Remanescente dos governos Dilma e Temer, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, tem sido elogiado dentro e fora do Planalto, pelos resultados que vem alcançando em meio a um tumultuado início de governo. Só nos 100 primeiros dias de gestão, foram 23 leilões de ativos – incluindo aeroportos, terminais portuários e a ferrovia Norte-Sul –, com previsão de gerar R$ 8 bilhões em investimentos, destaca o Estadão, que o coloca como o 3.º superministro do presidente Jair Bolsonaro. Pragmático e descrito como bom de conversa, o ministro de 43 anos é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, com Engenharia Civil pelo Instituto Militar Engenharia (IME). “Fazer algo objetivo, mesmo que seja de sua própria rotina, tem feito toda a diferença num governo tumultuado”, diz o professor Marco Antônio Teixeira, da FGV-SP. “É um ministério que faz o que se espera dele: toca os projetos.”
Mas ele também não agrada a todos.Na área ambiental, ele é visto como alguém impaciente e capaz de “tratorar” quem não concorde com suas propostas. Dentro do TCU, muitos técnicos veem uma pressão descrita como exacerbada do ministro para que o órgão libere seus projetos.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a repetir nesta segunda-feira, 20, em discurso na Firjan, que, como já avisou anteriormente, não tem vocação para presidente. “Outro dia falei que não nasci para ser presidente. Desceram a lenha em mim. Quem nasceu (para ser presidente) está preso ou está estocando vento”, disse Bolsonaro. Além disso, o presidente defendeu a aproximação que vem tendo com os Estados Unidos, criticando gestões anteriores que teriam se aproximado mais de países como Venezuela e Cuba
”Temos uma oportunidade ímpar de mudar o futuro do Brasil”, afirmou Bolsonaro convocando os empresários presentes a lutar contra o atraso, segundo o Broadcast Político.
Ele disse que nos Estado Unidos, quando se falava em preocupações em relação à Venezuela, dizia para se preocuparem com a Argentina, devido a uma possível vitória da ex-presidente Cristina Kirchner.