Saúde : CAOS NA SAÚDE
Enviado por alexandre em 08/09/2011 12:44:59



Greve de médicos para atendimento em Cacoal

Desde segunda-feira, greve de médicos de várias especialidades que atendem nos hospitais Unidade Mista e Materno Infantil – principais Unidades de prontoatendimento do pólo de Cacoal causa transtornos à população que dependende do serviço público de saúde. Apenas atendimentos de urgência e emergência são realizados.

Na manhã dessta terça-feira, havia gestantes à espera de atendimento no hospital Materno Infantil, por exemplo, sem previsão de retorno. A situação é ainda mais crítica no hospital Unidade Mista que atende com ambulatório, pronto-socorro, ortopedia e várias outras especialidades. Atualmente 66 médicos atendem nos hospitais e Unidades Básicas, e não há ainda um número oficial dos que aderiram a paralização. Na porta dos hospitais o clima era de revolta e hostilidade. A dona de Casa Elisa Lisa, grávida de seis meses, se mostrou indignada com a situação, “não condeno os médicos que dizem ganhar mal, mas também acho um absurdo deixarem a gente sem atendimento”, desabafou. Um senhor de idade que mal conseguia falar seria atendido logo pela manhã, Jovino de Augusto dos Anjos estava acompanhado da filha, que reclamou da situação.

“A gente veio de longe, do sítio buscar atendimento aqui, quando não é uma coisa é outra”, reclamou a jovem, se referindo a demora habitual no atendimento. “Meu pai tem 80 anos e toda vez espera de duas a três horas pra ser atendido aqui”, contou. O salário pago aos municípios em Cacoal fica entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

SEM DADOS

Conforme o prefeito Franco Vialeto informou alguns municípios pagam mais de R$ 10 mil aos médicos. O secretário de Saúde Antônio Masioli disse que as negociações são em cima de gratificações, que chegam a R$ 2 mil – além do salário base mencionado acima - porém ainda não houve acordo. O secretário destacou que o trabalho em sistema de plantão possibilita gratificações, no entanto a falta de médicos nos hospitais é um problema anterior a greve. “Nós temos médicos que pediram demissão do Materno Infantil, médicos que estão de atestado, então quantos estão em greve não dá para dizer”, disse.

LEGALIDADE

Segundo o secretário, a greve está totalmente fora da legislação que dispõe sobre o tema. “A greve tem que ter toma uma construção, tem que haver proposta de negociação, tem que haver recusa do outro lado, já eles não avisaram nada, não tem número de participantes, sindicato, nada”, disse. Em reunião com a comissão de greve, onde foram discutidas para as reivindicações da categoria, entre elas a revitalização com a pactuação com outros municípios e ativação da comissão de infecção hospitalar, nada foi resolvido e a paralisação deve se estender nesse feriado de Dia da Independência. A maior reclamação dos médicos é quanto a equiparação salarial com Ji-Paraná – onde alguns profissionais ganham até R$ 10.180 na rede pública.

Por: Diário da Amazônia

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