Coluna – De Michel Temer a Valdir Raupp, Sérgio Moro e Curitiba os aguardam de “celas abertas”

Data 17/10/2018 00:03:58 | Tóopico: Painel Político

Na mira da Lava Jato

A partir de 1º de fevereiro o senador Valdir Raupp não poderá contar mais com a segurança do foro privilegiado, e com isso, todos os inquéritos e processos oriundos da Operação Lava Jato serão deslocados para 1º grau, que tem como juiz prevento Sérgio Moro, de Curitiba. A expectativa é que logo nas primeiras horas do dia 1 de fevereiro, a Polícia Federal saia para cumprir mandados de prisão por todo o país, já que além de Raupp, mais de 40 políticos citados e envolvidos em escândalos de corrupção, sejam “convocados” a prestarem esclarecimentos. E os casos mais avançados, já serão julgados.
Olha essa

Agentes penitenciários declararam apoio à candidatura de Expedito Júnior ao governo. Marcos Rocha, que foi secretário de Justiça entre os anos de 2014 a 2018 está disputando com Expedito. Se ele não tem apoio por parte dos próprios agentes, é porque tem algo errado nessa conversa. Nesta terça-feira circulou um relatório do Tribunal de Contas de aponta Rocha como responsável direto por um rombo de mais de R$ 30 milhões no almoxarifado da Sejus. O caso foi descoberto através de uma auditoria do TCE. Quem tiver curiosidade para ler o documento, é só CLICAR AQUI. (Na movimentação processual foi apresentada defesa no mês passado, mas os argumentos não convenceram).
E nesta terça-feira

A justiça eleitoral manteve um comercial da coligação de Expedito Júnior que mostra Marcos Rocha obtendo apoio de Confúcio Moura e Acir Gurgacz. A peça, de 30 segundos que está no ar, mostra Neodi Carlos, ex-deputado, afirmando que Rocha “tem total apoio dele (Neodi) e Acir Gurgacz”. Também mostra o ex-governador Confúcio Moura falando sobre apoiar Marcos Rocha “que foi seu secretário”. Marcos Rocha havia ingressado na justiça pedindo a retirada da peça, mas a juíza Úrsula Gonçalves negou.
Em seu despacho

A magistrada afirmou, “É de conhecimento público que o Coronel Marcos Rocha exerceu nos últimos anos cargos de natureza política durante a gestão do então Governador Confúcio Moura, pertencente ao MDB. O último cargo exercido foi o de Secretário de Justiça, do qual só foi exonerado para fins de atendimento às regras de desincompatibilização previstas na LC nº 64/92. Quanto ao apoio de Acir Gurgacz à sua candidatura também não há o questionar, pois o próprio Coronel Marcos Rocha, acompanhado de seu candidato a Vice-Governador Zé Jodan, está ao lado de Neodi Carlos Francisco de Oliveira, que nestas eleições compunha a chapa com o Senador na disputa pelo governo estadual, quando este lhe manifesta apoio.” A juíza apenas observou, e mandou adequar, que faltou a identificação da coligação de Expedito na peça, e indeferiu o pedido do PSL. A defesa de Expedito Júnior foi feita pelo escritório Rochilmer, Nogueira e Vasconcelos.
Falando em MDB

O ex-secretário de Saúde Williamens Pimentel, que foi candidato a deputado estadual pela legenda e não foi eleito, está fazendo campanha forte por Marcos Rocha em Porto Velho. Ele conta com sua nomeação para secretário de saúde de um eventual governo do coronel. Típico do MDB, fisiologismo puro.
Bloqueado

A Polícia Federal pediu que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, bloqueie os bens do presidente Michel Temer, investigado no chamado “inquérito dos portos”. Temer é outro que terá sérios problemas com a justiça após perder o foro, em 1 de janeiro de 2019. Vai fazer companhia à Lula e Cunha, em Curitiba. CLIQUE AQUI para ver o relatório da Polícia Federal.
Fim do impasse

O senador Acir Gurgacz deixou o hospital de sua família em Cascavel (PR), onde estava internado após ter mandado de prisão expedido pelo Supremo nesta terça-feira e se apresentou à Polícia Federal, em Foz do Iguaçu para dar início ao cumprimento da pena em regime semi-aberto de 4 anos e 6 meses em Brasília. Com isso, encerra-se a terceira batalha que ele perdeu este ano. A primeira foi a condenação, em fevereiro, a segunda o indeferimento do registro de candidatura ao governo e essa última.
Porém

Gurgacz terá pela frente a última, e decisiva, que é a manutenção de seu mandato no Senado Federal pelos próximos quatro anos. A decisão do Supremo determina a perda dos direitos políticos, e consequentemente de qualquer cargo público que esteja exercendo. A decisão da Mesa é soberana, mas o processo não deve demorar, já que parte dos senadores que compõe a Mesa, entre eles o presidente Eunício Oliveira, não foram reeleitos, e devem querer evitar conflitos com o STF no futuro próximo. A probabilidade de Acir perder o cargo é real, e bem grande. Percentualmente, diria, 98%.
Imunoterapia, a nova esperança no tratamento contra o câncer que salva vidas

Em 2011, Georget Luc, 62 anos, foi diagnosticado com um câncer na base da língua. Ele fez quimioterapia, mas, três anos mais tarde, o tumor se espalhou. Os médicos descobriram uma metástase no pulmão e deram poucas esperanças de vida para ele. “Eu estava praticamente condenado”, diz o francês. Em 2016, seu oncologista propôs que ele tentasse um novo tratamento: a imunoterapia. Desde então, o francês toma injeções quinzenais, que contém os chamados anticorpos monoclonais, proteínas produzidas pelo sistema imunológico, fabricadas em laboratório a partir do clone de uma célula. Elas têm a capacidade de identificar e neutralizar substâncias estrangeiras como vírus, bactérias e células cancerígenas. A proteína se fixa na molécula e possibilita sua eliminação pelo sistema imunológico. Foi graças a essa terapia proposta a Georget que hoje seu câncer entrou em remissão – quando os médicos consideram que o paciente esta no caminho da cura. Em dezembro ele acaba seu tratamento, que terá durado dois anos. A aposta deu certo. Tão certo que o francês conta que, durante todo esse tempo, continuou trabalhando e não sentiu sintomas que o impedissem de continuar levando uma vida normal. Ele teve sorte. Como a Medicina não é uma ciência exata, a imunoterapia nem sempre funciona e depende do organismo de cada paciente. O oncologista Christophe Le Tourneau, do Instituto francês Curie, lembra que as pesquisas sobre Imunoterapia, e o papel do sistema imunológico no mecanismo do câncer, começaram há mais de um século. O que é recente, diz, e levou ao prêmio Nobel, é a identificação das proteínas capazes de frear as defesas do sistema autoimune contra a multiplicação das células malignas. Isso levou ao surgimento dos novos tratamentos que ajudam o sistema imunológico a lutar contra o câncer e trazem esperança de sobrevida e de cura aos pacientes. Outros métodos estão sendo pesquisados, explica o oncologista francês. Um deles consiste em retirar os glóbulos brancos do paciente e modifica-los geneticamente para que sejam capazes de destruir as células cancerígenas. A estratégia terapêutica, diz Le Tourneau, deu bons resultados em algumas leucemias infantis, mas não em cânceres chamados “sólidos”, como do intestino ou pulmão, por exemplo. O desenvolvimento de vacinas para atacar as células do tumor também estão em curso, mas os resultados ainda não são satisfatórios.


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