Ministro promete “valorizar” professores e discutir salários

Data 16/09/2020 01:00:08 | Tóopico: Regionais

Ministro da Educação Milton Ribeiro quer valorizar professores Foto: Divulgação/Naiara Demarco

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, sinalizou, nesta terça-feira (15), que irá discutir o reajuste salarial de professor em outubro. Na avaliação de Ribeiro, educadores merecem mais valorização.

Em tom conciliador, o ministro afirmou que “o governo Bolsonaro não é dono da verdade” e que o MEC está aberto à participação de docentes.

– Eu gostaria muito de mudar o eixo da atenção do MEC. Agora, eu gostaria de dar uma atenção aos professores. Um professor bom, embaixo de uma árvore, impacta a vida de um aluno. Precisamos valorizá-los. Vamos olhar com um pouco mais de carinho – disse o ministro.

O chefe do MEC também elogiou a escolha técnica de Bolsonaro por seu nome e afirmou que a pasta não abandonará “valores e princípios”.

– Eu quero dizer que tenho admiração pela escolha do senhor presidente da República sobre a minha pessoa. Sou um gestor. Mas quando ele me escolhe, ele faz uma opção que tem muita coerência com o que ele fala na teoria: que ele não iria lotear os ministérios. […] Nós temos uma linha, um propósito em relação à educação e a valores e princípios. Isso deve prevalecer. Estou comprometido com esses valores, mas acredito que cada um dos educadores tem uma contribuição e pode nos ajudar. Vamos ouvi-los. É isso que nós queremos. Vamos caminhar nesse propósito – garantiu o ministro.

CRESCIMENTO DO ENSINO MÉDIO NO IDEB
Estagnado há anos, o ensino médio do País teve o maior crescimento da história no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) registrado em 2019, antes da pandemia do novo coronavírus. O Ideb é o principal medidor de qualidade da educação no Brasil. Por outro lado, o desempenho das crianças de 1º ao 5º ano do ensino fundamental desacelerou e aumentou só 0,1, o menor avanço desde 2005, quando houve a primeira medição. Esses dados, que consideram as redes pública e privada de ensino, saem a cada dois anos e foram divulgados nesta terça-feira, 15, pelo Ministério da Educação (MEC).


Ensino médio avança e alcança resultado inédito no Ideb de 2019

Dados foram divulgados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro

Pleno.News - 15/09/2020 15h03

Ensino médio alcança resultado inédito no Ideb 2019 Foto: Reprodução

Todas as redes estaduais de ensino médio do país registraram, de forma inédita, avanço no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2019. Apesar da reação, apenas dois estados superaram as metas no indicador e os níveis de desempenho ainda permanecem baixos.

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Parte dos resultados do Ideb foi divulgada nesta terça-feira (15) pelo governo Jair Bolsonaro. O indicador, principal termômetro da educação brasileira, é calculado a cada dois anos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC (Ministério da Educação).

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São levados em conta no Ideb o desempenho de estudantes em avaliação de matemática e língua portuguesa, chamada Saeb, e as taxas de aprovação escolar. A avaliação federal é feita ao fim de três etapas: anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental e ainda o ano final do ensino médio. Também houve avanços no fundamental.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez uma breve fala nesta terça-feira (15) durante a apresentação oficial dos resultados. Ribeiro disse que a postura atual do MEC é de diálogo com as redes de ensino.

– Não somos donos da verdade, claro que temos uma linha, temos um propósito com relação a educação, com relação a valores, com relação a princípios, isso deve prevalecer. Estou comprometido com esses valores, mas acredito que cada um dos educadores, dos secretários, têm contribuição que pode nos ajudar – disse ele, em evento na sede do Inep, em Brasília.

O ministro exaltou os professores, ressaltou que não é de partido político e que não representa a bancada evangélica.

O ensino médio foi um dos focos do MEC sob o governo Michel Temer (MDB), quando houve atenção à ampliação ao ensino integral e, reforma da estrutura da etapa e finalização da Base Nacional Comum Curricular (ambas as políticas ainda em implementação).

Criado em 2007, o Ideb estipulou metas por escolas, redes de ensino e para todo país. A edição realizada em 2019 foi a primeira em que todos as redes estaduais conseguiram avançar no indicador.

Na média dessas redes, o Ideb do país passou de 3,5 em 2017 para 3,9 no ano passado. Foi o maior avanço desde que o indicador foi criado -depois de praticamente ficar estagnado desde 2009, quando o índice era de 3,4.

Goiás teve, a exemplo de 2017, a maior nota em 2019: de 4,7. O estado integra com Pernambuco as únicas duas redes que atingiram as metas do indicador para o ano passado.

O Espírito Santo aparece em segundo lugar, com Ideb 4,6 e tem a maior média do Saeb em matemática (289,14) e em língua portuguesa (286,95). O que revela, por sua vez, como os indicadores ainda permanecem em patamares baixos -são consideradas ideais notas de 350 e 300, respectivamente.

Mesmo os estudantes do 3º do ensino médio do Espírito Santo não alcançam, na média, competência para determinar, em matemática, a probabilidade da ocorrência de um evento simples. Em português, não são capazes de reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas e entrevistas.​

O estado com o maior salto desde a última edição foi o Paraná, que cresceu 0,7 ponto e alcançou um Ideb 4,4 no ensino médio. O atual secretário de Educação do estado, Renato Feder, chegou a ser convidado a assumir o MEC, mas Bolsonaro acabou desistindo da indicação.

A alta paranaense deixou São Paulo para trás no indicador. Líder no ensino médio do país até 2015, o estado mais rico do país agora aparece agora em 5º, com Ideb 4,3.

O menor Ideb do país, de 3,2, foi registrado pelo Pará -que ainda sim subiu 0,4 ponto, o maior salto já registrado.

É também do Pará as menores notas no Saeb. Em matemática, com 246,08 pontos, os estudantes não conseguem reconhecer os zeros de uma função dada graficamente. Também não têm competência, na média, para reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos.

*Folhapress




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