Circula nas redes sociais uma tabela que classifica atividades diárias de qualquer pessoa, como ir ao supermercado, viajar de avião ou ônibus, beijar e ter relações sexuais, de acordo com o risco de transmissão da varíola dos macacos.
As informações foram compiladas de uma entrevista de especialistas do Departamento de Saúde Pública de Chicago (CDPH, na sigla em inglês) à NBC Chicago, veiculada na última quarta-feira (27/7), e rapidamente se espalharam.
No Brasil, o conteúdo foi traduzido pelo infectologista Vinicius Borges – conhecido nas redes sociais como Doutor Maravilha – e por profissionais da ONG Instituto Multiverso, que produzem conteúdos de saúde para pessoas LGBTQIA+.
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Aproximadamente 18 mil casos de varíola dos macacos já foram reportados em 78 países desde que o primeiro paciente foi identificado no Reino Unido, em maio deste ano. Onze mortes foram confirmadas: uma no Brasil, uma no Peru, duas na Espanha, uma na Índia e seis na África.
RISCO DE TRANSMISSÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é transmitida principalmente pelo contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em superfícies internas de mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias e objetos contaminados.
Os especialistas da CDPH foram mais além e dividiram as atividades por risco de transmissão para alertar e acalmar a população.
MAIOR RISCO
-Contato direto com lesões de pele, casquinhas e fluidos corporais;
-Contato sexual íntimo – neste caso a camisinha não é suficiente para prevenir a transmissão do vírus da varíola dos macacos.
“A principal fonte de disseminação é o contato direto pele a pele com erupções cutâneas ou feridas, e isso pode e tem muito frequentemente ocorrido entre nossos casos, incluído contato sexual ou íntimo”, afirmou a diretora médica de saúde ambiental do CDPH, Janna Kerins, à NBC Chicago.
RISCO AUMENTADO
-Beijar;
-Ficar agarradinho;
-Dançar em uma festa em ambiente fechado com pessoas sem camisa ou não completamente vestidas.
RISCO INTERMEDIÁRIO
-Compartilhar bebidas, talheres e utensílios;
-Compartilhar a cama, toalhas e itens e higiene;
-Dançar em uma festa em ambiente fechado com pessoas completamente vestidas.
RISCO BAIXO (IMPROVÁVEL)
-Dançar em uma festa em ambiente externo com pessoas completamente vestidas;
-Ambiente de trabalho;
-Experimentar roupas em uma loja;
-Encostar em maçanetas;
-Viajar de avião ou ônibus;
-Tomar banho ou nadar em piscinas, banheiras, rios, mar e cachoeira;
-Usar banheiro público;
-Usar transporte público;
-Ir ao supermercado, bares ou academia.
“Um evento ao ar livre é certamente menos arriscado do que um lugar lotado dentro de casa. Depende realmente de quanta roupa você está vestindo”, comentou o vice-comissário do CDPH, Massimo Pacilli, sobre o risco de dançar em um festival em ambiente externo.
Os especialistas lembraram também que, embora não seja recomendado compartilhar lençóis e toalhas de uma pessoa infectada, é improvável que o vírus seja transmitido por roupas em provadores de lojas ou contato com maçanetas.
A explicação é simples: o vírus morre facilmente em contato com substâncias desinfetantes, luz solar e não resiste por muitas horas fora do corpo humano.
Fonte: Metrópoles