Justiça : STF VERGONHA
Enviado por alexandre em 25/03/2021 08:45:05

Presidiário quer o mesmo tratamento dado a Lula

Corrêa quer do STF mesmo tratamento dado a Lula













Em entrevista ao Frente a Frente, o ex-deputado Pedro Corrêa Neto, preso em Curitiba nas mesmas dependências em que o ex-presidente Lula ficou detido, condenado na Lava Jato, exige do Supremo Tribunal Federal, para ele, o mesmo tratamento que a alta corte da justiça brasileira concedeu ao petista, livre para disputar à Presidência da República. Corrêa já cumpriu a pena de sete anos, mas continua em prisão domiciliar no Recife usando tornozeleira porque o seu processo foi engavetado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, no STF.

"Fui condenado como Lula pelo mesmo crime que ele cometeu. Sou réu confesso por arrecadar, em nome do meu partido, o PP, R$ 600 milhões, mas o esquema montado por José Dirceu obedecendo ordens de Lula deu um prejuízo bilionário aos cofres da Nação. A justiça não pode agir usando o artifício dos dois pesos, duas medidas", desabafou.

O Frente a Frente começa às 18 horas, gerado pela Rede Nordeste de Rádio, formada hoje por mais de 40 emissoras, tendo como cabeça de rede a Hits 103,1 FM, no Grande Recife. Se você deseja ouvir pela internet e está navegando neste blog, clique no botão Rádio acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.


Pedro Corrêa: STF está envergonhando o País

O ex-deputado federal Pedro Corrêa Neto (PP) fez uma cobrança pública ao Supremo Tribunal Federal (STF), hoje, durante entrevista ao programa Frente a Frente. Ele afirmou que decisões divergentes tomadas pelos ministros em casos afins estão “expondo” a Corte e “envergonhando o País”. Além disso, considera abrir uma margem para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) radicalize (ouça acima).

“O que está acontecendo no Supremo é que está deixando exposto de uma maneira tal que está envergonhando o País. E vai terminar o presidente Jair Bolsonaro, com o Supremo dando munição para que ele faça amanhã uma medida mais extrema, o que é muito ruim para a democracia”, disparou.

Pedro Corrêa Neto diz que está sendo vítima de uma “injustiça” ao ser mantido preso. “É uma injustiça o que o ministro Luís Barroso está fazendo e um abuso de poder muito claro porque eu cumpri minha pena de sete anos e dois meses. Já cumpri minha pena desde 4 de fevereiro e tô preso de maneira injusta e ilegal. Eu tenho 73 anos, prioridade, e o Supremo faz o que quer. Não tenho a quem apelar. Cada ministro é uma ilha, tem sua vaidade”, declarou.

Em 2013, Corrêa Neto foi condenado na Ação Penal 470, popularmente conhecida como Mensalão. Dois anos mais tarde, foi alvo da operação Lava Jato. Entre as acusações, formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acumulando mais de 30 anos de prisão nas duas condenações.

O ex-parlamentar afirma que está impossibilitado de se livrar da pena, uma vez que não consegue negociar seus bens. No Mensalão, além dos 9 anos e 5 meses de prisão, a Justiça determinou o pagamento de R$ 1,08 milhão de multa: “Fiz um acordo de colaboração e não consegui ainda pagar multa porque estou usando o que Gilmar disse a Moro ontem: ‘quem compraria um carro de Moro ou Dallagnol?’ Então, quem vai comprar um imóvel de Pedro Corrêa? É a mesma coisa!”

Especificamente sobre a decisão que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o STF “está dando palco eleitoral” ao petista, mas que a medida de Fachin foi correta, já que o então juiz Sergio Moro não era o natural para a causa. “Fachin anulou as decisões das condenações de Moro por conta da incompetência da vara juridicional. Ele (Lula) não poderia ter sido julgado na 13ª Vara de Curitiba porque não foi por crimes relacionados à Petrobras, mas em relação a outros assuntos”, analisou.

Apesar das ponderações, afirmou que Lula “não é inocente”. “Ele sabe que participou de todas as decisões de Mensalão, Lava-Jato”, continuou. Pedro Corrêa Neto declarou, ainda, que o STF está fazendo a população “perder a confiança na Justiça”.

“A gente tem que esperar essa parafernália do Supremo Tribunal Federal, que leva o país a essa insegurança jurídica imensa. Deixa o país numa situação que a gente não sabe o que a Justiça faz até porque, hoje, é Loteria. Se você cair na Primeira turma, é condenado. Se cair na Segunda, é absolvido. Isso é ruim porque perde a confiança na Justiça”, comentou.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia