Estados e municípios têm até 27 de setembro para aderir ao modelo cívico-militar

Data 13/09/2019 09:07:57 | Tóopico: Regionais

A data limite para se adequar já em 2020 ao modelo cívico-militar proposto pelo governo federal é 27 de setembro. Serão, ao todo, 54 escolas — duas de cada Unidade da Federação (UF) — sob a forma de gestão híbrida entre civis e militares no primeiro ano de programa.

Têm preferência as instituições de ensino com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e em situação de vulnerabilidade social. A comparação é feita com outras escolas do mesmo estado.

O subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação (MEC), Aroldo Cursino, atenta para o fato de a adesão ser voluntária. “O processo começa nos estados. São eles que definem quais escolas farão parte do programa”, diz.

Até 27 de setembro, portanto, as escolas devem manifestar interesse junto à secretaria estadual (ou municipal) de Educação. Duas serão selecionadas. Caberá ao governador — em caso de município, prefeito — enviar ofício ao ministro da Educação com os nomes das instituições de seu estado (ou do Distrito Federal) que vão aderir ao programa. A partir da vontade de cada UF, é que o MEC estabelecerá o modelo nos colégios. 

Os colégios devem ter de 500 a 1.000 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e/ou do ensino médio. Antes disso, a comunidade escolar deverá aceitar a mudança. Uma das condições fixadas pelo MEC é que estados e municípios apliquem uma consulta pública para esse fim, afinal a adesão ao programa é voluntária. Essa ação por ser, por exemplo, uma audiência pública ou uma votação. Leia o passo a passo preparado pelo MEC.

Tripé educacional

A escola cívico-militar é um modelo desenvolvido para melhorar a educação básica do país. Para isso, será construído um ambiente de parcerias e de maior vínculo entre gestores, professores, militares, estudantes e até mesmo pais e responsáveis.

O modelo de excelência vai abranger as áreas:

  • didático-pedagógica: com atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino-aprendizagem preservando as atribuições exclusivas dos docentes;
  • educacional: pretende fortalecer os valores humanos, éticos e morais bem como incentivar a formação integral como cidadão e promover a sensação de pertencimento no ambiente escolar;
  • administrativa: para aprimorar a infraestrutura e a organização da escola para aprimorar a utilização de recursos disponíveis na unidade escolar.

Os militares atuarão como monitores, acompanharão a vida dos alunos, farão contato com as famílias, verão o nível de vulnerabilidade de cada estudante.

Forças Armadas, polícias e bombeiros – O MEC tem um orçamento de R$ 54 milhões para o programa em 2020, R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em umas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar, reformas, entre outras pequenas intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal serão aquelas em que haverá parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalhar nas escolas. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Os estados poderão ainda destinar policiais e bombeiros militares para apoiar a administração das escolas. Nesse caso, o MEC repassará a verba ao governo, que, em contrapartida, investirá na infraestrutura das unidades, com materiais escolares e pequenas reformas.



Jair Bolsonaro continuará afastado da Presidência da República por mais 4 dias a contar a partir desta sexta-feira (13). A informação foi divulgada em nota no final da tarde desta quinta-feira (12) pela Secretaria de Comunicação do Planalto.

Com isso, o vice-presidente Hamilton Mourão continuará como chefe do Executivo interinamente. Bolsonaro deve assumir o cargo somente na próxima terça-feira (17).

Na manhã desta quinta-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que estava mantido o plano inicial de o presidente assumir o cargo hoje (13).

“Não pretendemos emitir boletim médico hoje (ontem) à tarde. Avançaremos em eventual modificação. Mas o planejamento se mantém. O presidente assumirá, a partir de amanhã (hoje), a Presidência da República”, disse ele.

Apesar dessa fala, Rêgo Barros tinha dito que não havia previsão de alta para Bolsonaro. O boletim médico divulgado de manhã também indicava a restrição a visitas.

Eis a íntegra:

“O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, apresenta evolução clínica favorável. Sem dor, afebril e com recuperação progressiva dos movimentos intestinais. Os exames laboratoriais seguem estáveis. Permanece com sonda nasogástrica, em jejum oral e alimentação parenteral (endovenosa). Mantém fisioterapia respiratória e motora. Feito curativo cirúrgico, com ferida operatória de bom aspecto. As visitas continuam restritas”.

Não foi divulgado nenhum outro relatório médico. O general Otavio do Rêgo Barros faria a tradicional transmissão ao vivo no Facebook do presidente na noite desta quinta-feira para falar sobre a saúde de Bolsonaro e as medidas do governo. No entanto, o próprio presidente assumiu a transmissão.




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