Conheça 10 mitos e verdades sobre o câncer de próstata
Data 17/11/2019 23:37:31 | Tóopico: Regionais
17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata
Pleno.News
O mês de novembro foi escolhido como referência no combate ao câncer de próstata. Conhecido como Novembro Azul, ele é marcado por uma série de campanhas em torno da doença, sobretudo no que diz respeito à prevenção. Apesar de ser o segundo tipo de câncer que mais afeta os homens, o problema ainda é tratado como tabu, principalmente pela falta de informação associada ao preconceito. A fim de ajudar a desmistificar o assunto, o Pleno.News separou 10 mitos e verdades sobre o câncer de próstata. Confira!
O câncer de próstata só atinge homens idosos? MITO. Apesar de ser associado a homens mais velhos, é preciso levar em consideração outros fatores de risco, como histórico familiar – o que pode ocasionar o problema mais cedo. Estima-se que pouco mais de 60% dos casos aconteçam com homens acima de 65 anos.
Não tenho nenhum sintoma, então não preciso fazer o exame de toque? MITO. O câncer de próstata é silencioso, e raramente provoca sintomas. Por isso, há a necessidade do exame preventivo. O paciente só irá manifestar sinais da doença quando o tumor estiver em estado avançado.
Homens negros têm mais chance de ter câncer de próstata? VERDADE. A incidência em homens afrodescendentes chega a ser 60% maior do que em homens brancos. Isto torna a taxa de mortalidade três vezes mais alta.
O tratamento para o câncer de próstata deixa o homemtotalmente impotente? MITO. Embora haja algum declínio da potência sexual durante o tratamento cirúrgico e radioterápico, a redução não é significativa. Muitas vezes, a perda da função sexual é temporária e volta ao normal após o tratamento. É preciso levar em conta também a idade do homem, pois é natural que a função sexual diminua com o avanço da idade.
Não tenho histórico familiar da doença, logo, não preciso me preocupar MITO. Apesar de não haver casos na família, não significa que o paciente esteja imune à doença. O histórico familiar apenas aumenta as chances da doença evoluir. Em caso de parentesco de primeiro grau, como pai ou irmão, o risco dobra, se comparado a uma família sem histórico da doença. Caso tanto o pai quanto o irmão apresentem a doença, as chances se tornam cinco vezes maiores.
Todo homem deve fazer o exame de toque retal VERDADE. O exame de toque funciona de forma complementar ao exame de sangue para a detecção do problema. Ambos devem ser analisados em conjunto pelo médico. Caso alguma alteração seja detectada nesses exames, uma biópsia do local irá determinar qual o problema.
Poucos homens morrem de câncer de próstata MITO. De acordo com o Inca, 15,4 mil brasileiros morreram, em 2017, devido à doença. A estimativa é que, no biênio de 2018/2019, quase 70 mil novos casos sejam diagnosticados. Trata-se do segundo tipo de câncer que mais mata homens, atrás somente do câncer de pulmão. Acredita-se que a cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá em função da doença.
Mesmo sem sintomas, o exame deve ser feito anualmente VERDADE. O câncer de próstata geralmente é assintomático e somente exames podem detectar o problema. Homens acima de 50 anos devem realizar o exame com essa frequência. Possivelmente será convencionado uma periodicidade bianual, mas, ainda é recomendado uma vez ao ano.
Uma dieta inadequada aumenta o risco da doença VERDADE. Dietas ricas em gorduras saturadas podem aumentar as chances da evolução do câncer de próstata, além de trazer outros riscos, sobretudo para o coração.
Posso ter incontinência urinária durante o tratamento VERDADE. Assim como a função sexual sofre alterações, o sistema urinário também. 1 em cada 5 homens vão apresentar o problema durante o tratamento do câncer de próstata. Pacientes mais novos costumam evoluir melhor. Entretanto, há tratamentos disponíveis que ajudam a melhorar o problema.
Relatório diz que quase meio bilhão de adultos têm diabetes
Análise apontou que metade dos diabéticos não sabem que estão doentes
Pleno.News
Cerca de 9% da população mundial, ou 463 milhões de adultos, têm diabetes em 2019 e metade delas não sabe disso. Nesse contexto, o Brasil é o quinto país com maior número de pessoas com a condição, segundo dados do Atlas do Diabetes, lançado nesta quinta (14).
Segundo as informações do relatório, a maior parte (79%) das pessoas com diabetes vivem em países em desenvolvimento, como o Brasil. A condição está relacionada, de forma geral, a hábitos de vida não saudáveis, como dietas não saudáveis e falta de atividade física, e obesidade, já o diabetes tipo 1 é uma deficiência autoimune.
Se os números atuais parecem preocupantes, as projeções do estudo para as próximas décadas são ainda mais. A tendência é que, até 2030, 578 milhões de pessoas no mundo tenham a doença e que esse número chegue a 700 milhões de adultos em 2045, pouco mais de 10% da população mundial.
A maior parte das pessoas com a doença está concentrada em áreas urbanas e a prevalência da doença aumenta junto com a idade. Mesmo na lista dos países com mais casos de diabetes, o Brasil não entra no ranking, liderado pela Ilhas Marshall, das maiores prevalências em adultos (pessoas entre 20 e 79 anos).
Um dos pontos presentes no atlas que chama a atenção é o número de casos de diabetes não diagnosticados. Segundo o documento, cerca de 231 milhões de pessoas vivem com diabetes, a maior parte com o tipo 2, e não sabem que estão com o problema.
No Brasil, cerca de 46% (7,7 milhões) das pessoas que têm a doença não estão cientes disso. O relatório afirma que tal situação de desconhecimento mostra a necessidade urgente para melhorar a detecção do diabetes, o que possibilita o início precoce do tratamento e evita possíveis complicações da doença.
Segundo projeções, o diabetes e suas complicações relacionadas levaram à morte, em 2019, a 4,2 milhões adultos.
Estimativas apontam que a doença está associada a 11% de todas as mortes ocorridas em pessoas entre 20 e 79 anos. Um dos problemas dessas mortes é o impacto econômico que elas causam, levando em conta que atingem parte da população economicamente ativa.
O relatório aponta que os custos mundiais diretamente relacionadas ao diabetes, em pessoas entre 20 e 79 anos, cresceram de US$ 232 bilhões em 2007 para US$ 727 bilhões em 2017. Para 2019, a estimativa é que os gastos cheguem a US$ 760 bilhões (pouco mais de R$ 3 trilhões).
Considerando as projeções de crescimento do número de pessoas com a condição, o relatório projeta, de modo conservador, que os gastos irão aumentar cerca de 8% até 2030 e 11% até 2045.