Roubalheira na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)

Data 06/06/2020 01:12:34 | Tóopico: Regionais

Fernando Máximo secretário estadual de Saúde

Roubalheira na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)

Aluguel do Hospital do Amor custou R$ 2 milhões por mês, enquanto o Governo iria alugar o Prontocordis por R$ 3,3 milhões

Porto Velho, RO – A suposta tentativa de saque aos cofres públicos na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) fica mais escancarada a cada dia. O Hospital do Amor foi alugado pelo governo, com dinheiro da Assembleia Legislativa, por R$ 2 milhões por mês. São 12 leitos de UTI e mais 49 leitos normais. Enquanto isso a Sesau tentou alugar o Prontocordis por R$ 3,3 milhões por mês. Lá são 12 leitos de UTI e 50 normais. O número de leitos é praticamente o mesmo, mas para o bolso de quem iria R$ 1,3 milhão por mês a mais? Essa é a pergunta que não quer calar.

Como entrou areia no negócio que a Sesau queria fazer com o Prontocordis, o secretário da Saúde, Fernando Máximo, gravou um vídeo dizendo que o contrato não deu certo porque o dono do hospital ficou, digamos, apreensivo com a fiscalização que estaria acontecendo. Isso levou o médico José Augusto a divulgar uma nota dizendo que não estava com medo da fiscalização, e que não concordou com a assinatura do contrato porque alguns pontos não estavam claros.

Hospital Regina Pacis

Se o governador Marcos Rocha estivesse com o desconfiômetro ligado, teria ido investigar quais os pontos do contrato que não estavam claros. Afinal o governo tem gente qualificada para fazer contratos. Pode ser que não estivesse claro porque interessava a alguém. Aí volta a pergunta: para o bolso de quem iriam os R$ 1,3 milhões a mais? Aparentemente o dono do Prontocordis desconfiou de alguma coisa e não aceitou participar. Pelo menos parece.

Com a contratação do Hospital do Amor por R$ 2 milhões por mês ficou claro que alguém levaria vantagem na frustrada contratação do Prontocordis. Vamos lembrar que o governo também comprou o hospital Regina Pacis, em Porto Velho, por R$ 12 milhões. O deputado Luizinho Goebel (PV) esteve no local e disse que não vale R$ 2 milhões. Os dois terrenos valem R$ 450 mil cada um e o prédio está mal conservado.

Diante da aparente tentativa de roubalheira na contratação do Prontocordis, qualquer um que tenha o desconfiômetro ligado entenderá que pode ter algo errado na compra do Regina Pacis. De novo aparece a pergunta: será que existe a possibilidade de alguém estar querendo levar algum? Coisa para o Ministério Público investigar e colocar na cadeia os envolvidos.

Hospital Prontocord

Aparentemente o governador Marcos Rocha acredita que seus subalternos não são ladrões. Para acreditarmos nisso, diante das evidências, pensaríamos que são somente incompetentes, fazem farra com dinheiro público. São perdulários. Governador, abra o olho. O senhor pode estar cercado por uma quadrilha disfarçada de assessores. Tenha cuidado, porque já tem gente dizendo por aí que existe roubalheira em seu governo. Tem gente dizendo que tem ladrões aí no CPA. Tenha cuidado para que depois alguém não diga que o senhor pode ser um deles. Isso pega mal para sua imagem.

Enquanto isso Marcos Rocha demonstra que não sabe da suposta roubalheira, que não viu nada. Só falta começar a dizer que não é nada dele, que é de um conhecido dele. É por essas e outras que tem gente chamando o governador de “Lula de Rondônia”. Não sabe, não viu. Quem não conhece o governador e não sabe que ele é honesto pode começar a dizer aquele ditado: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”.

Redação Correio de Notícia




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