Temer atira em quem tenta andar com as próprias pernas

Data 12/01/2018 11:28:49 | Tóopico: Mais Notícias

Temer atira em quem tenta andar com as próprias pernas



Aliados de Maia e Meirelles dizem que Temer atira em quem tenta andar com as próprias pernas

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) reagiram da mesma forma às declarações de Michel Temer sobre a eleição de 2018: com o silêncio. Dos dois lados a leitura foi a de que para sinalizar que o árbitro do jogo é ele, Temer atirou nos aliados que tentam se projetar com as próprias pernas e enalteceu Geraldo Alckmin (PSDB), alvo de desconfiança sobre suas chances dentro do próprio partido. Para o tucano, o aceno veio em boa hora.

Meirelles determinou que ninguém em sua equipe falasse sobre a entrevista do presidente ao “O Estado de S. Paulo”. Os auxiliares obedeceram com o nariz tampado. Nos bastidores, disseram que Temer foi desleal ao desidratar as chances de o ministro concorrer ao Planalto no momento em que ele é alvo da artilharia de Maia.

O titular da Fazenda amanheceu com a fala de Temer de que prefere que ele continue ministro e terminou o dia com o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor’s. Sem reforma da Previdência, as outras grandes agências devem fazer o mesmo.

A repercussão das declarações levou o presidente a dizer que não fala mais sobre eleição até que chegue o momento adequado.

A fresta aberta por Temer para uma aliança eleitoral com Alckmin foi vista no MDB como um atalho para pavimentar o apoio dos tucanos à reforma da Previdência. Eventual parceria com o PSDB, porém, não agrada à bancada do partido na Câmara.

Para os aliados do tucano, o gesto de Temer reforça a importância do governador paulista no jogo político e encerra a narrativa de remorso pela posição dúbia do PSDB durante a votação das denúncias. (Painel - Folha de S.Paulo - Danela Lima)



MBL faz "CarnaLula" em Porto Alegre. Lulistas reagem



Espera prefeito que requisitou Exército

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

O "CarnaLula", ato organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre) em Porto Alegre (RS) no dia 24, será "a comemoração de uma decisão que já foi tomada", diz Pedro Franco, liderança gaúcha do grupo. Para ele, há provas suficientes para confirmar a condenação do ex-presidente.

Os organizadores esperam receber políticos da região Sul que apoiam o MBL.

O prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que chegou a pedir o Exército e a Força Nacional na cidade, foi convidado, segundo Franco.

Ao longo do mesmo dia, o PT e movimentos sociais farão manifestações na capital gaúcha em defesa de Lula.




Temer tenta recuperar influência sobre eleição



Folha de S.Paulo – Marina Dias, Daniel Carvalho e Gustavo Uribe

Sob risco de ficar isolado na sucessão presidencial, Michel Temer decidiu fazer gestos públicos aos principais atores de seu bloco político para tentar recuperar influência na construção das alianças da próxima eleição. Nos últimos dias, o Planalto deu sinais de reaproximação com Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto apresentou restrições a uma possível candidatura de Henrique Meirelles (DEM).

A ideia original de Temer e seus auxiliares era organizar, em parceria com Maia, uma coalizão única dos partidos governistas. Esse grupo lançaria um candidato para defender a gestão do presidente e disputar com o tucano o eleitorado localizado mais ao centro do espectro político.

Os principais ministros de Temer estavam incomodados, desde o fim do ano passado, com o fato de Alckmin ter acelerado as negociações com parte dessas siglas de maneira isolada, minando a unidade do bloco. Além disso, os aliados do presidente acreditavam que os movimentos de Maia para tentar viabilizar uma candidatura majoritária reduziriam o protagonismo de Temer como líder dessa aliança.

Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", na quarta-feira (10), Temer tentou recuperar essa posição para as negociações que se darão nos próximos meses.

Ele minimizou a expectativa de seu ministro da Fazenda disputar a Presidência com apoio do bloco governista. "Ele seria um grande presidente, mas, para mim, é claro que é muito melhor que fique na Fazenda", disse.

O presidente também investiu contra os movimentos de Maia, que em poucos meses fechou acordos com dois partidos dessa coalizão (PP e Solidariedade) e abriu negociações com o PR, ao receber nesta quinta (11) o ex-deputado Valdemar Costa Neto.

Segundo auxiliares, Temer percebeu que Maia começava a aglutinar um bloco partidário próprio, que poderia, em última instância, excluir o presidente e seu partido, o MDB, das negociações. Com as recentes declarações, Temer quis mostrar que ainda é um ator importante para a montagem da aliança. O aceno a Alckmin sinaliza que o presidente poderia ajudar o governador paulista na construção de acordos com partidos de sua base.



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