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Brasil : Conheça primeira agência de etnoturismo do Brasil criada e coordenada por povos indígenas
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:22:44

Espaço foi criado dentro da Terra Indígena Sete de Setembro na Aldeia Lapetanha e é uma das metas do plano de gestão de 50 anos do território Suruí, em Rondônia.


'Yabnaby': esse é o nome da primeira agência de etnoturismo indígena do Brasil idealizada, criada e coordenada por povos originários, segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Com a iniciativa, pessoas de todos os lugares do país e do mundo podem conhecer os costumes, a cultura e forma de vida do povo Paiter Suruí.

O espaço foi criado dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro na Aldeia Lapetanha, localizada em Cacoal, a 480 km de Porto Velho (RO).

Agência de turismo recebeu o nome 'Yabnaby' em homenagem ao avô de Almir Suruí. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

O local foi inaugurado em 2023 e a gestão é feita totalmente pelos povos originários. Celebridades como o apresentador Luciano Huck e o cantor Xamã já se hospedaram na aldeia. 

Como a Yabnaby surgiu? 

A agência foi idealizada pelo líder indígena e cacique Almir Suruí, quando começou a desenvolver o plano estratégico de 50 anos do povo Paiter Suruí, nos anos 2000. Vários diagnósticos feitos na região identificaram o potencial etnoturístico do território onde ele e seu povo vive.

A iniciativa foi conduzida pelas lideranças e pelos povos originários da Terra Indígena, com o apoio da Associação de Defesa Etnoambiental Brasil Kanindé.

"Essa é uma forma de gerar emprego e renda para os nossos povos, valorizar nossa cultura e mostrar para o mundo o potencial da floresta e o desenvolvimento sustentável na Amazônia",

explica o líder indígena.
Almir Suruíu, líder indígena da Terra Indígena 7 de setembro. Foto: Silas Paixão/ Rede Amazônica

Em 2023, o projeto recebeu um investimento de R$ 522 mil do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) para elaboração de um plano de negócios, com o propósito de ampliar o local e a levar cada vez mais turistas ao coração da floresta.

O PPBio é uma política pública da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que destina recursos para startups da Amazônia com base nos investimentos obrigatórios das indústrias. 

Bangalocas 

O espaço turístico recebeu o nome "Yabnaby" em homenagem ao avô de Almir Suruí. Já os dois locais de hospedagem foram dedicados à memória do líder indígena Marimop Suruí e de Weitãg Suruí, pais do cacique.

"Foi meu avô [Yabnaby] que deu essa ideia [do plano de 50 anos] e mostrou para meu pai [Marimop] que o nosso povo poderia buscar qualidade de vida protegendo a floresta. Foram eles que idealizaram o plano de 50 anos e deixaram esse legado para os Suruí", explica Almir. 

Um dos dormitórios do espaço turístico Paiter Suruí na Aldeia Lapetanha. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

A Yabnaby possui recepção, restaurante e duas "bangalocas" (junção de bangalô e oca, um dos principais tipos de habitação indígena no Brasil) que podem receber até cinco pessoas, cada, simultaneamente.

De acordo com o líder indígena, a arquitetura das bangalocas é uma expressão da cultura Paiter Suruí, caracterizada pelas cores e pelos desenhos inspirados nas pinturas corporais tradicionais da etnia. 

Roteiro turístico 

Oyago Suruí, que trabalha na gestão do complexo turístico, explica que a experiência de receber não indígenas é uma troca de tradições. O etnoturismo é uma forma das pessoas terem contato com o estilo de vida, cultura na aldeia e dos povos originários. 

Opacote de hospedagem inclui: 


  • Alimentação tradicional local (mas também há opção de comidas típicas);
  • Banho de rio;
  • Dança;
  • Contação de histórias;
  • Passeios de barco;
  • Trilhas na floresta;
  • Tour pela agrofloresta e plantações de café, banana, cacau e a extração de óleos e outros produtos que são vendidos às indústrias de cosméticos.

O líder indígena explica que a previsão é que a sede da agência de turismo Paiter Suruí esteja funcionando no início de 2025, no município de Cacoal e representação em Porto Velho. 

Para aqueles que não têm condições de viajar até o interior de Rondônia, o programa também deve criar uma experiência virtual de visitação da terra indígena, onde pessoas da comunidade poderão compartilhar sobre a história do povo, a rotina na comunidade indígena e outros temas.


*Por Emily Costa, do g1 Rondônia

Brasil : Venda de pirarucu gera mais de R$ 116 mil em faturamento para ribeirinhos da Amazônia
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:20:00

Manejadores da comunidade Jussara, localizada no município de Juruá, no interior do Amazonas, receberam um faturamento bruto de mais de R$ 116 mil com a venda de pirarucu em feira apoiada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em Manaus. Ao todo, foram comercializadas 11,6 toneladas de pirarucu fresco, beneficiando diretamente 19 famílias que atuam com o manejo sustentável por meio do acordo de pesca do setor Macopani, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá.

A feira recebeu, em março, a visita de mais de 970 pessoas que adquiriram, direto das mãos do manejador, um produto saudável e de qualidade, resultado da cadeia sustentável que contribui para a conservação da floresta.

Foto: Divulgação

O projeto visa fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu com infraestrutura produtiva em unidades de conservação onde a FAS atua.


Segundo o gerente do Programa Prosperidade na Floresta da FAS e coordenador da Feira do Pirarucu, Edvaldo Corrêa, a ação faz parte do projeto Cadeia Produtiva do Pirarucu Manejado 2024, realizado em parceria com FAS e Bradesco. O projeto visa fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu com infraestrutura produtiva em unidades de conservação onde a FAS atua.

"A Feira do Pirarucu representa a valorização da floresta em pé e o compromisso que os ribeirinhos têm com a sustentabilidade. Ela é um ponto de encontro entre os manejadores e consumidores, que estão cada vez mais conscientes sobre os impactos de seus hábitos de consumo, e entendem a importância de apoiar iniciativas como essa, gerando renda para famílias ribeirinhas",

afirma Corrêa.

Romilcia Alves Lima é uma das manejadoras que participaram da Feira do Pirarucu. Ela descreve a valorização que a feira promove a venda do pescado. "Toda feira traz uma experiência nova e um aprendizado novo. Um exemplo é o aproveitamento de todas as partes do pirarucu, pele, carcaça, aproveitamos tudo. Se vendermos para o atravessador, não aproveitamos nada e o nosso trabalho não é valorizado. A feira em Manaus traz tudo isso de benefícios para nós", relata.

Para a manejadora, a venda do pirarucu proporcionou avanços para sua comunidade:

"O pirarucu tem trazido uma renda muito boa para a minha família. Depois que comecei a trabalhar no manejo do pirarucu, já melhorou, posso dizer, 99% da minha vida financeira. Não só a minha, mas dos colegas, dos parceiros. Em nossa comunidade, já tivemos a conquista de ter o nosso próprio barco para fazer o manejo, a despesca, sem depender de aluguel ou frete, tudo graças à venda do pirarucu. Hoje, vendemos o peixe a um preço bom e conseguimos uma renda maravilhosa".

A Feira do Pirarucu é promovida pela Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman), com apoio da FAS, que é responsável pela infraestrutura, transporte, logística e divulgação. Além do Bradesco, a venda do pirarucu e do tambaqui manejado também têm apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

Brasil : Pesquisa realizada no Pará avalia período certo para fermentação de amêndoas de cacau para produção de chocolate
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:17:51

Entender o tempo de fermentação ideal das amêndoas de cacau tem como finalidade facilitar a retirada da semente com polpa da fruta.


A procura por amêndoas de qualidade elevada para a produção de chocolate fino tem oferecido uma nova perspectiva para a cadeia produtiva do cacau no país. Em fevereiro deste ano, as amêndoas de cacau produzidas no município de Medicilândia, Pará, foram reconhecidas entre as melhores do planeta, durante a premiação Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), na Holanda, momento em que produtores paraenses participaram da programação com o apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).

É nesse contexto que a engenheira agrônoma Hélia Félix de Moura, discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) desenvolve a pesquisa 'Efeitos do período de fermentação sobre as características quimiométricas de amêndoas de cacau na região da Transamazônica, Pará'. 

Na pesquisa são utilizadas três variedades de cacau: o Híbrido, Manaus15 e CCN51, todos de uma mesma área em condições de clima e solo, localizada no Município de Medicilândia, sudoeste do estado do Pará.

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

O trabalho tem como objetivo analisar o tempo de fermentação ideal das amêndoas de cacau para a fabricação de chocolate, processo que tem como finalidade facilitar a retirada da semente com polpa da fruta. "O processo de fermentação é o período o qual os precursores do cacau como sabor e aroma se intensificam dando as amêndoas qualidade que o caracterizam como cacau fino de aroma", enfatiza Hélia Félix. 

De acordo com a pesquisadora, a recente introdução de clones da fruta, caracterizados por serem geneticamente idênticos e originados a partir de uma única célula, tem chamado a atenção devido aos métodos empregados na fase de fermentação. 

"Quando trabalhamos com variedades distintas de cacau temos variações de fatores que irão interferir nos processos, como os pontos de maturação dos frutos; teores de sacarose; diâmetro das sementes; entre outras características que interferem diretamente na qualidade do produto final", 

explica a pesquisadora.
A pesquisa se baseia em realizar análises químicas e físicas nas amostras de material coletado (sementes e amêndoas) durante todo o processo, avaliando teores de sacarose; Ph; quantidade de NaOH (hidróxido de sódio); peso das sementes e amêndoas. "Após o processo de fermentação, as amêndoas serão levadas à secagem e, posteriormente, serão analisadas quanto ao seu aroma e sabor. Por fim, será realizado 'prova de corte' nas amêndoas o qual será determinado o grau de fermentação de cada amostra. Para essa classificação será utilizado o manual de critérios estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

De acordo com a pesquisadora, as amêndoas de cacau são classificadas em dois grupos: o "Bulk", classificação que se dá aquelas que não recebem nenhum processo que requeira qualidade, e as do "cacau fino de aroma", que são aquelas que passam por processos que garantem qualidade e agregam valor para a principal matéria prima do chocolate. "Para a obtenção das amêndoas de cacau fino de aroma, os frutos colhidos são selecionados quanto a sua maturação e sanidade, as sementes são submetidas ao processo de fermentação. Após esse procedimento, as amêndoas são levadas à secagem em estufas ou barcaças protegidas, para secagem natural, originando o cacau fino de aroma", explica.
Foto: Hélia Félix de Moura/Arquivo pessoal

A meta é que a partir dos resultados da pesquisa seja elaborado uma cartilha com os protocolos a serem seguidos para cada variedade de cacau utilizada e, assim, seja possível recomendar ao agricultor o tempo de fermentação ideal das distintas variedades. A intenção é possibilitar ao pequeno agricultor fazer essa etapa do processo em materiais mais simples, como caixas de isopor, reduzindo os custos e obtendo resultados positivos com poucos investimentos. As amêndoas derivadas desse processo serão direcionadas para as pequenas indústrias produtoras de chocolate fino.

Hélia Félix também faz parte da empresa Cacauway e desempenha a função responsável técnica, atuando na classificação das amêndoas que seguem para o processo de produção de chocolate, desde as análises físicas e quantitativas até a "prova de corte", garantindo a qualidade no produto final. A Cacauway surgiu no ano de 2010, no município de Medicilândia/PA, é uma fábrica de chocolate pertencente à Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica - COOPATRANS, que tem como associados produtores da agricultura familiar que contam com o cacau como a principal atividade e fonte de renda.

A pesquisadora, que atua no campo da cacauicultura no estado, conta que entende a necessidade do agricultor paraense em compreender o melhor processo de fermentação das amêndoas de cacau para garantir a qualidade do produto final. O trabalho, orientado pelos professores Carlos Gutemberg de Souza Teles Junior (PGAGRO-UFRA) e Mayara Neves Santos Guedes (Universidade Federal do Pará - Campus Altamira), é uma das 30 que estão sendo desenvolvidas na turma ofertada fora de sede pelo Programa de Pós-graduação em Agronomia (PgAGRO) da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Os estudos são realizados em parceria com a Universidade Federal do Pará (Ufpa), campus Altamira e financiados com recursos do Plano Sub-regional de Desenvolvimento Sustentável do Xingu (PDRSX), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao ano de 2022, o Pará foi o maior produtor de cacau do país e produziu cerca de 145.994 toneladas da fruta. 

Brasil : O beijo tem grande impacto na qualidade do sexo; entenda
Enviado por alexandre em 19/04/2024 00:43:15

Subestimado por algumas pessoas na hora do sexo, especialistas indicam que o beijo interfere diretamente na qualidade da transa

Quando o assunto é sexo, o fato é que ele é um dos grandes protagonistas. Por mais que logo se pense em genitálias e penetração, o beijo não só já pode ser considerado parte do sexo como, de acordo com pesquisas, faz grande diferença na qualidade da transa.

 

De acordo com um levantamento feito pelo Ysos, 95,4% dos brasileiros consideram o beijo uma parte fundamental do sexo, enquanto 4,6% se divide entre os que consideram que ele não faz falta e os que não o acham importante.

 

Para o psicólogo especialista em relacionamentos Alexander Bez, o beijo “promove um ‘aconchego emocional’. Logo, quem não beija perde a chance de obter esse conforto tão gratificante para qualquer relação”, explica.

 

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E não para por aí: ao que tudo indica, para as mulheres o beijo é ainda mais importante para a excitação sexual. Uma pesquisa da Universidade de Albany apontou que 60% das mulheres consideram o beijo na boca determinante para prever a qualidade do sexo. Além disso, enquanto 85% das mulheres disseram que não fariam sexo sem antes beijar o parceiro, apenas 50% dos homens afirmaram o mesmo.

 

O beijo tem grande impacto na qualidade do sexo; entenda – FA NOTÍCIAS |  Notícias de São Mateus e Espírito Santo

Foto: Reprodução

 

Segundo a terapeuta sexual Dani Fontineli, o beijo erótico e apaixonado é capaz de provocar estímulos intensos, como calor, calafrios e aumento da frequência cardíaca.

 

“Essa sensação de êxtase, que começa nos lábios, acontece graças à grande presença de terminações nervosas e de múltiplos receptores com densa capacidade para perceber, explorar e transmitir informações para o cérebro”, afirma.

 


 

Vale ressaltar também que o beijo tem toda essa interferência porque dá início a diversos processos químicos — que podem, inclusive, “convencer” a pessoa se aquele crush é ou não ideal para ela. “O cérebro utiliza o beijo como um meio de avaliar a adequação com a outra pessoa, possibilitando determinar se ela seria ou não a parceria ideal”, afirma a terapeuta sexual Claudia Petry. 

 

Fonte: Metrópoles

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Brasil : Artistas Yanomami exibem obras no mais antigo evento de arte do mundo, na Itália
Enviado por alexandre em 19/04/2024 00:37:13

Evento de arte em Veneza conta com 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki.


Foto: Daniel Tancredi/Platô Filmes/ISA/Divulgação

Os artistas Joseca Yanomami e André Taniki, ambos do povo Yanomami, irão participar da 60ª Bienal de Arte de Veneza - o maior e mais antigo evento de arte do mundo - com a exibição de 31 obras. A bienal ocorre de 20 de abril a 24 de novembro de 2024, em Veneza, na Itália.

Intitulada 'Foreigners everywhere' (Estrangeiros em todos os lugares), a edição dará visibilidade a artistas de grupos marginalizados como indígenas, imigrantes e refugiados. Ao todo, são 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki.

Joseca participa da pré-abertura do evento - entre 16 a 19 de abril - a convite da própria Bienal de Veneza e com apoio da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e da Galeria Millan.

"Estou muito feliz nesta viagem para participar [da Bienal de Veneza]. É uma felicidade muito grande",

disse Joseca pouco antes de embarcar no aeroporto em São Paulo com destino a Veneza.

Taniki também foi convidado pela Bienal de Veneza, no entanto, tem mais de 80 anos e não pode viajar para conhecer a exposição.

Além de artista, Taniki também é um xamã que vive no Alto Rio Catrimani - região onde a arte dos desenhos foi apresentada pela fotógrafa Claudia Andujar - e que produziu a maior parte de suas obras nos anos 1980 e 1990.

Evento de arte na Itália conta com 13 desenhos de Joseca Yanomami e 18 obras de André Taniki. Foto: Daniel Jabra/Isa/Divulgação

A participação de Joseca na abertura do evento é considerada fundamental para reconhecimento da trajetória dele e para a divulgação da luta Yanomami no âmbito internacional. Os desenhos que farão parte da exposição foram cedidos pelo Museu de Arte de São Paulo (MASP), que há três anos adquiriu 92 obras de Joseca e em 2022 realizou a exposição "Joseca Yanomami: Nossa Terra-Floresta".

O repertório do artista Yanomami é composto pelas inspirações da cosmologia de seu povo, fazendo referência aos cantos, mitos xamânicos, a floresta, a defesa do território e os sonhos. 

Sobre Joseca Yanomami

Daniel Tancredi/Platô Filmes/ISA/Divulgação

Joseca Yanomami ilustra cenas da vida cotidiana na floresta, lugares e eventos evocados pelos mitos e cantos xamânicos.

Nascido na década de 1970, na região do Demini, Terra Indígena Yanomami, e membro da comunidade Watorikɨ, Joseca é um notável artista de seu povo. Há mais de duas décadas, ele começou a desenhar e esculpir animais em madeira.

"Quando eu aprendi a desenhar, eu ouvia os pajés cantando e eu gravava na minha cabeça para desenhar depois, desenho os parentes, os animais, árvores, os passarinhos, araras, macacos, antas, peixes", 

contou Joseca ao Instituto Socioambiental em 2021.

Joseca também é o primeiro estudioso de línguas de sua comunidade e foi professor em Watorikɨ no início dos anos 1990. Além disso, foi o primeiro Yanomami a trabalhar na área de saúde.

 

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