Polícia Federal investiga desvios no FITHA em Rondônia

Data 07/12/2016 00:49:26 | Tóopico: Painel Político

E ainda, entenda a situação da CAERD em números e veja porque não é vantagem para a população a empresa ser privatizada

Olha essa

O novo prefeito de Porto Velho já tem um problema a enfrentar logo de cara, chamado Caerd. Hildon Chaves pretendia (e digo no passado) implantar uma Parceria Público Privada (PPP) para resolver o problema de saneamento da capital. Não vai conseguir e explico. A Caerd detém a concessão de exploração dos serviços de água e saneamento pelos próximos 15 anos e ela está à venda. Quem comprar, se conseguir, não vai querer perder esse filé. E não, não é “carne de pescoço” como andam falando por ai em textos publicados na internet arguindo que “a empresa é inviável”. Como todos sabem, números não mentem, então vamos a eles.

Dados

A Caerd vem sendo propositalmente inviabilizada para que seja vendida à preço de banana no mercado. Em 2010 a receita da empresa era de R$ 88 milhões, em 2011 R$ 97 milhões, em 2012 saltou para R$ 103 milhões, em 2013 foi para R$ 107 milhões, em 2014 R$ 115, 2015 caiu para R$ 112 e até agosto desse ano não havia chegado aos R$ 55 milhões. A tal “gestão compartilhada”, que assumiu em 2000 e ficou até 2010 aumentou de 116 mil ligações para 178 mil, e isso representou um aumento de R$ 26 milhões para aproximadamente R$ 94 milhões. Em 2000 a companhia tinha 637 funcionários e em 2010 foi entregue com 536, sendo 4 comissionados. Em 2013, após o concurso esse número foi para 717 efetivos e 6 comissionados e em 2016, após a transposição de 76 servidores a companhia tem 618 efetivos e 115 comissionados.

Quer mais números?

Vem comigo. Em 2000, o Governo do Estado entregou a empresa para gestão compartilhada (governo, sindicato e trabalhadores). A companhia estava na época com as contas bloqueadas por força de 9 ações civis públicas, do MP/RO. Sendo 1 ação civil pública, para cada cidade: Pimenta Bueno, Presidente Médici, Ariquemes, Jaru, Ji-Paraná, Ouo Preto, Rolim de Moura, Colorado e Espigão D’Oeste. Passou por 96 dias em greve, 5 meses de salários atrasados, benefícios e falta de treinamento dos funcionários e de material e condições de trabalho. A empresa devia R$ 48 milhões em ações trabalhistas, R$ 124 milhões em encargos sociais, R$ 7 milhões a fornecedores e R$ 4 milhões em folha de pagamento. Devia aproximadamente R$ 185 milhões e tinha de arrecadação R$ 36 milhões em ligações particulares, R$ 23 milhões com poder público – órgãos federal, estado e municípios (que também atrasava os pagamentos), ou seja, se todos pagassem em dia, a empresa teria no máximo uns R$ 60 milhões no caixa. Portanto, percebe-se que hoje ela está longe de ser inviável.

Mas, porque querem vender?

O motivo é bem simples, o governo quer se livrar de gestão. A empresa precisa de funcionários, que geram encargos, que por sua vez acumulam penduricalhos e brigam politicamente por cargos e por ai vai, a mesma ladainha de sempre. O problema é que, por mais desastrosa (propositadamente) que esteja sendo a gestão de Iacira Azamor e sua trupe de comissionados, a empresa vem sobrevivendo. O problema da Caerd não é a empresa, são os gestores indicados politicamente. O melhor para a população de Porto Velho nessa altura do campeonato, seria a companhia se manter pública, executar as obras que precisa, investir em novas ligações e fazer parceria com a prefeitura. Isso o Tribunal de Contas não vê…e parece que o Ministério Público também não.

Água e saneamento

Estão virando um dos maiores negócios da atualidade, e é no mínimo uma irresponsabilidade manter Iacira no comando da empresa, sendo que absolutamente todos os indícios apontam para uma gestão claramente focada em destruir a empresa. Enquanto isso a população sofre com a falta de investimentos. Chega a ser criminoso. Se água e saneamento não dessem lucro, não teria tanta gente querendo entrar nesse segmento. Abre o olho TCE.

Caos

O Brasil está virado de ponta a cabeça, institucionalmente falando. A Constituição virou lenda, o Supremo Tribunal Federal está altamente politizado e Congresso e Executivo nunca estiveram tão fragilizados. A Bolívia parece ser um país sério perto do Brasil dos últimos tempos. Nem nos piores momentos, os “patrícios” tiveram tanta instabilidade como nós tivemos em 2016. Lamentável.

Vai tremer

Rondônia vai se surpreender com revelações que virão à tona em operações que devem acontecer em breve no Estado. Um dos focos de investigação está na gestão do Fundo de Infraestrutura, Transportes e Habitação – FITHA e pega muita gente. De deputado estadual a secretários de governo. E sabem (perdoem o trocadilho) quem passou a “fita”? O prefeito preso de Vilhena, José Rover.

A fé ativa mesma área no cérebro que o sexo e as drogas

As experiências espirituais e religiosas ativam o circuito de recompensa do cérebro. De acordo com um estudo publicado terça-feira na revista científica Neuroscience social, a área é a mesma ativada pelo amor, pelo sexo, pelos jogos de azar, pelas drogas e pela música. No estudo, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, realizaram um experimento com 19 jovens e adultos que seguem a religião Mórmon. Os pesquisadores selecionaram um grupo de participantes que tinham maior probabilidade de experimentar sentimentos espirituais reconhecíveis em um ambiente controlado. Por isso, todos os participantes relataram experimentar sentimentos espirituais, frequentavam a igreja regularmente e eram ex-missionários religiosos. Os exames de ressonância magnética revelaram que os sentimentos espirituais ativaram o núcleo accumbens, região responsável pelo processamento dos circuitos de recompensa. Isso mostra que as experiências religiosas e espirituais ativam os mesmos circuitos de recompensa do cérebro que o amor, o sexo, o jogo, as drogas e a música. Outra área ativada pela experiência espiritual foi o estriado. Essa região já tinha sido associada com a prática em estudos anteriores.


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