Café BRS Ouro Preto é garantia de renda e valor em Silves no Amazonas

Data 16/05/2018 10:33:03 | Tóopico: Regionais



O Governo do Estado do Amazonas através do secretário da Produção Rural, José Aparecido dos Santos e Luiz Herval diretor presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) participaram nesta sexta-feira ( 11/05) do Dia de Campo A Cultura do Café no Amazonas que aconteceu na Associação Solidariedade do Amazonas (ASA), no Km 77 da AM 363.

Área cultivada com café na Associação Solidariedade do Amazonas (ASA).

A região tem todas as condições para ser uma referência no Estado, com esse tipo de café e se apresenta como um novo padrão da cafeicultura da Amazônia, a partir dos bons resultados que se aproximam com a assistência técnica do Idam e dos técnicos da Embrapa Amazônia Ocidental em parceria.

Diretor presidente Luiz Herval, Edson Barcelos, diretor presidente da Fapeam e José Aparecido, Secretário de Produção Rural, da direita pra esquerda.

José Aparecido disse que a experiência de Silves é uma mostra da enorme potencialidade do Amazonas, a partir da tecnologia implantada pela Embrapa de Rondônia e Embrapa da Amazônia Ocidental, em parceria com a Fundação de Amparo à pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam). ” O Amazonas está de parabéns por este plantio e esses cafeicultores de Silves tem um papel muito importante no desenvolvimento regional”.

Diretor presidente Luiz Herval e gerentes das unidades locais dos municípios que participaram do Dia de Campo A Cultura do Café no Amazonas, em Silves.

O presidente do Idam, Luiz Herval, que mantém com sua equipe o acompanhamento das atividades de campo da associação disse que “a cafeicultura tem todas as condições de se desenvolver na região e que a tendência é que outros produtores da região aproveitem a experiência e também passem a produzir”.

Gerente da unidade local de Silves, chefe da Embrapa Amazônia Ocidental, secretário de Produção Rural, presidente da Fapeam e vice presidente da associação solidariedade do Amazonas (ASA).

O vice presidente da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), Roque Lins, disse que a oportunidade que está sendo dada a comunidade local, através da Embrapa e do governo do Estado, representa um impulso para a economia da ASA e que a tendência é plantar e colher mais café.
“A saca de café está a mais de R$ 450,00 e tem muito mercado no Amazonas, especialmente em Manaus, onde tem compradores certos”, enfatizou Roque Lins

Representantes da Afeam, Embrapa Rondônia, diretor presidente do Idam Luiz Herval, Fapeam e Sepror durante a atividade.

Segundo pesquisadores da Embrapa, o café Conilon variedade BRS Ouro Preto, desenvolvido a partir de experiência oriunda de Rondônia, adapta-se ao solo amazonense e tem rusticidade suficiente para implantar-se na região, com capacidade de escala e qualidade.

Atividade ocorreu na Associação Solidariedade do Amazonas (ASA), no Km 77 da AM 363.

O Governo do Estado do Amazonas, através da Fapeam vai ampliar os financiamentos às pesquisas voltadas ao setor primário a exemplo do que está acontecendo em Silves. “A gente espera poder replicar este mesmo projeto em outros municípios”, frisou Edson Barcelos, presidente da Fapeam.



O cultivo de café vem ganhando espaço na Região Norte, especialmente no estado de Rondônia onde a produção cresce anualmente. Para testar a cultura no estado do Amazonas, a Embrapa implantou uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), no município de Silves (AM), com plantio de café – variedade Conilon – BRS Ouro Preto, para avaliar o desempenho nas condições do estado.

Os resultados do segundo ciclo de produção da URT serão apresentados no Dia de Campo “A Cultura do Café no Amazonas”, no próximo dia 11 de maio, na sede da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), localizada no km 77 da rodovia AM 363.

Promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Rondônia e Associação Solidariedade Amazonas, o Dia de Campo conta com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e das prefeituras municipais de Silves, Itapiranga e Itacoatiara, e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O objetivo é divulgar os resultados parciais da URT em seu segundo ciclo de produção, visando orientar e transferir aos agricultores, técnicos, dirigentes públicos e demais agentes envolvidos na cadeia produtiva do café, informações sobre as perspectivas da cultura e sobre seu potencial na região.

Resultados preliminares despertam o interesse dos agricultores

Segundo a equipe de pesquisadores da Embrapa que coordenam a URT, os resultados preliminares são promissores, abrindo perspectiva para uma nova alternativa de produção para o estado. “Na primeira safra comercial, colhida entre maio e junho de 2017, a média de produção da variedade ultrapassou as 60 sacas por hectare, e alguns clones se destacaram, produzindo mais de 80 sacas por hectare. A expectativa é que nesta safra alguns clones produzam acima de 100 sacas por hectare”, informa Raimundo Rocha, analista da Embrapa Amazônia Ocidental.

Com os resultados obtidos neste estudo, a Embrapa planeja estender recomendação de plantio da variedade de café clonal para a região, proporcionando mais uma alternativa de renda para os agricultores amazonenses. No Dia de campo serão apresentadas cinco estações, ressaltando aspectos como a produção de mudas, a implantação de uma lavoura de café, o manejo da cultura e a viabilidade econômica.

A cafeicultura como alternativa de renda para os pequenos agricultores

A ideia de implantação URT de café partiu dos agricultores da ASA - Associação Solidariedade Amazonas, que procuraram a Embrapa em busca de tecnologias sustentáveis para produção de café. A ASA é formada por pequenos agricultores que residem na denominada ‘estrada da várzea’, principal região agrícola do município de Silves. Antes da implantação da unidade, estes agricultores já produziam café, mas seu nível tecnológico não permitia alcançar grandes produtividades.

A proposta dos dirigentes da ASA é fomentar o plantio de pequenas áreas de café junto aos seus associados, para garantir maior renda a suas famílias e melhorar a vida no campo. Além da produção dos grãos, a associação também planeja criar uma marca para agregar valores ao seu produto que é produzido por agricultores familiares que produzem café em harmonia com a floresta amazônica.

A variedade Conilon - BRS Ouro Preto é uma cultivar de café desenvolvida pela Embrapa Rondônia, de ciclo intermediário, com boas características agronômicas e agroindustriais para regiões de baixa altitude e alta umidade na Amazônia Ocidental. Lançada em 2013, apresenta potencial produtivo alto para a cultura do café no Amazonas, podendo ultrapassar 70 sacas/hectare em condições de sequeiro.

Programação:

8h30 – Recepção e credenciamento
9h30 – Abertura
10h – Estação 1 – Relato de experiências na cultura de café (Roque Pereira Lins e Rosilque Mendes de França)
10h30 – Estação 2 – Produção de mudas (Marcelo Curitiba Espíndula)
11h – Estação 3 – Implantação da lavoura de café (Denis Cesar Cararo)
11h30 – Estação 4 – Manejo da cultura de café (João Maria Diocleciano)
12h – Estação 5 – Coeficientes técnicos e análise da viabilidade econômica de produção de café (José Olenilson Costa Pinheiro)
13h – Encerramento


Texto e fotos: Maria do Carmo Araújo-Gecom/Idam


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