Edir Macedo: barrado por Collor, aliado de Lula, afagado por Bolsonaro

Data 02/12/2019 08:41:02 | Tóopico: Regionais


Jair Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo Foto: Terceiro / Agência O Globo

Por Eduardo Barretto/Época

Chegou ontem às livrarias um livro que mergulha fundo na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o grupo neopentecostal de maior expressão do Brasil, presente também em mais de cem países.

O reino — A história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal detalha a relação do bispo, fundador da Iurd, com os presidentes brasileiros nos últimos 30 anos.

O jornalista Gilberto Nascimento, que cobre o mundo evangélico há anos, resgatou episódios saborosos do tempo em que o poder e a influência de Macedo ainda não tinham sido vitaminados com o crescimento da Iurd e da TV Record.

Em 1989, um solícito Macedo procurou Fernando Collor oferecendo-se para fazer uma oração na posse. Receoso do impacto de ter um pastor evangélico na posse do presidente do mais católico país do mundo, Collor disse não.

Três anos depois, Macedo, hoje implacável contra o PT, dependeu da boa vontade de Lula, que saiu em sua defesa, criticando a prisão do bispo sob a acusação de estelionato, charlatanismo e curandeirismo.

Anos depois, o bispo se tornou um dos pastores com mais trânsito nos governos petistas.

Principalmente no governo Dilma, quando Macedo a recebeu na inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo, o maior do país.

Mas, claro, nada que se compare ao chamego de Macedo com Bolsonaro.

Agora, sim, o bispo manda como nunca.



Juíza Glória Heloíza Lima da Silva, recentemente nomeada desembargadora no Tribunal Regional Eleitoral Foto: Divulgação/TJRJ

Avançaram as negociações no Congresso para aprovar já no começo de 2020 um projeto que vai criar uma quarentena eleitoral para juízes, integrantes do Ministério Público e até policiais.

O objetivo da nova lei eleitoral será impedir que as três categorias se valham da influência que mantêm imediatamente após deixar suas funções públicas para alavancar candidaturas.

Se aprovada, a mudança já valerá na eleição do ano que vem — por ser uma lei eleitoral complementar, a nova legislação não precisa respeitar o princípio da anualidade, ou seja, ser aprovada um ano antes da eleição.

Se for mesmo aprovado, e a chance é alta, naufragará a tentativa de Wilson Witzel de lançar a candidatura da juíza Gloria Heloiza (foto), titular da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital do Rio de Janeiro e nomeada recentemente desembargadora eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Rio.




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