Prazo para solicitar auxílio emergencial acaba quinta-feira

Data 29/06/2020 08:53:47 | Tóopico: Regionais


O auxílio emergencial virou a principal fonte de renda de 65 milhões de brasileiros na pandemia do novo coronavírus, mas a procura pelo benefício continua grande em todos os cantos do país. De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), cerca de 52 mil brasileiros cadastram-se todos os dias no site e no aplicativo do auxílio emergencial para tentar entrar na lista de contemplados pela ajuda de R$ 600. Porém, o prazo para solicitar o benefício acaba nesta semana.

Segundo a lei que criou o auxílio emergencial, os brasileiros tinham 90 dias para se cadastrar no programa. Como a Lei nº 13.982 foi publicada em 2 de abril, o prazo de inscrições acaba, portanto, em 2 de julho, ou seja, na próxima quinta-feira. E o governo não parece disposto a prorrogar a data, como já garantiu que vai estender os pagamentos do auxílio emergencial, liberando mais R$ 1,2 mil para cada trabalhador, provavelmente em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

“Temos mais uma semana para pedir o cadastramento. A partir de 2 de julho, o cadastramento estará fechado”, alertou o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, durante o anúncio do calendário de pagamentos da terceira parcela dos R$ 600. O secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, confirmou que não há orientações para prorrogar esse prazo. “A discussão sobre a prorrogação é com o intuito de aumentar o número de parcelas que serão pagas a esses trabalhadores, não o prazo de inscrições”, pontuou.

Por conta disso, a expectativa é de que os pedidos do auxílio emergencial se acelerem nos próximos dias. Mas o governo garante que o site e o aplicativo do benefício estão prontos para receber os cadastros de todos os brasileiros que ainda não recebem os R$ 600, mas gostariam de acessar o benefício e devem pedir o recurso até quinta-feira. “Quando foi lançado, o aplicativo do auxílio emergencial chegou a receber mais de 5 milhões de solicitações em um único dia. Então, ele está completamente preparado para qualquer carga adicional. Seguramente, não teremos nenhum problema operacional”, assegurou o vice-presidente da Rede de Varejo da Caixa, Paulo Henrique Ângelo. Continue lendo


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Um levantamento inédito do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que cerca de 620 mil pessoas receberam o auxílio emergencial de R$ 600 sem ter o direito do benefício. O estudo foi revelado pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (28).

Segundo o levantamento, 17.084 mortos, 7.046 presos e 134.262 servidores públicos ou pensionistas receberam o benefício do governo voltado para trabalhadores informais que estão enfrentando dificuldades financeiras em decorrência da pandemia do coronavírus.

O relatório aponta que, caso esses pagamentos indevidos não sejam interrompidos e devolvidos, o prejuízo pode ser de mais R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Casos de irregularidades

Ana Paula Brocco, de Espumoso, no norte do Rio Grande do Sul, está na lista de beneficiados com o auxílio emergencial. Ela vai se casar, em dezembro deste ano, em uma praia no Caribe. A lua de mel será em um resort de luxo.

À TV Globo, Ana Paula confirmou que é beneficiária do auxílio emergencial, mas, quando questionada sobre ser enquadrada como uma pessoa de baixa renda mesmo tendo condições de realizar um casamento no Caribe, ela desligou a ligação.

Rosângela de Freire Melo, também moradora de Espumoso, aparece na lista de beneficiários. Ela mora numa casa confortável, dirige um carro de luxo e nas redes sociais compartilha publicações de viagens ao redor do mundo. Ela recebeu R$ 1.200 do auxílio emergencial.

Em um áudio que vazou de um aplicativo de mensagens, Rosângela debocha do benefício. “Acho que eu vou trocar de moto, vou comprar um carro novo pra mim”, diz aos risos.

Ela também comenta que a filha, Lorraine, que mora na cobertura de um prédio da cidade, e já fez protestos contra a corrupção, também foi beneficiada. “A Lorraine ganhou já, e já gastou. O dela que era R$ 600. Eu quero dar tanta risada”, comenta.

O empresário Divanildo Kloss disse que se inscreveu de brincadeira. Ele é dono de uma vinícola, em Nova Roma do Sul, na Serra. “Eu não quis receber. Eu devolvi. Só fiz pra brincar. Era só pra saber se ia passar ou não, entendeu? Jamais ia querer nada. (…) Mas eu não saquei. Vou devolver”, explicou.

De acordo com o Ministério da Cidadania, 47,7 mil pessoas que receberam o benefício de forma irregular devolveram o dinheiro. Com isso, voltaram aos cofres públicos R$ 39,6 milhões. A pasta também informou que já suspendeu o pagamento de 600 mil benefícios entre a primeira e a segunda parcela, por irregularidades.




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