O CÂNCER

Data 02/12/2019 08:20:00 | Tóopico: Política


PSB prega distância de Lula

No congresso da autorefoma do PSB, no Rio, com direito a descampar  para o debate internacional, choveu pauleira no PT e a pregação, quase consensual, de que o partido deve se distanciar do lulismo-petismo e da própria sombra do ex-presidente Lula.

Então lulista de carteirinha, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, disse que as falas de Lula, após a sua soltura, isolam o PT, quando afirmam que o partido não nasceu para apoiar, mas para ser apoiado, abrindo, assim, o caminho para candidaturas próprias nas capitais e em colégios eleitorais acima de 200 mil eleitores.

“Lula se comporta muito mais como chefe de partido, quando deveria ser um líder com estatura para aglutinar mundialmente setores afinados com a democracia”, reclamou Coutinho. “Se o PT acha que não precisa fazer autocrítica, essa já é a nossa maior diferenciação”, bradou o ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Nem livre, nem preso – Uma das falas que mais repercutiram foi a do vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque (RS). “Não somos nem Lula livre nem Lula preso. Isso é questão da justiça. Nossa luta é pela democracia e contra a brutal desigualdade”, disse. O deputado Júlio Delgado (MG) afirmou que o PSB já se afastou do PT ao discordar de NIcolás Maduro e sair do Foro de São Paulo.

Guerra – O alvo dos ataques de Bolsonaro não é mais a Globo, mas a Folha de São Paulo. Depois de cancelar assinaturas digitais em todas as esferas do Governo, partiu para o ataque. “Não quero mais ler a Folha e ponto final. O povo faz coro: “Nem eu, nem eu”, disse, ontem, nas redes sociais.


O efeito chileno assusta

* Por Angelo Castelo Branco 

Uma manifestação semelhante à do Chile no momento que o Brasil começa a se reerguer de um brutal prejuízo econômico e ético provocado pelos governos do conglomerado petista, seria o enterro político do lulismo. 

O Sudeste e o centro oeste são regiões densas que concentram o real poder econômico do Brasil e que se manifestam majoritariamente contra a tese do quanto pior melhor. 

Isso sem levar em conta a cisão de bastidores em andamento no Nordeste envolvendo interesses divergentes em relação às eleições municipais agendadas para daqui a 10 meses. 

O PT vai ter que romper com o PSB e com o PDT em cenários importantes como Recife e Fortaleza caso decida lançar candidaturas sangue puro. Há uma série de problemas em análise no núcleo duro do lulismo levantando todas essas questões. 

A desordem chilena, uma vez importada, traria graves problemas também aos governos estaduais na medida em que danificaria a imagem das gestões coligadas com o PT. As vozes das ruas podem se manifestar contrariamente e os danos aos prefeitos e governadores seriam de alto risco.

*Jornalista




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