o senador carioca e primogênito dos Bolsonaros aparece numa visita dentro de uma das universidades do genitor do vice-prefeito da capital e da deputada federal Mariana Carvalho. Nas gravações, Flávio aparece ao lado pai dos dois rebentos políticos admirando o complexo universitário que possui entre outros cursos, o rentável curso de Medicina. É possível perceber a forma encantadora com que o senador fita o conjunto arquitetônico da FIMCA. DESPRESTÍGIO Embora a família Carvalho seja “donatária” do PSDB em Rondônia, partido hoje crítico à administração de Jair Bolsonaro, não há nenhum registro de que o senador Flávio Bolsonaro tenha se encontrado com o governador coronel Marcos Rocha. É possível que o governador de Rondônia não tenha com o senador a mesma intimidade que fala possuir com o presidente. MANTRA Mas é estranho que o primogênito do presidente ignore em suas visitas a Rondônia o chefe do executivo estadual. Marcos Rocha repete feito mantra que é amigo de Bolsonaro desde a época da caserna e que tem linha aberta com o presidente, mas na única vinda do presidente a Rondônia para inaugurar uma ponte em nosso solo, o que se viu foi um Bolsonaro mais íntimo do governador do Acre, Gladson Cameli, e do ex-governador Ivo Cassol, do que do governador Marcos Rocha. Um mantra que nas eleições de 2021 tem tudo para não voltar a colar em razão das relações que os Bolsonaros estabeleceram com o senador Marcos Rogério, conhecido na corte como o Zero Seis. LUPA Está sobre a mesa de um dos burocratas do Ministério da Educação um pedido de autorização para que seja aberto mais um curso de Medicina em Rondônia. A coluna apurou que o curso está destinado ao município de Jaru. É bom acompanhar de perto este resultado porque tem tudo para explicar muitas curiosidades que andam ocorrendo em Rondônia. Faculdade com curso de ponta hoje é tão rentável quanto especulação imobiliária na Barra da Tijuca. Portanto, lupa. EXPOSIÇÃO O senador Marcos Rogério (DEM) é de longe o bolsonarista mais bolsonarista de Rondônia. Não é em vão que ganhou o epíteto de Zero Seis e faz da Comissão Parlamentar de Inquérito sua trincheira cega em defesa do presidente, ancorado em pesquisas de intenção de votos para presidente em Rondônia. IMPONDERÁVEL É um risco enorme que o senador Marcos Rogério corre porque aposta que esses números vão se manter até as eleições e, defendendo o presidente cegamente, é o caminho mais curto ao Palácio do Governo de Rondônia. Não mensura o imponderável, visto que política é como nuvem, já falava o velho político mineiro Magalhães Pinto. Ademais, em sua base hoje há um outro forte nome (Hildon Chaves) de olho no Governo. Nome este que pode fazer da imponderabilidade um pesadelo para o senador monocórdio. POLÊMICA Avança a passos largos na Câmara Federal, com aprovação na Comissão de Constituição e Justiça, a proposta para tornar elegíveis os políticos multados por contas rejeitadas por improbidade administrativa. O projeto é de iniciativa do deputado federal rondoniense Lucio Mosquini (MDB) que na justificativa sustenta que a rejeição de contas nas situações em que há apenas a imposição de multa, sem ressarcimento ao erário, não há gravidade suficiente de ensejar a limitação de direitos fundamentais, no caso direitos políticos passivos. O projeto segue agora a plenário que pode ampliar ainda mais estas exceções. Como diria um ministro, enquanto perdurar a pandemia, “a gente avança e passa a boiada”. ESCÁRNIO Embora o brasileiro seja um apreciador de um bom futebol e torce para assistir uma partida entre a seleção canarinho e a portenha, é um escárnio a realização da Copa América quando o país está ainda enterrando seus mortos vítimas da Covid. Não há justificativa sob qualquer pretexto e não adianta ideologizar a questão, pois o número de mortos do Brasil está entre os maiores do mundo. Um evento futebolístico envolvendo seleções de ponta causa aglomeração e tende a aumentar a epidemia. Nossos leitos tiveram uma ligeira folga, mas a qualquer momento tendem a estrangular mais uma vez caso nossas autoridades não criem juízo. E ao que parece não possuem juízo e nem compaixão. MATA MATA A Copa América atualmente e um torneio caça níquel e sem importância no mundo futebolístico. Já há quem sugira que seja eliminada a fase de grupos e que as seleções disputem numa única fase: mata mata. Pode parecer piada de mau gosto, porém, é a mais triste realidade. A antecipação da disputa eleitoral de 2021 abilolou de vez nosso capitão que estimula o time ao suicídio coletivo. O que chamará atenção desse torneio é o resultado macabro das mortes. |
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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
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Enviado por alexandre em 18/05/2021 23:30:29 |
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA BICHADO Independentemente dos rumos a serem tomados juridicamente desde a última operação policial em razão de supostos malfeitos do atual chefe da Casa Civil do Governo, Junior Gonçalves, afastado das funções por força de decisão judicial, não há mais clima para permanecer nas funções. Mesmo que comprove lisura nas condutas sob investigação, o que deverá ocorrer num tempo mais elástico do que o calendário eleitoral, é hora de recolher o flap, evitar mais constrangimento ao chefe Marcos Rocha e pedir para sair. Hoje, Gonçalves é no linguajar político um bode bichado. É preciso tirar o bode da sala. IMITAÇÃO Durante um evento em Vilhena o governador Marcos Rocha quando instado pela mídia a falar dos últimos acontecimentos que levaram o Poder Judiciário a afastar seu chefe da Casa Civil saiu com a seguinte pérola: “cada um tem seu CPF”. Uma frase cunhada anos atrás pelo ex-governador Ivo Cassol para driblar de perguntas inconvenientes que exigiam respostas pertinentes. O atual governador imita o antecessor para se escusar de responder, embora tente manter uma caricatura de imaculado. DESGASTE Com um governo sombrio e sem obras estruturantes capazes de iluminar o caminho para um eventual segundo mandato, o governador coronel Marcos Rocha (sem partido) vem paulatinamente queimando a gordura moralista que o catapultou ao cargo. ESCURIDÃO A reeleição é uma eleição em que o eleitor avalia os feitos dos quatro anos da administração, a postura adotada frente aos problemas e a coerência do discurso feito na passada. Com estas informações, avalia as propostas e condutas dos adversários e coteja com a atual realidade antes de decidir em quem votar. Quando o candidato à reeleição tem pouco a mostrar, não é uma liderança carismática e ainda tem muito o que explicar, eventualmente é o cenário propício a ser um forte candidato à derrota. O desgaste não pode ser maior do que os feitos. Ao que parece Marcos Rocha ainda não percebeu que é hora de sair da escuridão. CLOROQUINA Mesmo sendo um entusiasta do uso da cloroquina como principal fármaco na “cura” da Covid, com frases até grotescas, Bolsonaro não é o profissional da saúde responsável por prescrevê-lo. Quem assina as receitas é o médico e em Rondônia este fármaco tem sido utilizado indiscriminadamente como protocolo oficial da Secretaria de Estado da Saúde. SAFANDO O senador Marcos Rogério, em entrevista a um veículo de Brasília, seguiu por este raciocínio para livrar as responsabilidades do presidente. Mesmo que Bolsonaro não prescreva remédio, foi um entusiasta e divulgador do uso da cloroquina contra a Covid. Além de responsável por adquirir milhares de comprimidos para que fossem distribuídos a estados e municípios. Fiel escudeiro de Bolsonaro na CPI da Covid, Marcos Rogério manobra até no vernáculo para safar o presidente das responsabilidades e, assim, se credenciar ao Governo de Rondônia com uma imagem mais bolsonarista que o próprio Jair. Nos bastidores do Congresso já zoam com o senador o chamando de “Jairzinho” o zero 6. ESPECTRO Por fazerem parte atualmente do mesmo grupo político que caminhou junto em vários municípios nas últimas eleições, Marcos Rogério do Democratas e Hildon Chaves do PSDB querem a mesma cadeira de Marcos Rocha. Tanto o senador quanto o prefeito da capital estão tentando manter o grupo unido, mas é uma união temporária porque ambos querem disputar o mesmo cargo de governador e nem um nem outro quer recuar. Entre eles, nos bastidores, atuam várias lideranças para que as vaidades não sejam mais fortes que a racionalidade, abrindo espaço para uma terceira via. O vácuo na política é porta aberta para mais um aventureiro. RESSUSCITANDO À medida que as eleições vão se aproximando, a tendência é que a polarização nacional entre petista e bolsonarista aumente a temperatura dos debates e o sopapos alcancem outros concorrentes. Em Rondônia, por exemplo, a ex-senadora Fátima Cleide começa a dar sinais de ressuscitação eleitoral. Quem monitora os números de consumo dos partidos percebe que a ex-senadora começa a pulsar eleitoralmente e os sinais vitais indicam que continua tão viva quanto outrora. Já que há quatro anos era um corpo insepulto. ZÉ DO GORRO A sanção governamental de uma lei estadual que afronta cabalmente uma norma federal é prova de que o senhor governador está mal orientado. Caberia ao Secretário da Saúde e ao Chefe da Casa Civil alertarem ao chefe do executivo que liberar a contratação de “médicos” sem inscrição no Conselho Regional de Medicina é inconstitucional, visto que ao abrir mão de fiscalizar diretamente as profissões o Congresso Nacional optou em conferir esta primazia aos Conselhos de Classe. É lorota achar que a questão está circunscrita a uma suposta reserva de mercado, haja vista que um erro médico cometido sem uma fiscalização séria dos seus pares pode ceifar inúmeras vidas. Sem a inscrição no órgão profissional não há como fiscalizar a atuação. O secretário de saúde sabe dessa exigência legislativa, mas optou pela omissão e por se esconder embaixo daquele indefectível gorro. É o próximo a dar “voadoras” no chefe. POPULISMO As universidades brasileiras são exaustivamente verificadas por comissões do MEC para que seus cursos sejam reconhecidos, ainda assim não são raros os problemas identificados nos currículos e na metodologia aplicada aos nossos acadêmicos. Temos boas faculdades de medicina (principalmente as públicas) e muitas capengas, especialmente por falta laboratórios, bem semelhantes aos cursos ofertados pelos países vizinhos. A discussão não reside na questão de fundo de ser uma lei meritória sancionada, mas a sua inconstitucionalidade em razão de ferir dispositivo federal. Algo que os colaboradores do governador deveriam tê-lo alertado. O que seria uma lei meritória virou uma regra populista. Quer mudar corretamente, igualando as oportunidades, que o façam no Congresso Nacional. |
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Resenha Política : CPI pode iluminar processo obscuro; A lorota de Ivo Cassol; Possibilidade de espalhar excrementos
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Enviado por alexandre em 05/05/2021 00:39:19 |
A íntegra da coluna redigida pelo jornalista Robson Oliveira Por Robson Oliveira
CPI Começaram as oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal que investiga as supostas omissões ou crimes das autoridades federais, estaduais e municipais que concorreram para que a pandemia tomasse as dimensões catastróficas no país com mais de 400 mil mortes. Os ex-ministros da Saúde, Mandetta e Teich, fizeram revelações que podem iluminar todo o processo obscuro adotado pelo governo federal para o enfrentamento da Covid-19. O general Pazzuelo, também ex-ministro, não compareceu alegando contato com pessoas infectadas com o vírus. DESDOBRAMENTOS Há uma máxima entre os congressistas sobre CPIs segundo a qual “sabe-se como e quando começa uma CPI, mas nunca como termina”. Os desdobramentos da CPI da Covid ainda são uma incógnita por estar no início dos trabalhos, apesar da mobilização do governo federal nos bastidores para que as atenções sejam desviadas aos governadores e prefeitos, já que o general Pazuello antecipadamente aceitou a pecha de “boi de piranha”. NEGACIONISMO Está claro para o mundo político e científico, nacional e internacional, que as ações, declarações e a negação do presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia concorreram para a situação caótica de mortandade em que chegamos. Foram várias manifestações minimizando os efeitos deletérios do vírus e algumas contra a vacinação. A postura negacionista da Presidência da República contribuiu para que o país passasse a ser o epicentro mundial da pandemia, antes da Índia. DROGAS O uso da cloroquina, entre outras drogas, para o tratamento da Covid – mesmo inútil e até perigoso -, segundo Mandetta, não partiu do Ministério da Saúde no momento em que era ministro. O ex-ministro voltou a condenar a utilização destas drogas denominada “kit covid” porque não têm serventia para combater o coronavírus, além de causar efeitos nocivos à saúde, se ministradas de forma contínua. PRESCRIÇÃO Depois do depoimento de Mandetta é possível deduzir a razão pela qual o número de óbitos em Rondônia tenha sido proporcionalmente um dos maiores do país, uma vez que o kit covid, contendo hidroxicloroquina, ivermectina e azimecritina, é prescrito na rede pública estadual como tratamento para o coronavirus. Pior que é prescrito sem que o paciente seja consultado. Quem quiser comprovar passe numa unidade de saúde qualquer e faça uma consulta. LOROTA Já virou rotina, desde que ficou inabilitado pela Lei da Ficha Limpa para concorrer a um mandato político, o ex-senador Ivo Cassol reverberar uma suposta candidatura a governador. Um ano antes das eleições de 2018 o senador garantia que seria candidato a governador. Esta coluna, na época, registrou que a reverberação era lorota. Mais uma vez Cassol alega que estará livre das amarras judiciais para disputar em 2022, o que a coluna duvida. É lorota. Quem viver verá! APELO Mesmo a coluna apostando que Cassol não estará apto judicialmente para disputar um mandato no próximo ano, é um nome ainda bem lembrado pelo eleitor e com apelo forte junto ao eleitor do interior. Aliás, poucos políticos estaduais têm uma cara de parte do eleitor médio em razão da própria colonização. Fora das eleições, será um bom influenciador eleitoral. Outro dia causou perplexidade e furou com um gravação queimando o bucho de um cidadão com uma solda elétrica garantindo que o efeito da fumaça curava Covid. PROJETO Na hipótese de ser confirmado que Ivo esteja fora das eleições, a irmã, deputada federal Jaqueline Cassol, deverá ser escalada pelo clã para disputar a vaga senatorial que restará vaga com a conclusão do mandato de Acir Gurgacz. A exemplo de Cassol, Gurgacz também está inabilitado judicialmente para disputar as eleições 2022. O projeto Ivo naufragando, Jaqueline tentará surfar na onda eleitoral do irmão com destino ao Senado. Este é o projeto de fundo. ALTERNATIVA O ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), deverá ser um dos pré-candidatos a ser mais assediado pelos mais diversos partidos. Trata-se de um político com capacidade técnica comprovada e com uma visão de estado bem diversa da média das nossas autoridades que apenas enxergam o próprio umbigo. Já andam escalando o ex-prefeito para vice-governador, mesmo tendo habilidades políticas e técnicas melhores do que aqueles escalados por aí para serem seu chefe. O projeto inicial de Jesualdo é colocar o nome no âmbito partidário para uma vaga na Câmara Federal, mas o processo pode afunilar e ao invés de vice seja convencido a disputar o Governo. Uma alternativa aos nomes carimbados que pululam nas manchetes. O que daria mais qualidade ao debate. ISOLADO Já o governador Marcos Rocha continua isolado sem sinalizar o partido ao qual deverá abrigar a sua candidatura à reeleição. Há quem diga que o Patriotas teria aberto suas portas para que Rocha seja candidato à reeleição. TÁTICA O isolamento político tem sido uma opção do governador mesmo sendo uma atitude que contraria todas as avaliações eleitorais. Como nas eleições passadas surpreendeu e contrariou as avaliações, há quem acredite no staff do governador que a história vai se repetir e defenda que ele permaneça longe de tudo e todos. Uma tática arriscada já que não é um líder de massas, um administrador arrojado nem um fenômeno orgânico partidário. Diz a lenda que o raio não cai duas vezes no mesmo local, mas vai lá que o coronel seja predestinado e consiga inverter esta lógica: pelo menos ele acredita na tática, embora este cabeça chata seja incrédulo e desconfie que a tática possa ser fatal ao coronel podendo deixá-lo fora de um eventual segundo turno. DIFERENÇAS Quem anda se mexendo nos bastidores visando o Executivo Estadual é o prefeito da capital Hildon Chaves. No grupo em que o prefeito participa, o senador Marcos Rogério também almeja ser ungido como candidato a governador. Um primeiro confronto intestinal que começa a provocar ebulição com possibilidade de espalhar excrementos por todos os lados. O prefeito da capital hoje tem mais capilaridade política de aglutinação já que o senador até o momento não justificou as funções senatoriais que o povo de Rondônia lhe conferiu. Além de ser uma pessoa pernóstica no trato pessoal. São diferenças fundamentais quando o grupo for instado a decidir. AMPLIAÇÃO O deputado federal Léo Moraes também é outro que aspira à vaga de governador e tem percorrido o interior tentando ampliar o grupo para que sirva de sustentação à candidatura majoritária. Léo não descarta também mudar o projeto e disputar o Senado. Independentemente de qual dos dois cargos venha a disputar sabe que vai ser uma eleição dura e precisa ampliar os apoios para não morrer na praia, visto que os possíveis adversários já estão agrupados. ÍNDIOS A Funai tem requerido abertura de inquéritos policiais contra representantes indígenas que criticam o governo. Uma inversão de papéis nunca vista, nem durante o governo de exceção. Os órgãos públicos são de Estado e não de governo. Uma contradição escandalosa que exige da sociedade e da justiça ações firmes para conter a distorção autoritária. A piada não tem graça e requer respeito às nossas etnias. ALVORECER Quem ajuda nas ações sociais que atende pessoas e famílias em situação vulnerável deveria procurar a Luz do Alvorecer que tem dado uma contribuição excelente em minimizar as dificuldades de famílias necessitadas. Uma causa nobre que merece engajamento dos mais variado segmentos, a exemplo da torcida organizada do flamengo que, em Porto Velho, está engajada em colaborar com a entidade. |
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Resenha Política : Retrocesso na saúde de Rondônia; Terceira onda de pico da pandemia; Marcos Rogério faz parte da tropa de choque
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Enviado por alexandre em 28/04/2021 22:07:40 |
Retrocesso na saúde de Rondônia; Terceira onda de pico da pandemia; Marcos Rogério faz parte da tropa de choque A íntegra da coluna redigida pelo jornalista Robson Oliveira Por Robson Oliveira RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA CAOS Mesmo sendo a segunda cidade do Brasil em números de óbitos decorrentes da Covid 19, por cem mil habitantes, Porto Velho fica atrás somente de Cuiabá (MT), que registrou 418 mortes. Porto Velho passou a ser o maior foco epidêmico da Região Norte, após o epicentro que recaiu sobre Manaus no início do ano. Embora as estatísticas sejam assustadoras, o Governo do Estado tem afrouxado as regras de prevenção e autorizado as abertura das atividades econômicas em razão das pressões advindas dos apoiadores que professam as mesmas críticas ao lockdown do presidente Bolsonaro. RETROCESSO Ainda que o sistema de saúde de Rondônia não esteja totalmente livre de um outro colapso, o afrouxamento das regras de contenção pode voltar a pressionar e colapsar o sistema provocando um novo caos com aumento de mortes por falta de Unidade de Terapia Intensiva. Um estudo da lavra dos pesquisadores Ana Escobar e Tomás Daniel, enviado à coluna, revela a curva ascendente do vírus em Rondônia e projeta um quadro ainda pior caso não sejam adotadas medidas restritivas mais severas para conter a o aumento da infecção pelo vírus. KIT Os pesquisadores rondonienses também alertam para o baixo número de pessoas imunizadas no estado, colocando Rondônia entre as unidades da federação com uma das piores taxas de aplicação da primeira dose vacinal. Os dados da pesquisa são assustadores num estado onde o uso das drogas denominadas Kit Covid – com confirmação científica de não serventia – é prescrito a torto e a direta. Uma coincidência que pode dar pista desses índices negativos de infecção com sintomas graves. SPUTNIK Para piorar a situação, após as tratativas frustradas da prefeitura da capital em adquirir vacinas, a Anvisa não autorizou a importação da vacina russa Sputnik V, que o consórcio formado pelos governadores, inclusive o de Rondônia, pretendia comprar. Não está sendo fácil conseguir as vacinas por razões políticas e pela quantidade da procura. Em muitos municípios, a exemplo de Porto Velho, a vacinação da segunda dose foi suspensa em razão da falta, enquanto os óbitos avançam terrivelmente agora sobre os mais jovens. A bem da verdade temos que registrar que tanto o prefeito Hildon Chaves quanto o governador Marcos Rocha tentam comprar vacinas e não ficaram acomodados com a lentidão e os equívocos do Ministério da Saúde que esperava “chover” vacinas, ou seja, achava que a oferta seria maior que a procura. O que não correu, apesar dos alertas. JUSTIFICATIVA O coordenador do Comitê científico do Nordeste, que assessora os governadores daquela Região na aquisição da vacina Sputnik V, Sérgio Rezende, credita o veto da Anvisa à importação do imunizador à questões ideológicas. Segundo Rezende, a justificativa da agência para impor o veto não se sustenta porque a Anvisa já aprovou duas vacinas que possuem o mesmo adenovírus em sua composição: a de Oxford e a Johnson & Johnson. E a vacina Russa utiliza a mesma composição das duas aprovadas, embora tenha sido vetada por razões até agora cientificamente não explicadas. REAÇÕES De acordo com Rezende, a Sputnik V é utilizada em 61 países, sem que haja nenhuma contraindicação onde o imunizador foi utilizado na população. Diferente da AstraZeneca, liberada seu uso no Brasil. Na Hungria e Argentina, por exemplo, que utilizam em massa a vacina oriunda da Rússia, foram realizadas análises e restou comprovada a efetividade. Na Argentina os índices de óbitos em relação ao Brasil são bem menores e a vacinação com a Sputnik tem obtido ótimos resultados. ALERTAS Cientistas já começam a alertar as autoridades para uma eventual terceira onda de pico da pandemia e, ao que parece, estão cometendo o mesmo erro quando os especialistas avisaram sobre a segunda. Esta segunda tem sido devastadora e os números de mortes falam por si. Já foram detectadas novas variantes mais letais do que as duas primeiras e a vacinação em massa é a única alternativa para que tais números sejam minimizados. Apesar de que a vacinação não impede uma nova infecção, a imunização é a única salvação para diminuir a letalidade do vírus. CANDIDATURAS Mesmo não sendo o melhor momento para pré-candidaturas devido à crise sanitária que afeta a todos, nos bastidores os movimentos visando as eleições de 2022 estão de vento em popa. Em reservado os nomes de Hildon Chaves, Marcos Rogério, Marcos Rocha, Thiago Flores, Fátima Cleide, Jesualdo Pires, Adailton Fúria e João Gonçalves movimentam os partidos para as eleições majoritárias. Isto sem falar em nomes que de última hora aparecem para surpreender os favoritos. Marcos Rocha é um exemplo deste ponto fora da curva... PESOS Impressiona a forma diferente com que o ex-deputado federal Marcos Rogério se comportava na CPI que levou ao cadafalso o mandato do ex-deputado federal Eduardo Cunha com o comportamento agora na CPI da Covid, aberta pelos senadores. Na Câmara, Marcos era um dos mais aguerridos membro da CPI contra os malfeitos do investigado; no Senado, hoje, é um dos fiéis escudeiros contra a CPI aberta pelo Senado Federal que investiga as condutas das autoridades em razão da pandemia. Declaradamente faz parte da tropa de choque que tentará proteger o Governo Federal. São dois pesos e duas medidas. |
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Resenha Política : Prefeito caiu no “conto do vigário”; Marcos Rocha foi estratégico; A pecha de incompetente não lhe cai bem
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Enviado por alexandre em 23/04/2021 23:02:23 |
Por Robson Oliveira RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA FRAUDE Infelizmente a empresa que intermediou a aquisição das vacinas contra A Covid 19 era de fachada, uma estelionatária estabelecida para fraudar o erário. Quem defende a vida e torcia para que a prefeitura de Porto Velho conseguisse comprar o imunizador e vacinar a população do município lamentou e se decepcionou quando descobriu que o prefeito caiu no “conto do vigário”. O que torcia contra desde o anúncio, em razão da mesquinharia calhorda de ser oposição, vibrou e comemorou como se fosse um gol de copa do mundo, mesmo ciente de que pode ser a próxima vítima. TRANSPARÊNCIA Esta coluna por diversas vezes elogiou a postura do prefeito Hildon Chaves na tentativa de comprar as vacinas. Somente as pessoas desprovidas de senso mínimo de humanidade torciam contra a chegada das vacinas. Com tantas vidas perdidas e milhões de pessoas com sequelas em razão da infecção, qualquer possibilidade de imunização em massa para conter a proliferação é um balsamo. Porém, a realidade se impõe exigindo que a prefeitura dê transparência total aos atos e tratativas que culminou com a tentativa de fraude, somente assim minimiza os estragos. ALTERNATIVAS A população espera que em razão da frustrada aquisição da Astrazeneca, através desses supostos golpistas, não desestimule o executivo municipal de continuar a tentativa de adquirir as vacinas. É verdade que no mercado não chovem doses disponíveis, conforme previu equivocadamente Pazzuelo, mas é preciso que o prefeito siga o exemplo dos governadores nordestinos, inclusive o nosso, e pegue carona no consórcio formado para a compra da Sputnik V. Passo a torcer que o caminho seguido por Marcos Rocha via consórcio seja exitoso para a imunização dos rondonienses. PRECAUÇÃO Embora a tentativa de fraude na compra das vacinas não tenha lesado o erário, segundo o prefeito Chaves, haja vista que os recursos reservados para a compra permanecem sob a guarda do Banco Central, o fato em si é grave e merece uma apuração amiúde dos órgãos de persecução penal e dos sistemas de controle. Não podemos permitir que a tentativa de roubo dos recursos públicos destinados a salvar vidas deixe de individualizar as condutas de quem deu causa para que sejam punidos exemplarmente. Administrativamente o prefeito deveria também apurar a participação dos auxiliares responsáveis pelas tratativas dos contratos para que nenhuma dúvida paire sobre ele próprio. No mínimo faltou uma precaução mais apurada na avaliação da empresa responsável pela comercialização das vacinas. Não há como escamotear que houve erros, no mínimo. ALERTA Pelos menos dois advogados haviam alertado à coluna dias atrás que a compra das vacinas feita pela prefeitura da capital era fraude. Jornalisticamente coube a este cabeça chata questionar diretamente ao chefe do executivo sobre tais suspeitas, o que fizemos. No entanto, os alertas deveriam ter servido para que este cabeça chata investigasse melhor a empresa fornecedora, o que infelizmente não ocorreu. MEA CULPA Depois de trinta anos na labuta semanal do jornalismo percebemos que não aprendemos tudo o que achávamos que sabíamos e somos humildes o suficiente para reconhecer que o aprendizado é algo diário, inclusive pra se reinventar. Mas o alento fica por conta de que toda torcida em favor das vacinas registrada na coluna, sem as apurações de estilo, decorre do susto que este cabeça chata passou em razão de dezessete dias internado devido à infecção contraída por este maldito vírus. Só pode ter sido as sequelas a negligência de uma investigação jornalística antes das comemorações. Os advogados já cobraram de mim mea culpa, o que faço neste instante. ESTRATÉGICO Quando Hildon Chaves anunciou que iria comprar as 400 mil doses de vacinas a notícia correu o estado feito rastro de pólvora com estrondo suficiente para atingir os demais prefeitos e o governador que, naquele momento, permaneciam inertes aguardando tão somente as doses prometidas pelo Ministério da Saúde. O prefeito da capital foi festejado nos quatro cantos de Rondônia, obrigando o governador Marcos Rocha a se mexer e tentar também melhorar a imunização dos rondonienses. QUEIMAÇÃO Por várias vezes esta coluna criticou a lentidão de Rocha e sua dubiedade em relação às medidas de prevenção para conter a proliferação do corona, mas hoje reconhecemos que ele foi estratégico em anunciar sem estrondos ou fogaréu que estaria adquirindo a Sputnik V, vacina russa que os bolsonaristas tanto demonizaram. Marcos Rocha, militar de formação, evitou ser vítima da própria pólvora, a mesma que agora queima o eventual adversário. FÊNIX A despeito das críticas que momentaneamente enfrenta é preciso reconhecer que Hildon Chaves é um político que a sorte sempre bateu em sua porta quando todos juravam que ele era uma nuvem passageira. A pecha de incompetente não lhe cai bem e quem achar que ele vai ficar acuado com os fatos negativos que redundaram na descoberta deste ‘conto das vacinas’, pode tirar o cavalo da chuva. Em contato com a coluna, avaliou os estragos e reafirmou a disposição de procurar a qualquer custo comprar outras vacinas que eventualmente estiverem disponíveis. Se conseguir, independentemente do ocorrido, cumprirá a promessa de imunizar os portovelhenses com a rapidez que todos almejam. Não será a primeira vez que renascerá das cinzas. A coluna continua torcendo pela vida. |
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