Peças de campanha do pacote anticrime de Moro Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo O governo deve liberar a campanha do projeto em cerca de 15 dias O governo deve liberar a campanha do pacote anticrime de Sergio Moro em cerca de 15 dias —se nada de anormal acontecer. Os roteiros já estão finalizados e as peças são de forte apelo emocional: pessoas que quase morreram em tentativas de homicídio ou familiares de vítimas fatais fazem depoimento relatando que os assassinos nunca foram presos. A impunidade é creditada à lentidão do sistema de Justiça, amarrado por leis que permitiriam brechas para que, por meio de infinitos recursos, a pessoa consiga escapar da punição. Para defender, por exemplo, a proposta de prisão depois de condenação em segunda instância, a publicidade mostrará depoimento de uma vítima de tentativa de homicídio. O criminoso foi condenado, mas recorreu dezenas de vezes na Justiça —e o processo acabou prescrito. O combate à regra que permite a saída de condenados por crimes hediondos da prisão em datas comemorativas como o Dia dos Pais será tratado num anúncio em que uma família perdeu um ente querido. A pessoa foi morta por um criminoso que gozava de uma das saídas temporárias previstas em lei. Um movimento de deputados quer acelerar a tramitação do pacote na Câmara para que Moro não consiga colocar a publicidade no ar.
Contra cargo de embaixador nos Estados Unidos Partido afirma que indicação se trata de 'flagrante nepotismo'; relator da ação é Ricardo Lewandowski Luiz Vassallo e Rafael Moraes Moura – Folha de S.Paulo O partido Cidadania (antigo PPS), pediu ao Supremo Tribunal Federal que barre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, à embaixada do Brasil nos Estados Unidos. O partido afirma que o ato seria ‘ flagrante nepotismo’, já que o parlamentar não seria ‘qualificado’ ao cargo. O relator da ação é o ministro Ricardo Lewandowski. A legenda afirma que há ‘patente inexperiência e ausência de qualificação profissional para a assunção do cargo em questão’. “Antes do desafio de assumir a embaixada do Brasil, os anteriores ocupantes do cargo exerciam funções relacionadas à diplomacia há anos”. “Feita a análise do caso em sua especificidade, vem à tona a única e real motivação que levaria a autoridade coatora a indicar o Sr. Eduardo Nantes Bolsonaro para função de tamanha importância e complexidade: a relação de consanguinidade”, diz a legenda. Segundo a legenda, ‘sob o pretexto de “dar filé mignon ao filho”, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República confunde a res publica com a res privata, ignorando que o poder emana do povo e que a ele deve servir’. “Trata-se de retrocesso civilizatório e institucional para o país, que retorna a práticas antigas e arduamente combatidas durante anos”, diz.
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