Caso emblemático para o Judiciário do Espírito Santo, a operação Naufrágio, de 2008, descobriu um esquema de venda de sentenças, loteamento de cartórios extrajudiciais, nepotismo e fraudes em concursos para ingresso na magistratura. Acontece que, até hoje, ninguém sabe em que Tribunal os 26 envolvidos no esquema – entre desembargadores, juízes e advogados – devem ser julgados. Há no STF uma ação para discutir o caso, mas, devido à lentidão com que ela caminha uma luz amarela foi acessa no Ministério Público, que teme a prescrição de alguns crimes. Além disso, a equipe do MP que acompanha o processo tem se irritado com outro detalhe do caso. Uma das juízas envolvidas no esquema, Larissa Pimentel, que foi aposentada compulsoriamente (ou seja, segue recebendo parte de seu antigo salário), é figura frequente das colunas sociais capixabas e, aproveitando a morosidade do Judiciário, poderá desfilar livre leve e solta no carnaval. Pimentel foi escolhida para ser madrinha de bateria da escola de samba local, Novo Império. Por Lauro Jardim |