PF cumpre mandados de prisão em nova fase da Lava Jato

Data 23/11/2017 09:59:22 | Tóopico: Mais Notícias

PF cumpre mandados de prisão em nova fase da Lava Jato

Postado por Magno Martins

Régis Fichtner, (Foto) ex-chefe da Casa Civil, e o empresário George Sadala estão entre os alvos de mandados de prisão.

Arthur Guimarães, Bom Dia Rio

A Polícia Federal está nas ruas na manhã desta quinta-feira (23) para cumprir cinco mandados de prisão em mais uma fase da Operação Lava Jato no Rio. A ação é um desdobramento das investigações da Operação Calicute, desencadeadaa em novemnro do ano passado e que resultou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral. Dos cinco mandados de prisão, dois são para o mesmo suspeito. Os agentes também visam cumprir mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão.

Foram expedidos mandados de prisão contra Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil, e contra o empresário George Sadala. Os agentes chegaram ao endereço de Fichtner, um dos prédios mais luxuosos da Avenida Vieira Souto, em Ipanema, pouco antes das 6h. George Sadala é um dos empresários que aparece em uma foto com o ex-governador Sérgio Cabral em um restaurante em Paris. A foto ficou conhecida como Farra dos Guardanapos.

Sadala era um dos sócios de empresas suspeito de explorar o serviço Rio Poupa Tempo e também era representante de um banco que fazia empréstimos consignados para servidores públicos. Quem também mora no prédio é Alexandre Accioly, empresário que é dono de uma rede de academias.

O ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral foi citado no depoimento de Luiz Carlos Bezerra, um dos operadores financeiros do esquema criminoso. Bezerra disse aos procuradores da Lava Jato que deu dinheiro para o ex-chefe da Casa Civil. Nas anotações do operador, Fichtner era conhecido como “Alemão” ou “Gaúcho”.

A polícia chegou na casa de Henrique Alberto Santos Ribeiro, contra quem há dois mandados de prisão, atuou como presidente do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RJ) durante o governo de Cabral.



Temer joga R$ 15 bihões no ralo e apregoa o colapso

Relator da Previdência, Arthur Maia expõe a versão light da reforma durante jantar no Alvorada



Blog do Josias

Os deputados que aceitaram o convite de Michel Temer para jantar no Alvorada na noite passada foram submetidos a uma atmosfera indigesta. Ecoado pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e por economistas como Marcos Lisboa, o anfitrião trovejou sobre os comensais previsões apocalípticas. Temer declarou no discurso de abertura que a economia sofrerá um “colapso” se a reforma da Previdência não for aprovada. Horas antes, o orador autorizara sua infantaria legislativa a aprofundar o rombo previdenciário em pelo menos mais R$ 15 bilhões.

Enquanto os deputados digeriam a versão lipoaspirada da proposta previdenciária, exposta no Alvorada pelo relator Arthur Maia, o Congresso, reunido em sessão conjunta da Câmara e do Senado, derrotava o presidente. Derrota consentida por Temer. A pretexto de obter o apoio de prefeitos à reforma, o presidente concordara com a derrubada de um veto de sua autoria. Com isso, foi ressuscitada uma mágica chamada “encontro de contas”. Prevê que prefeituras penduradas na Previdência poderão abater de suas dívidas os créditos que afirmam ter no governo.

O veto de Temer havia sido encomendado pela equipe econômica. A perda de R$ 15 bilhões é uma estimativa otimista. Numa conta mais salgada, feita pela Confederação Nacional dos Municípios, estima-se que a renegociação reduza as dívidas das prefeituras em até 50%. O espeto cairia de R$ 75 bilhões para algo como R$ 45 bilhões. Nessa matemática, a União deixaria de receber R$ 30 bilhões.

Com as prefeituras quebradas, esses recebimentos eram incertos, diz um apologista de Temer. O importante é aprovar a reforma, acrescenta. O diabo é que nada insinua, por ora, que a Previdência será reformada no atual governo. O Planalto precisa de pelo menos 308 votos na Câmara. Auxiliares de Temer sustentam que ele já dispõe de algo como 250 votos. Juram que compareceram ao jantar do Alvorada quase 200 votos. Quem esteve no recinto contou algo como uma centena de deputados.

Antes do repasto, o governista Fábio Ramalho (PMDB-MG), vice-presidente da Câmara, revelou o que enxerga em sua bola de cristal: “Ninguém vai votar a reforma da Previdência. Se tiver 100 votos é muito.” Para desassossego de Temer os prefeitos não votam no Congresso. Os governadores, com quem o presidente almoçou, também já não têm tanta ascendência sobre suas bancadas. pouco já não controlam suas bancadas. Mal comparando, Temer vai ganhando a aparência do sujeito que vende o carro para comprar gasolina.



Senado convida o diretor da PF para se explicar



Blog do Josias

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta-feira convite para que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, dê explicações sobre sua nomeação para o cargo e seus planos em relação à Operação Lava Jato. Deve-se a iniciativa ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O requerimento menciona a necessidade de que Segovia preste esclarecimentos também sobre sua proximidade política com investigados do PMDB. Nomeado pelo denunciado Michel Temer, o delegado foi alçado à nova função com o apoio do ministro palaciano Eliseu Padilha e do ex-senador José Sarney, ambos alvos da Lava Jato.

Há três dias, depois de ser empossado no cargo em cerimônia com a inédita presença do presidente da República, Segovia levantou dúvidas sobre a investigação que resultou nas denúncias da Procuradoria contra Temer por corrupção passiva, obstrução à Justiça e formação de organização criminosa.

Disse o novo chefe da PF: ''A gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria de durar mais tempo, porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção.''

Aceitando o convite da comissão do Senado, o delegado poderá esclarecer com quantas malas recheadas de propina se faz uma evidência de corrupção.



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