Sérgio Moro já sabe quem mandou matar Marielle

Data 15/04/2019 08:05:18 | Tóopico: Mais Notícias

Sérgio Moro já sabe quem mandou matar Marielle

A investigação por fora da PF, com a ajuda de promotores estaduais, finaliza os detalhes para anunciar o desfecho do Caso Marielle. Os federais não revelam o nome do mandante, mas o ex-deputado Domingos Brazão é tido como pule de dez

Andrei Meireles - Blog Os Divergentes

Sérgio Moro esteve muito próximo de poder anunciar entre as realizações dos 100 dias de sua gestão no Ministério da Justiça e Segurança Pública a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco. Desde março, ele sabe que a investigação da investigação, aquela tocada pela Polícia Federal em parceria com os promotores estaduais do Gaeco, havia identificado, além dos executores, quem mandou matar.

A previsão na cúpula da PF em Brasília é, com todas as pontas amarradas, fechar o caso até o final de abril, no máximo em meados de maio.

Moro de fato tem mérito nesse desfecho. Desde que assumiu o Ministério manteve a prioridade nessa investigação, fruto de uma parceria da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com o ex-ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, quando tiveram certeza de estava havendo sabotagem na investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

Leia artigo na íntegra cllcando ao lado: Sérgio Moro já sabe quem foi o mandante do assassinato de Marielle ...


“Lula Livre” e Ciro Gomes barrados de conversas

A esquerda tenta estar mais unificada, pelo menos na pauta da Previdência. Presidentes de partidos e seus líderes jantaram em Brasília na semana passada. Dois tópicos foram banidos da conversa: “Lula Livre” e Ciro Gomes.

A oposição pretende usar a estratégia do segundo turno da campanha eleitoral do ano passado, o fracassado “vira voto”, na batalha pelo convencimento dos brasileiros contra a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro.

A decisão do governo de não inverter a pauta na CCJ para votar o orçamento impositivo antes da Previdência contrariou líderes. O gesto foi visto como (mais) uma provocação. O bate-cabeça pode atrasar em uma semana a Previdência.

O presidente do colegiado, Filipe Francischini, saiu com filme queimado. Havia sinalizado que toparia acordo, mas acabou mandando mensagem no grupo de coordenadores da CCJ para avisar que não o faria porque o regimento interno não permitia. Ninguém respondeu.

 Até o BC brincou com a estreia da nova temporada de Game of Thrones, que foi ao ar ontem à noite. “Um sistema financeiro forte é importante em qualquer sociedade, mesmo Westeros”, diz a postagem.  (Estadão)



Frustração dos antipetistas

O baque do Governo Bolsonaro na avaliação do Datafolha tem uma leitura que parece óbvia, mas não vi ninguém abordar: os que se mostram insatisfeitos são em sua grande maioria eleitores que votaram não por convicção, apenas com a intenção de derrotar o PT. Estes, também frustrados com a roubalheira que reinou na era Lula-Dilma, sabiam certamente das fragilidades do presidente eleito do ponto de vista de embasamento cultural e da falta de um projeto para o País

Como Bolsonaro não sonhava em se transformar no azarão que colocou a pedra no caminho do PT não teve tempo – ou faltou fé – de preparar um programa de governo consistente. Quer um exemplo disso? O único propósito de Governo é aprovar a reforma da Previdência. Os bolsonaristas dizem que se a reforma da Previdência passar já será um grande feito. O problema é que o texto original será tão mutilado que no final o Congresso aprovará um arremedo de reforma.

Mas, voltando à pesquisa de avaliação dos 100 dias de Bolsonaro, o Governo tem que receber como um alerta. Cem dias são muito pouco para a população fazer um julgamento do Governo. Serve, entretanto, para o Governo corrigir rumos. Bolsonaro tem se comunicado pelas redes sociais e ignorado a grande mídia, leia-se especialmente os três grandes jornais e a Rede Globo.

Quanto a esta, diz que tem má vontade com o seu Governo e ameaça cortar verba de publicidade. Não conheço um só político que tenha se dado bem brigando com a Imprensa. A vítima histórica da Globo foi Leonel Brizola, ex-governador do Rio. Na briga, como contraponto, Brizola comprou espaço nos jornais do Rio e uma vez por semana assinava um tijolaço de prestação de contas do seu Governo. Deu certo? Evidentemente que não.

Bolsonaro, por fim, tem que delimitar o espaço dos seus filhos no Governo. Na viagem aos Estados Unidos, Carlos Bolsonaro tomou o lugar do chanceler no encontro reservado com Donald Trump deixando o ministro Ernesto em maus lençóis. Parece que o presidente governa mais com os filhos do que seu principal ministro, Paulo Guedes da Economia, que pagou o mico nos Estados Unidos de não ter sido consultado sobre a intervenção de Bolsonaro na Petrobras, freando o aumento do diesel.

De pires nas mãos – Os prefeitos que participaram de mais uma marcha à Brasília voltaram de bolsos vazios. Peregrinaram nos Ministérios de pires nas mãos e saíram desiludidos com o liseu. “Vai ser difícil arrancar dinheiro neste governo”, constata José Patriota, prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Amupe – a Associação Municipalista de Pernambuco. Os prefeitos só se convencem da mudança deste cenário quando o Congresso tirar do papel o Pacto Federativo.

Poder e influência – Há quem enxergue que a popularidade da apresentadora global Fátima Bernardes é de tamanha magnitude que pode ser um fator decisivo nas eleições municipais do ano que vem. Seu ibope cresceu particularmente no Recife depois que passou a namorar com o deputado Túlio Gadelha, que não esconde de ninguém que sonha acordado em disputar a Prefeitura do Recife sem abrir mão do potencial da sua amada, que bomba nas redes sociais nas idas e vindas ao Recife.

Pedra no caminho – Túlio Gadelha tem se aproximado da executiva nacional do PDT para arrebatar de Wolney Queiroz o controle do partido no Estado. Wolney conduz o partido para apoiar um candidato a prefeito do Recife alinhado ao PSB, que já tem um nome se movimentando bastante, o deputado federal João Campos. Gadelha já sinalizou que se não tiver o apoio do PDT pode mudar de legenda. Mas vai insistir até o último minuto da prorrogação para assumira presidência do partido no Estado.

O que é a política – Quem assistiu a briga travada entre Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho pelo controle do PMDB no Estado fica de queixo caído quando ver o senador FBC e o presidente estadual, Raul Henry, de braços dados em público. Assim foi no jantar que o presidente da Amupe, José Patriota, promoveu em Brasília durante a Marcha dos Prefeitos. Resta saber se Bezerra apoia Henry na corrida pela Prefeitura do Recife.

De volta – O senador Jarbas Vasconcelos está de volta ao Brasil depois de participar em Doha, no Catar, da 140º Assembleia da União Interparlamentar. Amanhã, compartilha sua experiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, da qual é membro. Em Doha, a pauta principal foi sobre políticas de incentivo à participação da mulher na política, desenvolvimento sustentável, boas e atuais práticas educacionais, além das políticas de comércio exterior.

Minha ausência – Por motivo de saúde, fiquei por mais de um ano sem atualizar este blog e a coluna, além do programa Frente a Frente. Na minha ausência, minha equipe não deixou a peteca cair. Por isso, quero agradecer a Ítala Alves, editora do blog, Geiza Souza, minha secretária, incansáveis colaboradoras no blog. Estendo meus agradecimentos ao jornalista Arthur Cunha, que assinou a coluna, e ao velho guardião Nivaldo Araújo. No Frente a Frente, sou grato a Mônica Moraes, Fernando Dourado e Aldir Júnior. Sem eles, tudo teria ido água abaixo.

CURTAS

PROXIMIDADE – O presidente do Solidariedade, deputado federal Augusto Coutinho, e o filho Rodrigo, vereador no Recife, estão cada vez mais próximos do pré-candidato do PSB a prefeito do Recife, João Campos. Em Brasília, eles têm conversado bastante sobre a sucessão na capital pernambucana. Há quem aposta que tudo isso possa dar numa aliança.

PETROLINA – Influente líder do Governo no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho está fazendo a cabeça do presidente para lançar oficialmente o projeto do pagamento do 13º salário do Bolsa Família em Petrolina e não em Campina Grande, como já está encaminhado. Bezerra quer que o presidente visite a área irrigada da região do São Francisco que produz frutas tipo exportação, como manga e uva.

LADRÃO – Num artigo na revista Veja, onde tem seu espaço cativo de página inteira, o jornalista J.R. Guzzo analisou o primeiro aniversário do ex-presidente Lula e fez a seguinte observação: “Lula não está preso por ser uma figura histórica. Está preso porque é ladrão”. 

Perguntar não ofende: Bolsonaro, como ele próprio confessou, não nasceu para ser presidente?




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