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Mais Notícias : Covid: Estados ficam sem vacinas após governo Lula atrasar compra
Enviado por alexandre em 19/04/2024 00:21:16

Início da campanha de imunização deste ano tem sido adiado em razão dos atrasos na aquisição das doses

Vacinação contra Covid-19 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Atrasos no processo de compra de vacinas contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde levaram ao adiamento do início da campanha de imunização deste ano contra a doença e já provocam desabastecimento em vários estados do país.

O problema, de acordo com o ministério, foi causado por um impasse entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna, que brigavam na Justiça por divergências no pregão de compra. Especialistas, no entanto, dizem que a falta de imunizantes também está relacionada à falta de planejamento do ministério.

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Em fevereiro, o ministério afirmou que estava em processo de compra da vacina atualizada contra a cepa XBB.1.5 (uma subvariante da ômicron) e que receberia as doses do imunizante em março, indicando que a campanha teria início no mês passado. A afirmação foi feita nas redes sociais pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.

Posteriormente, a campanha foi prometida para abril e, agora, deverá ter início somente em maio. Segundo Ethel, a compra acabou sofrendo atrasos após impasse jurídico envolvendo as empresas em disputa no pregão. De acordo com ela, a pasta deu início a um processo de compra emergencial em dezembro, quando a vacina atualizada da Pfizer foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em março, no entanto, a vacina da Moderna atualizada para a cepa XBB.1.5 também recebeu o aval da agência, entrou na disputa e venceu o pregão. Depois disso, segundo a secretária, a Pfizer questionou o resultado, o que levou a uma disputa jurídica que deve ter o desfecho nesta quinta-feira (18), quando o resultado da licitação for divulgado pela pasta.

Atualmente, o Ministério da Saúde tem em seu estoque para distribuição apenas 1,5 milhão de doses da vacina pediátrica contra a Covid-19, sem mais doses da vacina para maiores de 12 anos.

Com isso, ao menos cinco estados (de nove que responderam aos questionamentos da reportagem) já estão sem doses ou dizem que há risco de a vacinação ser interrompida pelos estoques baixos.

O Paraná, por exemplo, diz que seus estoques são escassos e que “há risco de paralisação da vacinação”. A Secretaria da Saúde paranaense diz ter comunicado o ministério sobre o cenário em 15 de março. Santa Catarina também afirmou estar desabastecido e disse que a última remessa foi recebida em 8 de março e em quantitativo inferior ao solicitado – apenas 40% das doses pedidas.

São Paulo não esclareceu se já faltam doses em seus estoques, mas afirmou que, desde fevereiro, o repasse de vacinas bivalentes feito pelo ministério foi inferior ao solicitado pelo estado. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde paulista, foram pedidas 400 mil doses da Pfizer bivalente para maiores de 12 anos, mas nenhuma dose foi recebida.

O Maranhão diz que já está com sua central de armazenamento e distribuição de imunobiológicos desabastecida das vacinas bivalente para maiores de 12 anos e da versão pediátrica para crianças de 5 a 11 anos. O estado informou que só estão disponíveis para uso – e com estoque reduzido – as vacinas Coronavac e Pfizer Baby.

No Tocantins, o estoque dos imunizantes pediátricos está zerado e, embora a pasta tenha solicitado mais doses do imunizante bivalente em 8 de abril, o ministério informou ao estado que o processo de compra precisaria ser reaberto “após análise dos recursos das empresas”. O estado diz que há possibilidade da imunização “ser comprometida”.

Especialistas criticaram o cenário e lembraram que a vacina atualizada contra a cepa XBB.1.5 já está disponível em outros países há meses. Em uma carta endereçada ao Ministério da Saúde e publicada nas redes sociais na última terça (16), o movimento Qual máscara?, que reúne especialistas em saúde coletiva, criticou a demora do governo em adquirir as doses atualizadas.

– A falha é que [o ministério] demorou para iniciar o processo de compra. Deveria prever esses contratempos. Faltou planejamento – disse Julio Croda, infectologista da Fiocruz, professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e um dos signatários da carta.

O ministério diz que a expectativa é assinar o contrato até sexta-feira (19). De acordo com a pasta, após a assinatura, as doses devem ser entregues em até sete dias.

– A gente acredita que em maio restabeleça esses estoques, porque nós abrimos [a compra] emergencial para que tivesse o início da vacinação em abril, o que agora a gente vai estar colocando para maio – disse Ethel.

*AE

Mais Notícias : Câncer: desigualdade racial aumenta mortes entre população negra
Enviado por alexandre em 18/04/2024 15:35:09

Cânceres de colo de útero, mama e sarcoma de Kaposi fazem mais vítimas fatais entre população negra

Rio de Janeiro – Embora os cânceres ocorram em toda a população, o acesso ao diagnóstico e ao tratamento é bastante desigual. Mulheres e homens negros acabam tendo desfechos piores para tumores que, se descobertos precocemente, praticamente não levariam a óbitos.

 

Uma mesa do IX Congresso Internacional de Oncologia D’Or, realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 13 de abril, chamou atenção dos profissionais da saúde para as discrepâncias no atendimento aos negros.

 

Ela apresentou estudos que mostram como a inequidade social – falta de acesso à coleta de lixo, moradia e alimentação saudável, entre outros – acaba empurrando a população negra para piores condições de saúde, mas também acredita-se que o preconceito pode motivar parte desta falta de acesso.

 

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Um dos trabalhos citados mostrou que o risco de morrer câncer de colo de útero no Brasil é 27% maior para as mulheres negras. “Vemos que estas lacunas existem mesmo entre pretos que não usam o tratamento no Sistema Único de Saúde. Não é só uma questão econômica, temos uma questão racial. Pacientes negros recebem menos doses de morfina, são menos frequentemente encaminhados aos cuidados paliativos. A dor de um preto conta menos”, denunciou Viana.

 

No caso do câncer de mama, não é diferente. Um estudo publicado nos Cadernos de Saúde Pública em 2018 mostra que, no Brasil, mulheres negras com câncer de mama têm uma sobrevida 25% menor do que as brancas. Outro exemplo citado pela pesquisadora foi o do sarcoma de Kaposi, um câncer de pele que, em geral, atinge apenas pessoas com sistema imunológico debilitado, especialmente pacientes com HIV descontrolado.

 

Desigualdade racial atrapalha o diagnóstico e o tratamento do câncer | Veja  Saúde

 Foto: Reprodução

 

“Quase a totalidade de pessoas que morre com sarcoma de Kaposi hoje no Brasil é negra, pois o acesso aos remédios antirretrovirais é mais difícil para os pretos”, afirmou Viana.A médica citou exemplos de casos de racismo e como isso atrapalhou o atendimento oncológico de pacientes. Em um dos casos, uma paciente com câncer de mama teve de esperar duas horas por uma consulta médica em um hospital particular e não foi atendida.

 

Quando perguntou aos recepcionistas o que estava acontecendo, foi informada de que o médico tinha ido embora e lhe haviam dado falta porque não haviam reconhecido ela como paciente, imaginaram que ela era a cuidadora de idosos que estavam ao seu lado.

 

Além disso, a médica citou o exemplo de uma outra paciente com câncer de mama que não recebeu os remédios na farmácia hospitalar, pois os funcionários achavam que ela tampouco era uma cliente do hospital. Ela era a única na sala de espera e nem chegaram a chamar seu nome por crerem que não poderia ser ela.

 


 

Para a oncologista, a solução para resolver problemas assim passa por um maior respeito às normas de saúde. “Existe um viés implícito que afeta indiretamente a atuação de todos nós, por isso foram criados os protocolos, para diminuir risco de profissionais impactarem o tratamento de pacientes. Respeitando as recomendações de saúde, a gente já conseguiria praticamente zerar o racismo do ponto de vista médico”, afirmou. 

 

Fonte: Revista Veja

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Mais Notícias : Vampiras: estudo aponta sede de sangue em bactérias que causam sepse
Enviado por alexandre em 17/04/2024 10:08:14

Estudo mostra que bactérias causadoras de sangramentos intestinais e quadros de sepse têm predileção pelo sangue humano

Algumas das bactérias mais mortais sabem identificar a presença de sangue humano e nadam até ele para se alimentarem. Este comportamento foi descoberto por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e descrito como “vampirismo bacteriano”.Embora as bactérias já fossem conhecidas, a sede delas por sangue ainda não havia sido documentada pela ciência. O estudo que relata a descoberta foi publicado nesta terça-feira (16/4) na revista eLife.

 

A pesquisa mostrou como as bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae, que são as principais causadoras de sangramentos gastrointestinais e de quadros de sepse (infecção generalizada), se comportam.

 

Durante um experimento, os pesquisadores colocaram as bactérias Salmonella enterica, Escherichia coli e Citrobacter koseri em uma cultura nutritiva. Depois, incluíram sangue humano na mistura e perceberam que as bactérias rapidamente nadaram para o local onde havia sangue, apesar do ambiente em que estavam já ser nutritivo.

 

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Depois, eles testaram as bactérias com componentes específicos do sangue e descobriram que o “vampirismo” se acentua em relação ao o plasma do sangue. O plasma é a parte líquida do sangue e é rico em nutrientes. Levava menos de um minuto para que as bactérias encontrassem o soro.Para os investigadores, a descoberta fornece novos insights sobre como as infecções da corrente sanguínea ocorrem e como podem ser tratadas.

 

Projeção mostra bactérias na corrente sanguínea humana

( Foto: Reprodução)

 


 

“Ao observarmos como essas bactérias são capazes de detectar fontes de sangue, no futuro poderemos desenvolver novos medicamentos que bloqueiem essa capacidade”, disse a estudante Siena Glenn, principal autora do estudo, em comunicado à imprensa.

 

Fonte: G1

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Mais Notícias : PL quer tirar gratuidade de medicação para pacientes com câncer que participam de pesquisas
Enviado por alexandre em 16/04/2024 11:20:00

PL está no Senado e cria pontos de tensão no que diz respeito à responsabilidade de laboratórios sobre manutenção de tratamentos, após fim de pesquisas

Após ser aprovado na Câmara dos Deputados, em 2017, o Projeto de Lei (PL) 6007-2023 está em tramitação no Senado. Em caso de aprovação, vai causar inúmeros transtornos aos cidadãos brasileiros, como usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e participantes de pesquisas clínicas de câncer e qualquer outra doença.

 

O PL é um substitutivo da Câmara ao PL 200-2015 do Senado, que dispõe sobre pesquisa clínica com seres humanos no Brasil, e está aguardando apreciação do Senado. O relator é Dr. Hiran (PP-RR).O projeto cria inúmeros pontos de tensão no que diz respeito à responsabilidade dos laboratórios sobre a manutenção de tratamentos, após o término de pesquisas. Além disso, não menciona a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

 

Para exemplificar, atualmente, um participante de pesquisa com câncer em nível 4 tem garantido o custeio do tratamento pelo laboratório, por tempo indeterminado, mesmo depois do término da pesquisa. É bom lembrar que pacientes como esses não podem viver sem a medicação.Contudo, de acordo com o PL 6007-23, o laboratório não assumiria mais o custeio integral das despesas com o tratamento após o término da pesquisa.

 

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Com as novas disposições, será possível suspender o fornecimento gratuito da medicação “transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contando da disponibilidade comercial do medicamento experimental no país; ou disponibilidade do medicamento experimental na rede pública de saúde”, aponta a proposta.

 

Um familiar de paciente oncológico, que prefere não se identificar, denuncia à Fórum que o PL 6007-23, ao permitir que o fornecimento gratuito dos medicamentos da pesquisa seja suspenso após 5 anos da sua comercialização ou disponibilidade no SUS, exime o laboratório da pesquisa da responsabilidade pela sobrevida do paciente em casos de doenças crônicas que necessitam de tratamento ininterrupto até o fim da vida.

 

“Planos de saúde não assumirão esses custos, obviamente. São medicamentos extremamente caros, cujos custos serão repassados ao SUS. Com um detalhe: medicamentos novos não são imediatamente disponibilizados no SUS”, relata.

 

“Ou seja, após submeter pacientes a novos medicamentos, com efeitos colaterais dos mais diversos, longos e extenuantes processos de tratamento, não há um comprometimento do fabricante em manter a integridade daqueles que foram os responsáveis para a realização das pesquisas. Isso não faz o menor sentido. Além do que, do ponto de vista jurídico, não é adequado suprimir direitos que já eram garantidos anteriormente”, destaca.

 

O familiar ressalta que também se trata de uma questão ética, pois o paciente coloca sua vida nas mãos do laboratório fabricante, com a condição de que seja tratado gratuitamente por tempo indeterminado, e não para ser descartado após a liberação de venda do medicamento.

 

“O mesmo diz respeito ao SUS. Não faz sentido o sistema público assumir gastos resultantes de pesquisas, cujo objetivo final é gerar lucro para empresas privadas”, acrescenta.O caso específico da denúncia à Fórum se refere a uma pessoa, que, atualmente, está sendo tratada através de uma pesquisa para pacientes com câncer de pulmão em nível 4.

 

O paciente, após muitas buscas sem resultado, foi encaminhado para uma pesquisa específica para seu caso e, desde então, todo o tratamento vem sendo custeado pelo laboratório fabricante: medicamentos contra efeitos colaterais, equipe médica responsável, exames regulares para acompanhamento e transporte.Ao término da pesquisa, que tem duração de um ano e meio, a família continuaria a receber suporte, pois a doença não tem cura.

 


 

“Só aceitamos participar pela garantia da manutenção do tratamento indefinidamente. Não faria sentido assumir tantos riscos para uma pesquisa e depois não ter possibilidade de continuar o tratamento. São medicamentos muito caros, é impossível pagar por eles. Esses medicamentos podem custar algo em torno de R$ 50 mil uma caixa”, conta. 

 

Fonte: Revista IstoÉ

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Mais Notícias : Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus
Enviado por alexandre em 15/04/2024 09:00:32

Organização reúne 36 laboratórios de 21 países

O Brasil passa a fazer parte de um grupo internacional para monitorar os diferentes tipos de coronavírus e identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública além de buscar se antecipar a uma nova pandemia.

 

A chamada CoViNet é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O país é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

 

A rede reúne 36 laboratórios de 21 países com expertises em vigilância de coronavírus em humanos, animais e ambiente. “Nós temos que ter uma rede que tenha pessoas capacitadas, com bastante expertise, não só na saúde humana, mas também animal e ambiental de coronavírus. E essa rede, então, foi desenvolvida, justamente para dar apoio, não só ao seu país de origem, mas globalmente. O que a gente quer é se antecipar a uma nova pandemia. Isso é um grande desafio no momento no qual os governos, junto com a OMS, estão trabalhando”, diz a chefe do Laboratório , Marilda Siqueira.

  

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Este não é o primeiro grupo do qual o Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais participa. Desde 1951, segundo Siqueira, o laboratório é referência para o vírus influenza, que é o vírus da gripe, para a OMS.

 

Em 2020, com a pandemia, o laboratório foi convidado a participar também do grupo voltado para o SARS-CoV-2, vírus causador da covid-19. A intenção inicial era a capacitação para o diagnóstico por meio do exame PCR em tempo real, que foi a metodologia escolhida para a detecção laboratorial do vírus. O laboratório torna-se, então, referência na América do Sul e Caribe.

 

No final de 2023, a OMS decide ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lança uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. “Nós temos que continuar fazendo esse trabalho, agora já com uma rede global estruturada dentro de determinados procedimentos para que a gente possa, por exemplo, entender como esse vírus vai evoluindo e o que isso pode ou não influenciar na composição da cepa vacinal”, explica Siqueira.

 

MONITORAMENTO CONSTANTE

 

O trabalho do grupo, como explica Siqueira, é principalmente monitorar não apenas o SARS-CoV-2, mas outros coronavírus, buscando identificar qualquer mutação que ofereça risco para a saúde pública. Isso inclui monitorar também animais que possam transmitir esses vírus e outras mudanças na natureza, principalmente do avanço do ser humano na natureza, que possam favorecer a contaminação por novos vírus.

 

“Quando a gente fala de uma nova pandemia, pergunta-se, quando isso vai acontecer? Não sei, pode ser amanhã, pode ser daqui a um ano, pode ser daqui a 50 anos. É imprevisível. Mas, a gente tem que estar preparado, certo?”, diz a chefe do laboratório.

 

Além disso, a rede está atenta a mutações que possam surgir e ao avanço das que já estão em circulação, com a intenção de saber, por exemplo, o impacto disso nas vacinas, isto é, a necessidade de produção de novas vacinas, assim como as necessidades do sistema de saúde se adaptar para atender a população.

 

“O que nós sabemos é que nós temos que estar melhor preparados do que nós estivemos para a última. Então, para isso, a gente tem que trabalhar em rede, trabalhar trocando informações com frequência”, diz Siqueira. No âmbito da CoViNet, ela conta que participa de reuniões regulares.

 

“Nós temos uma reunião online a cada três semanas em que nós discutimos como é que está a evolução viral do SARS-CoV, porque isso pode impactar em ter novas epidemias de SARS-CoV, em ter um aumento do número de casos, o que impacta o número de leitos hospitalares, certo? Impacta na vacina que é disponibilizada, dessa vacina ser ou não mais a vacina que deve ser dada para a população, porque o vírus pode mudar muito. Se essa vacina não adianta, tem que rapidamente fazer uma nova”, diz.

 

PREPARO BRASILEIRO

 

Segundo a pesquisadora, a pandemia por um coronavírus foi algo que pegou o mundo de surpresa. O monitoramento constante que era feito era com o vírus da gripe, o influenza. “Porque influenza já causou várias pandemias no século passado, inclusive aquela gripe espanhola, então isso fica na memória. O coronavírus, na verdade, foi meio uma surpresa, porque a gente estava todo mundo se preparando para a influenza, e veio o coronavírus”, diz.

 

O Brasil, inclusive conta com manuais e guias para o caso de uma pandemia por influenza. Então, de acordo com Siqueira, nesse momento, o país está também revisando os manuais e guias.

 

“Com a pandemia de covid-19, nós tivemos muitas lições aprendidas, certo? Então, foram muitas estratégias que deram certo e muitas que não deram certo. Ninguém pode sofrer o que todo mundo sofreu, o impacto em saúde humana, o impacto social, o impacto emocional, o impacto financeiro, sem tirar nenhuma lição disso”, ressalta.

 

Ela explica que a chave para se combater uma próxima pandemia é detectá-la o mais rapidamente possível. “É uma preocupação pelo que nós chamamos de saúde única, que é uma saúde que envolve não só a saúde humana, mas também a saúde animal e a saúde ambiental, porque nós somos interdependentes”, diz e acrescenta: “Existe uma preparação tanto a nível nacional quanto a nível internacional”.

 


 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

 

Fonte: Agência Brasil

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