Rio, exemplo de inteligência

Data 03/08/2015 08:58:43 | Tóopico: Mais Notícias

Coluna da segunda-feira

   Rio, exemplo de inteligência

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Vitória e Maringá. Nesta ordem, estas são as cidades mais inteligentes do País, segundo estudo da consultoria internacional Urban Systems, que analisou 700 municípios brasileiros para elaborar um ranking com as 50 cidades que usam melhor as ferramentas tecnológicas e de informação.

Recife é a única do Nordeste que aparece entre as 10 mais inteligentes. Fortaleza se situa na 18ª posição e Salvador na 31ª. O que são cidades inteligentes? Segundo o economista Edward Glaeser, da Universidade de Harvard, são centros urbanos que propiciam um ambiente favorável para as pessoas serem mais produtivas e criativas.

No aspecto governança, em que portais de transparência funcionam e serviços públicos podem ser realizados pela internet, Recife aparece em quarto lugar, abaixo de Amparo (SP), Belo Horizonte e Curitiba. Em outubro do ano passado, um decreto da Prefeitura de Curitiba regulamentou as regras para que as informações geradas pelos órgãos públicos municipais sejam postas à disposição da sociedade, sem restrições.

No caso do Rio, a cidade mais inteligente do País, a cidade está reduzindo sua dependência da cadeia de petróleo e gás, hoje em crise. Os negócios na área, entretanto, movimentam, anualmente, R$ 13 bilhões, fazendo da capital carioca o segundo polo de economia criativa do País, atrás apenas de São Paulo.

Os empreendedores desses negócios encontraram um ambiente favorável. O Rio ganhou cinco parques tecnológicos e 23 incubadoras de empresas, cerca de 6% do total do Brasil. Uma cidade inteligente e conectada é mais atraente aos olhos dos investidores. Nos últimos cinco anos, o Rio recebeu 30 bilhões de dólares em investimento estrangeiro, o que ajudou a gerar 57 mil empregos.

Dos aspectos pesaram para levar a cidade do Rio de Janeiro a ser considerada a mais inteligente e conectada do País: o número de domicílios conectados à internet é superior à média nacional, o que é importante para negócios inovadores. Na diversificação da sua economia houve o surgimento de empresas de tecnologia e isso ajudou na expansão da economia criativa da cidade.

Com a internet, o Rio ganhou qualidade de serviços em muitas áreas. Cidade passível de alagamentos e deslizamentos de terras quando chove, criou um centro de monitoramento de tragédias, onde trabalham 50 operadores. A função deles é acompanhar as imagens captadas por 1.000 câmaras espalhadas pelas ruas.

Com base no que veem, esses operadores podem acionar servidores de 30 órgãos municipais e estaduais para avisar a população quando as tempestades estão chegando, organizar o trânsito em caso de complicações ou providenciar o reparo de uma lâmpada na rede de iluminação pública.

O centro tem cumprido o papel de evitar tragédias e gerir o tráfego. Desde que foi criado, nenhuma morte por desmoronamento foi registrada. Tudo é possível ter ganhos e fazer mais. A Prefeitura do Rio identifica as escolas que mais gastam égua e os bairros com maior incidência de dengue. O valor das contas de água caiu até 80% e os casos de dengue baixaram, em um ano, de 1.000 para 41 a cada 100 mil habitantes.

BAIXA QUALIDADE– Para uma cidade ser inteligente é preciso ter uma boa internet. As cidades brasileiras penam a falta de boas conexões. Segundo o estudo do Ministério das Comunicações, menos da metade dos municípios tem acesso a redes de fibra ótica. A qualidade dos gestores públicos também pesa: 47% dos prefeitos não possuem ensino superior completo. Nas prefeituras faltam ferramentas de gestão, profissionais capacitados e planejamento.

Vai piorarEconomistas experientes avaliam que a crise econômica, com forte ingrediente político, tende a piorar e demorar a passar. Está vindo por ai, segundo os mais pessimistas, a pior recessão do País em muitas décadas. Se o País conseguir superar esse vulcão o processo será lento e modesto. Há uma grande desconfiança no mercado de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, perdeu poder.

Um quase moribundo– O que se diz em Brasília é que o ministro da Fazenda, artífice de medidas de ajuste fiscal, está perdendo a batalha para reconduzir a política econômica aos trilhos da disciplina fiscal. Sua figura está abalada após a redução da meta de economia fiscal a quase nada e admissão de que será aceitável até um déficit. A revisão representa o reconhecimento de que o ajuste está sendo mais difícil do que o esperado e terá de ser prolongado pela crise política.

Político baleado– O vice-prefeito de Taquaritinga do Norte, Ivanildo Mestre Bezerra (PDT), foi atingido por um tiro na noite do sábado passado. De acordo com a Polícia Militar, a vítima transitava por um trecho da BR-104 no município quando foi baleada no braço. Ainda segundo a PM, o vice-prefeito, que tem 46 anos, dirigiu o veículo até o posto fiscal da Secretaria da Fazenda em Pernambuco em Taquaritinga. Em seguida, saiu do carro e foi encaminhado a um hospital de Santa Cruz do Capibaribe. Um assessor informou que ele está bem e já está em casa. Já a Polícia Civil comunicou que ninguém foi preso.

Adeus, São Lourenço! – Ao discursar, ontem, na inauguração da escola Rosina Labanca, sua última aparição pública como prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB) comunicou que o vice-prefeito Gino Albanez (PSB) assume a Prefeitura no próximo dia 15, indo para a reeleição nas eleições do ano que vem. Labanca está com passaporte carimbado para pilotar a Agência Reguladora do Estado com o propósito de ajudar o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, na coordenação política do governador Paulo Câmara.

 

 

 

 

 

CURTAS 

ESCOLA– Além de prestigiar a inauguração da escola Rosina Labanca, em São Lourenço, que custou R$ 920 mil, tocada com recursos do FEM, o governador Paulo Câmara almoçou na casa do prefeito Ettore Labanca na companhia de vários secretários, entre eles Danilo Cabral, de Planejamento. Convidado, o deputado Jarbas Vasconcelos não deu o ar da sua graça, alegando compromissos inadiáveis.

TENSÃO– Agosto chega com apreensão em Brasília. No Palácio do Planalto, as próximas semanas devem servir como termômetro para avaliar a real dimensão da crise política. O Governo enfrentará vários testes no Congresso. Enfraquecida politicamente, a presidente Dilma pediu apoio dos governadores para barrar matérias que elevam o gasto público, a chamada "pauta-bomba".

Perguntar não ofende: O que reserva a primeira semana de agosto para Dilma?




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