Reforma da Previdência foi 7 a 1 na esquerda

Data 11/07/2019 08:08:22 | Tóopico: Mais Notícias

Partidos de esquerda sofrem derrota imensa, que não foi vitória do governo

Vinicius Torres Freire - Folha de S.Paulo

Não foi uma vitória política do governo, que pode vir a se beneficiar dessa e doutras mudanças que devem ocorrer na economia, caso Jair Bolsonaro não desarranje o país com seus desvarios.

Foi uma imensa derrota da oposição de esquerda, isolada não apenas no plenário da Câmara, de resto quase inteiramente favorável à reforma da Previdência, uma avalanche de 379 votos a 131; 510 dos 513 deputados votaram.

A oposição não teve voz na rua ou na política partidária. Não teve voz na reforma, pois se retirou para trincheiras perdidas nas montanhas do atraso. Não se prepara para outras avalanches de mudanças que devem revirar a ordem socioeconômica do país. Não faz mais do que esperar talvez uma revolta espontânea da população, pois, até ou quando funcionar o programa de reformas liberais, o país atravessará ainda um deserto de crescimento e precariedade.

Foi uma imensa vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara e líder do coletivo do miolão do Câmara que aprovou a reforma. Esse líder da direita moderada, de um partido quase extinto no final dos anos petistas, acabou por ocupar quase todo o espaço político-parlamentar que não foi calcinado pela extrema direita.

Maia e o coletivo de líderes do miolão do Congresso acabaram por criar um arranjo talvez provisório, este semestre de “parlamentarismo branco” que aprovou a reforma previdenciária e conteve avanços piores do bolsonarismo. Em discurso no encerramento da votação da reforma, reafirmou seu programa, por assim dizer.

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Tite e o drible em Bolsonaro. E em Lula?

A decisão de Tite de se manter afastado de Jair Bolsonaro na comemoração da Copa América levou o treinador a ser chamado de petista nas redes sociais –já que, em 2012, ele visitou Lula depois que o Corinthians, que comandava, venceu a Libertadores da América.

Tite, no entanto, já tinha admitido, em 2018, que a visita a Lula foi um erro. E que não pretendia mais misturar futebol com política. 

O técnico tem recusado até mesmo convites para receber título de cidadão de municípios brasileiros.  (Mônica Bergamo – FSP)



Coluna desta quinta na Folha

Rolo compressor deu certo

Antes de a Câmara aprovar o texto base da reforma da Previdência, ontem à noite, pela manhã o presidente Bolsonaro deu uma passadinha pela Casa para sentir o clima favorável à PEC que muda as regras de aposentadoria. A construção da vitória, por um placar bem mais elástico do que o Planalto esperava, é obra resultante da enorme capacidade de diálogo que o presidente Rodrigo Maia tem entre os mais diversos líderes partidários, na oposição, inclusive, que tentou sem sucesso obstruir a sessão.

O texto-base foi aprovado por volta das 20h, a sessão se encerrou às 21h e será retomada às 9h da manhã de hoje. Até sábado, a fatura estará liquidada e o projeto será encaminhado para apreciação e votação, também em dois turnos, ao Senado, onde o Governo tem chances de aprovar sem modificações, para não ter quer voltar à Câmara. “Até setembro teremos aprovado”, prevê o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho.

Henry no páreo – Na entrevista que concedeu ao Frente a Frente, o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, elogiou bastante o deputado Raul Henry, presidente estadual do MDB, passando a impressão de que o partido pode construir uma alternativa desvinculada do PSB para a Prefeitura do Recife com o seu nome. Segundo ele, Henry, porém, tem que demonstrar interesse.

A janela – Dependendo da reação do comando do PSB, que ameaça expulsar quem votar a favor da reforma da Previdência, o deputado Felipe Carreras, se vier a ser punido, já tem a janela para ingressar no PSB. Conta com o aval dos principais líderes da legenda, como o senador Jarbas Vasconcelos, o senador Fernando Bezerra Coelho e presidente estadual, Raul Henry.

A favor – Numa conversa com este colunista no Salão Verde da Câmara, o deputado Júlio Delgado (MG), um dos expoentes do PSB no Congresso, também disse que estava propenso a votar a favor da reforma da Previdência. Na verdade, dos 32 parlamentares socialistas 11 tendiam votar a favor. Ninguém acredita que o PSB venha a abrir mão de mais de dez deputados.

Encaminhamento – Cinco pernambucanos ocupam lideranças na Câmara e encaminharam, ontem, as votações na sessão da Câmara: Tadeu Alencar (PSB), Sílvio Costa Filho (PRB), André Ferreira (PSC), Daniel Coelho (Cidadania) e André de Paula (PSD). De todos, só o PSB foi contra.

Aliança – Eleito deputado federal com uma boa votação em Caruaru, o deputado Fernando Rodolfo (PHS) está de olho numa aliança com o deputado Tony Gel. Sonha em ter Toninho, filho do parlamentar, na vice e assume o compromisso de eleger o federal do mesmo grupo de Tony.

CUBANOS – Em agosto, o Governo edita uma MP para alterar o programa Mais Médicos, pelo qual serão reincorporados profissionais cubanos da área, que atuaram nos Governos Lula e Dilma e que foram tão combatidos por Bolsonaro quando deputado e na campanha presidencial.

Perguntar não ofende: Raul Henry rompe aliança com o PSB e sai candidato a prefeito do Recife?




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