PORTEIRA ABERTA

Data 29/08/2014 22:13:48 | Tóopico: Brasil


Sem policiamento, fronteira a Bolívia e Paraguai está escancarada ao crime
A falta de efetivo e estratégias policiais nas cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com a Bolívia e Paraguai, maiores produtores de cocaína e maconha, respectivamente, deixam a população à mercê da criminalidade. 

Saturados com a situação, no início deste mês, moradores de Ponta Porã, por exemplo, promoveram manifestação e representantes da Associação Comercial do município foram a Campo Grande pedir socorro ao Governo do Estado, pelo fim da violência. 


Os números também impressionam: mesmo com um policiamento deficiente, já foram apreendidas 210,8 toneladas de maconha somente entre janeiro e julho deste ano. A última grande operação de enfrentamento ao crime, nas áreas em questão, foi desenvolvida no mês de junho, por causa da Copa do Mundo.

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Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o número de policiais federais, que têm a função de investigar tráfico internacional de drogas,  é bem menor do que o necessário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul, Jorge Luiz Caldas, para suprir a demanda das regiões de fronteira, deveria haver o dobro de policiais. Segundo ele, atuam em Ponta Porã, Corumbá, Naviraí e Dourados cerca de 200 policiais. Portanto, seriam necessários, pelo menos, outros 200.

“O ideal seria o dobro de homens que temos hoje em dia, ou mais. O problema é com a política governamental do atual Governo federal. Não há estímulo para que o policial queira continuar atuando na fronteira. Quando o policial está ficando experiente, desestimulado, faz concurso de remoção para sair. As estruturas estão sucateadas. A deficiência no efetivo, infraestrutura e aparelhamentos não oferecem condições de trabalho e afetam o desenvolvimento de um policiamento ostensivo e preventivo eficaz”, reclamou.

Laura Holsback 
Correio do Estado
Editado por Folha Política


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