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Brasil : A ENTREVISTA
Enviado por alexandre em 16/01/2017 02:11:36


'Temos uma base para 2018 e para outra Copa', diz Tite, sonhando com Mundial da Rússia

Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

ite acha que Neymar merecia ter ficado entre os três melhores do mundo

Há quase sete meses no comando da seleção, Tite colhe o sucesso em forma de números: com ele, a seleção venceu os seis jogos que disputou, sofreu apenas um gol e pulou da sexta colocação para a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia.



O sonho de levar o Brasil ao topo no Mundial do ano que vem está tão vivo quanto o constrangedor afastamento dos antecessores Felipão e Dunga.


- Temos uma base para 2018 e para outra Copa do Mundo. Isso faz o olho brilhar - diz o treinador, em entrevista exclusiva para o Jornal Extra.


Você é adepto da linha dura?


Às vezes, demais. Mais com minha família do que com o atleta. Aconteceu no fim do ano. Estava pilhado, mas feliz. E sensibilizado com o acidente com a Chapecoense. Tive um atrito com minha filha (Gabriele, de 20 anos). Eu estava errado e me desculpei no dia seguinte.


A família se envolve com sua profissão?


Minha mulher (Rosmari) fica preocupada com os atletas que se machucam. Deve ser porque eu me machucava muito. Ela não entende muito, mas busca informação. E me dá uns toques. Às vezes, sou exigente demais com um atleta. Ela me pergunta: “Quantos anos ele tem? Lembra quando você tinha essa idade?”


Você usa dois crucifixos no cordão. E marcou essa entrevista para uma sexta-feira 13. É supersticioso?


Não tenho superstição. Quando vejo uma escada, faço questão de passar embaixo, mas dou uma olhadinha pra cima antes (risos). Gosto do 13 e fui visitar o Zagallo três vezes. Ele é um símbolo. Sobre religião, tenho uma ideia muito clara: a maior religião é fazer o bem. Respeito qualquer crença.


Como será a convocação da seleção, na próxima quinta-feira, para o amistoso com a Colômbia, no dia 25, no Nílton Santos, quando somente jogadores que atuam no Brasil serão chamados? Os clubes estão ainda em início de preparação...


Eles vão se apresentar apenas um dia antes. Provavelmente, usarei duas equipes, cada uma jogando 45 minutos, para não haver risco de estourar algum jogador. Vamos precisar do aval médico e físico. Os escolhidos serão representantes dos dez ou 12 primeiros colocados do Brasileiro. E quem for chamado terá possibilidade real de nova convocação no futuro.



Católico, mas sem superstição (Foto: Márcio Alves / Agência O Globo)


Sob seu comando, a seleção venceu os seis jogos que disputou. Esperava o sucesso tão rapidamente?


Considero um sucesso, e aconteceu antes do que eu imaginava. É impressionante, porém, irreal. O futebol não é assim. A construção de uma equipe não é assim. Estou satisfeito não somente com os resultados, mas com a forma como os conquistamos. A gente tem que saber por que vence, por que perde ou empata. Se isso não é diagnosticado, ali na frente tropeçamos.


Está pronto para a derrota?


Ela é inevitável, mas estou querendo jogá-la o máximo possível para a frente. E digo para os atletas: "Um dia, vamos sair perdendo um jogo, e quero ver como vamos reagir emocionalmente". Depois da vitória (3 a 0) sobre a Argentina, eu disse: “Passou, gente. Vamos pegar um time extremamente competitivo, o Peru, e é muito difícil marcar o Guerrero". Mas o Marquinhos deu uma aula de como marcar um pivô.


O Guerrero do Flamengo é o mesmo do Corinthians?


É o mesmo Guerrero, porém a mecânica da equipe é outra. No Corinthians, havia jogadas de infiltração e de lado. A equipe potencializava o Guerrero. Quando eu soube que ele ia embora, dava soco, pontapé e reclamava: “Não podem deixar o Guerrero sair”.


Por que você foi a São Januário ver um jogo do Vasco?


Porque sei do talento do Andrezinho, o Luan está na seleção e tenho admiração pelo Zinho (ex-auxiliar técnico do Vasco). E tem o Douglas. É um jogador muito bom, que vai amadurecer. Essas coisas são assim... Fui ver o Arão (do Flamengo), e o Muralha fechou o gol. Pedi que o Taffarel buscasse o histórico dele, pois merecia a convocação.


Pode antecipar se teremos jogadores do Rio no amistoso com a Colômbia?


Com certeza, teremos alguns, representando as campanhas que os times fizeram. Estou falando de Botafogo e Flamengo. No caso do Botafogo, o mérito é do (técnico) Jair(Ventura). Fico contente em vê-lo como um exemplo. Fez um grande trabalho, e a classificação para a Libertadores é equivalente a um título. Outro dia, ele estava fazendo um curso na CBF. Isso é exemplo de profissionalismo de um garoto que vê que pode melhorar. Também podemos ter gente do Fluminense. Em relação ao Vasco, é mais difícil.


Vai convocar o Scarpa?


(Risos). Pois é... Pode ser... Possivelmente, sim.



Tite admite convocar Scarpa, do Fluminense, para amistoso com Colômbia e dará vez também a jogadores de Botafogo e Flamengo

Tite admite convocar Scarpa, do Fluminense, para amistoso com Colômbia e

dará vez também a jogadores de Botafogo e Flamengo

(Foto: Márcio Alves / Agência O Globo)


Ao assumir, como estava a seleção, emocionalmente?


Não posso avaliar como era antes, mas a leitura que fiz foi de falta de confiança. Nosso primeiro jogo, contra o Equador, foi muito tenso. O sexto lugar nas Eliminatórias pressionava. Fico mal em te dizer que eu pedi que o grupo retardasse a batida de lateral. Não era por medo, mas para ter condição física.


Acha que já devolveu a alegria ao torcedor da seleção?


Não devolvi, mas um grupo de trabalho do qual faço parte está devolvendo.


Evoluímos do 7 a 1 para cá?


Evoluímos, sim, até de uma forma dura. E tem que ser um processo constante.


Houve uma transição após a saída do Dunga?


Não conversei com o Dunga e não fui ao encontro dele. Se eu fosse o Dunga, teria a expectativa de continuar um trabalho. Imagino a frustração dele. E se ele tivesse permanecido e alcançado essas seis vitórias (nas Eliminatórias)? Eu, pra dizer a verdade, gostaria de ter pego lá no início. Fui contra (a escolha de Dunga) e me manifestei. Achei que era meu momento, pelo trabalho que realizei. Quando fui chamado, acha que não tive medo de ser o técnico responsável por não levar a seleção para uma Copa? Admito que eu estava em um projeto do Corinthians de dois anos e fui egoísta. Olhei para meu lado, para a realização pessoal.


E a relação com Felipão?


Profissional, respeitosa, mas distante. O tempo é o melhor remédio para que as coisas possam acontecer.


Uma bobagem abalou a relação, não? O gesto do “fala muito” que você fez para ele, num jogo do Corinthians contra o Palmeiras...


Não sei se foi uma bobagem. Não foi só o “fala muito” (em entrevista à jornalista Camila Mattoso, o irmão de Tite, Miro, revelou que Felipão teria entregado um jogo para o Fluminense no Brasileiro de 2010); não quero falar sobre isso. A competição entre técnicos é forte, aflorada. Você trabalha em cima do limite. Tenho que fazer o meu melhor e inibir o outro.


Neymar acertou ao abrir mão da braçadeira?


Quando acabou a Olimpíada, Neymar me procurou e disse que não queria mais ser o capitão da seleção. Pedi que me procurasse na hora em que estivesse amadurecido. Ele já me procurou e disse que está pronto. Ele vai ser capitão.


A imaturidade do Neymar atrapalha?


Não. Ela é verdadeira. Abro um sorriso dentro de mim quando alguém o compara a Cristiano Ronaldo e Messi. São gerações diferentes, mas com status técnico parecido. Enquanto Messi e Cristiano Ronaldo atingiram o auge, ele não. Eu nem sabia que ele tinha tanta capacidade de assistência, acredita? É impressionante.


Seus votos para melhor do mundo foram em Cristiano Ronaldo, Neymar e Griezmann. Por que o Messi ficou fora?


Porque ele é o número um, extraclasse, mas se machucou muito entre a metade de 2015 e a metade de 2016.


Neymar, que ficou em quarto lugar, foi injustiçado?


Para mim, ele deveria ter ficado entre os três. Não vou dizer que foi injustiça, mas essa é minha opinião.


É bom ser unanimidade?


É mentira. Sou contestado. Nem todo mundo vai gostar de mim, assim como não gosto de todo mundo. Só que, como o momento é muito bom, as pessoas erradamente acham que sou unanimidade.


A transferência do Gabriel Jesus para o City é boa ou ruim?


Lembro que perdi um clássico para o Palmeiras e estava puto da vida quando vieram me perguntar sobre o Gabriel Jesus. Eu disse: “Ele é de verdade”. Eu só pensava: “O que esse moleque tem?” Ele é letal. Torço para que ele seja aproveitado no eixo central, como um camisa 9, e não pelo lado. Ali, ele pode desenvolver todo o seu potencial na posição do Agüero. Mas no sistema deles (do Manchester City) não há dois centrais. Penso na seleção, naquela rotina do lugar, de jogar sem pensar.


Passa na sua cabeça a possibilidade de ser campeão do mundo na Copa de 2018?


Penso nisso, sim, mas por enquanto é um sonho para depois da classificação, que está próxima. Temos um grupo em evolução. Isso é fascinante. Willian tem potencial, Neymar, (Philippe) Coutinho e Marquinhos estão em crescimento. Thiago (Silva), Marcelo e Daniel Alves são da safra que já atingiu seu melhor. Isso faz o olho brilhar. É uma base para 2018 e para outra Copa do Mundo.


O que acha da situação atual do Maracanã?


Na primeira vez em que fui jogar no Maracanã, um Flamengo x Portuguesa, quando entrei no campo, pensei: “Meu Deus, não vamos chegar no outro gol. É muito longe”. Empatamos em 1 a 1, e eu perguntava: “Já pisou no Maracanã? Se não pisou, não jogou bola” (risos). É de lastimar. É o grande palco do futebol brasileiro. Quando se fala em seleção brasileira, todo mundo pensa em Maracanã. Tem mística. Pode me chamar de saudosista, mas sou sincero: eu preferia a estrutura anterior.


Extra

Brasil : QUER MEDITAR?
Enviado por alexandre em 16/01/2017 01:57:52


SUS já oferece meditação como forma de tratamento médico
Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, reconhece à importância da medicina não convencional
SUS já oferece meditação como forma de tratamento médico

O Sistema Único de Saúde (SUS) para a oferecer a população terapias alternativas como reiki, arteterapia e a meditação, por exemplo. O Ministério da Saúde informou que os novos procedimentos fazem parte de “ações de promoção e prevenção em saúde”, definidas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006.

Ao informar a disponibilidade dos novos procedimentos, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, reconhece à importância da medicina não convencional a saúde de população.

Os serviços são oferecidos por iniciativa local, porém serão financiados pelo Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município.

Em nota, o ministério afirmou que “o campo das práticas integrativas e complementares contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar”.

Segundo o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno, a medida será útil para o desenvolvimento de programas para formação de trabalhadores nessas áreas, além de investimentos.

“O que a gente está colocando é a possibilidade de realização e registro no sistema de informação do ministério para reconhecer formalmente esse tipo de procedimento no SUS e monitorar as ações. A partir disso, vamos conseguir inclusive, desenvolver ações de formação dos trabalhadores”, disse ele.

Prescrição

O diretor informou ainda que não é necessariamente o médico que prescreve esses procedimentos, uma vez que para algumas práticas não é necessária à formação em medicina. “Por exemplo, a homeopatia, para você ser habilitado a fazer você pode ser médico, enfermeiro, fisioterapeuta, professor de educação física”.

O SUS já disponibilizava algumas terapias denominadas de “práticas integrativas”. Entre elas estão às práticas corporais em medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, ioga, oficina de massagem, auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.

“Historicamente, a gente focou muito no médico e na alopatia. A gente tem essa cultura, sentiu qualquer coisa procura o médico e ele passa um remédio. Mas existem outras terapias reconhecidas pela ciência, que diminuem sofrimento e melhoram as condições de saúde. A gente não privilegiava tanto essas alternativas e passamos agora a privilegiar mais”, afirmou Allan Nuno.

Agora, serão oferecidos meditação, arteterapia, reiki, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático e tratamento quiroprático.

Brasil : VIOLÊNCIA
Enviado por alexandre em 15/01/2017 22:41:43


Taxa de homicídios cresce em 20 estados em dez anos

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Índice mais que dobrou no Amazonas, no Maranhão e no Ceará

A morte de quase cem presos em cadeias do Amazonas, Roraima e Alagoas no início do ano é mais um degrau na escalada de violência que o país vem atravessando nos últimos anos.

Crimes violentos cresceram na maior parte dos estados entre 2005 e 2015, segundo dados oficiais compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes aumentou em 20 estados nesse período, enquanto o número de latrocínios ficou maior em 18.

Com território continental e realidades socioeconômicas muito diferentes, o Brasil teve um crescimento de 14,22% no número de assassinatos nesse período. Se, por um lado, a queda dos homicídios em estados populosos como São Paulo e Rio de Janeiro pode ter puxado a média para baixo, o índice de mortes mais do que dobrou em três unidades da federação no Norte e Nordeste: Amazonas, Ceará e Maranhão. Em Alagoas, que teve crescimento de 36,54%, a taxa de assassinatos, de 49 mortos para cada 100 mil pessoas, é comparável à da Venezuela, segundo país que mais mata nas Américas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro é Honduras, com 103 mortes por 100 mil habitantes.

O aumento no número de crimes violentos no Brasil foi constatado a partir de levantamento feito pelo Globo nas dez edições do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A última versão do estudo, lançada em outubro pelo Fórum, apresenta dados consolidados de ocorrências de 2015. A publicação utiliza duas fontes para contabilizar os crimes violentos: os registros criminais fornecidos por cada estado por meio da Lei de Acesso à Informação e os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. Os pesquisadores fazem a ressalva de que as estatísticas compartilhadas pelos estados são mais confiáveis hoje do que há dez anos, embora isso, sozinho, não explique por que os registros de violência cresceram tanto.

— De um modo geral, a violência aumentou no Brasil nos últimos anos. Em alguns estados do Norte e do Nordeste podemos ver que há um pico no número de mortes, embora isso não seja exclusividade dessa região — afirma Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum. — Mas a pergunta de um milhão de dólares é: por que a violência cresceu em um momento em que o Brasil avançou em indicadores sociais e reduziu a pobreza? O senso comum diria que a criminalidade deveria cair quando a economia melhora, mas não foi isso o que aconteceu.

Palco de 67 assassinatos de presos motivados por brigas entre facções criminosas nos primeiros dias do ano, o Amazonas registrou crescimento de 107% no número de casos na década analisada pelos anuários do Fórum, atingindo uma taxa de 32,4 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes em 2015.

Em outros nove estados do Norte e Nordeste, o aumento variou entre 20% e 97%. Embora Piauí e Sergipe não tenham fornecido ao Fórum, em 2015, o número de casos de homicídios, como fizeram dez anos antes, é possível constatar que a violência nesses estados também cresceu por meio da análise do número total de pessoas assassinadas.

Uma série de fatores pode ajudar a explicar a escalada de violência, segundo pesquisadores consultados pelo Globo. Em um estudo recente sobre a explosão de crimes no Norte e Nordeste, por exemplo, o pesquisador Tulio Kahn, que já trabalhou com estatísticas criminais no Ministério da Justiça e no governo do estado de São Paulo, escreveu que o processo de crescimento nessas regiões “aglutinou, no entorno dos grandes centros, uma massa de população urbana que convive com riqueza e abundância, beneficia-se parcialmente dela, mas que não se integrou nem tem meios de se integrar aos mercados sofisticados de produção e consumo dos pólos desenvolvidos destas cidades.”

Além do crescimento desordenado de regiões metropolitanas, as causas para o aumento de crimes violentos passa pelo alto número de armas em circulação, fácil acesso a drogas, fortalecimento do crime organizado, falta de estrutura adequada para investigar e punir os criminosos e dinâmicas próprias de cada região.

No Ceará, onde o crescimento na taxa de homicídio foi o maior do país, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informou que em 2016 o número de mortes violentas intencionais recuou 15,2% graças a ações integradas entre Executivo, Justiça, polícia e sociedade civil em um programa que recebeu o nome de “Pacto Ceará Pacífico”. As estatísticas do ano passado só entrarão na próxima edição do Anuário Brasileiro de Segurança. “No âmbito do Pacto, ações intersetoriais são desenvolvidas, como melhorias em espaços públicos, escolas, iluminação pública, entre outras”, disse a pasta.

Exceção no Nordeste, Pernambuco também credita a um programa de ações intersetoriais a redução em 9% no número de assassinatos por 100 mil habitantes entre 2005 e 2015. Criado em 2007, o “Pacto pela Vida” reduziu em 13% a taxa de crimes violentos letais intencionais que, além dos homicídios, inclui latrocínios, mortes causadas por policiais e lesões corporais seguidas de morte. “Desde o início do Pacto pela Vida, mais de 11.000 vidas foram salvas. O programa visa principalmente à prevenção de homicídios, mas não apenas isso, pois também cuida de um conjunto de crimes que despertam insegurança na população”, afirma a Secretaria de Planejamento, responsável pelo acompanhamento do projeto.

Para o cientista político Guaracy Mingardi, embora sejam relevantes para combater a violência, esses programas não são suficientes para resolver o problema. O pesquisador defende mudanças estruturais na polícia e na Justiça:

— Em geral, nós fazemos programas para combater a violência, mas não mexemos de fato na estrutura. Tem uma coisa que funciona no mundo inteiro que é o seguinte: o sujeito tem que ter uma razoável certeza de que vai se dar mal se cometer um crime. Mas, para isso, temos que ter uma polícia que investiga e prende bem; um Judiciário que julga rápido e de forma eficiente; e um sistema penitenciário que não devolva o condenado para a sociedade ainda pior do que ele era quando chegou na cadeia.

Na opinião de Mingardi, a crise de segurança pública que o Brasil vive atualmente é mais uma prova de que as respostas que o Estado dá para combater a criminalidade não estão sendo satisfatórias. Por isso, segundo ele, sem mudanças radicais não é possível que os resultados melhorem. Ele cita o exemplo de estados em que programas contra a violência foram interrompidos devido a seus custos, o que fez com que a criminalidade voltasse a subir.

UPP ajudou redução no RIO

No Rio de Janeiro, muitos pesquisadores apontam o sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como um dos principais fatores para a redução da criminalidade. Com a crise no programa, os índices voltaram a subir. Em estatísticas divulgadas em novembro, o número de assassinatos, latrocínios e mortes causadas por policiais já era 17% maior do que no ano anterior — tendência que ainda não tinha sido observada no Anuário da Violência de 2016.

— Não adianta achar que no Brasil inteiro as pessoas se matam pelos mesmos motivos. E também é difícil saber o que faz os crimes reduzirem. Em São Paulo, as taxas de homicídio estão caindo desde 2000. Já participei de um encontro com 18 pesquisadores em que saíram 16 explicações diferentes: apreensão de armas, redução do número de jovens, maior participação das prefeituras em questões de segurança, ações das polícias. Há até quem defenda que o crescimento do PCC impactou nisso pois houve menos briga pelo tráfico de drogas, o que acho um pouco superestimado — diz Mingardi.

O Globo

Brasil : IMPOSTO
Enviado por alexandre em 13/01/2017 17:45:57


TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O PAGAMENTO DO IPVA 2017
Calendário de pagamento da 1ª parcela do imposto começou no início de janeiro e vai até o último dia útil do mês

Depois das festas de fim de ano é preciso enfrentar a realidade do início de janeiro. O mês sempre é cheio de contas para pagar. Além das compras parceladas de dezembro, tem o material escolar das crianças, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), cujo calendário de pagamento para automóveis registados em Rondônia, à vista e com desconto, começou no início de janeiro e vai até o último dia útil do mês, dependendo do número final da placa dos veículos.

A Secretaria de Estado de Finanças (Sefin) divulgou na última semana o calendário de pagamento do imposto de 2017. Os contribuintes que pagarem com dois meses de antecedência receberão desconto de até 10% no pagamento do tributo e em caso de pagamento um mês antes do vencimento, o desconto é de 5%.

Para esclarecer algumas dúvidas frequentes dos motoristas do Estado, o Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran-RO), relaciona uma lista com as questões que mais deixam os consumidores de Rondônia confusos em relação ao pagamento do imposto. Veja abaixo:

1. Como faço para obter o desconto de 10%?

Basta acessar o site da SEFIN/RO, e pagar o tributo com dois meses antes do mês de vencimento, conforme calendário divulgado pela Secretaria de Estado de Finanças. A data para quitar o tributo é até 31 de março, mas quem optar por pagar o imposto até o final deste mês será beneficiado com o desconto de 10%. Já em fevereiro, o abatimento será de 5%. Na sequência será a vez dos contribuintes que possuem veículos com placa que terminam com 4 (até 28 de abril), 5 (até 31 de maio), 6 (até 31 de junho), 7 (até 31 de julho), 8 (até 31 de agosto), 9 (até 29 de setembro) e 0, esse último terá prazo limite para pagamento do imposto até 31 de outubro. Confira as datas de vencimento de acordo com o final da sua placa na tabela de vencimentos abaixo:

2. É possível parcelar o IPVA?

É possível pagar o IPVA do ano corrente em cotas, sendo a última cota deve ser paga no mês de vencimento do IPVA. Ou seja, se for pagar em cotas, a primeira delas deve ser paga com dois meses antes do vencimento, a segunda no mês subsequente, e a última no mês de vencimento do tributo.

3. Posso parcelar débitos de anos anteriores?

Pode, mas tem que ser solicitado junto à agência de rendas da Secretaria de Estado de Finanças – SEFIN/RO.

4. Não estou vendo o código de barras no aviso do IPVA, devo aguardar o boleto pelo Correio?

O boleto de IPVA não é enviado para a residência dos proprietários, devendo ser pego na agência de rendas da SEFIN/RO ou pelo site da Secretaria. Lembrando que o pagamento só pode ser feito no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

5. O meu carro teve perda total e as cartas de cobrança continuam chegando, é preciso pagar?

A perda total do veículo por si só não gera efeitos, devendo o proprietário procurar o DETRAN/RO e solicitar a “baixa definitiva” do veículo junto ao Sistema RENAVAM. A partir da baixa em sistema o veículo estará isento do pagamento do IPVA e qualquer outro tributo referente ao veículo baixado. Se persistirem a cobrança de IPVA o interessado deverá procurar a Secretaria de Estado de Finanças – SEFIN/RO.

6. Preciso pagar o IPVA para Rondônia se meu veículo tem placa de outro Estado?

O IPVA é um tributo Estadual, logo o veículo registrado em outra UF ou no DF, deve recolher o tributo junto ao órgão de finanças dessas unidades federadas.

7. Tive meu veículo roubado nos últimos cinco anos, tenho direito à devolução do IPVA pago?

A partir do registro da Restrição de Roubo/Furto no Sistema RENAVAM, é suspensa a cobrança do IPVA até o veículo ser encontrado. Quanto às taxas do DETRAN/RO elas continuam sendo cobradas por não haver previsão legal para acessar a cobrança. O proprietário também pode procurar a SEFIN/RO para requerer a restituição proporcional do valor do IPVA pago referente ao ano corrente em que o veículo foi roubado/furtado. 8. Se o meu veículo tiver sido roubado em outro Estado, eu tenho direito à restituição?

O Sistema RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores) é interligado nacionalmente, portanto, se a polícia ou o DETRAN de outro Estado incluir a restrição no sistema, automaticamente a SEFIN/RO receberá a informação e suspenderá a cobrança do tributo até o veículo ser encontrado. O proprietário também pode procurar a SEFIN/RO para requerer a restituição proporcional do valor do IPVA pago referente ao ano corrente em que o veículo foi roubado/furtado.

8. Se eu tiver um acidente ou enchente com perda total do veículo, eu tenho direito à restituição?

O proprietário deverá procurar o DETRAN/RO para proceder a “baixa definitiva” do veículo junto ao Sistema RENAVAM. Após isso será cessada a cobrança de qualquer tributo, podendo o proprietário procurar a SEFIN/RO para requerer a restituição proporcional do valor do IPVA pago referente ao ano corrente em que o veículo foi roubado/furtado.

9. Quais documentos eu preciso apresentar para receber a restituição?

O proprietário do veículo deverá procurar a agência de rendas da SEFIN/RO, portanto o “Termo de Baixa Definitiva do Veículo” expedido pelo DETRAN/RO, além dos documentos pessoais.

Para os veículos de propriedade de pessoa física:

a) Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – CRLV;

b) do original da cédula de identidade ou documento equivalente;

Quando for o caso:

c) de representante legal, do instrumento que lhe conceda poderes, que será retido e arquivado pela instituição bancária;

d) de leasing, de cópia do contrato de arrendamento mercantil e de procuração da empresa arrendadora dando poderes ao arrendatário para levantar o valor a ser restituído, que serão retidos e arquivados no Banco do Brasil;

e) da escritura pública ou do alvará judicial.

Para os veículos de propriedade de pessoa jurídica:

a) Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – CRLV;

b) de cópia do Contrato Social ou da Ata da Assembleia Geral;

c) do original da cédula de identidade ou documento equivalente do signatário;

Quando for o caso:

d) de representante legal, do instrumento que lhe conceda poderes, que será retido e arquivado pela instituição bancária;

e) de leasing, de cópia do contrato de arrendamento mercantil e de procuração da empresa arrendadora dando poderes ao arrendatário para levantar o valor a ser restituído, que serão retidos e arquivados no Banco do Brasil;

f) da escritura pública ou do alvará judicial.

ASCOM

Brasil : NATUREZA VIVA
Enviado por alexandre em 12/01/2017 18:48:29


Gavião belo é fotografado em ação no Pantanal de Mato Grosso
Amaury começou a registrar a Chapada dos Guimarães e o Pantanal de Poconé e há quatro anos
Gavião belo é fotografado em ação no Pantanal de Mato Grosso (Foto: Amaury Antônio Alves dos Santos)

Amaury Antônio Alves dos Santos é dentista e um apaixonado por fotografar a natureza. Morador de Cuiabá (MT), aproveita os finais de semana para dedicar-se à atividade de clicar as belezas da região.

Em 2009, Amaury começou a registrar a Chapada dos Guimarães e o Pantanal de Poconé e há quatro anos adquiriu novos equipamentos e tornou a fotografia uma grande aliada.

“Tiro foto todos os finais de semana, saio para relaxar, aliviar o estresse do consultório.”

Além de registrar espécies, o dentista se dedica a clicar o cotidiano de cenas rurais de municípios como Barão de Melgaço (MT).

Foto tirada em Poconé é escolhida do Twitter da National Geographic

Recentemente, o fotógrafo foi à Chapada para clicar especificamente aves, e muitos modelos posaram para as lentes: saira-beija-flor, xexéu, surucuá-de-barriga-vermelha, ariramba-de-cauda-ruiva.

Vários momentos especiais foram eternizados nas fotos de Amaury e um dos cliques favoritos do observador foi o flagrante de um gavião-belo caçando. “É a foto de que mais gosto e mais tem emoção. O gavião-belo estava pescando uma piranha no Pantanal de Poconé. Eu estava com um amigo e fizemos um passeio de barco pelo Rio Claro. Fomos avisados que sempre tinha um gavião por perto pescando e era para preparamos nossas câmeras”, conta.

“De repente, ouvimos um piado no alto da árvore e o pirangueiro avisou: ‘Lá vem ele, preparem-se’. Foi como um tiro, muito rápido. Meu coração disparou de emoção. Foi linda demais aquela cena e também foi a minha primeira foto de ave em ação.”

24HORASNEWS

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