Battisti chega à Itália e vai para prisão em Roma

Data 14/01/2019 10:47:22 | Tóopico: Regionais

Battisti chega à Itália e vai para prisão em Roma

Battisti desembarca em Roma Foto: ALBERTO PIZZOLI / AFP

O avião com o italiano Cesar Battisti, de 64 anos, pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, por volta das 8h40m (horário de Brasília) desta segunda-feira. Ao desembarcar, ele foi recebido pelos agentes do GOM, o grupo operativo móvel da polícia penitenciária da Itália, que o levarão para a prisão de Rebibbia, na capital italiana. Battisti não foi algemado.

Várias autoridades do governo da Itália estavam presentes no momento da aterrissagem do avião, entre eles os ministros Alfonso Bonafede, da Justiça, e Matteo Salvini, do Interior. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Administração Prisional da Itália.

Salvini adiantou que pretende pedir ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, para apelar ao presidente da França, Emmanuel Macron, para extraditar cidadãos acusados pela Justiça italiana:

– Vou pedir imediatamente ao presidente do Conselho de Conte para escrever ao presidente Macron que a França devolverá alguns delinquentes para nós.

Battisti foi capturado no sábado nas ruas de Santa Cruz de La Sierra , na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, ele usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Esse foi um dos disfarces que a Polícia Federal divulgou que poderiam ser usados pelo italiano . Ao ser preso, Battisti não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português. A prisão do italiano gerou grande repercussão internacional .

Os crimes pelos quais Battisti foi condenado na Itália, em 1993, ocorreram quanto ele integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte. Com informações de O Globo.




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