BRASILEIRO

Data 08/09/2020 09:25:29 | Tóopico: Política

76,3 de brasileiro depende do Tesouro Nacional para viver

Os grandes números da economia e do Orçamento federal divulgados pelo governo explicitaram verdades embaraçosas. A síntese de nosso drama: 79% da força de trabalho total, ou 76,3 milhões de brasileiros, dependem do Tesouro Nacional para viver. 

A queda de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano desnudou aos governantes e à minoria de afortunados a enorme miséria da maioria da população. E a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2021, submetida pelo governo ao Congresso, mostrou a anemia do gigante maltratado. 

Num caso, o massacre social foi evitado pelo pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 por cinco meses, estendido em parcelas de R$ 300 de setembro até o fim do ano. Mais de 67 milhões estão na folha excepcional. Ela, literalmente, salvou a economia de uma depressão. 

No outro caso, o Orçamento federal, deficitário desde 2014, se liquefez com os gastos extras da pandemia e não deverá voltar a ter superávit até 2026 — ou mais. E só falamos da parte que abate o ônus da dívida pública. Com ela incluída, superávit vira coisa do além. 

O Brasil adocicado só existe no sorriso de miss do presidente 

A verdade é que o Brasil adocicado da propaganda oficial só existe nos sorrisos de miss do presidente da vez e de seus apaniguados. As mazelas são fortes demais para exibição em horário livre.  Continue lendo


Blog do Vicente

O novo valor do auxílio emergencial, de R$ 300, que vai vigorar entre setembro e dezembro, não é suficiente para comprar sequer a cesta básica nas capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O preço mais baixo foi registrado em Aracaju, de R$ 398,47. O mais elevado, em São Paulo, de R$ 539,95. 

O valor da cesta básica está em disparada desde o final de julho, quando itens como arroz, feijão, leite e carne começaram a ser reajustados a um ritmo acelerado. Os produtores alegam que os aumentos decorrem da alta do dólar e das compras maiores da China. 

Donos de supermercados, no entanto, apontam especulação por parte dos produtores, que estão se aproveitando do recebimento do auxílio emergencial pela população mais pobre para ampliarem as margens de lucro. Não há, no entender de supermercadistas, nada que justifique aumento médio de 20% nos preços do arroz em um único mês. 

Situação ficará ainda pior para os mais pobres 

Segundo os donos de supermercados, não há perspectivas de melhora a curto prazo. Todas as tabelas de produtos que chegaram ao varejo neste início de setembro vieram com aumentos. E os reajustes serão repassados às gôndolas, sem dó nem piedade. Não há, de acordo com as empresas, como absorver os custos maiores.  Continue lendo




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