Participativo
Em tempos de campanha, Câmara e Senado sobrevivem, principalmente, à base da ânsia de parlamentares suplentes por fazerem valer os poucos meses de fama.
Fleury, do DEM, ocupa uma cadeira do Senado por Goiás. É o suplente do suplente. Entrou no jogo no lugar de Wilder Morais, que substituiu o notório Demóstenes Torres.
Fleury está aproveitando cada segundo e tentando deixar sua marca. Mesmo não sendo integrante da CPI mista da Petrobras, não falta a uma sessão.
Nos dois últimos depoimentos, conseguiu a palavra. Para Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, Fleury iniciou o raciocínio da mesma forma, perguntando ou afirmando que o depoente tem netos.
Ontem, para PRC, o já folclórico suplente mandou:
- O senhor tem netos?
PRC respondeu, pela enésima vez, que não tinha nada a declarar. Foi o suficiente para Fleury se empolgar e mandar:
- O homem que às vezes nega o neto, se tiver, não tem dignidade. Esse homem não deveria estar aqui. O mínimo onde ele deveria estar seria na Papuda, porque quem nega a família não merece viver.