Projeto de Lei abre brecha para oportunistas na política
Um projeto de lei, pronto para ser apreciado na Comissão de Trabalho e Administração da Câmara, tem tudo para atrair mais oportunistas para a política. De autoria do ex-deputado Durval Orlato, a proposta concede a funcionários da iniciativa privada que se candidatarem a cargos públicos eletivos direito a licença remunerada nos trinta dias anteriores à data da eleição. Ou seja, o empregado ausenta-se do trabalho durante um mês para fazer campanha, e sua empresa terá de arcar com a aventura do sujeito. Mas o pacote de benesses vai além. Pelo mesmo projeto, se eleito, o funcionário-candidato tem direito a licença não remunerada durante todo o tempo em que estiver cumprindo mandato. Findado esse período, se o sujeito resolver voltar para o antigo emprego, gozará de estabilidade: não poderá ser demitido nos dois anos seguintes, determina o texto. Caso seja derrotado, também não terá motivo para se preocupar, pois o projeto prevê estabilidade de três meses após a eleição. A relatora do projeto, deputada Flávia Morais assinou embaixo do projeto, mas fez uma alteração: sugeriu a redução da estabilidade dos vencedores de 24 para doze meses. Agora, já sabe: cansou do trabalho? Brigou com o chefe ou quer uma garantia de que não será mandado embora? Basta torcer pela aprovação do projeto, filiar-se a um partido político e arrumar uma vaguinha para disputar uma cadeira de vereador. Está tudo certo, sua empresa vai bancar. Por Lauro Jardim Tags: Câmara, Comissão de Trabalho e Administração, eleições, empresa, funcionário, licença estabilidade
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